Seven Lifes escrita por lis


Capítulo 10
IX - Dont be afraid


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Antes de mais nada: ME DESCULPEM. Sim, um mês sem postar. Pois é.

Se quiserem saber o motivo, leiam as notas finais, mas não acho que realmente importem. Mas bem, eu voltei! Como estou tendo aula, infelizmente os capítulos não voltarão a ser diários, porém com certeza será um período menor que um mês.

Obrigada à todos que não pararam de acompanhar, eu realmente não sei se voltaria a escrever se vocês não estivessem comentando e me apoiando, então, muito obrigada, de coração!

Prometi pra mim mesma que não responderia os comentários até conseguir voltar a escrever, por isso logo mais responderei todos que ainda não foram respondidos, ok?

Espero que gostem!

Beijinhos



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18:34

17 de junho, 2013

4 vidas

O telefone tocava.

Annabeth suspirou, cansada. Não estava preparada para fazer tudo aquilo de novo.

Mas quem disse que aquilo importava?

Preparado ou não, o desespero sempre virá.

Ao adentrar a sala, percebeu que a televisão estava ligada. Estranhando, aproximou-se.

O toque do telefone pareceu se silenciar, de tamanha atenção que ela mantinha no outro aparelho, devido à imagem que aparecia nele.

Atena Olympus Chase, sua mãe, estava sorrindo. Os cabelos sedosos e escuros caíam sobre os ombros finos da mulher. Os olhos cinzentos dos quais puxara brilhavam, molhados.

A família Chase mantinha um conceito há anos, que apesar de errado, era inevitável; todos acreditavam que lágrimas demonstravam fraqueza, o que significava que mostrar-se segurando-as era uma forma de mostrar superioridade e força.

O peito de Annabeth encheu-se desse sentimento; quase sentia que a força de sua mãe passava para si através da tela. Seus olhos se encheram de lágrimas igualmente.

Ela não as deixou cair.

Não mais.

Manteria seu sangue Chase correndo por suas veias por ela, assim como suas lágrimas. Manteria o legado que sua família deixara em seus ombros, e orgulharia aqueles que não estavam ali para fazer aquilo no lugar da loira.

Quando percebeu, viu que estava de pé em frente à televisão, seus dedos automaticamente esticavam-se para tocar na tela, no rosto da mãe.

Quando o fez, uma barra apareceu em baixo, e a voz melodiosa de Atena adentrou seus ouvidos como uma canção de ninar.

– Oi, minha querida... – um sorriso caloroso se abriu automaticamente no rosto da mãe e da filha. – eu acredito que já faça um bom tempo desde que nos vimos, certo? Eu... eu não posso te ver. Na verdade, agora, você é um bebezinho. – Os olhos cinzentos voltaram a lacrimejar. – Meu bebezinho.

– Mãe! – Gritou Annabeth para o vazio.

– Bem... você deve estar sonhando agora. Eu sei que é confuso, mas por favor Corujinha, confie em mim. Eu tenho um plano; os Chase sempre tem um plano. – Mais um sorriso se abriu, e a loira estava se derretendo. Nunca se sentira tão feliz e tão vazia ao mesmo tempo. Atena estava tão perto, entretanto tão longe... não, não podia pensar naquilo. Afinal, ela não tinha como saber; talvez a morte a estivesse esperando naquele momento. – Muita coisa anda acontecendo, eu sei. Mas tudo apenas começou, oh minha Corujinha... como eu queria poder pegar a sua dor para mim... mas, – ela tentava se manter firme, quase em vão. – há um caso aberto nesse momento. E... eu deixei a chave para trancá-lo novamente contigo. Eu vou lhe ajudar a encontra-la e a fechar essa Caixa de Pandora, certo? Apenas confie em mim e... não atenda o telefone.

Era difícil associar todas aquelas informações. Muito difícil. Mas, antes que pudesse fazer algo, o vídeo escureceu, e apenas a voz de Atena podia ser ouvida, sua última frase, antes de realmente terminar.

– Não ainda.

O telefone parara de tocar.

Percy a sacudia, desesperado. Cortes e hematomas começaram a aparecer em todo o corpo de Annabeth, e ele não conseguia acordá-la, e...

E uma tosse o interrompeu.

A Chase levantou num pulo, assustada.

Quando tirou a mão dos lábios, sangue a estava manchando.

– Não! – A loira fechava os olhos com força, tentando voltar a dormir. Ignorara o sangue, ignorara a dor e os ferimentos. Quando finalmente desistiu, encarou Percy, e de seus olhos transbordava raiva. – Por quê?! Porra, por que você me acordou?

– Você estava gritando e tossindo sangue! Queria que eu fizesse o que?! – O moreno retrucou, incrédulo. – Eu não sei o que você resolveu fazer dessa vez, mas eu nunca vi seu rosto com tanta dor, em nenhuma das outras vezes.

– Ela falou comigo de novo! Ela... – A raiva deu lugar à tristeza, e todas as lágrimas que segurara vendo a mãe caíram ali. Não se deu ao trabalho de tentar pará-las.

O Jackson apenas a abraçou, suspirando internamente. Tinha medo do que aquelas conversas trariam tanto à mente de Annabeth quanto à situação onde o grupo se encontrava.

Querendo ou não, a garota se tornara importante o suficiente para que influenciasse em tudo o que estava por vir.

Ele só não esperava que toda a desgraça que trouxe fosse ser recompensada com a sua presença do jeito que estava sendo.

*

– Ela vai ter de ir num hospital. – A voz de Thalia era dura. – Eu não sei como, não entendo! Foi um sonho, e mesmo assim causou algum tipo de hemorragia interna. Annabeth, que merda você faz sonhando?

– Espere. – Interrompeu Percy, pensativo. – Ann, você não disse que esse sonho foi bom? Tipo, reencontrar sua mãe e tal?

Ela assentiu, quieta.

– E não tínhamos pensado na possibilidade de que os nossos machucados físicos eram feitos a partir da nossa dor emocional durante o sonho? – Dessa vez foi a Grace quem assentiu, curiosa. – Então, por que ela se feriu tanto ao ver a mãe? Digo, é claro que pode ter ajudado a relembrar a dor da perda, mas... não deveria ser tanta, não deveria ser mais do que a dor dos outros sonhos. – Concluiu, orgulhoso de si por ter pensado em algo tão... bem, em algo.

Suspirando, a morena se desanimou ao saber que no fim, não trouxera nenhum avanço.

– Então ou a nossa hipótese está errada, ou há algum tipo de dor dentro disso tudo que nem mesmo Annabeth pôde realmente sentir. Tipo, algo no subconsciente. Mas por favor, não fique criando hipótese em cima de hipótese. Não vai nos levar a lugar algum, e você sabe disso.

– Ela vai dar um sinal. – Pela primeira vez, a loira se pronunciou, surpreendendo à todos.

– Ann... – o tom de voz de Thalia mudara drasticamente. Era difícil vê-lo tão... leve. – ...não queremos te deixar triste, nem nada, mas... eu não acho que seja verdade. Nós realmente precisamos avançar nisso e...

O som dos pés da cadeira se arrastando no chão invadiu o local. A Chase estava de pé, os punhos fechados e os olhos mais escuros.

Uma tempestade estava vindo.

– Cale a boca. – O sussurro que saiu de seus lábios trêmulos deixara o clima tenso. – Cale a boca, cale a boca...

A morena tentou se aproximar para acalmá-la, e recebeu um empurrão.

Em seguida, começou a caminhar para fora do cômodo, mas, antes de fechar a porta, deixou sua voz no ar para quem quisesse ouvir.

– Se vocês não confiam em mim, não esperem que confie em vocês.

A porta se fechou, enquanto milhares de possibilidades se abriam na mente de Thalia e Percy, e também de Leo, Jason e Piper, que encaravam a cena em silêncio.

*

Piper estava com medo.

Era difícil ouvir os berros de Percy no quarto ao lado.

– Você não vai dormir de novo! Eu... – um silêncio esquisito interrompeu a frase. – EU JÁ DISSE QUE NÃO ME IMPORTO! Ela não é real, Annabeth! E nunca foi!

Eles tinham se dado tão bem.

Mclean odiava brigas, desde... sempre. Mesmo que sempre brigasse com Afrodite quando ainda moravam juntas, era por puro orgulho. Se pudesse evitar a raiva que era obrigada a ver nos olhos da mãe, assim como a raiva que era obrigada a sentir... tudo teria sido diferente.

Se arrependia tanto do que fizera...

Geralmente, são os filhos revoltados que fogem de casa, certo? Ela devia ser a única que conseguiu assustar a mãe e fazê-la fugir.

Quando voltou a ter notícias da mulher, foram de avisos de procurada pelo FBI. Não sabia como conseguira se juntar à Olympus – e nem gostava de ponderar sobre.

Infelizmente, o dinheiro das riquezas do pai um dia acabaram.

Silena culpava a irmã pelo desaparecimento da mãe, e agora as duas estavam sozinhas e sem dinheiro algum.

Mas tivera um ótimo exemplo do que fazer quando se estava perdida.

Tal mãe, tal filha.

*

– Ela vai dar um sinal. – Era tudo o que Annabeth respondia diante dos berros de Percy.

– Annabeth, você tem que parar! Está reconstruindo a droga do castelo de novo, é isso? Vai fugir da realidade de novo? – Lágrimas já desciam dos olhos esverdeados do garoto. – Por que eu juro por Deus, eu não vou te tirar dos escombros de novo!

Aquelas palavras machucaram mais do que deveriam.

O mar se distanciava, e a loira se sentiu sozinha novamente.

Mas então as palavras vindas do aparelho de som ligado à televisão trouxeram-lhe um sorriso.

Finalmente, mãe.

Sem responder, apenas apontou para a TV, para que o garoto observasse com ela o pequeno sinal dado por Atena Olympus Chase.


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Notas finais do capítulo

Olá novamente, amores!

Bom, basicamente: juntem volta às aulas, com provas, com depressão pois fiquei de recuperação, e então recuperação. Ah, e um belo bloqueio criativo também.

Nada demais, eu sei, me desculpem.

Hoje infelizmente também não terá música/MEP do capítulo. Foi meio que um castigo pra mim, escrever no silêncio dessa vez. Não que escrever seja um castigo, eu amo demais. Mas eu também não encontrei nenhum que se encaixasse com o que eu queria escrever, sabem? Enfim, é.

Mais uma vez me desculpem. Sei que as notas também estão diferentes, mas estou me acostumando a voltar para o ritmo normal, juro.

Obrigada mais uma vez à vocês que ainda acompanham a fanfic, vocês são incríveis



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