Seven Lifes escrita por lis


Capítulo 8
VII - Midnight Moon


Notas iniciais do capítulo

Oláááááá! Cá estou eu com mais um capítulo, meia hora atrasado massss saiu!

Ele ficou um pouco curto, me desculpem, mas eu não queria ficar estendendo demais só pra ficar grande, sabem? Eu senti que estava na hora de terminá-lo, e acredito que se tivesse escrito mais, não teria ficado muito bom, então, espero que entendam.

E um obrigada especial para a Karine Dias, que favoritou a fic! Sério, isso me deixou MUITO feliz, sua linda!

P.S.: O shipp vencedor foi Caleo, por unanimidade! :3

Bom, não tenho muito o que falar, então, até as notas finais!



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17 de junho, 2013

4 vidas

Dormir fora um erro.

Aquelas palavras ecoavam na mente de Percy.

Ele não podia fazer nada, o sonho continuava o mesmo: ele como uma criança, atendendo o telefone, as risadas, os berros.

Mas ele não desistira.

Iria sonhar quantas vezes fosse preciso para que o sonho mudasse.

E, por incrível que pareça, funcionou.

Daquela vez, a televisão da sala-de-estar estava funcionando, e ele pôde ver uma garotinha loira chorando. Talvez tivesse perto de seus oito anos, mas era impossível saber com certeza.

Enquanto isso, Frederick Chase aparecera, com uma seringa nas mãos.

Então, a caixa de som ao lado do aparelho começou a funcionar também. Ela gritava, clamava pela mãe. Ele viu os olhos cinzentos de novo, perdidos numa tempestade sem fim.

Não era possível que já estivesse assim naquela idade...

Até que uma mulher aparecera, e se colocara entre os dois. Tinha cabelos castanhos, mas compartilhava o mesmo rosto angelical e os mesmos olhos cinzentos da garotinha. Não havia dúvidas, aquela era Atena Chase, uma das fundadoras da Olympus.

Que deveria ter falecido quando Annabeth tinha sete anos.

O homem, irritado, empurrou a mulher para o lado, esta que segurou um grito de dor. Algo havia quebrado.

Frederick se aproximava lentamente da garotinha...

E a televisão desligou.

O telefone voltou a tocar, estridente.

Ainda perturbado com aquelas imagens, atendeu-o.

O show está apenas começando. Quer mais, garoto?

*

Luke encarava Annabeth, atônito.

– Me diga! – Lágrimas escorriam pelas bochechas da loira. – Eu confiei em você, Luke! Eu...

Nico a puxou pela cintura, antes que surtasse e fosse para cima do loiro. É claro que não seria ruim, mas precisavam dele vivo para obter as respostas.

– Thalia, leve ela para o quarto e tente acalmá-la. – Disse ele, com certa dificuldade pois a Chase começara a se retorcer em seus braços, irritada.

Daquela vez, a morena não retrucou. Apenas assentiu e puxou Annabeth até o quarto. Nem mesmo ela seria burra o bastante para relutar com a Grace.

Os outros continuavam em silêncio. Sabiam o que teriam de fazer com Luke, e apesar de tudo, ainda não era reconfortante. Foi pouco tempo, mas o suficiente para criarem laços com o loiro.

Algo não estava certo.

Foi repentino; enquanto entrava no quarto com a punk, Annabeth sentiu que sua cabeça ia explodir. Era uma dor cruciante, que a impedia de raciocinar. Naquele momento, tudo se tornara a dor que parecia se expandir. Mais lágrimas acumularam-se, e sentiu-se surpresa ao desejar que o sono silenciasse tal agonia.

Como se alguém estivesse apenas esperando tal desejo, a loira adormeceu.

Não, não havia desmaiado, perdido a consciência, ou qualquer outra coisa. Havia apenas adormecido.

Levantou da cama, esfregando os olhinhos cinzentos. Aquele som a incomodava. Odiava ser acordada no meio da noite por ele.

Correu até a sala, para atendê-lo ou desligá-lo, mas parou na porta.

Havia alguém ali.

Mais especificamente, um garotinho. Tinha cabelos negros bagunçados e olhos verdes travessos. Assistia atentamente à um programa de televisão, da qual o ângulo a impedia de saber qual era.

Assustada, recuou alguns passos. As pequeninas mãos tremiam, enquanto agarravam o canto da porta como se sua vida dependesse dela.

Cansada de esperar, adentrou, finalmente, a sala. Confusa, viu que a televisão estava desligada. Como se estivesse esperado ela entrar, o garotinho caminhou até o telefone e o atendeu.

Então, a garotinha se lembrou da voz, das risadas.

– Não... não se aproxime! – Berrou, desesperada.

Ele já havia desligado. Ela já havia começado a chorar.

Ele se aproximou, receoso. Era a mesma garotinha do vídeo, a mesma Annabeth.

Percy agarrou o pulso dela, que se assustou e tentou se afastar.

– Você tem medo dele? – Perguntou, movendo a cabeça em direção ao telefone.

Confusa, retirou o pulso das mãos dele, assentindo e se afastando.

Ele sorriu para ela, e um pouco do medo pareceu se afastar também.

– Eu já volto!

Basta modificar o sonho, pensou.

E conseguiu. Criou uma continuação para a casa – talvez fosse mais apropriado dizer mansão –, mais especificamente, uma cozinha.

Annabeth apenas o encarou sumir por entre a escuridão. Não conseguia enxergar nada além de seu quarto e a sala. Não era capaz de modificar aquilo que acreditara por toda sua vida.

Quando ele voltou, tinha um martelo de carne na mão.

– Você não precisa atender se não quiser. – Estendeu a mão, oferecendo-lhe o martelo.

Entendendo o recado, pegou o objeto com firmeza, apesar de suas mãos ainda tremerem levemente.

Nervosa, olhou para o garotinho novamente, este que sorriu e assentiu, incentivando-a.

Sorrindo, se aproximou do telefone e deixou que suas emoções a tomassem.

Expôs-se completamente, berrando aquilo que estava preso na mais profunda parte de sua alma, enquanto apunhalava o aparelho e observava os pedaços de plástico voarem pelos cantos.

Ouviu os gritos do moreno a apoiarem, feliz.

Quando terminou, estava ofegante.

– Isso tudo é seu, Annie. – Se assustou ao ouvir seu nome ser pronunciado. – Se quiser, pode ir além da lua, então por que não ignorá-lo?

– Ele não deixa. – Sussurrou ela, triste.

– Feche os olhos. – Pediu Percy.

– Mas...

Ela ia retrucar, mas o olhar dele a impediu de continuar, então, apenas assentiu e os fechou.

Alguns segundos depois, Jackson a chamou.

– Pode abrir!

Ela o fez.

Estavam num enorme gramado, iluminado apenas pela luz de uma enorme lua cheia da meia noite.

Pequenas gotículas de água jaziam por entre o verde, como se tivesse chovido há poucos minutos. Tateou a grama macia e inalou o cheiro de terra que pareceu inundar o lugar.

Percy estava sentado ao lado dela, sorrindo.

Ele pôde ver um pequeno brilho por entre a tempestade, e naquele momento soube que faria de tudo para vê-lo pelo resto de sua vida.

– Você pode fazer isso se quiser. – Comentou, admirando a paisagem.

– Não posso, não. – Retrucou Annabeth, tristemente.

– Eu te ensino, se você quiser.

– E por que eu confiaria em você? – Indagou. Realmente estava desconfiada.

Ele levantou abruptamente, puxando-a consigo e a envolvendo num abraço. A loira, mais uma vez, não teve a reação de devolver o abraço.

Percy a afastou, pegou os pulsos da garotinha e delicadamente os colocou em volta de sua própria cintura.

– É chato abraçar e não ser abraçado de volta. – Sussurrou. – Lembra, Annie?

Ela ia responder, com lágrimas nos olhos, quando Percy começou a gritar.

Foram separados repentinamente, e pôde ver o sangue se espalhando pela camiseta do garoto.

Ele urrava de dor, já começando a perder a consciência.

Já Annabeth apenas chorava, tentando parar o sangramento, tentando fazer alguma coisa, qualquer coisa...

Então, um telefone começou a tocar.

Era vez da loira de atender, e ela sabia disso.

As mãos tremendo, puxou o aparelho. Estava no viva-voz.

– Ela disse que eu não deixaria, tolo.

E foi sob a lua cheia da meia noite, que as lágrimas de Annabeth Chase e o sangue de Percy Jackson mancharam a grama verde, assim como manchara suas mentes permanentemente.


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Notas finais do capítulo

Yaaay! Gostaram? Tem bastante Percabeth, né?

Me desculpem por ter estragado o clima com esse final meio pesadinho, mas sabem como é, as coisas ainda estão meio distantes de se consertarem...

Aliás, muitíssimo obrigada à todos que me deram parabéns pelo namoro, VOCÊS SÃO UNS AMORESSSSS! Sério, se eu pudesse, abraçava cada um!

Eu vi que vocês gostaram bastante da última música do "Oh Wonder" que eu deixei, então decidi colocar mais uma pra vocês! O título foi baseado nela, e eu achei que combinou super bem com o final, então... espero que achem o mesmo!

Link: https://www.youtube.com/watch?v=gmBRRaqGYNw

Mais uma vez, me desculpem pelo atraso, e espero que tenham gostado do cap.! Os especiais estão chegando, só peço que esperem um pouquinho por que quero escrever todos e depois começar a postá-los...

Bom, por enquanto é isso! Beijinhos e até o próximo, seus lindos!



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