Sob a sombra da humanidade escrita por Melanie Cheshire Hersing


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem espero que gostem, estamos bastante inspirados então aproveitem-Kaash domador de demônios



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Os prédios acabados em ruinas se estendem ao céu escuro, as nuvens de fumaça impedem a passagem de muita luz solar, a terra já esteve em dias melhores. E seus habitantes também.

Avia uma minúscula minoria que habitava as cidades flutuantes acima, muito acima da cidade acabada onde todo o povo vive imerso nas trevas. Em um local iluminado apenas pelos postes acabados e por neons lançados de boates e prédios.

As ruas sujas e escuras ocultavam criminosos dos mais variados tipos. Ruas estavam normalmente vazias. Já acima das nuvens, ruas e calças magnéticas protegidas por grandes domos de vidro ficavam sempre cheias de carros e outros veículos, mas abaixo das nuvens patrulhas policias correm por entre os prédios com seus holofotes a procura de algo que não devia estar no lugar.

“Eu sou só mais um soldado cuja vida é produzida e vendida a preço de banana. Eu fui criado a partir de DNA humano, mas vim com defeito: meu cérebro parte mecânico aprimorou minhas habilidades. Eu apenas sigo ordens. Eu sou um UT-376 a elite dos assassinos e mercenários!” ele pensou, indo em direção ao seu transporte.

Seu cabelo era raspado, a pele era branca, e seu rosto era ferido e com cicatrizes, como se fosse costurado. Seus olhos eram semelhantes aos de uma pessoa cega, porém eles funcionam. Ele não era um brutamonte, usava mais o cérebro em combates e em situações de perigo. UT tinha 19 anos, mas já era um dos melhores em seu trabalho.

Ele subiu em sua moto. As turbinas rugiram e expeliram chamas iônicas. O escapamento soltou um jato continuo de fumaça. Uma transmissão holográfica surgiu à sua frente.

O UT recebe as ordens, recarrega a pistola (um verdadeiro canhão de mão), puxa o capuz e mergulha dentre as plataformas, submergindo nas sombras de um mundo em ruinas.

“Mulheres, taxadas de fracas, inúteis, escoria, nada mais do que escravas sexuais, cuja vida nada mais era que um divertimento para os homens. Mortas, se não seguissem ordens. Assim, a maioria ou até mesmo todas eram vistas. Como mulher, minha vida nunca foi fácil. Mesmo como líder, ainda há quem tente me vender, capturar e escravizar das mais diversas formas. Não foram poucas as vezes em que meu fiasco de vida esteve por um fio. Afinal nenhum poder é o suficiente em um mundo dos homens, onde minha vida desvalorizada seria vendida pelo primeiro que tivesse a chance.” Maya pensou.

Ela tinha olhos e cabelos crespos de um castanho escuro, muitas vezes confundido com preto. Pele pálida, lábios grossos. E se vestia totalmente em preto. Ela era uma garota de 19 anos, mas mesmo assim já era a líder dos Gray Nightmare.

Com passos apresados soando altos, cabelos escuros e roupas negras se perdendo em meio às sombras, dirigindo-se ao ponto de encontro camuflado em meio à ruinas, atrás da mais repugnante estadia. Lá, onde a única iluminação visível era o reflexo das facas manchadas em carmesim que tinha em mãos.

Maya deu a ordem, estava tudo correndo como o planejado. Em sua opinião, se seu alvo os considerava a escória, então seu atentado era contra o resquício mais imundo e desprezível que sobrara às sombras da humanidade.

Ela nem sequer sabia que já estava sendo rastreada. O UT-376 apenas seguia ordens. Sentimentos, em sua opinião, só serviam para lhe levar à ruina.

Ele mergulhava pelos prédios a uma velocidade absurda, quando seu olhar robótico a identificou, seu alvo, em meio às sombras.

A distância ainda era muito grande, mas isso não ia lhe impedir. As turbinas rugiram novamente. Ele desceu como um meteoro rumo ao chão e em seguida ergueu a moto, no último segundo. Interrompendo Maya com o som da moto, que rasga o silêncio da noite com uma velocidade absurda.

Ela sabia o que era isso. Provavelmente outro idiota com emoções e desgosto pelo que estava prestes a fazer veio impedi-la.

Afinal, muitos considerariam que uma escola não merecia isso. Muitos considerariam isso uma chacina. Um atentado, um ato de violência sem cabimento e desnecessário, contra inocentes. Muitos tolos com uma moral antiquada e uma merda de ética considerariam, Maya pensou.

“Mas esses inúteis sabiam onde estavam se metendo. Se quer desperdiçar tudo o que tem para construir uma droga de escola, para pirralhos mimados e professoras vadias, faça isso dentro da sua jurisdição. Não da minha!” sua arrogância gritava.

Então ela pressionou o cabo gélido da faca entre meus dedos enquanto os que lhe acompanhavam ergueram suas armas.

- Sigam em frente e terminem a missão. – ordenou fria, sem tirar os olhos da moto – Não vai ser um único idiota que vai me deter. Encontro vocês assim que me livrar dele. – terminou, fazendo o resto do grupo seguir.

UT avista o grupo seguindo em direção à escola. Raios! Já era sua terceira moto! Mas dane-se, seu chefe os financiava, então vamos lá.

Ele virou na direção do grupo maior, colocou alguns explosivos na moto e a jogou contra o grupo. Apertou o detonador e fez uma bela bola de fogo.

Quando "aterrissou" no chão, ele encarou o único oponente que sobrara. Ou melhor, a única.

Ela segurava a faca com convicção. Ele pegou a pistola. UT insistia em usa-la em missões assim, preferindo fuzis em combates mais duros. Porém não achava seria vencido.

- Maya... Os dados fornecidos sobre sua localização estavam corretos... – constatou observando seu alvo.

Maya começou a praguejar mentalmente tudo o que conhecia contra aquele imbecil. Desejando ter explodido a moto dele ela mesma com ele junto.

Ele ainda estava no chão após a explosão, segurando a pistola com um olhar de quem aparentemente tinha vencido. Mas ela não is se deixar vencer por um louco suicida!

UT se levanta e Maya passa a outra mão para o resto de suas facas, ocultas pela capa de chuva preta.

Se ela tinha um número limitado de laminas em meu poder, ele também não tinha muitas balas. Com uma diferença: ela tinha mais facas, e habilidade para não precisar de uma arma.

Agora de pé, eles andavam lentamente sem cortar o contato visual. Mesmo que UT fosse bom de mira, agora ela já estava perto o bastante para se livrar de sua arma.

Maya mirou a mão dele. Si perde-se a arma, perdia a vida.

UT atira e ela desvia recebendo um tiro de raspão. Ela joga a faca contra sua mão, mas ele se esquiva.

- Vamos continuar mesmo com essa brincadeira estupida? – sua voz saiu de dentro do capuz.

- Só irei para quando você, senhor suicida, estiver com uma faca em cada olho! – ela disse.

Sua voz era confiante, ambos iluminados pelas chamas medonhas nos destroços da moto.

UT tinha seus olhos focados em seus movimentos, sua mente atenta a possibilidades, esta brincadeira estupida não vai levar a nada.

O olhar dela era frio e calculista, ela arremessou outra faca, ele desvia. Ele dá um salto para trás seguido com três disparos, e quando ela se esquiva ele se abaixei rápido pegando sua faca no chão.

Pegar uma de suas facas. Essa foi uma ação odiada por Maya. Não iria adiantar nada gastar suas balas se ele tiver outra arma para defendê-lo!

É tudo ou nada. Ele tinha razão, esse era um jogo estupido.

Mas um jogo que Maya pretendia ganhar.

Ela arremessa quatro facas e começa a se locomover. Enquanto ele desvia delas, ela vai até suas costas com a intenção de atravessar uma faca no pescoço do desgraçado.

Ele vira e os dois ficam um com a faca no pescoço do outro.

Porém, já que nessa brincadeira o capuz de UT caiu, Maya pode perceber algo sobre seu adversário: não é humano. Parece, mas não é totalmente. E isso pode ser um problema.

- Mas o que raios é você? – ela perguntou.

Ele não pode evitar um sorriso. Muitos de seus alvos não esperam por isso, e acabam sendo alvo fácil.

- Meu nome é UT-376, Unidade Terrestre classe 376. Eu sou feito para esse tipo de trabalho já que posso facilmente ser clonado. Nesse instante um exercito de clones híbridos com maquina como eu estão sendo produzidos e treinados. Você pode me matar, que sou só mais um. – respondeu com o sorriso estampado em meu rosto.

E com um reflexo de nível robótico, UT deu um golpe em sua têmpora com a pistola. Maya ficou um pouco atordoada.

Ele levou a mão para dentro do casaco e pegou uma coisa semelhante a um chip, um adesivo elétrico. O colocou na testa dela e esta amoleceu. O pulso elétrico confundia os nervos ao enviar falo estímulos.

E tendo Maya com o corpo mole, UT a algemou e se sentou. Ele estendeu seu braço para frente de meu corpo e um holograma do seu chefe apareceu.

- Chefe eu estou com ela e os capangas foram despachados. Mas eu detonei a moto...

- UT já é a terceira! – seu chefe exclamou – Bem, irei mandar um transporte e veja se a deixa bem presa ouviu?

- Sim – UT respondeu.


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