Fora do ACAPAMENTO

PART. 2

–Que foi Lucrécia? –questionou Edgard correndo em direção da cabine que entrara, os seguranças do local foram em direção junto a ele para descobrir o que acontecia.

–Olha o tamanho dessa barata! –exclamou assustada e foi para trás de Edgard que se assustou mais que a professora de balé- Mata! –ordenou Lucrécia ao segurança, com medo.

Eles riram da situação e retiraram a barata na maior calma, até que ela saltou do saco que tinham a colocado e foi na direção do outro provador. O provador que se encontrava Cobra e Jade.

–Não grita. –pediu Cobra calma com a mão na boca de sua namorada que gritava. Por sorte a palma de sua mão diminuía o volume. Ela não se controlou e saiu correndo da cabine e ele a seguiu.

Lucrécia quase viu o casal, mas era Edgard que conseguiu ver tudo e irritado, com a linguagem do olhar, mandou Jade se esconder.

–Você ‘tá bem Edgard? –perguntou Lucrécia que ia se virar até que ele segurou seu tronco, impedindo o movimento.

“Melhor impossível” gaguejou e novamente tentava mandar os dois se esconderem. Lucrécia agora se irritara com a situação e ia se virar, e novamente impedida por Edgard que desta vez beijou-a. Ricardo murmurou um “Não sabia que o Edgard jogava deste lado” e puxou jade para trás da seção de calças masculinas. Eles observaram o professor de teatro sair assobiando e a mãe da bailarina sair aos berros pedindo uma explicação.

–Acho melhor irmos para casa. –disse Jade suando frio. Se sua mãe descobrisse nunca a perdoaria. Esse é o problema de gostar de alguém, você nunca vai achar que é bom o bastante para a pessoa, e era isso que ela achava de Cobra, nem ele a merecia ou vice-versa. Eram tão diferentes, mas tão iguais...

[...]

Depois de um longo passeio de moto para chegar no QG, deixou os dois adolescentes pensativos depois de tudo que tinha acontecido. Jade não parava de pensar se aquele “eu gosto de você” evoluiria para um “eu te amo” e depois um “desculpa, mãe”. Já Cobra não parava de pensar o quão ruim era para Jade, e que se o namoro evoluísse ela teria que o apresentar para Lucrécia, e ele tem certeza absoluta que a senhora seria totalmente contra o namoro deles.

–Pode descer Dama. –avisou Cobreloa para a garota. Tirou o capacete dela, ele só tinha um capacete e a cabeça dela valia mais que a dele, e adentraram no QG.

Ela o encarou por alguns minutos e aquele silêncio irritava seus ouvidos- Eu sei o que você está pensando, Cobra. Eu não ligo. –falou cortando o clima tenso

–‘Qualé’ Jade, sua cama vale mais que a minha “casa”. Seu sorriso vale mais que meu corpo inteiro... Bem pelo menos a polícia me acha mais valioso “50mil para quem trazer a cabeça de Ricardo Cobreloa”. –respondeu meio irritado, meio entristecido. Ninguém conhecia aquele lado do rapaz, mas todos temos nosso lado obscuro.

–Sentimentos não se compram Ricardo. Sabe para quantos rapazes ricos, mas tão sem graça, sem sal, sem açúcar ela tentou me empurrar? Se eu quisesse dinheiro acredita não estaria aqui. –retrucou irritada com a baixa estima que o namorado nunca aparentou ter.

–Se quisesse amor também não. Jade por favor, não complica. –pediu cabisbaixo- Amanhã a gente se fala ta? –e se jogou na cama. Jade nunca quebra seu coração, mas hoje ele deu uma boa riscada na parte exterior.

[...]

–Toma. –entregou Duca a toalha para Nat que estava totalmente molhada- Percebeu que não tem nada demais?

Ela secou um pouco seus cabelos até que voltou o olhar ao rapaz- Não é nada demais. O amor da sua vida morre, e você começa a gostar do irmão mais novo dele, nem um pouco ilógico. –responde ironicamente rindo

Ele com bastante atenção percebeu as palavras da lutadora- Ta gostando de mim, Nat? –se levantou e puxou a garota

–O fato não é eu gostar de você. O fato é o seu irmão, sua vó, o Lobão, o esquema... –ia dizendo até que Duca ergue as sobrancelhas em tom de dúvida

–Que esquema? Tem algo haver com esse tal de Lobão? –interrogou e a garota nada disse, só negou calmamente com a cabeça e os dois saíram do Acquazen.

Andaram até a academia do Gael e sentaram em frente a entrada. Encaravam-se por momentos até que Nat tomou a iniciativa e beijou Duca, que retribuiu no mesmo instante. A coisa foi intensificando até que a pessoa que começou o clima o cortou- Acho melhor eu ir para casa. Mas, você tem que vir junto. –propôs ao rapaz que seguiu a lutadora até sua moto e foram em direção ao apartamento da tal.

“ótimo” pensou Duca “já decoro o caminho.” Quando chegaram não houve coisas tipo “Casa legal” ou “Quer um suco?” foram direto um no outro, jogando seus lábios no lábio do outro. A cama de Nat ficava no centro da casa, na sala pode se dizer, e os dois fizeram disto uma vantagem. Duca retirou lentamente a blusa dela revelando dois peitos enormes em baixo de um sutiã negro e um corpo definido (graças ao Muay Thai). Ela retira a regata do lutador mostrado um peitoral super definido (mesmo meu preferindo ser o Gui Hamacek, é o peitoral do Arthur Aguiar genteney). Duca depositava beijos no pescoço de Nat e já ia tirando as calças quando o som da campainha desperta os dois, e, o fogo se apaga.

–Ai meu Deus! É o Lobão. –cochichou para Duca que foi empurrado até o armário- Se quer ver quem ele é deixa uma pequena abertura no armário. PEQUENA! –sussurrou o mais alto que pode alertando o garoto.

Pôs a blusa e lançou um sinal de “Ok” com a mão na direção de Duca e então abriu a porta. Um homem com aparência de final de seus 30 anos começo dos 40 chegou. Meio gordo/ meio musculoso. Meio calvo e com barba rala

–Nat meu anjo, sentiu saudade? –perguntou beijando seu pescoço e Nat rapidamente fez uma careta de desgosto. Duca podia perceber que ela odiava aquilo, mas seu ciúmes era maior

CONTINUA...