Tenshi no Tatakai, não Há apenas Um escrita por Anita


Capítulo 11
Yume to Kimera




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Notas Iniciais: Hoje temos altas emoções com vários reencontros. É tempo de realizar seus sonhos e desejos mais impossíveis. Comentem!!! Olho Azul Apresenta: Tenshi no Tatakai, Não Há Apenas Um Capítulo 11- Yume to Kimera Não sonhara ultimamente. Mas sabia que algo estava muito estranho no seu interior... Não era mudança, era... Como poderia descrever? "Fahel...? Está quieto..." a menina perguntou ao seu anjo da guarda enquanto se vestia para o jantar especial. "Desculpa, Bia. É que muito tem acontecido no Céu, tenho que ficar sempre atento." "Desde antes do meu aniversário você tem estado assim. É sério?" "Não posso comentar." "Ai, Fahel, hoje meu pai vai anunciar o dia do casamento e você fica me chateando assim! Dá pra ser mais meu amigo?" "Você pensa demais nas coisas terrenas. Ela me parece uma boa moça, deixe-os. Deveria se preocupar mais com aquele Eyuku esquisitão não ter ido à aula desde o encontro de vocês." "Faz uma semana, já... Tento é não pensar nisso. Por sorte Hanato tem agido como sempre, só mais chato que nunca." "Hanato, Hanato, Hanato... Ainda não acredito que o beijou! Bia, você tem quinze anos agora; ligue um pouco mais pra quem você é." "E minha vida?" "Quando vai entender que acabou? Os Arcanjos tinham razão quando me disseram que nunca deveria ter te abandonado. Agora se sente no direito de ser uma garota normal! Beatrice, comporte-se como a Filha de Deus!" A menina suspirou. Sempre que Fahel dava o ar de sua graça era o mesmo discurso. Prendeu os cachos para trás e saiu do quarto. O casal a esperava lá embaixo. -Vamos, filha! As reservas são para agora...-seu pai lhe disse, encaminhando Mai Kandatsu para a porta. Ele andava mais vivo do que nunca desde que ambos oficializaram o namoro. E, depois da festa, Beatrice andava dando o máximo de si para aceitar e gostar da bela madrasta. Era uma mulher frágil em aparência, fazia todos quererem proteger-la, mas pôde muito bem se virar sozinha por muito tempo. Talvez realmente amasse seu pai e ele a ela. Afinal, graças ao relacionamento deles, qualquer que fosse, não se deixara dominar por Damashi-san. Nana assistia à televisão quando veio até a entrada da casa pálida. -O que houve?-Saidaku perguntou. -Precisam ver o assassinato em massa que ocorreu no centro de Tóquio agora há pouco, senhores! Ah, Menina de Deus, ainda bem que está aqui! Tem estado fora por tanto tempo ultimamente...-abraçou Beatrice, enquanto seu pai já estava no quartinho de Nana. -Meu Deus! Mas como puderam fazer isso? Nem mostram os corpos por estarem todos queimados ou esquartejados ou pior...-o homem comentou, também voltando pálido. -Eram todos viciados, senhor. Pelo menos os que foram identificados... Acham que foi algum grupo radical, mas isso tem acontecido muito por todo o mundo! Há quem diga que é fúria de Deus... -Kami-sama... Não; Ele não pode ser tão cruel -Mai respondeu, com a mão na boca. *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-* O jantar correu em torno daquilo. Mai falou por muito tempo que viajara para a Inglaterra recentemente e ouvira vários casos semelhantes. Também se lembrou da senhora assassinada em Tóquio fazia pouco tempo. A senhora... Beatrice novamente se lembrou de Michael. Do dia em que encontrou a senhora, a cruz virada... E depois da seita maluca onde fora parar uma semana antes. Onde vira o rosto do Padre Julius do lado de fora da grande porta. Desde então se recusava a visitá-lo, apavorada. "Deveria ir à missa amanhã..." Fahel interrompeu seus pensamentos. "Vou à outra igreja que achei. É até mais próxima." "Mas foram os anjos que a guiaram até a do Padre Julius. É naquela que deve estar, Bia" "Não vi anjo algum; andei pra chuchu e fui sozinha lá!" "E como explica não ter visto a outra?" "Sou naturalmente distraída..." "Eu que o diga! Deve ir e se confessar com Padre Julius." "Que pecado cometi?" "Está protestando contra a palavra de Deus." "Não o escuto falar comigo..." "Beatrice! Anda sendo teimosa demais, cuidado com este comportamento... Já não é bom pra ninguém, ainda menos pra você!" "Se eu for mais teimosa, o que acontece?" "Será terreno fértil para as dúvidas. Não confiando em mim, outros te levarão ao lugar errado. Lembra-se de Michael!? Pois confie em mim e amanhã vá ao Padre Julius. Ele lhe terá uma mensagem importante." "Também fala com ele? Uma vez ele comentou de vozes que conversam com ele..." "Não falo, o anjo dele deve falar. O de todos falam, mas vocês nunca escutam... Você é a pior entre os humanos: finge que não!" -Fico muito preocupada com meu filho, com esses demônios a solta...-Mai disse, enquanto finalizava sua sobremesa. Beatrice olhou assustada para repentina interrupção no ataque de mau-humor do anjo. -É...-assentiu Saidaku. -Tem toda razão por estar, mas se é um bom menino como diz... Vai ficar bem. Até agora só gente ruim foi morta, não é? -Filho? Menino? De quem está falando!?-a jovem, enfim, entrara na conversa. -De meu filho... Nunca falei nele? Tem a sua idade! Até estuda na sua escola... É muito inteligente, um amor de menino, sabe? -Minha idade? Será que é da minha sala? -Ah, não... Enganei-me. Ele está no último ano. Pena que está meio que contra o casamento. Diz que já estou velha pra isso e que não preciso de mais um pra se aproveitar de minhas riquezas... Bem, sempre fomos só ele e eu, né? è natural que se choque tanto. -Virá morar conosco?-a moça perguntou, estranhando a perspectiva de morar com um cara um pouco mais velho que ela. -Não... Diz que quer estudar pra faculdade e que uma mudança pode perder seus livros, anotações... E que não é bom mudar o lugar do estudo. -Nisso concordo plenamente!-seu pai disse, sorrindo. O chá chegara para encerrar a refeição de ambos e Mai começou a tomá-lo distraidamente. -Mas ele é meio estranho. Nunca trás muitas garotas para casa, só uma amiga de uns anos que conheceu na escola. Uma garota bem estranha, não é frágil como Bia-chan. O resto é tudo um bando de homens da mesma tribo. E nunca os traz quando sabe que estarei em casa, imagino de quem ele tem vergonha... Mas tem ótimas notas e é bom nas artes e nos esportes. Deve ser pop- Parou de repente, parecia engasgada com algo do chá. Retirou o mais educadamente possível um brilhante objeto da boca. -Kami-sama! Alguém deixou cair um anel em meu chá -disse, assustada, enquanto ria. Ia chamar o garçom quando Saidaku levantou-se, dizendo para não fazê-lo -Por que não!? Parece de ouro e é belo! Fará falta à mulher que o perdeu. Perdi um faz uns dias e como gostava dele! -Acha belo mesmo?-o homem perguntou, sentando-se novamente, meio tímido. -Saidaku... Saidaku! O que quer dizer com esse seu jeito!? -Quer casar comigo, minha bela Mai? -Oh!-ela olhou para mim e de novo para meu pai. O casamento já estava ajustado para ser uma cerimônia simples... Então aquele pedido, com certeza, lhe fora uma grande surpresa -Se Bia-chan permitir... -Claro...-a menina respondeu, também um pouco desnorteada. Seu pai ainda sabia ser bem romântico... -Então tomo suas palavras emprestadas: claro!-Mai disse, sorridente, enquanto punha o anel no dedo. -Serviu! Parece feito pro encomenda... -E foi...-Saidaku retirou um pequeno estojo do bolso onde havia outro anel e a entregou. A mulher o abriu e olhou divertida para outro anel de ouro, na verdade três círculos finos ligados por dois corações entre si. O nome de Mai estava em um deles. -É do seu finado?-Beatrice perguntou, esticando a cabeça para ler o outro. -Ah, não... Meu filhinho me deu com seu primeiro salário. Ele trabalha numa lanchonete, sabia? Num coração está meu nome e no outro o dele. É um amor de pessoa esse menino; um belo companheiro e conselheiro. -Essa daí pode ficar horas falando no filho...-o homem acrescentou, sorridente. -Sinto muito, Saidaku... Mas, então foi aí que meu amado anel foi parar! Meu filho e você têm idéias sempre parecidas. Quando encomendou este anel, também me roubou um do porta-jóias, mas só notei quando me devolveu. -Sim, é um garoto bem mais esperto que eu! Não suspeitou que tivesse sido ele de novo? -Sim! Eu o perguntei e ele me jurou que não fizera nada. Então... Bem, tive que admiti-lo que era uma relaxada, hehe -falou sorrindo, enquanto o noivo pagava a conta. -Fico ansiosa pelo dia em que Bia-chan o conhecerá... -Ele é bonito, quem sabe os dois não viram namorados?-o feliz homem disse, botando a mão na filha. -Não sei, nunca o vi com uma hehe!-Mai respondeu e se levantou. *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-* A menina entrou hesitante na pequena igreja do Padre Julius. Beatrice ainda discutia com seu anjo da guarda se aquilo era realmente uma boa opção quando o bom sacerdote aproximou-se sorridente. -Beatrice! Que bom vê-la após tanto tempo. Como foi seu aniversário? Teve festa? Ela só assentiu. -Quando será a missa?-perguntou, querendo mudar de assunto. -Em dez minutos. As pessoas já estão chegando, hehe. Até hoje, fico apavorado antes dela... Sou um típico tímido. -Padre Julius... O que achou daquela chacina no centro da cidade? -Dos viciados e traficantes? A jovem novamente assentiu. Fahel sabia que estava testando o bom homem. E a resposta pronta. -Coisa de pecadores! Não se deve praticar justiça com as próprias mãos. Ignoro quem o fez e seu motivo, mas condeno qualquer crime contra a vida. E sei que Deus também. Os pecadores mortos não serão martirizados por causa da tragédia, mas os assassinos também serão punidos. Tenho fé em Deus... -São as vozes que te dizem isso, padre? -Vozes? Ainda se lembra delas? Não... É meu senso, minha razão e coração que o dizem inabalavelmente. -E elas? As vozes... -Nada, não me falam sempre, hehe. -E qual foi a última coisa que te disseram? -Que... Deixa-me ver... Foi ontem, estava rezando na sacristia e me perguntando o que te acontecera quando sussurraram para ter fé no meu Deus e perdoar os homens. Acrescentaram que você viria hoje, ou acho que o fizeram... Não me lembro. Sabe, elas falam direto ao meu coração, não escuto, mas entendo as palavras. Como se usassem outra forma de expressarem... -A língua dos anjos...-a menina imediatamente compreendeu a sensação. -Hehe, espero que realmente seja a deles; mas nem todos são bons. Lúcifer é um ótimo exemplo. Agora vamos à missa? -Hai! -Beatrice assentiu mais aliviada. Além de agora saber que Padre Julius era um verdadeiro sacerdote, havia aprendido deixar os julgamentos para Deus. Ele sabia mais. "Seria bom que todos pensassem como você..." Fahel acrescentou sarcasticamente. "Pra que o tom? Tem razão, mas..." "Falo de uns conhecidos meus," o anjo disse "entre os dentes", ou assim parecera a Beatrice. "Nossa... Você? Um anjo rancoroso? Padre Julius tinha razão, nem todos..." Fahel ficou quieto. Mais uma prova de que com a convivência com Beatrice o estava humanizando. Livre-arbítrio... para os anjos isso deveria ser quase impossível. Eram seres puros que não poderiam sentir nada além de obediência a Deus. Isso começou a ser cortado desde a queda de Lúcifer, com seu narcisismo. Atualmente, era quase uma lenda a história de um anjo com pensamentos próprios e sentimentos. Todos eram fiéis servidores, quase sem identidade. Pelo menos se pensava assim, até Miguel. Ele decidira abandonar o céu e viver de acordo com os prazeres terrenos. Fahel não sabia como aquilo era e nem se houvera arrependimento tardio. Não se ouvia notícias do ex-anjo; como se tivessem apagado as memórias de todos, poucos se lembravam dele. "Só abandonaria minha condição de anjo se isso salvasse a vida de minha protegida tão querida..." Fahel disse a si próprio, olhando para seu escritório, no céu. Por sorte, os arcanjos não o haviam intimado de novo. A ausência de Miguel só hvaia adiado seu destino... Sabia que estava com seus no céu contados. Tinha que fazer algo muito honroso para limpar sua ficha. *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-* -Yu-kuuuuuuuun!!!-o grito de Hanato ecoara por toda a escola. Beatrice estava ainda chegando na sala quando o ouviu. Retornou até a parte ao lado da porta assustada. Fahel perguntava se era algum ataque de algum demônio, já que agora eles seriam mais freqüentes. Mas a jovem sabia que era algo mais temível: um reencontro com o que a rejeitara nove dias depois. Respirou fundo, antes de entrar. Teria entrado naquela hora se algo não tivesse pulado em cima dela e a derrubado no chão. Andava tão fraca que os ataques do amigo já a derrubaram quatro vezes agora. -Ha-Na-Tooooooooo! JÁ NÃO TE DISSE PRA TOMAR CUIDADO!? Acho que é um assassino pronto para me matar e que aproveita todas as chances. Se não é o susto são os ataques-surpresa. Já disse, um dia morro esmagada... -falou bem claramente, enquanto reorganizava seu uniforme. Pelo menos, ao contrário das outras duas vezes, sua saia não dobrara de forma ingrata. Todos da sala riam efusivamente do "ataque" do popular admirador de Beatrice. A única exceção era Amada Eyuku, que já estava em seu lugar de sempre. Muitas meninas o rodeavam, emprestando-lhe com anotações e o interrogavam sobre o motivo de uma semana de falta. Beatrice caminhou tentando evitar contato visual com o rapaz, mas tinha os ouvidos atentos. -Aiiiiiii, Amada-kun nos deixou muito preocupadas!-a mais bonita (e atirada) delas dizia em voz estridente. -É sim! As meninas mais velhas também sentiram sua falta, Amada-kun! -Estava doente? -Está melhor? -Sim, eu estava doente...-ele disse em tom calmo -Mas ainda não melhorei. Beatrice sabia que agora olhava para ela. A confirmação foi quando as meninas voltaram a seus lugares sussurrando o nome da jovem. -Bia-chan!-Kari a assustara -Em que mundo está? Como foi o jantar com sua madrasta? -Bom... O casamento será domingo que vem. -Já!? -Sim... Vai ser só no civil. Kandatsu-san, digo... Mai. Mai queria algo bem grande, mas o mala do filho dela diz que não vai. Parece que marcara uma viagem com os amigos. Hã, bem... Parece que vai ser uma festa legal depois. Um almoço... Aí eles próprios vão viajar por quinze dias pela Europa e mais uma semana no Havaí. Perfeito, não? -Por que não está tão animada?-Hanato havia se intrometido na conversa. -Meichi-kun, -Kari falou, no seu jeito delicado de sempre -Seu amigo acaba de retornar, por que não fala pra ele tudo o que o professor quer que ele faça? E mais: descubra o porquê de ter faltado. Se já o fez, diga-nos! Tenho certeza de que Bia-chan está muito curiosa... Hanato a olhou divertido. Fez uma careta, como sempre, para tirar um pouco de sarro do tom formal de Kari e então fez outra. Beatrice sabia que era Eyuku. -Eu estou doente, farei o que der...-Hanato fez em voz grave, então relaxou a expressão do rosto -Em geral, Yu-kun tá me evitando faz um tempinho. Não me parece doente, só se for da cabeça! Beatrice riu-se de leve. -É sério!-continuou o jovem -Eu falei tudo com ele e parecia que era uma parede; só faltava um quadro, sabiam? -Pensei que eram grandes amigos... Não vejo Amada-kun falar com mais ninguém -Kari falou. -Ele não fala. -E Hanato olhou para o jovem num suspiro melancólico -Mas não há nada que eu possa fazer... Nem sei qual é o problema. E se foi para junto do amigo, onde era sua carteira. *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-* Era semana de festival na escola de Beatrice quando o casamento ocorreu. Foi, sem dúvidas, algo bem pequeno. Mas, graças aos amigos de seu pai, virou também muito formal. A jovem estava sentada em uma das mesas olhando o nada. Na noite anterior ficara de plantão na Igreja, rezando. Enquanto o fazia, visões de assassinatos lhe surgiam na cabeça. Nem Fahel conseguia explicar. A semana toda foi cheia daquelas visões, mas era a primeira vez em que as pessoas usavam roupas atuais. Antes mais pareciam passagens bíblicas ou do Apocalipse, como quando Beatrice vira um dragão voando num céu de nuvens negras. Mas as do dia anterior, tão realistas, assustaram a moça a ponto de ter dado um grito estridente no meio da igreja. Padre Julius, que rezava na sacristia, viera correndo. Ela resumiu dizendo ter tido algum pesadelo. Antes fosse. "Será uma premonição?" perguntara muitas vezes a Fahel. Mas o anjo só soltava um muxoxo. Ele não fazia idéia... -Bia-chan?-uma mulher a chamava. -Mai-san... P que há? -Parece estar dormindo acordada! Saidaku me comentou que o festival de sua escola se encerra hoje, não é? -Por isso Kari não pôde vir. Esta festa é a cara dela, como o Hanato diria. Mai riu graciosamente. -E com eles você gostaria de estar, não é? Por que não vai? Sei que seu pai não se importará nem um pouco... É melhor do que seu rostinho tão fechado como está agora! Na sua idade eu nunca trocaria o fim do festival por um casamento chato -e pôs sua delicada mão no ombro da jovem, como que lhe dando força para se ir. Beatrice ainda viu sua madrasta conversar com o pai, explicando sua saída. Saidaku sorriu, aceitando e fazendo-lhe sinal que fosse. *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-* A menina chegou meio distraída em sua escola. As barraquinhas ainda estavam armadas, mas todas vazias. A multidão já estava no pátio principal, frente ao palco, onde o direto discursava. Se Beatrice não estava enganada, o show de encerramento seria em breve. -...dando o adeus, melhor dizendo, o "até logo" aos nossos amigos do terceiro ano. Esperamos que este seja seu último ano aqui e que ninguém repita. Então, para representar este ano de despedida de tão querida turma, quis que uma banda formada por eles cantasse aqui neste festival. Encerrando a semana de festival da Oujin Gakkou temos a banda que todos esperamos que conquiste a todos como me conquistaram. Eriko, Hoshirou, Yomihiko e Shin. Senhoras e senhores, aplausos para Kimera! E a tal banda começou a tocar um rock bem animado. Beatrice se mexeu pelos alunos ate achar Kari e o resto de seus amigos. Todos estavam bem animados gritando os nomes dos garotos da banda. -Bia-chan! Que bom que veio!- Kari gritou, tentando passar por cima do som. -Mai-san e papai me dispensaram... -Trix-chaaaan!!!-Hanato a abraçou vindo sabe-se lá de onde. -Hanato... Cadê Eyuku-san? -Tá ali...-apontou para uma silhueta meio afastada de todos, que agora tentava ir até lá. O coração da jovem gelou. Ele estava indo lá!? -Ele veio...- ela comentou. -Sim, não parecia muito animado, mas falava sempre num tom de "não posso perder este festival". Ô cara estranho... -Bia... Você gosta desta banda...?-o rapaz perguntou, meio quieto. -Nunca ouvi. Pegou a moça pela mão e a arrastou para longe de todos. Beatrice não sabia como reagir, então simplesmente o seguiu. -E então, como vai?-ele a perguntou, pondo as mãos no bolso. A moça sentou-se no banco ao lado de uma cerejeira. Suspirou, olhando para o palco. Imaginou o porquê de ali estar vazio se a vista era ótima. -Bem, acho...-ela disse. -Fico feliz. Eyuku sentou-se ao seu lado, pondo o braço ao redor dela. Beatrice estava se sentindo explodir, mas, por fora, parecia congelada. Qual era a intenção dele? A jovem tentou ver a banda, enfim, buscando distração. -Meu Deus!-exclamou ao perceber o vocalista que sem muito se esforçar conseguia ter uma voz bem razoável. -O que foi? -Eu o conheço... -Ele é do terceiro ano... Esqueci o nome... Mas não é pra tanto espanto que o conheça. -Não foi na escola que o vi. Foram duas vezes que topei com ele, perto de minha casa. Ela olhava incrédula para o popular vocalista de cabelos azuis e roupa de couro, apertada. As meninas pareciam ir à loucura a cada verso que cantava. -Acha ele bonito?-Eyuku perguntou, puxando seu ombro para que ficasse mais junto dele. -Acho...-respondeu, sinceramente. -Mais que eu? -Está ficando tão convencido quanto Hanato... -Hahahaha!-era a primeira vez que ele parecia relaxado. Logo interrompeu bruscamente a risada e puxou o rosto da menina para que o encarasse. E a beijou. Era tão intenso e inesperado que do início ao fim, os olhos da jovem ficaram abertos, encarando diretamente o vocalista da banda, alheio a tudo. Continuará... Anita, 26/08/2004 Notas da Autora: Uau, muitas coisas neste capítulo para a vida da Bia. Eyuku decidiu aceitar sua confissão? Beijou-a na frente de toda escola (que estava um tanto distraída com o Kimera)!? Olha, gente... Eu cometi um grave erro quando comecei a fic e decidi que irei consertá-lo. Não posso mais mudar o curso do tempo, obviamente, mas posso fazer um acordo com vocês. Não vou enganá-los de forma alguma os deixando confusos com a passagem de tudo. No Japão, o início do ano letivo é em abril. Mas eu, sem querer, o iniciei em agosto. Então decidi que ele iniciou sim em abril e aquela foi só a volta das férias de verão. A única incoerência aí seria Kari e Michael serem alunos novos. Então peço milhares de perdões! Acabei me influenciando pelo estilo americano e britânico e até misturando com o brasileiro... Então já sabem: quando eu falar em fim de ano letivo, pensem na primavera. Não ser se será muito importante, mas, bem... Agora é esperar o próximo capítulo, pra ver o que acontece né? Este aqui fica dedicado à minha cachorrinha que tá fazendo aniversário hoje ^^ Visitem meu site para mais capítulos ou fics: http://olhoazul.here.ws ou mandem um mail pra me apressarem em anita_fiction@yahoo.com

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