Tenshi no Tatakai, não Há apenas Um escrita por Anita


Capítulo 17
Um Mês




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Tenshi no Tatakai § 17 - Um Mês

Olho Azul Apresenta:

Tenshi no Tatakai,
Não Há Apenas Um


 
Capítulo 17 - Um Mês
 
  O rapaz ajeitou os cabelos castanhos e fechou os olhos, dizendo para si palavras de encorajamento. Aquele já era um dia difícil para si; mas o que mais importava era a pessoa que mais se sentiria afetada por aquela data e, por ela, o moço estava pronto para se esquecer dos próprios sentimentos.
 
  Deu seu grito de guerra e entrou na sala, andando confiante até a carteira que o amor de sua vida ocupava. E lá estava Beatrice com os cachos soltos e a expressão séria, enquanto conversava com sua melhor amiga. Nenhuma tristeza no exterior poderia querer dizer algo pior por dentro, certo?
 
  Foi até o local e estendeu o presente que trouxera consigo: um buquê de rosas vermelhas. Os olhos dourados ficaram observando o presente; nem pareciam se dar conta de que era para ela mesma. Então, levantaram-se até o rapaz e se iluminaram com uma emoção bem forte.
 
-HANATO! Dá pra parar de ficar me trazendo presentes toda semana!? -Beatrice lhe gritou, ainda não aceitando o buquê, o que fez o rapaz sorrir.
-É a forma que tenho de mostrar meus pêsames.
-Olha, eu sei que eu era a namorada do Eyuku e que ando muito triste e tudo o mais... Só que esses seus presentes são muito irritantes!
-Meichi-kun só está lembrando ela da data, em vez de ajudá-la a superar, -sua amiga, Kari Tadahara respondeu.
-Lembrando? Não é como se Trix-chan fosse esquecer!
-Mas um buquê de rosas é uma coisa tão incômoda, -Beatrice comentou, tentando se afastar do presente como se fosse algum aracnídeo.
-Estas rosas combinam com sua beleza, Trix-chan!-Hanato a abraçou bem forte, deixando o buquê em cima de sua carteira. No próximo segundo, estava jogado em sua cabeça.
-Meu nome é Beatrice! Sinceramente, ninguém mais sabe meu nome!?-disse, cruzando o braço.
-Então, de quais flores você gosta?
-Nenhuma.
-Jóia?
-Hanato, por favor, só me deixa em paz? Já tive perturbação o bastante hoje em casa.
-Eu entendo como se sente, Trix-chaaaan!- Abraçou-a novamente, enquanto Bia empurrava suas bochechas para longe.
-E o barulho começou cedo hoje...- Uma quarta pessoa surgiu atrás do rapaz.
-Itonokoi-kun! Ohayou!-Kari cumprimentou-o com seu sorriso de sempre.
-Ohayou. Por que tem pétalas na minha carteira?
-Meichi-kun trouxe rosas; elas estão do lado de onde pôs sua pasta, -a menina respondeu, elevando um pouco seu tom para se sobrepôr às declarações de Hanato.
-Ah, claro; como não percebi antes?- Pegou a pasta e a pôs do outro lado. -Então, já faz um mês, é? Como está, Bia?
-Irritada com este aqui!-Beatrice apontou para o outro, que recolhia o buquê e o punha de volta na carteira.
-Óbvio... Mas seus pais viajaram mesmo?
-Sim! Vão passar duas semanas na Europa; não é romântico?
-É claro. Mas está tudo bem ficar sozinha? Especialmente hoje...
-Mai-san deixou o filho para lhe fazer companhia, - Kari explicou, -Bia-chan o conheceu ontem e no final das contas ele era o vocalista da banda que tocou no festival!
-Sério?
-Peraí!-Hanato interrompeu, parando de consertar o buquê em cima da carteira de sua amada, -Tem um *cara* morando com a *minha* Trix-chan!?- O que lhe custou mais uma pregada na cabeça.
-Meichi-san tem razão. Isso não é perigoso?-Michael perguntou.
-Pelos horários dele, nunca nem o verei! Mas veio comigo até a escola e até fez o próprio café-da-manhã. Estava muito bom.
-Você comeu o que o safado fez!?-Hanato indagou com lágrimas nos olhos.
-Sim, e não chame o filho da minha madrasta assim.
-Ele está feliz então? Por ter uma irmãzinha?- Michael ainda parecia calmo.
-É difícil responder... É como se ele não ligasse. Esse Shin é um cara estranho.
-Trix-chan está a salvo, então. Fico feliz!!-o moreno disse, voltando a arrumar o buquê.
-Hanato, tá querendo abrir uma floricultura na minha mesa? Some daqui, anda! Xô!-gritou, jogando o buquê de novo em sua cabeça. Dessa vez, o professor entrou na sala antes que o rapaz pudesse ter outra idéia de fazer sua amada aceitar seu presente de condolências.
-Tadinho, ele também deve estar muito triste hoje, né?-Kari cochichou-lhe. Bia apenas assentiu, sabendo que era verdade e estava grata por Hanato permitir que ela fizesse daquilo mais uma piada.
 
  Olhou para o lado e encarou Michael, lembrando-se de que os assassinatos haviam voltado. Era inevitável não se lembrar de que todas as suspeitas apontavam para ele. Ao mesmo tempo, a pessoa que a traíra fora Eyuku e sua seita; o que talvez inocentasse o mestiço, certo?
 
  Gostaria de conversar sobre aquilo com seu real anjo da guarda, mas mesmo Chavakiah parecia ocupado demais naquele dia para lhe ouvir. Não que Beatrice soubesse o que dizer a alguém que lhe fosse quase que um intruso na vida. O que fazer sem Fahel por ali? Sentia tanto a sua falta... Também havia os sonhos. Aquele com Eyuku, os diabinhos e a mulher no meio da luz parecia tão profético quanto os demais; teria Fahel podido desvendá-lo melhor? Ou, pelo menos, entendido o tormento causado em Beatrice de que Eyuku realmente estivesse naquela situação?
 
  Afinal, ele trabalhara para uma seita e tentara matá-la... Mesmo tendo estado possuído, ainda assim deve ter possibilitado que chegasse a tal ponto. Logo, era capaz que fosse punido pelo inferno. Falou por alto sobre o assunto com o Padre Julius e o próprio confessou que a possibilidade era real para o caso de alguém que adorasse Satã. O que Beatrice nunca pôde entender era como um budista se metera em algo assim... Como um budista poderia querer ajudar Satã contra a filha de Deus? Não que não houvesse mais coisa, mas a estranheza nas ações de Eyuku tomavam conta de seus pensamentos e impedia que a moça o culpasse. Estaria errada? Deveria realmente encarar o fato de que se apaixonara por um adorador do demônio que apenas a quisera usar? Seria mutio doloroso e seria ter a certeza de que Eyuku sofreria eternamente.
 
  Voltou a rezar por sua alma. Padre Julius lhe assegurou isso era algo muito bom a se fazer e era a maior proteção que Beatrice poderia fornecer a uma alma atormentada. Rezou com toda a força que pôde, enquanto o professor dava a aula. Não podia chorar como sempre ocorria quando rezava a só, mas teve que fazer força para reter as lágrimas e até pensar em como seria engraçada a reação de Hanato se a visse chorando. Não, não iria chorar para não lhe dar esse gosto. Não iria chorar porque já era grandinha demais para isso. Porque tinha que provar a Fahel que, naquele mês, se tornara mais madura para que assim o anjo voltasse a morar em seu coração, que andara tão vazio e frio.
 
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
 
  Beatrice chegou em casa exausta emocionalmente. Fora direto da escola até a Igreja, onde rezou mais ainda pela alma de Eyuku; então, seguiu para a casa onde seus pais ainda moravam, onde encontrou Hanato que também fora fazer uma visita e acabara preso pela mãe do rapaz. A senhora Amada estava muito mais magra que no velório, mas disse estar começando a se recuperar. Porém, em datas como aquelas, não tinha como não pensar no que ocorrera e em como estava se sentindo só.
 
  Hanato, que ficara ainda mais um pouco, só foi embora quando a loira também o fez e garantiu que a acompanharia até em casa. Nunca se saberia quando o assassino em série mataria mais um inocente como fizera com a criança mais de um mês antes.
 
-Não que isso não seja mais uma desculpa para passar um tempo com minha Trix-chan!-complementou sorrindo abertamente.
-Baka! Pelo menos me chame pelo nome. Já me basta meu novo "onii-chan" que só me chama de "francesinha"...
-Sério? Só eu tenho o direito de pôr apelidos carinhosos na minha Trix-chaaan!
-Ai, vê se te manca. "Carinhoso"? Essa coisa retardada?
-É sim! Ninguém mais pensaria em te chamar assim.
-Claro, ninguém tem o seu desenvolvimento mental em marcha ré.
-Eu me sentiria ofendido se a forma como xinga não fosse tão fofa!
-Argh, como faço para você se sentir, então?
-Fofooooo!
-Ha-na-toooo!
-Mas, falando sério, qual é o nome mesmo da sua babá?
-Kandatsu Shin... Eu disse, ele cantou na banda do festival.
-O carinha do terceiro ano?
-Isso!
-Ah, ele é do meu clube de vôlei.
-Sério? Pensei que ele fosse mais do tipo artista. Sabe? Clube de música, de teatro...
-Acho que não. Bem, não é como se ele aparecesse muito por lá. Eu sei que ele é porque quando ele vai, arrasa, entende? Ele e aquela garota da banda. Mas ela sim tá sempre no clube. É bem mais freqüente que eu. Os dois são muito amigos...
-Namorados?
-Sei lá. Eu ouvi uns boatos de que ele é gay. Mas também há quem diga que é só pra disfarçar o romance do casalzinho, he he!
-Ai, Hanato, que fofoqueiro de plantão, hein!?
-Se Trix-chan pedir, eu posso checar a fundo! Que tal se eu tentar seduzi-lo? -Ilustrou a última frase mandando beijos insinuantes para a menina.
-Ecaaa! Sai daqui!- Bia o empurrou para longe, o que só o fez rir. -De qualquer forma, obrigada.
-Vai aceitar minha missão secreta?
-Não! Tô falando sobre me divertir hoje e o buquê... Não sabe o quanto sua presença é importante num momento como este.
-Eyuku também me faz falta. Mas não aquele que Trix-chan conheceu. Sabe, o amigo que tive durante todos estes anos. Nos últimos meses, o cara meio que pirou. Terá isso tudo sido pra te conquistar? Então, eu devo ser um grande ciumento!- declarou sem jeito, pondo a mão cabeça, -Mas eu realmente odiei ter como última lembrança aquele Eyuku. Desculpa, Trix-chan...
-Eu sei o que quer dizer, -falou, sinceramente, afinal, Eyuku estava possuído naquele mês que antecedera sua morte, -e não há sobre o que me pedir desculpas. De qualquer forma, eu o amei muito; sendo aquele sempre observei de longe, ou o rapaz que esteve comigo até o fim.
-Uma pena você não se lembrar de nada do que houve na mansão.
-É, só de quando entramos juntos, -mentiu.
-Eu daria tudo pra saber de quem devo me vingar! Ele também te machucou muito.
-De qualquer forma, é tudo passado e aqui já é minha casa. -Apontou para a mesma. Ambos pararam na frente do portão. Então, ela curvou-se e agradeceu por levá-la até ali.
-Foi um prazer, e você sabe que é verdade. Até amanhã!
-Sim, até o grande sofrimento que é ir à escola...
 
  Hanato a beijou. Fora uma grande surpresa sentir aquele calor nos lábios após tanto tempo. Ficaram parados por um tempo, sem que Beatrice pudesse pensar em como reagir. Era errado beijar outro num dia como aquele, cheio de lembranças de Eyuku. Porém, aquilo a confortava de alguma forma, porque era Hanato, quem sempre esteve lá... Não, não poderiam se beijar. Não era para ela gostar. Não era mesmo! Contudo, seu corpo não a obedecia e só ficava ali paralisado. Como evitar o frio desconfortável em seus lábios quando se separassem?
 
  Só que o momento inevitável logo chegou. Hanato pulou para o lado bruscamente, pondo a mão na cabeça e olhando para os lados como se procurasse alguém. Beatrice demorou para sair do torpor que o beijo lhe causara e perceber que algo fora lançado de encontro à cabeça do rapaz.
 
-Ei, se não tem nada melhor que beijar a filha dos outros enquanto o pai não está, por que não vai estudar!?-Uma pessoa gritava da porta de sua casa diretamente para o moreno.
-E quem é você pra se meter num assunto entre eu e Trix-chan!?
-O meio-irmão dela. E qualquer que seja seu status, aposto que o meu é maior. Agora, vaza!-Era Shin, que chegava mais perto do casal e pegava fortemente Beatrice pelo braço.
-Ei, qual é a tua!?-a menina perguntou, tentando se livrar de seu aperto.
-Manda ele embora, -ordenou-lhe com os olhos cinzentos mais fixos do que nunca.
-Argh! Só vou fazer isso porque o Hanato já estava indo.
-E eu só vou porque *minha* Trix-chan pediu tão educadamente. Até amanhã!-respondeu o moreno, indo enquanto acenava com um sorriso para Beatrice.
-O que há com esse moleque!?-Shin perguntou; parecia fazer um esforço para não rir.
-Minha pergunta pra você. Não lembro do meu pai te passar a coroa. Agora me solta porque tá doendo.
-Ah, é!? Pois a senhorita pode ir entrando. É isso que fica fazendo na rua todo dia, é? E eu pedi folga por duas semanas do meu trabalho para poder te fazer melhor companhia. Pra quê? Chegar em casa e descobrir que nem voltou da escola. Aí, enquanto te espero, te pego no meio da rua *beijando* um sem vergonha de cabelo pintado!
-Ai, fala sério, Shin, -gritou de volta, enfim se livrando da mão em seu braço. Saiu pisando fundo e foi até seu quarto, onde se trancou.
 
  O que aquele garoto tava pensando que era? Tudo bem que estava agradecida por ter dado uma saída perfeita para a situação em que se metera com Hanato, mas não precisava achar que tinha qualquer palavra quanto ao que ela fazia. Aquilo realmente a irritou!
 
  Jogou duas almofadas contra a porta e pôde se sentir um pouco menos tensa. Aquele estava sendo, definitivamente, um dia estranho. Achava que, quando chegasse, tudo o que faria seria chorar sem fim, mas já se irritara, rira e até beijara outro! Um pouco de remorso apareceu em seu coração; era certo? No fundo, parecia que sua história com Eyuku não estava apagada, não conseguira ainda fechar o livro...
 
"Devem ser esses sonhos!" Sem dúvidas, sua preocupação com o futuro da alma do rapaz era a grande razão. Todavia, o que fazer? Não havia uma solução a não ser deixar com que o tempo a fizesse esquecer tudo.
 
  Seu medalhão lançou um feixe de luz que formou uma tela na parede. Olhou para a cena com a qual já se habituara e cumprimentou o anjo sem qualquer vontade. Havia muito o que discutir, mas não se sentia nem um pouco disposta; decidiu deixar para outro dia. Chavakiah não era capaz e nem gostaria de sê-lo para ajudar Eyuku de qualquer forma.
 
-Sei que faz um mês da morte dele, mas pelo menos achei que ficaria muito feliz em me ver...!-o reflexo na parede disse em um tom desapontado.
-FAHEL!?-Beatrice levantou os olhos e encarou a cabeça de losango, a qual percebeu que era tão estranha como a de "meia-lua", porém muito mais querida. Pulou até lá e simulou um abraço à parede. -Como pôde me abandonar com aquele chato!?
-Não diga isso de Chavakiah... Ele é seu real anjo da guarda, sabia?
-Hã?
-Sendo filha de Deus, Ele pediu-me que te protegesse e guiasse, mas, se não fosse por isso, Chavakiah seria seu anjo.
-Eu tenho dois então?
-Não! Você tem a mim apenas. É que se eu não existisse, seria Chavakiah, por isso ele me substituiu. Da forma como me cumprimentou, achei que tivesse gostado dele.
-Nem um pouco. Ele é mó porre!
-Bia, não fale assim.
-É sério! Enfim, algo de bom aconteceu hoje. Agora é oficial: este é um dos dias mais estranhos de toda a minha vida.
-Que, com a graça de Deus, será longa e cheia de dias ainda mais estranhos.
-Estou feliz que tenha voltado! Chavakiah era quieto e só aparecia para pequenos conselhos.
-A verdade é que sou eu quem age demais; talvez por você ser minha única "cliente".
-Gosto disso!
-Você é muito mimada, na verdade.
-Fahel, me promete que nunca mais vai me deixar com o senhor meia-lua de galochas?
-Não posso fazê-lo, mas juro que estarei sempre a teu lado.
-Assim está melhor!-declarou, com um sorriso.
-Sobre Eyuku... Eu realmente sinto mui-
-Vamos deixar esse assunto pro passado, assim como aquele dia. Ai, Fahel, tem tanto que preciso te contar...
-Então, comece, Bia. Temos todo o tempo do mundo!-respondeu em tom excitado.
-Sim!
 
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
 
  Os três jovens montaram seus instrumentos, enquanto o vocalista da banda fechava os olhos e tentava se concentrar no ensaio. Todos pareceram bem animados com os ensaios extras agora que Shin pedira a folga no seu trabalho e estavam tocando muito felizes, ainda que naquela casa estranha.
 
-Eri, começa aí!-Hoshirou gritou para a única garota do grupo, enquanto dava uns toques em sua bateria.
-É pra já!-disse, tocando a guitarra e dando sinal para Shin.
 
"Minha necessidade de te ver se derrete com um suspiro
Não consigo apagar a forma como me lembro da pessoa que amo
Os erros que cometi quando jovem soltam fumaça e queimam com o desejo
Deixando sua amargura para trás; onde está o meu sonho?"
 
-Paraaando!- Yomihiko gritou do baixo, -Shin, que diabos está fazendo com a sua voz? Não é só porque está numa mansão que tem que soar tão frio.
-Perdão, é que minha cabeça tá um pouco cheia.
-Preocupado com a menina?-Eri perguntou, fixando melhor o rabo de cavalo.
-Não, exatamente. É só que- Ah, bem, não tô muito fã de ser babá de uma garotinha feliz.
-Cara, você tá é levando isso muito a sério. É só fazer barulho em casa que o pai dela disse, né? -Hoshirou falou, voltando a tocar a bateria, -Agora vamos de novo. É contigo, Eri.
 
  Por mais que Shin cantasse a primeira estrofe, não conseguia parar de pensar em como havia se descontrolado quando a vira com o outro garoto. Mai lhe dissera que Beatrice perdera o namorado fazia um mês e Shin se sensibilizara bastante, mas ao vê-la com outro sentiu-se quase que traído. Sem dúvidas, exagerara... O que houve com seu jeito de "a nova vida da minha mãe não tem a ver com a minha"?
 
-Se for continuar fungando aí, é melhor tocarmos algo mais pesado!-Eri gritou, quando Shin mal entrara na segunda estrofe.
-Não, vai incomodar os outros aqui. Já achei exagero trazermos a bateria...
-Mas este cômodo em que teu padrasto te mandou para ensaiar é afastado o bastante, -a moça respondeu, tocando a introdução de uma música do Kiss.
-Vamos tocar essa amanhã à noite?-Yomihiko perguntou.
-Acho que seria bom... Aí cantamos os quatro e pulamos pelo palco!-Eri sugeriu, pulando pelo chão com o uniforme da escola, -Todos de acordo?
-Contanto que o Hoshirou não saia da bateria...-Shin falou.
-Ei, não é justo como a diversão só fica com vocês!-o outro respondeu, tocando com as duas paletas, enquanto o resto da banda riu.
-Shin, vamos desta vez sem sair do corpo, hein?- Eri voltou a introduzir a música, enquanto o rapaz assentia.
 
  Realmente, demoraria para se acostumar a ter mais alguém na família, mas pelo bem de sua mãe era melhor se esforçar mais do que andara fazendo nos últimos meses. Só não gostava dos pressentimentos que aquilo lhe trazia... E já fazia um tempo desde que aprendera a inevitabilidade deles.
 
Continuará...
 
Anita, 23/03/2007
 
Notas da Autora:
 
Vimos um pouco mais sobre esse personagem novo e pudemos rever os antigos!! Hanato exagerou um pouco ao beijar a Bia, mas parece que ela não se importou tanto. E, agora com Fahel de volta a seu lado, talvez poderá enfim fechar o capítulo de Eyuku em sua vida, e assim partir pra próxima com todo o coração!! Mas qual será o custo disso? O mais importante, que pressentimento é esse que atrapalha tanto o Shin com seu ensaio?
 
Veremos nos próximos capítulos!! Enquanto isso, meu e-mail é anita_fiction @ yahoo.com e o site com mais fics minhas é http: // olhoazul.here.ws . Valeu por ficarem comigo até aqui e espero nos reencontrarmos no dezoito!!!


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