I wanna see you smile escrita por Triggered


Capítulo 8
Fora do acampamento part.1


Notas iniciais do capítulo

NEM DEMOREI DESTA VEZ! party hard aqui. MUUUUUito obrigada pelos comentários no último capítulo não parem com esse costume. Não sejam leitores fantasmas, eles são maus! Espero que tenham uma boa leitura, nos vemos nas notas finais, FUI!



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Duca só tinha vido á esse acampamento para agradar o ex-futuro sogro, agora percebeu que nada ali o agrada. Aquela mata só o fazia lembrar duas coisas, uma que ele foi chutado e a outra que o irmão, que sempre o levava ali, foi morto. Depois do temporal ele avisou a todos que ia embora e agora partia com sua moto. Já estava quase chegando a casa quando passou por uma academia chamada Khan e momentaneamente lembrou-se da lutadora morena tatuada que roubara seus sonhos. Estacionou a moto em frente ao local e adentrou. Era uma academia meio pequena e obscura, ou algo era da cor vermelha ou da cor negra. Foi pego de surpresa sendo derrubado por algo que o atingiu nas costas e virou bruscamente a cabeça- Nat? –perguntou zonzo

Ela o encarou e então saiu da academia, sabendo que o Menezes o seguiria. Colocou o próprio capacete e sentou-se na moto de Carlos Eduardo. Percebeu que o lutador demorava então entrou novamente na academia e o puxou pela gola da camisa- Você. Não. Pode. Ficar. Aqui. Da. Partida. –ordenou pausadamente, porém apressada.

O Garoto sentou e ligou violentamente a moto, e não andou em uma velocidade abaixo de 60 km/h. Sentiu que a lutadora tinha colocado as mãos em volta dele e isso de algum modo deixou-o sorridente. “Ela poderia se segurar no apoio na lateral, porque está fazendo isso?” perguntou com um sorriso de orelha á orelha. Quando chegaram ele a levou até o banquinho da praça em frente à banca da avó e pediu uma explicação. Ela começou dizendo que era perigoso e que ele deveria temer o Lobão, e não achar que ele era um chefão de fase final de videogame que você morre duas vezes e na terceira consegue- Me explica se esse Lobão é “tãoooo” perigoso, porque você ainda anda do lado dele? –questionou irritado. Ela o trata como o irmão tratava, como se ele fosse algum bebê marrento chorão.

“É complicado” cochichou e ia falar alguma coisa á mais quando a vó do Duca chegou interrompendo-a

–Duca, querido nem me apresenta? Superou a dor de corno da Bianca, foi? –perguntou a vó enquanto encarava Natalia

Ele murmurou algo do tipo “isso vai da merda” e olhou em volta. “Se ela descobrir que a Nat é da Khan nunca vai aprovar minha amizade com ela” pensou “Se bem que ela acha que eu quero algo a mais então vai diminuir um pouco o escândalo”. Ficou olhando de Dona Dalva pra Nat uns dois minutos antes de responder a questão- Dona velha, essa aqui é Natalia Barreto. –apresentou o neto

–Pra senhora só Nat. – cumprimentou a mulher apertando a mão dela

Dona Dalva examinou a menina de cima a baixo e então riu. Não entendendo a graça Natalia olhou meio assustada á Duca esperando uma explicação sobre isso- Não sabia que dava aula de muay thai fora da academia, neto. –e gargalhou, e o neto negou com a cabeça e levou à mão a testa- Afinal pelo porte físico está moça aqui faz Muay Thai!

–Sim ela faz Muay Thai. –afirmou Carlos e então olhou pra ela que tinha os olhos atentos- Mas não é na academia do Gael. –e encarou a morena de novo, que já estava vermelha.

Pra Nat, admitir que treinava ou até mesmo que era namorada de Lobão era algo desgostoso de se falar em público, mas não poderia abandonar sua “missão” por simples imagem pública.

A velha, entendendo o que acontecia fez a pior cara possível e então apontou pra cadeira de rodas- O seu treinador fez isso comigo! –exclamou referindo-se á Lobão

O moreno agora não entendia nada, mal conhecia Lobão e descobriu que ele fora o homem que deixou sua vó neste estado- Eu sei o que ele fez. Eu vou vingar à senhora, e o Alan. –respondeu envergonhada

Então ela se descontrolou- NÃO OUSE FALAR DO ALAN! VOCÊS DA KHAN SÃO TUDO FARINHA DO MESMO SACO, E VOCÊ É HORRENDA E PIOR, REPUGNANTE. –berrou depois se retirou sem antes completar com um- E você, Carlos Eduardo Menezes, está terminantemente proibido de confraternizar com ela. Edu! –chamou- Fecha a banca e me leva pro bingo antes que eu meta a mão na cara de alguém.

Duca estava boquiaberto. Não sabia que a avó era capaz de se rebaixar até esse nível só por ela lutar na academia Khan. Ficou imaginando se eles ensinavam a lutar ou como assassinar uma pessoa e os sentimentos dela. Olhou estranhamente para Nat e achou impossível isso. Tinha uma aura tão branca e... Perigosa? Se fosse descrever a lutadora em duas palavras seria: Mistério e tentação, com toda certeza. Esboçou um sorriso lateral e falou- Vamos pra minha casa. –quando se deu conta estava puxando-a

Ele fez um lanche para a Barreto e para ele então se dirigiram para o sofá. Ligou a Tv e algum filme de ação estava passando. Não deixou de notar que Nat se incomodava um pouco com o ambiente- Te traz lembranças boas ou ruins?

–Ahn? –perguntou em transe a garota- Bem... Ambas.

Ele não conseguiu conter a curiosidade da pergunta então foi rápido e direto- O que o Alan fez pro Lobão querer mata-lo? Ele entrou em algum tipo de gangue rival ou sei lá o que?

Ela riu e deu uma mordida no sanduíche, depois de engolir bebeu um gole de suco e finalmente respondeu- Pra se criar inimigos não precisa criar guerra, Duca. Basta falar a verdade.

Ele olhou surpreso pra ela- Filosofa você. –observou e o silencio reinou. Ela mais uma vez olhava em volta e ele se incomodou desta vez- Dificil esquecer o passado, não?

–Esquecer o passado é fácil. –respondeu olhando no fundo dos olhos de Duca- Difícil é esquecer a pessoa, as memórias.

Então o lutador investiu em um dos movimentos mais arriscados que já fez- E se –fez-se uma pausa- Você criasse novas memórias? –questionou se aproximando. Ela sentiu seu hálito de uva, causado pelo suco e sua pulsação aumentou. Era “expert” nisso, mas era o irmão CAÇULA do seu ex, morto, namorado.

–Duca, o que está fazendo? –perguntou se ajeitando no sofá e tentou, mas não conseguiu, olhou para ele de volta sorrindo agora.

Ele riu e olhou para ela com o olhar mais sexy que podia tentar ter. Mas, o sorriso da morena o fez derreter olha que isso é difícil em um homem, digamos que, “macho” como ele- Criando memórias melhores. –disse e então a beijou, colocando sua mão nas costas dela e ela os braços entrelaçados em seu pescoço.

Cobrade•

Ricardo mutilava o saco de pancadas que havia atrás do QG. Nunca teve um final de semana mais parado que aquele então aproveitou para lutar. Lutar nada né, se o saco de pancadas fosse uma pessoa nem iria pro UTI, já teria encomendado o caixão! Estava tão empenhado na sequencias de golpes que nem percebeu certa pessoa entrando- Nossa o que o saco te fez? Beijou sua garota por acaso?

Ele reconhecendo a voz virou-se rapidamente e sorridente respondeu- Só se você anda beijando objetos, Jade. Mientiu pra sua mãe falando que tava doente pra não ir pro acampamento, não?

Ela riu a abraçou o Vagabundo do QG. Olhou em volta. Como sempre era um bom cafofo pra um casal, pra viver... Era outra história. Depositou beijos no pescoço de Cobra e então o beijou ferozmente. Ele murmurou um calma durante o beijo e então se afastou- Dama, você não acha eu estamos indo rápido demais da conta?

Ela olhou cinicamente para o rapaz e então resmungou- Não somos um casal, Cobra. Não há “rápido” ou “devagar” demais. –e então novamente partiu para cima dele que desta vez não interviu. Primeiro distribuiu beijos em todo pescoço da garota e depois á jogou na parede. Jade entrelaçou a perna entre a cintura de Cobra e se agarrava em seus cabelos. Porém depois de um tempo ela se afastou- Poxa vagabundo você ta treinando á quantas horas?

–Algumas. –respondeu e então levantou o braço e sentiu o cheiro- Aaaah entendi. É eu estou fedendo igual a um cachorro molhado. Vai me esperar ou tomar o banho comigo? –perguntou maliciosamente.

Ela simplesmente empurrou-o para o banheiro e fechou a porta. “Até tentei, mas parece que ele se banhou em pelo de cachorro de rua” refletiu a bailarina.

No banheiro Cobra analisava o que havia acabado de acontecer. A frase que Jade tinha usado não saia de sua mente “Não somos um casal, Cobra”, havia dito. Não, ele não tinha se apaixonado, porém geralmente as mulheres caem em sua mão.

–Jade, Jade. –sussurrou- Sempre surpreendendo, você vai cair aos meus pés também, só aguarda. –disse passando shampoo no cabelo. Quando acabou o banho até colocou algum perfume que tinha comprado ou pego por aí pra ver se ganhava alguns pontinhos.

Quando voltou pra seu cantinho ficou boquiaberto com a surpresa que a garota tinha feito- Não pensa outra coisa, Vagabundo! Você demorou tanto que fiz o pedido no perfeitão e já trouxe! –apontou- E olha o que eu trouxe! –exclamou animada mostrando um cd, A Dama e O Vagabundo. Cobra achou clichê para um par de pessoas maiores de 18 que não era um casal, mas não interviu, apenas sorriu de agradecimento.

Devorou seu espaguete enquanto olhava o filme com Jade- Hmm, ta bom isso daqui! –exclamou satisfeito- Acho que faz mais de um ano que não com uma comida tão boa.

–Deve fazer um ano que você não conhece uma entregadora de comida tão rápida! Vai até me esforcei demais. –retrucou comendo também

Enquanto os esfomeados matavam aquilo que os matavam, não perceberam que dividiam o mesmo fio de espaguete e foram se aproximando sem perceberem e quando notaram tiveram ações diferentes. Jade olhou seriamente pra ele esperando algo romântico de sua parte e Cobra cortou com o garfo o pedaço- Por que fez isso? –interrogou Jade

Ele deu mais uma garfada e assistiu um pouco do filme antes de responder- Esse lance é muito namorado/namorada, e como você mesmo disse, nós não somos um casal.

Ele iria sair vitorioso daquela guerra, mesmo que se fosse a última coisa a fazer antes de dormir. Assistiu mais um trecho do filme e realmente percebeu que se parece com o filme. Parece que está na testa dos dois, vagabundos, escrito “NÃO PRESTA, AFASTE-SE”. Relembrou seu passado, como o julgavam falando que a culpa de seu pai foi sua. Até choraria, mas não era nada macho de sua parte chorar durante uma animação da Disney enquanto relembra o tenebroso passado. Quando o filme acabou Jade ficou o encarando como se fosse algum tipo de labirinto incompleto, sabia que a mente dele estava longe da onde estão- Você não ficou magoado com o que eu falei, não é Ricardo? –Ricardo? Desde quando ela o chamava de Ricardo?

–Não, não estava pensando sobre isso. –disse- E você? Não ficou magoada por eu ter cortado o fio, não?

Ela negou com a cabeça. Eles se olharam e diferente do que geralmente acontecia nenhum dos dois tinham algo mais para falar. A filha da professora de dança ia se retirando por achar tudo àquilo entediante demais, até que o lutador a puxou- Espera. –pediu e então a beijou, ela claro que não recusou- Se for pra ficar com você não interessa se for namorando ou não. –mentiu o Cobreloa, ele ia partir o coração da garota... Isso se o seu não fosse partido primeiro- Você quer... ?

Ela afirmou com a cabeça- Quero. Vai ter que dar o melhor de si afinal tem que compensar o silêncio desta noite! –desafiou-o

–Minha metade já é forte demais pra uma mera mortal. –revidou jogando-a na parede pela segunda vez na noite, abrindo os botões de sua camisa.

Ela deu um gemido quando Cobra beijou um de seus seios e fez uma cara maliciosamente maliciosa- Cobra, Cobra. –sussurrou em seu ouvido fazendo o rapaz se arrepiar. Não esperava por isso- Eu não sou uma mera mortal. –disse com cara de dó que em dois segundos se transformou em uma feroz Gardel que o jogou em cima da cama, com ela por cima pressionando o pulso do garoto contra a cama- Eu sou Jade Gardel. –completou tirando a blusa dele e começando a descer.

Naquela noite, o incêndio na 5ª avenida tinha menos fogo que os dois.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Odiaram? Se ficou ruim desculpem meu primeiro momento hot escrito (porque lido vish foram milhões). Respondam nos comentários o que acharam ok?! Próximo capítulo mais emoções no acampamento!
Um Beijo Um Queijo E Até Lá!



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