As Máscaras de Sakura escrita por Siryen Blue


Capítulo 4
Primeira Fase: Tapa


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá!



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"Nossa. Acho que eu quero ser atropelado pelo Kabuto também." Sasuke-kun disse, enquanto olhava admirado para minha bicicleta nova.

"Credo! Não diga isso nem de brincadeira!"

Mas a bicicleta era mesmo muito bonita.

O dia de ontem foi tão surreal que nem pareceu de verdade.

Recapitulando... Eu perdi aula. Sasuke-kun brigou comigo. Fui atropelada por — e eu ainda não acredito nesta parte — Sabaku no Gaara. Fui levada para seu apartamento. Briguei com ele...

Pausa.

Eu briguei com o Demônio! Devo ser mesmo maluca, como ele disse.

Continuando... Ganhei uma bicicleta nova. Presenciei mais uma sessão de reclamações da mamãe. Fiz as pazes com o Sasuke-kun e, finalmente, compus mais uma música.

Que dia. Será que esqueci alguma coisa? Porque com turbilhão de ontem seria fácil algo passar despercebido — assim como a tarefa de casa que eu não fiz.

Sasuke-kun ajudou levando a matéria para mim, mas tudo que consegui fazer ontem, depois de sair do piano, foi copiar os assuntos dados em sala para o meu caderno e estudá-los um pouco.

Dever de casa? Nah! Apaguei antes de sequer pensar nisto.

"Você fez a tarefa, Sasuke-kun?" Perguntei-lhe.

"Claro. Por quê?"

"Você pode me emprestar?"

Sasuke-kun bufou. "Ok. De qual você quer?"

"Bem... De tudo." Respondi, envergonhada.

Sasuke-kun me olhou por alguns segundos. "Está bem, Sakura. Vou deixar passar porque você está machucada."

Era cedo e por irmos de bicicleta tínhamos algum tempo sobrando.

Sasuke-kun acabou me ajudando. Eram cinco matérias. Ele copiou a tarefa de três delas.

"Já está acabando?" Perguntou-me.

"Calma, estou quase."

"Puta merda. Eu já terminei três e você não deu conta de duas?"

"Estou copiando a tarefa de matemática, que é a maior. Kakashi-sensei não gosta muito da gente." Finalmente, terminei. "Tudo pronto."

"Hn. Vamos logo. Não quero perder o primeiro tempo de novo."

Sasuke-kun me ajudou a guardar o material e a me ajeitar na bicicleta.

"Consegue aguentar a viagem?" Perguntou-me.

Eu estava dolorida, mas me segurava em Sasuke-kun, então não havia desconforto que não pudesse suportar. "Consigo." Mesmo assim ele hesitou. "Não era você que não queria perder o primeiro tempo? Se apresse!"

"Ok." Com um impulso ele começou a pedalar. Eu só esperava que minhas costas doloridas realmente aguentassem o trajeto.

*

*

*

Dor. Meu corpo todo estava em dor. Segurar-me em Sasuke-kun para não cair da bicicleta tinha sido um esforço maior do que eu esperava.

"Definitivamente, não foi uma boa ideia." Sasuke-kun disse, enquanto me via gemer de dor. "Vem, eu te ajudo."

Ele colocou minhas mãos em torno do braço dele, e nós nos dirigimos até o portão. Logo o sinal bateu.

"Você tem certeza que não é melhor ir ao hospital?" Perguntou-me.

"Irei lá mais tarde."

Andar. Caramba! Isso era difícil.

Finalmente chegamos na sala. Se demorasse mais um pouco, eu teria desabado no chão do pátio.

"Minha nossa, Sakura!" Ino disse, enquanto vinha para minha mesa com o resto da sala à tiracolo.

"Um caminhão passou por cima de você?" Naruto praticamente pulou em cima de mim.

"Você está horrível." Foi Neji quem fez esse grande elogio. Hunf.

"Galera, dá um tempo!" Tenten falou. "Vocês não estão ajudando."

"Sakura-chan! Você se machucou muito?! O que aconteceu?!" Lee perguntava, escandaloso como sempre.

"Gente, eu estou bem. Não prestei atenção na rua e acabei sendo atropelada. Mas está tudo certo. Não fraturei nada."

O grupo começou a fazer muitas perguntas. Todos ao mesmo tempo.

"Kabuto." Foi o que Sasuke-kun respondeu quando indagaram quem me atropelara.

Deixei que ele respondesse tudo.

Eu só queria um pouco de paz. Não era como se alguém estivesse realmente preocupado comigo. Eles só queriam saber do "babado" que foi o meu acidente.

Quando Asuma-sensei chegou em sala, todos foram para seus lugares. E eu nunca achei a aula de Física tão legal.

*

*

*

A hora do lanche havia chegado. Ino e eu dividíamos um sanduíche. Estávamos todos sentados em frente à grande árvore do pátio.

"A gente tem treinado pouco." Disse Neji.

"Treinado e ensaiado pouco." Completou Naruto.

Os meninos jogavam futebol. Na escola haviam dois times, que viviam se enfrentando: os Snakes, que era o dos meus amigos, e os Wolfs, formado basicamente por Sasori — o garoto mais barra pesada de Konoha — e sua gangue.

Nos tempos livres, Sasuke-kun, Neji e Naruto formavam uma banda: Three Pieces — carinhosamente apelidada de 3P.

Eles eram excelentes.

Ino, Hinata e eu éramos suas maiores fãs.

Neji comandava a bateria. Naruto, a guitarra. Sasuke-kun era a voz da banda. Ele por vez tocava violão, por outra, teclado, dependendo da música. Os três se dividiam na composição das canções, mas a maioria delas era do Uchiha.

Eles todos eram tão talentosos! Às vezes eu sentia até inveja.

A primeira vez que vi Sasuke-kun cantar e tocar uma música própria soube que ele era o amor da minha vida. Apaixonada por ele sempre fui, mas a certeza de que fomos feitos um para o outro, só tive ali. Eu era uma garotinha de dez anos de idade que tinha encontrado seu amor para a vida toda.

Lembro-me de chegar em casa naquele dia e dizer a papai que eu queria compor uma música para Sasuke-kun, que queria tocar para ele.

Papai sorriu e concordou em me ajudar, no entanto, não compus nada por dois anos.

Logo os instrumentos de vovô tornaram-se meus melhores amigos.

A música entrou em meu coração de um jeito inexplicável.

Papai me ensinou tudo o que pôde nos dois anos que se passaram após meu pedido. Até o vovô, que naquela época ainda era vivo, vez ou outra me ensinava alguma coisa — mesmo em seus dias ruins, quando ele não lembrava nem quem eu era. Vovô tinha o Mal de Alzheimer, mas se de uma coisa ele nunca esqueceu, foi da música.

Havia dias em que ele gritava, afastava-me. Mas bastava pedir-lhe para me ensinar música que ele mudava. Estampava um sorriso no rosto, perguntava meu nome e permitia que eu sentasse ao seu lado.

Pouco tempo mais tarde vovô morreu e papai se afundou em tristeza, mas nunca deixou de me ensinar música.

Quando meu pai tocava eu podia jurar que via sua alma se iluminar.

Ele morreu de hepatite quando eu tinha doze anos.

Papai não era um homem famoso, nem tinha dinheiro. Poucas pessoas visitaram seu túmulo e menos ainda choraram sua morte.

Mas para mim ele foi o homem mais importante que já existiu. Seu legado, assim como o de vovô, é o amor pela música que vive em mim. Esse é meu maior tesouro.

E foi para papai que escrevi minha primeira canção.

*

*

*

Konoha podia ser pequena, mas acho que metade de sua população é de adolescentes. Só isso explicaria tantos alunos reunidos no pátio.

Eu gostava dessa sensação de ter muita gente ao redor.

Ino e eu planejávamos fugir de Konoha algum dia. Ganhar o mundo, viver em uma cidade bem grande e lotada.

É claro que nós duas sabíamos que isso seria difícil de acontecer. E mesmo se eu tivesse a chance, nunca deixaria Sasuke-kun para trás.

"Olha! Sakura-chan se arrebentou toda!" Tayuya disse, enquanto parava na minha frente junto com suas amigas, Mei e Kiya. "Uau! Como você conseguiu ficar ainda mais feia?" Zombou.

Ino se levantou. "A minha amiga é muito mais bonita que você, palito de dente."

Tayuya riu com as outras duas. As três pareciam modelos de tão magras, altas e lindas. Tayuya era ruiva, com um cabelo enorme e olhos castanhos. Mei e Kiya eram loiras, mas a primeira tinha olhos azuis e a segunda, cor de mel.

Preferia que Ino tivesse ficado calada. Era óbvio que eu não era mais bonita que elas.

Eu já estava acostumada. Desde pequena, essas três me perseguiam. Em todo colégio — e Konoha School não estava imune — há pessoas que só se sentem bem colocando os outros para baixo.

Quando mais nova, eu me importava. Chorava. Elas diziam que eu não era desse mundo de tão feia que era. Uma ET. Que meus dentes eram horríveis, meu cabelo esquisito...

Eu não brincava no parquinho, porque elas me expulsavam. Eu não falava nada em sala, porque elas zoavam qualquer coisa que eu dissesse. Colocavam chiclete na minha carteira... Enfim, faziam o possível para tornar a minha vida um inferno.

Não que eu tivesse feito alguma coisa errada. É só que elas tinham a necessidade de fazer alguém se sentir mal. Infelizmente, fui a escolhida.

Ino, para mim, sempre foi a menina mais bonita da cidade. Eu ficava intimidada, com medo que ela me tratasse como as outras. Mas não.

Quando eu tinha oito anos Ino me defendeu pela primeira vez, e desde então virou meu anjo da guarda pessoal. E minha melhor amiga.

Ela me ajudou a ter mais confiança e a não me deixar abater pelo o que os outros diziam.

Se não fosse por Ino, acho que não teria feito amigos e continuaria chorando com tudo que Tayuya, Mei e Kiya falavam de mim.

"Mais bonita? Acho que você precisa de óculos, Yamanaka. Essa rosada esquisita mais parece uma rata deformada!" Tayuya falou, com deboche. Confesso que aquilo me incomodou. Muito.

Só por que hoje sou mais confiante e sei que tudo que Tayuya diz é só para me machucar, não quer dizer que não me atinja. Mesmo que eu já estivesse acostumada com suas palavras más, era humilhante. Principalmente por ela falar na frente de todo mundo.

Ino fechou os punhos. Ah, não! A Yamanaka às vezes partia para agressão quando alguém me ofendia.

"Está tudo bem, Ino." Segurei em sua mão. "Não vale a pena."

O resto do grupo estava calado e olhava tudo com atenção.

"Vale sim." Ino disse. "Vale muito a pena enfiar a minha mão na cara dessa puta."

Os olhos de Tayuya faiscaram. E ela deu um tapa no rosto de Ino.

Eu fiquei abismada.

A Yamanaka se assustou. Tayuya nunca havia feito isso. Foi completamente inesperado.

Mesmo com dor eu me levantei e abracei Ino, por trás, na tentativa de não deixá-la revidar.

Tayuya levantou a mão, preparando-se para dar mais um golpe em Ino.

Mas alguém a impediu — com um tapa ainda mais inesperado que a fez recuar.

"Você não vai encostar nem mais um dedo na Ino, ou eu acabo com você." Disse um Sasuke-kun muito furioso, completamente fora de si, a encarando de cima.

Entrei em choque, assim como todos os outros.

Exceto Ino. Quando a olhei, percebi que ela não estava chocada.

Seus lindos olhos azuis brilhavam como nunca ao olhar para Sasuke-kun. Sua mão agarrou forte um de meus braços que lhe abraçava.

Mas foi somente quando ele olhou para Ino e a fúria em seus olhos lentamente se dissolveu, transformando-se em um olhar que eu nunca, jamais, ganhei dele que a ficha, finalmente, caiu.

E se ainda havia alguma parte inteira em meu coração, naquele momento se quebrou.

*

*

*

O tempo parecia congelado. Ino ainda estava em meus braços, com o olhar preso no de Sasuke-kun.

A Yamanaka tremia. Eu podia sentir sua respiração acelerada. Eu podia até mesmo ouvir. Parecia que esse era o único ruído no ambiente — talvez fosse.

Ninguém ousava se mexer.

Todos os alunos haviam parado para ver aquele fato inédito.

Uchiha Sasuke já havia se envolvido em algumas brigas. Ele era alvo de Sasori e sua gangue, então, vez ou outra precisava usar sua força. Mas ele nunca — repito, nunca — havia batido em uma garota.

Sentia o mundo desabando em baixo de mim. Meus joelhos fraquejavam, mas eu me mantinha em pé.

Eu não iria chorar.

Não aqui. Não agora.

"Isso..." Tayuya cortou o silêncio. "Não... Vai... Ficar assim...! Você vai pagar, Uchiha!"

Mei e Kiya ajudaram-na a se recompor. Os olhos chorosos da ruiva emanavam um misto de fúria e espanto.

Sasuke-kun cortou o contato visual com Ino e observou Tayuya. Algo em seus olhos indicou que ele havia, enfim, percebido o que fez.

A garota saiu desfilando, de cabeça erguida, com suas duas amigas lhe seguindo. Assim que entrou no prédio, Sasuke-kun correu atrás dela.

Eu soltei Ino, que me olhou com cautela e talvez... Medo?

Sorri para ela. "Duvido que aquela vaca ruiva nos perturbe novamente."

Ino sorriu, quase que em alívio. Ela não percebeu...

...Que o meu sorriso era forçado.

*

*

*

O último tempo era de educação física.

Eu queria ir pra casa. Queria desabar. Mas precisava ser forte por mais um tempo.

Claro que Gai-sensei — que aliás, era pai de Lee — me liberou da aula. Sem chance de eu conseguir fazer qualquer atividade física nas minhas atuais condições.

Logo após a confusão no intervalo, Tayuya foi na sala da direção contar o ocorrido.

Sasuke-kun foi atrás. Pediu milhares de desculpas da garota. Disse que estava arrependido e que não sabia o que tinha dado na cabeça dele naquele momento infeliz.

Mas Tayuya estava irredutível.

Obviamente os pais da ruiva e do Uchiha foram chamados para uma reunião amanhã. Acho que ele será suspenso.

Por hoje, o diretor o mandou ir para casa.

Eu disse a Sasuke-kun para ir embora na minha bicicleta. Poderia até ter ido com ele, alegando não estar passando bem, só que eu não conseguiria lidar com o Uchiha agora. Já estava sendo difícil o suficiente tentar não desabar.

Por isso aceitei de bom grado quando Neji se ofereceu para me deixar em casa, na sua bicicleta. Mas eu precisava esperá-lo sair da Educação Física.

O único problema é que agora, do lado de fora da quadra, eu estava sozinha. E quando se fica sozinha os pensamentos invadem — pensamentos estes que eu não queria ter agora.

"Mais um pouco, Sakura." Digo a mim mesma. "Aguente só mais um pouco."

Mas eu não consigo. Lembro do olhar entre Ino e Sasuke-kun. A dor começa a tomar conta de mim.

A primeira lágrima cai.

Como isso foi acontecer? Quando?

Em que momento Ino e Sasuke-kun desenvolveram sentimentos um pelo outro? Eles costumavam não se suportar!

Mais uma lágrima.

Ela não podia fazer isso comigo. Não! O Sasuke-kun é meu! A Ino não vai tomá-lo de mim.

Mais lágrimas.

Raiva. Eu estava com raiva de Ino. E de Sasuke-kun. E de mim.

Por quê? O que ela fez para ganhar sua atenção? Será que é por ser mais bonita do que eu?

Não era justo! Eu fazia tudo por ele! Estava sempre lá. Amava-o incondicionalmente. Então por que Ino e não eu?

Os risos e gritos vindos da quadra não combinavam com as minhas lágrimas. O ódio me subiu a garganta quando pensei na Yamanaka correndo e sorrindo lá dentro.

Eu precisava sair dali e achar algum lugar onde ninguém me visse naquele estado — antes que resolvesse entrar naquela quadra e pular no pescoço de Ino.

Por que ela?

Era comigo que ele vinha para a escola todo dia e era comigo que ele ia embora. Era a minha janela que ficava na frente da dele. Era eu que preparava-lhe comidas. E eu que me declarava o tempo todo, que dizia o quão especial ele era.

E quando o Uchiha voltava todo machucado de alguma briga com Sasori e sua gangue, quem cuidava dele? Eu! Eu!

Então, obviamente, Sasuke-kun pertencia a mim. Ele até podia ter namoricos com outras garotas, mas eu sabia que era tudo passageiro. Mesmo quando ele namorou Kara, uma líder de torcida do time dele, sabia que nada mais era do que a pressão do rótulo "jogador de futebol + líder de torcida loira". Tão clichê! Ele mesmo concordou comigo.

Mas agora eu odiava Ino como nunca odiei Kara.

Quando soube que Sasuke-kun estava com aquela líder de torcida metida, quis morrer — não sem antes matá-la.

Kara foi a primeira — e até agora única — namorada do Uchiha.

Só que ela também não recebeu um olhar tão significativo como o que Sasuke-kun deu a Ino.

Ino. Ino.

Por quê?

Eu não entendia.

Mas eu sabia para onde ir.

Atrás da escola havia um pequeno terreno proibido aos alunos.

Lá havia uma espécie de sala à parte. Era onde antes ocorriam as reuniões dos professores. Após a reforma do ano retrasado a sala foi rebaixada a depósito.

Eu sabia que a porta estaria trancada, mas estava preparada pra socá-la até que ela se quebrasse. E se não conseguisse, pelo menos estaria sozinha naquele terreno.

*

*

*

Era visível que ninguém cuidava daquele lugar a um bom tempo. A grama estava cobrindo meus pés.

Os muros que cercavam o terreno estavam cobertos com musgo.

A "sala à parte" tinha a forma de uma pequena casa branca e retangular, vista de fora. Sem janelas, só com uma porta vermelha.

As lágrimas continuavam a cair mesmo sem minha permissão.

Deixei a raiva tomar conta de meu corpo.

Soquei a porta com toda a força que eu queria usar em Ino.

"Maldita!" Gritei.

Mais socos.

Não era o suficiente.

Chutei a porta.

Eu iria quebrá-lá.

Gritei.

Sangue escorreu de minhas mãos.

Meu pé torcido e minhas costas doíam furiosamente, mas eu não me importava.

Finalmente, meus joelhos cederam.

Perdi as forças.

Meu choro se tornou mais alto. Eu soluçava muito.

Sentia raiva. Tristeza. Dor.

Eu queria que o mundo explodisse!

Foi então que a maçaneta girou e a porta se abriu.

Ali, jogada no chão, vi primeiro a calça vermelha da escola. Logo a gravata — também vermelha — jogada desleixadamente por cima da blusa branca do uniforme. Finalmente, olhei seu rosto.

E meu coração saltou quando o reconheci.

Sabaku no Gaara. Encarando-me com seus misteriosos olhos verdes. Sua expressão indecifrável.

Ele se abaixou e seus olhos me capturaram. Seu rosto bem em frente ao meu.

Era como se ele pudesse ver através de mim. Como se pudesse ver minha alma.

Senti-me exposta.

Então, quando ele falou, meu corpo tremeu, como se respondesse a ele.

"Sakura."


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Notas finais do capítulo

Então... Esse capítulo trouxe a primeira menção a Sasori. Prestem atenção nele!

XOXO



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