O grande dia havia, finalmente, chegado. Atena solicitou dois helicópteros da Fundação para leva-la, junto com os cavaleiros e caçadoras até a Itália. Aqueles que ficariam no Santuário já haviam assumido suas posições de defesa.

(Mu)— Levarei alguns comigo pelo teletransporte.

(Atena concordando)— Tudo bem Mu, mas os helicópteros serão úteis, pois em caso de um ataque não estaremos todos em um mesmo lugar. Acho difícil que isso ocorra, pois Ares quer ver sangue ser derramado nessa batalha, mas é bom prevenirmos.

  Antes que todos embarcassem rumo ao confronto, a deusa da sabedoria se voltou para todos.

(Atena) – Cavaleiros, eu preciso agradecê-los. A coragem que carregam em seus corações é admirável e eu não poderia desejar uma equipe melhor do que a de vocês, peço minhas sinceras desculpas por estar colocando vocês em mais uma guerra, mas desejo que tudo se encerre o mais rápido possível. Nós terminaremos isso do mesmo modo que começamos, juntos. Quero agradecer também a minha colega Ártemis, que disponibilizou suas caçadoras para nos ajudarem desde o início, obrigada pelos sacrifícios de todos, não serão em vão.

(Seiya)— Conte conosco Atena, lutaremos até o fim!

(Ártemis) – Preparem-se, partiremos agora.

  Mu levou consigo Mirella, Donko, Shura e Aldebaran. Os demais cavaleiros foram divididos entre os dois helicópteros, junto com Ártemis e Atena, cada deusa foi em uma aeronave distinta.

  Quando os helicópteros já haviam decolado, a viagem de quase 5 horas prevaleceu em quase completo silêncio. No helicóptero em que estava Atena, encontrava-se Seiya, Hyoga e Saga.

(Saga) – Atena, você acredita que encontraremos Shaka assim que chegarmos?

(Atena olhando pela janela)— Ainda não sei Saga, mas para Shaka ter optado por ir mais cedo ele sabia o que estava fazendo. Assim que pousarmos iremos procura-lo e ficaremos todos juntos, para evitar um ataque surpresa de Ares.

  Saga concordou em silêncio e a viagem assim permaneceu também.

  Assim que os dois helicópteros pousaram algo estranho foi percebido pelos cavaleiros e caçadoras, era como se tivessem voltado no tempo, para períodos antes de Cristo. Havia ruínas e templos antigos, era como se o tempo nunca tivesse passado naquele lugar.

(Hyoga confuso)— Mas... onde estamos?

(Ártemis)— Estamos na Itália, mas Ares enfeitiçou essa região para que ela ficasse semelhante ao que era em seu remoto passado. Grécia e Itália são países em que nós, deuses, ainda exercemos forte influência, os demais humanos não conseguem perceber o que estamos vendo, apenas nós, porque ele quer que seja assim.

  Um cosmo conhecido se aproxima.

(Shaka se aproximando do grupo)— É muito bom revê-los, meus amigos.

(Shura em tom feliz) – Shaka!

(Shaka)— Eu acho que Ares está por perto, o sol não está querendo ser pôr totalmente, o céu está com essa cor estranhamente alaranjada. Não consigo sentir o cosmo de Aurora, mas sei que ele está perto.

(Atena)— Coloquem suas armaduras.

  Ao colocarem suas armaduras, os cavaleiros e caçadoras perceberam que estavam com suas armaduras divinas, a ocasião demandava isso.

  Nesse instante um cosmo muito agressivo é sentido por todos, os deixando em alerta máximo.

(Ártemis seriamente) – Ele está aqui...

(Voz de Áries) – Meus amigos, que prazer em tê-los comigo nesse dia tão importante, em que eu Deus da Guerra me coroarei como Deus supremo.

(Aldebaran irritado)— Apareça covarde.

(Ares rindo)— Acalme-se cavaleiro de touro, encontrem-me na arena principal. Estarei esperando vocês.

  A voz subitamente sumiu e todos se entreolharam

(Ariel)— O que devemos fazer agora?

(Camus)— Nossa melhor chance é seguir o cosmo dele.

  Todos concordam com a ideia do Cavaleiro de Aquário e vão em direção ao cosmo do deus, após alguns minutos de caminhada eles chegam a um coliseu e ao cruzarem a entrada encontram Ares do outro lado do lugar. Ele estava usando sua armadura e Nike encontrava-se ao seu lado, estava sem expressão, fria, apenas observando-os se aproximarem.

(Ares estendendo os braços)— Bem vindos, cavaleiros, caçadoras e deusas. Que comece o show.

  Nesse momento Ares faz um movimento com sua lança e subitamente milhares de soldados irradiam do solo, sedentos por sangue inimigo.

(Atena)— Ares, pela última vez, não precisamos resolver esse confronto assim, entregue-nos Aurora e partiremos em paz.

(Ares rindo)— Você será a primeira a morrer Atena, pela sua tolice e estupidez. Morra!

  Ares lança sua lança divina rumo ao coração de Atena, mas nesse momento algo acontece, de modo a surpreender todos. Uma flecha veio dos ares e interceptou o golpe, fazendo a lança cair no chão.

 - Parem!

  Todos ficam perplexos com a situação, mas mais perplexos ainda ao perceberem que reconheciam a voz. Aurora.

  Ao olharem para cima, rumo ao som da voz encontraram a deusa da vitória em cima de uma das estruturas do coliseu. Ela estava vestindo a armadura negra, mas algo estava acontecendo, era possível ver a cor dos cabelos voltarem ao verde água e seus olhos deixarem o pigmento vermelho, para voltarem a normalidade.

(Ares perplexo)— Mas, c-como?

  O deus da guerra se volta para a moça que, até então, pensava que fosse Nike, mas não passava de uma ilusão de névoa, pouco a pouco a figura começou a desmanchar, até finalmente desaparecer.

  Aurora abre as asas de anjo e desce do topo do coliseu.

(Ares com raiva em sua voz) – Então você estava fazendo esse joguinho sujo o tempo todo!

(Aurora seriamente)— Você foi tolo o bastante em achar que eu me sucumbiria a sua tentativa. Eu jamais serviria a você ou aos seus ideais. E agora, você deixará de ser covarde, e lutará comigo, esqueça-os, só interessa eu e você aqui.

(Ares)— Eu terei todo o prazer em arrancar a sua cabeça e pendura-la no Olimpo, como a maior traidora que os deuses já vivenciaram.

  Nike transforma seu arco e flecha em uma espada. Ela fecha os olhos e simplesmente começa a pegar fogo, chamas brancas tomam contam de seu corpo, tornando difícil o simples fato de encara-la.

(Aurora)— Mate-me primeiro.

  Ares estende a mão e a lança sai do chão e se encaixa novamente em sua mão.

(Ares entredentes)— Com prazer! Ataquem!

  Os soldados ao comando de Ares atacaram os cavaleiros, caçadoras e as deusas, a guerra tinha enfim começado. Aurora alçou voo e com a espada nas mãos foi até Ares, ela lançou um golpe contra sua lança e a cada golpe em que as armas se encontravam era como se trovões soassem pelos ares.

(Ares)— Vai se arrepender de ter desperdiçado a chance de governar ao meu lado.

(Aurora golpeando com a espada)— Nunca me arrependerei de negar aquilo que vai contra os meus ideais.

  Aurora golpeia com o cabo da espada no ombro de Ares e consegue desequilibrar o deus.

(Aurora ofegante)— E eu e você sabemos que esse governo em conjunto é uma grande mentira.

  Nesse momento Aurora concentra seu cosmo para emanar uma mensagem.

(Aurora em pensamento) – Saga, precisa ser agora. Temos milésimos de segundo, ele está desequilibrado.

  Saga em meio ao combate com seis soldados escuta o pedido de Aurora.

(Saga em pensamento)— Pode deixar Nike.

  Ele lança um golpe mortal contra os soldados e concentra o cosmos em seu principal golpe.

(Saga gritando)— Outra Dimensão!

  Imediatamente um portal se abre próximo a Nike e a Ares. O Deus da Guerra já havia recobrado o equilíbrio, mas não reage antes que Aurora deposite um forte chute contra seu peito e o faça atravessar o portal.

(Saga gritando)— Você sabe que pode não conseguir retornar.

(Aurora gritando de volta) – Eu sei, mas preciso tentar.

  Ela entra no portal e este imediatamente se fecha.

Continua...