Tenshi no Tatakai, não Há apenas Um escrita por Anita


Capítulo 13
Limites e Extremos




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Tenshi no Tatakai, Não Há Apenas Um § 13- Limites e Extremos Notas Iniciais:

Esse capítulo tá quase pegando fogo! Está chegando a hora da decisão. As cartas estão na mesa e agora todos tentarão usar as suas. Que Beatrice fará agora!? Leiam e comentem ^^

Olho Azul Apresenta:
Tenshi no Tatakai,
Não Há Apenas Um



Capítulo 13 - Limites e Extremos

   Faltavam apenas três dias para o aniversário de Eyuku quando Beatrice comprou o presente. Era um cordão bem grosso com o pingente de cara-metade. Haviam lhe dito que aquele era o melhor presente, mas hesitou um tanto já que havia tão pouco tempo namoravam.

   A pista final de que o relacionamento estava pronto para tal presente fora dada no dia anterior à compra, quando o próprio lhe perguntara seriamente o que achava de se casarem ao completarem o Ensino Médio.

   A jovem, obviamente, ficara surpresa demais para pensar em uma resposta e logo mudou o assunto para o programa exibido na televisão. Considerara falar sobre os assassinatos, mas não queria que mais um falasse mal de Michael, além de Fahel.

   Beatrice não conseguia mais ter certeza de nada.

   A visão que tivera no banheiro da boate do vulto falando aramaico frente à igreja a abalara bastante quando soube que Michael estivera por lá. Os assassinatos... Por que aquele garoto conseguia se envolver com tanto.

   Era realmente suspeito.

   Sacudiu a cabeça e voltou a prestar atenção à aula de Biologia, enquanto o professor contava mais um caso repetido à turma para depois perguntar onde havia parado.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

   Passou as mãos pelos cabelos castanhos sedosos. Até o ano letivo passado nunca havia se preocupado com nada. Sua cabeça havia sempre sido direcionada a tirar da vida o melhor e fazer felizes todos ao seu redor. Gostava de agradar sempre e sentia-se mal se desagradava.

   Hanato Meichi estava mal.

   Olhou novamente as costas daquele que já havia sido seu melhor amigo enquanto ouvia as meninas ao seu redor comentando como Eyuku parecia feliz e espontâneo ultimamente. Por aquilo, ninguém odiara que Beatrice fosse sua namorada.

   O rapaz introspectivo tornara-se um grande companheiro para aquela que era a musa de Hanato.

   Suspirou, olhando novamente aquelas costas que já foram mais firmes; tinha certeza. Anos e anos sempre se sentara atrás dele. Os   que organizavam o lugar sempre acharam Eyuku fechado demais, Hanato muitas vezes servia de intérprete quanto às vontades do rapaz.

   O que daria a ele? Não tinha vontade de dar presente algum no dia seguinte. Eyuku mal se dirigia ao amigo ultimamente. Só à Beatrice, para dizer a verdade.

   Para Hanato Meichi, Eyuku estava cada dia mais fechado, isolado e depressivo. A ponto de sentir pena...

   Cutucou-a, enfim, até que o jovem atendeu, olhando vagarosamente para o companheiro de trás.

"Que olhos tristes..." pensou Hanato, lembrando-se do que iria falar. Não que o outro parecesse com pressa.

-Planejou algo com a Trix-chan?

-Não...-ele falou bem para dentro. Parecia sem energias para qualquer que fosse outro esforço.

"Por que só eu penso assim? Serão ciúmes mesmo?"

   Eyuku sacudiu a cabeça e pareceu acordar de algum sonho. Os olhos acenderam-se mais, quase com a cor dos rubros cabelos.

-Tenho sim! Por quê? Tá com ciúmes né?-perguntou sorrindo e brincando.

-É claro que não... Só estava curioso -Hanato mentiu de leve -Havia se esquecido dos planos?

-Não... Digo, não tinha me ligado no que tava falando. Uau! Amanhã terei quinze anos, hehehehe

-É, enfim! Lembrando-lhe que sua namorada é ainda mais velha.

-Nunca tinha me ligado nisso. Acho que sou chegado nas mais experientes.

-Você está estranho.

   O comentário rápido de Hanato teve mais força que o previsto. Eyuku paralisou por um segundo, sorriu abertamente murmurando um "impressão sua" e virou-se para aula. Não prestava a mínima atenção à sua aula predileta: História.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

   De repente, o escritório iluminado sempre por luz branca de Fahel ficou amarelo, como se feito todo em ouro.

   O anjo olhou para o recém-chegado e o saudou da forma mais respeitosa possível.

-Caro Uriel... Por que um anjo humilde como eu recebe um Arcanjo?

-Há algo errado, Fahel -a luz amarelada assumiu a forma humana, sentando-se em uma cadeira.

   O outro fez o mesmo, virando um jovem de cabelos dourados cacheados.

-E o que seria?-Sabia que havia assumido a forma para evitar que os anjos entendessem o que era falado. Havia outros jeitos de codificação de linguagem mais seguros... Por que aquele?

-Pensei que me diria.

-Que devo dizer?

-Nosso Pai nunca foi tão piedoso com um anjo como é contigo. Seus erros são tão grandiosos! E essa menina... Tudo me parece tão estranho! Tantas missões bestas.

-Ela precisa aumentar seus poderes e sua maturidade gradualmente.

-Já tem quinze anos e nada aconteceu!-Uriel falava sem parar inúmeras de suas suspeitas.

-Graças a Deus.

-Fahel! Sei que há muita coisa fora do padrão. A partida de Miguel, essa tolerância contigo...

   O outro sabia que havia mais na lista, mas Uriel nunca o diria. Para chegar a ponto de perguntar algo tão direto, ele já tinha certeza das coisas.

-Você soube dos assassinatos na Terra?-o anjo da guarda tentou desviar o assunto.

-Sim, mas e daí? Não têm a ver comigo. Estou mais interessado naquela seita.

-Seita?

-Não soube? Em Tóquio há uma seita tentando usar os poderes de Beatrice para partir o selo. Faz tempo que a besta foi cerrada, é a melhor época para quebrá-lo e a existência da Filha de Deus só os está ajudando.

-Há alguém de lá perto da Bia, não é, Uriel?

-Não sei e nem te diria. Este trabalho é seu e dela. Só aviso que está em um perigo tão grande que um confronto está muito próximo. Com essas missões ridículas e o aparecimento tão lento de seus poderes ela está perdida! Mas lembre-se: seja o que for dela, você não pode fisicamente interferir. Está com a corda no pescoço, anjinho. O Senhor estará presente no próximo julgamento, com certeza.

   E reassumiu a forma amarela com olhos vermelhos saindo do escritório de Fahel.

   Ele, por sua vez, ficou olhando para seu redor. Havia um traidor com Beatrice e a tal seita já devia ter seu dia marcado para concretizar seus planos.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

   A criança entrou assobiando pela mansão antiga e foi até a reunião final.

-Quando a teremos!?

-Espere... Eu já a tenho sob controle. Falta apenas um pouco mais... -o jovem rapaz respondeu sorrindo. Olhou para o pentagrama cujo círculo envolvia todos os encapuzados da sala.

   Aquele lugar ficava cada dia mais escuro e, na mesma medida, o pentagrama tomava características fluorescentes. Uma luz de cor indescritível de tão maligna.

-O Mestre manda que eu o torture -o chefe da Seita disse, pegando um chicote feito de algum metal e pondo-o em um fogo bem quente.

   O rapaz agachou-se. Aquilo era necessário para renovar sua obediência ao vil Senhor.

   O primeiro golpe mal foi sentido de tão aguda a dor. Esta começou a partir do segundo e persistiu até que cada um dos dez membros presente houvesse aplicado cinco golpes.

   O garoto, no ápice da dor, gritava por piedade. Não queria mais aquilo, ter que trair uma pessoa. Danar todo aquele mundo que não era nada mal. Ele não queria mais aquilo.

   Quando a última chicotada lhe foi dada, um calor invadiu todo seu corpo e estava pronto para completar sua missão.

-Aquela garota é minha! Roubaremos toda a energia dela torturando-a e fazendo coisas ainda piores, não é?

-Exato -o chefe disse, sorrindo satisfeito. Aquele rapaz estava cada vez mais integrado aos princípios da seita -O Senhor das chamas eternas nos ajudará a ter tudo o que queremos.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

   Michael sentia-se renovado. Foi até a pia de sua casa e lavou seu rosto com aquela água bem gelada. Quanto mais se integrava ao mundo humano, melhor as coisas pareciam.

   Olhando-se no espelho sorriu para o reflexo. Gostava de sempre se ver.

   Saiu. Aquele seria um grande dia e deveria estar pronto para cumprir o que deveria.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

-Ah! É o lugar que me levou no meu aniversário! -Beatrice gritou ao reconhecer o bairro abandonado de um mês antes.

   Eyuku prometera levá-la a algo muito importante para ele. Assim, ela poderia conhecê-lo um pouco mais no dia de seu aniversário de quinze anos. A jovem ficou delirante ao ouvir aquilo.

   Mas ainda pensava em Michael. Ele havia insistido que ela não fosse. Parecia que queria levá-la a outro lugar. Quase uma repetição de seu aniversário.

"Pelo menos não serei rejeitada desta vez..." pensou sorrindo. Apertou a mão que segurava a dela firmemente e olhou para o namorado.

   Ele parecia meio triste... Seria melancolia de estar mais velho? Que fofinho!

-Yu-kun... Estamos chegando?

-Sim -ele sorriu, parecia outro ao vê-la.

-É que estou doida para te dar seu presente. Não posso fazê-lo agora!?

-Vá em frente, querida.

-Ótimo!

   Retirou o embrulho do bolso do casaco. O dia havia amanhecido bem frio naquele outono. Era um outubro bem frio... Mas ali parecia estar ficando mais aquecido, apesar de Beatrice ainda não poder ver o Sol.

-Aqui está! Espero que não ligue...-disse, vendo-o abrir lentamente o presente.

   Quando observou a medalhinha e o cordão pareceu mais que emocionado por um segundo e então sorriu meio arteiro.

-Quer dizer que aceita minha proposta?-perguntou.

-Não, mas é um "talvez", hehehe.

-O melhor da minha vida -disse, beijando-a -Agora vamos, pois nos esperam.

-Mesmo? E o que é?

-Uma pequena festa! Todos estão doidos por te conhecer, conversamos muito sobre você.

   Continuaram a andar.

-Espero que bem...

-Claro! Não menina melhor que a minha Bia...-Eyuku novamente parecia mais emocionado que o normal.

   Enfim chegaram a uma casa especialmente diferente de tudo ali. Era enorme e linda! Um tanto velha, um tanto caindo aos pedaços... Mas tinha um sentimento de Antigüidade nela que espantou Beatrice.

   Junto com o frio veio o dia todo aquela dor nas costas que parecia aumentar. Se Fahel a tivesse dito para voltar para casa naquele momento, teria obedecido. Doía muito...

-Vamos entrar?-Eyuku perguntou. Parecia realizado por haver trazido a namorada ali.

   Beatrice devolveu o sorriso, fingindo estar bem.

-Claro!-disse, já olhando o quão lindo era o interior. Parecia ser todo feito de prata e ouro de tantos objetos preciosos.

   Quando entrou, sentiu uma pontada imensa nas costas e tudo ficou escuro.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

   Acordou sentindo um forte cheiro de ferrugem e as costas dormentes. O cheiro a fazia ficar zonza, mas também tinha certeza que outros fatores eram mais importantes para determinar tal estado na menina.

   Sua vista ainda não se havia ajustado à pouca claridade. Também estava turva e duplicada. Sentia-se em um sonho muito feio. Seria outro daqueles?

   Nunca realmente soube diferenciá-los, mas uma voz interior lhe dizia que não era. Voz... Onde estava Fahel? Gritou dentro de si e ficou sem resposta. Abriu a boca para usar sua voz mesmo e nada. Estava sem voz.

"Como nos sonhos..." pensou; mas, novamente, a vozinha lhe dizia que aquele não era mais um. Conhecia aquela voz, apesar de nunca haverem sido apresentadas. Era sua consciência; ela mesma. "Estou sozinha? Onde estou?"

   Forçou os olhos, pressionando-os várias vezes; nada. Tentou levar a mão a eles para esfregá-los. Estava tão pesada... Sentia-se pesada demais para se levantar de onde estava.

   Notou, enfim, que estava deitada como se alguém o tivesse feito. Parecia também usar outras roupas...

   Tentou se lembrar de como havia ido parar ali. Era aniversário de Eyuku, saíram num encontro. Ele lhe mostrara o local aonde iriam um mês antes, quando fora rejeitada. Entraram na mansão antiga, que parecia ser linda e luxuosa por dentro. E...

   Não se lembrava de mais nada, somente da dor nas costas. Uma dor forte... Forte demais, como em seus sonhos. Mas tinha certeza de que estava acordada.

   A dor... Estava voltando pouco a pouco. Sim, podia sentir pontadas. Eram intensas!

-Ah, você acordou...-uma voz calma disse, bem baixo -Assim, que entrou aqui, desmaiou.

   Alguém! Estava, com certeza acordada.

-Senhor, obrigada por cuidar de mim... -disse, levantando-se da cama. Notou que ao seu redor havia muitas velas. Eram negras e vermelhas, por isso o clima tão escuro ali.

   Sentia fome. Quantas horas seriam?

-Cadê Amada-san?-perguntou, ao senhor que ainda não havia conseguido ver. Sentada na cama pôs a mão na testa, sentindo muita tontura. Estava fraca...

-Ele está noutro lugar, criança -ele, enfim foi para mais perto da cama e Beatrice pode vê-lo.

   Parecia muito rico, de porte aristocrático. Usava uma capa negra com algo pendurado no pescoço.

   Os braços da jovem estavam pesados... Notou que algo estava em ambos, causando o peso. Não era só a fraqueza.

   Eram...

-Algemas!?-gritou com voz muito fraca. Foi quando notou que já podia falar, mas aquilo parecia lhe consumir uma quantidade imensa de energia.

-Não são algemas...-o senhor respondeu, sorrindo pacificamente.

   Olhou-o novamente. A cruz pendia perto de seu tórax. Era feita de prata bem escura que cintilava com a pouca luz.

-Está invertida...-ela comentou, só então notava a gravidade daquilo -Como a da senhora...

-Ah, você a conheceu... Era um de meus poucos contatos com o mundo inferior. Sabe, são poucos os demônios que conseguem passar pelo selo que seu Deus pôs.

   Beatrice o olhava abismada. Mesmo se sentindo extremamente letárgica, entendia que estava em alguma encrenca pesada.

   Continuava chamando Fahel mentalmente. O que faria sozinha?

   Pôs os pés no chão, somente para cair de novo. Na parede, numa espécie de altar, uma nova cruz invertida, com uma imagem por trás, segurando-a, parecia olhá-la. Mesmo sendo só uma estátua, ela sentiu-se incomodada.

-Não, criança... Não é para se levantar ainda -o homem exibiu sua mão direita. Era um chicote -Meu senhor veio ao mundo e o ofereceu a seu irmão... Ele recusou qualquer tipo de acordo com ele, sabia? Meu príncipe ficou muitíssimo indignado! Quando foi preso em sua caverna lá em baixo, usou tudo o que podia para sair... O equilíbrio bem/mal estaria prejudicado se não fosse por você, querida.

   Beatrice tentou se levantar. Mas estava ainda mais fraca. Do que aquele sujeito falava, enquanto balançava o chicote? Pretendia usá-lo? Onde estava Fahel!?

-Mas demorou até que você fosse criada... Meu Mestre teve que usar de tudo para adiantar seu nascimento. Afinal, com sua energia e a do Medalhão, ele poderia ser libertado! Então, não seria o bem em vantagem com o equilíbrio, entende? Ora, esse pessoal do Céu... Pensa que a Terra é deles só porque meu Mestre não está presente!? Eles a recusaram!

-...mano...-ele ouviu a jovem murmurar.

-Como, criança?

-Você é humano!?

-Sim, sim. Consciente de quem é meu verdadeiro dono. Você também deveria pensar nisso. Se Jesus Cristo veio porque o Mal dominava os humanos, você veio para acabar com a vantagem do Bem. Cumpra sua missão e doe suas energias para que Nosso Mestre se liberte de sua prisão.

-Não! Isso é mentira...

-Será...? Pense bem. Desde o seu nascimento, qual a religião que vem em queda? Resposta: a cristã. Quase todas, aliás. As pessoas não acreditam em mais nada que não possam ver. Afinal, acreditaram por dois milênios e não viram fruto algum.

-Mas ainda acreditam!

-E continuarão não vendo. O Céu tornou-se burocrático demais para sequer dar a mínima atenção a nós. Diga qual o milagre que você andou vendo? Comparando à epóca da vinda daquele teu irmão... Nenhum!

-Será...? Talvez tenhamos nos tornado céticos demais!

-Será...?

   Beatrice olhou pela sala, procurando uma escapatória. Mas como!? Mal podia mexer as pernas.

"Fahel..."

-Só sairá daqui após me matar, menina. Ou quando o Enviado assim mandar.

-Enviado?

-Não te interessa! Agora deixa eu te matar para podermos liberar a sua energia e pegar seu lindo Medalhão.

   Beatrice ficou muda. Aquele sujeito era direto demais. Falava como se aquilo fosse pura rotina... Estaria acostumado a matar? Seria o assassino em série da tevê? Então Michael era realmente inocente. Ou eles se conheciam?

"Que isso seja um sonho..."

   Arrastou os pés e se impulsionou para frente. Se corresse, talvez, seus poderes a ajudassem...

   Mas acabou caindo nos braços do homem misterioso. Ele, por sua vez, a empurrou com uma das mãos, fazendo-a cair de cara no chão. Ergueu o chicote e bateu no chão com ele. O som foi tão alto que Beatrice encolheu-se toda, mesmo não tendo força alguma para aquilo. O medo podia dar uma energia a mais... Mas também a drenava. O coração batendo tão forte daquela forma...

"Ele vai mesmo me matar...?" pensou, tentando se levantar e levando um chute no estômago. Sangue escorria por sua boca "Fahel..."

   E a água salgada de seus olhos ia até o queixo se misturar àquele líquido viscoso.

"Onde está o milagre em que tento acreditar!?"

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

-COMO ASSIM NÃO POSSO!?-o anjo gritou de dentro de sua sala. Estava sozinho, tentando contatar Betarice. Mas, por mais que falasse, a menina não parecia escutar. -Por que isso só acontece quando ela mais precisa de mim...?

   Olhou impotente para a tela exibindo as crueldades que o homem fazia a ela. O anjo já havia entendido seu plano... Iria fazer Beatrice implorar por sua vida, perder a confiança nos céus, entregar-se aos adoradores do demônio. Era um plano óbvio que, pela expressão da jovem, funcionava.

-É injusto... DROGA! -apertou os olhos. Sentia tanta raiva que havia ficado na forma humana inconscientemente. Por que não podia ajudá-la...? Por quê!?

   Sentiu o rosto molhado. Levou a mão até o líquido e o sentiu com a mão. Seus sentidos eram muito limitados, não poderia distinguir gosto ou cheiro ou calor. Só quando extremados. Mas não precisava ser humano para saber que estava chorando, tamanha sua impotência no momento.

   Se Beatrice passasse para o lado deles, a regra do jogo era clara... Não só sua missão estaria perdida, como também nunca mais poderiam se falar.

-Droga e eu nem sabia que podia chorar! Isso dói -falou levando a mão aonde deveria sentir a batida de seu coração. Era o único lugar sem movimento em seu corpo tremido.

Continuará...

Anita 03/10/2004


Notas do Autor:

Uau! Enfim terminei esse capítulo. Pobre Fahel! Pobre Bia! Aiiiiii, é tão triste fazer capítulos assim, mas é preciso haver chuva para termos o arco-íris, né!?

Mas e agoooooora!? Gente!!! A primeira parte da história tá acabando e ainda não sabemos quem é o traíra que está por trás disso tudo!!! Vai, Fahel! Salva logo a Bia antes que esse traíra a corrompa!

quer defender seu presonagem favorito? Matar o seu odiado? Mandem um mail pra mim, pliiiiis!!! É anita_fiction@yahoo.com e meu site com minhas fics é o http://olhoazul.here.ws aceitamos tudo qt é fic, viu?

Agradecimentos: Depois de Deus, dos meus pais, do Kangta, do Hyde... errr bem, do pessoal básico, agradeço a você por agüentar ler tanta besteirada que não sei donde tiro. Não tem como eu me lembrar dos nomes de todos que me mandaram mail, nem que fosse só uma pessoa. Minha memória é muito ruim mesmo... Mas um beijo pra Viviani, pra Ela___, pra Chibichibi, Ana... E para a Vane e Felipe que andam ouvindo tudo quanto é tipo de idéia maluca minha pra essa fic ahahahaha. Até o próximo capítulo, gente! Ou o mail que em mandarem ^^ *indireta*


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