A Proposta escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 4
Desvendando algumas coisas


Notas iniciais do capítulo

Eu estou com muito medo. Sério. Sem brincadeira... Tipo... NOSSA! Eu nunca tive tanto retorno em uma fic minha, muito menos assim no começo, e eu só posso dizer que estou... Encantada. Muito obrigada mesmo, gente, muito, muito, muito e muito obrigada. Sério... ❤️❤️❤️❤️❤️❤️ Se disserem que não são incríveis, não acreditem, pois deixaram o meu dia muito mais feliz com seus comentários, favoritações, etc. Um agradecimento a: Ronny, Hannah, Pietra, Aleh, Gabiii, Nanda, Finnie, Rayna, Nick, Kemily, Cynthia e Crys ( seja muito bem vinda! :>) ainda não respondi todos os comentários, mas eu vou fazer isso e em breve, tudo bem? Sem falta, eu prometo! Estou respondendo aos poucos, porque eu simplesmente amo cada uuummm! 😍😍😍😍❤️❤️❤️❤️❤️ E ai? Preparados pada conhecer mais o Peeta? :) BOA LEITURA!



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– O que você ama? - perguntei para Peeta, deitada ao seu lado na traseira da sua picape, com um cobertor sobre

– O que eu amava?

– Não, o que ama agora? - eu disse - Não ama nada agora?

– Não sei... - respondeu fazendo um gesto como se pudesse tocar o céu e buscar uma estrela - Não sei o que eu amo.

– Eu amo minha família. - admiti - Não importa o que aconteça... Sempre os amarei.

– Eu tinha uma família. - ele disse baixinho colocando os braços ao lado do corpo

– Quer me contar o que aconteceu? - ele ficou em silêncio, e quando pensei que a resposta fosse ser não, uma lágrima escorreu pelos seus olhos azuis incríveis - Eu acho que nós não podemos viver sem amor e sonhos... É como... Apenas existir. O amor é o que nos impulsiona, e sonhos o que nos faz acreditar que tudo vá melhorar, mesmo que não melhore. É bom sonhar...

– Eu concordo com você... Mas eu não amo ninguém agora... E tem um por quê. - o olhei com expectativa, mas não disse nada para que ele se sentisse à vontade - Prim e eu estávamos casados a seis meses... - começou - Éramos novos, tínhamos acabado de fazer 21, e ainda na faculdade... Princeton. Mas nos casamos, e três meses depois, ela descobriu estar grávida. - contou quase em um sussurro, como se para que as palavras não chegassem ao seu cérebro - Nós estávamos empolgados, porque sempre quisemos ter uma família, quando... - fechou os olhos que mesmo em tão pouco tempo encontrei segurança - Ela descobriu que sofria de câncer.

– Peeta... Eu sinto muito. - com certeza Prim é a moça ao lado dele na cabeceira de sua cama - Sério... Eu não teria tocado no assunto se soubesse que te deixaria tão triste. - falei sincera e ele deu de ombros, mas continuou

– Na cabeça, mas era muito tarde... Ela tinha miomas malignos no útero, e não tinha outra solução. - continuou falando baixo, e meus olhos se encheram d'água - Ela quis levar a gravidez até o final, e eu... Não podia discordar. Os médicos disseram que era possível salvar os dois, só que dia do parto, aconteceu o pior. Ela teve uma parada cardíaca, e o caso saiu imediatamente do controle dos médicos. - contou - O bebê morreu na hora, já prejudicado pelos miomas... - sua voz falhou - E ela entrou em coma. Cinco meses. Então em uma noite, quando eu estava lá, ela abriu os olhos - ele não pareceu feliz com a lembrança - Eles estavam suplicantes, eu chamei os médicos para tirarem ela de lá, e assim o fizeram, mas as notícias não eram nem um pouco boas. Ela tinha só mais algumas horas de vida. - muitas lágrimas saiam de seus olhos, mas ele não transparecia na voz. - E a última frase que ela disse foi Eu Te Amo. - contou - A pior parte... Foi que me deixaram ver o bebê, e... Eu nunca vi uma criança tão linda. - eu chorava silenciosamente - Se parecia com ela. Eu fiquei uma semana no nosso quarto, só chorando, chorando, então resolvi que ela não gostaria de me ver parando minha vida por isso. Meus pais não vieram me visitar, porque Prim era o tipo de garota problema, mas... independentemente do que eles achavam, eu precisava apenas de um abraço deles... só que eles não me ligaram, e eu também não. – passou as mãos nos olhos – Eu nunca mais amei nada ou ninguém. Fazem exatos dois anos, porque são as coisas que mais amamos que nos destroem.

– Eu não sei o que te dizer... – e o abracei, nem podendo imaginar o que ele sentiu quando isso aconteceu. – Eu queria ter te conhecido antes para poder botar fogo no quintal dos seus pais. – ele riu sinceramente, e foi inevitável não rir junto. Sua risada é gostosa, e aquece o coração.

– Muito obrigada... acho que na vida tudo acontece por uma razão. – disse suspirando pesadamente, e como eu estava ao lado dele, nem reparando nas estrelas, por mais que elas estivessem acima de mim, suspirei também – Se eu te conheci agora, talvez porque é pra ser. Nada acontece sem uma razão. Absolutamente nada.

– Não conte para o Finnick. – eu disse baixinho, com medo de estarmos sendo observados, por mais que soubesse que isso não estava acontecendo, porque estava no ponto mais alto de Las Vegas, quase acima dos prédios e suas luzes que animavam o corpo, mas não significa nada para a alma e espírito quando se está triste. Os seus dedos passeavam por dentro dos meus cabelos castanhos escuros ondulados. – Mas agora você é meu novo melhor amigo.

– Ok, isso me ofendeu. – disse pensativo

– Por que?

– Pensei que já estivéssemos nesse patamar quando você invadiu o meu apartamento! – exclamou aparentemente revoltado comigo e eu ri

– É, verdade, mas estou oficializando logo isso. – falei dando de ombros, e ele colocou um braço em volta dos meus ombros – Fazia isso com Prim? – perguntei sentindo uma ponta de ciúmes

– Não, ela não gostava disso, romantismo, filosofia ou algo do tipo, então geralmente nós íamos para um outro lugar mais fechado. Com ciúmes, Kat? – perguntou com humor na voz e eu corei firmemente

– Claro que não! – eu disse bufando, dando um soco leve em suas costelas, fazendo-o se contorcer todo – Que... – passei os dedos de novo e ele se arrepiou todo, rindo

– Não! Para! Ai! Ai! – ele disse igual uma criancinha, se contorcendo e tentando impedir que eu lhe fizesse cócegas, e ria que era uma beleza – KATNISS! NÃO! NÃO! AAAAAAH! – gargalhei junto com ele, tentando subir sua camisa para ver aonde mais ele sentia cócegas

– Fica quieto! – eu disse colocando um braço debaixo da sua camisa, e ele começou a ficar muito vermelho de tanto rir e eu acompanhei, porque era realmente muito infantil sua risada – Então quer dizer que não tem um ponto fraco, Peeta? - não consegui ver muita coisa, mas ele tinha um corpo... Quente. Literalmente. Ele parecia sempre febril, e eu pude contar oito gominhos certinho, e não eram muito destacados, eram na medida certa, e eu achei isso incrível. É notável que ele é saudável. Gale usa anabolizantes. Não tem um corpo pra reclamar, é óbvio, MAS, não é de maneira certa.

– Não, eu sou todo sensível... – disse conseguindo se sentar, depois que parei por medo dele morrer asfixiado. Limpou lágrimas de seus olhos, e essas eram de alegria – Ai, ai, só você e Finnick me fizeram rir tanto de uma vez.

– Nós somos demais, e sabemos disso. – eu disse engatinhando como se fosse para a cama e me sentei ao seu lado – Qual é o seu maior sonho? – enchi a boca com brigadeiros que furtamos da casa dos meus pais, e ele me acompanhou, olhando para as estrelas

– Antes era me formar na faculdade... depois era ter uma família... agora é simplesmente conseguir amar de novo. – disse suspirando pesadamente – E o seu?

– Hm... eu tinha os mesmos planos que você. – ele me olhou, e eu o olhei, dentro dos olhos – Não sei se meu maior sonho é amar de novo. Eu sempre amei. Amar é muito fácil. É só você se abrir para sugestões. – coloquei uma bendita mecha atrás da orelha e olhei para o céu novamente, sorrindo – Desde pequena, eu sempre saia depois da meia noite e ia para o terraço da casa dos meus pais, deitava com meu edredom favorito, e tentava contar as estrelas – falei séria, ele não riu – Obrigada por não rir.

– Por que eu iria rir? É algo que gostava. O possível de hoje, era impossível até alguém passar por cima do que impedia disso acontecer. – sorri torto

– Ninguém, nem mesmo Annie, me deu atenção, um pouco de valor, acreditou em mim. Achavam meu ato imaturo e extremamente infantil. – contei – Quando eu era mais nova, meus pais só iam nas apresentações dela, e eu ficava sozinha, apresentando para o nada. Nenhum deles sabe que eu sei tocar flauta e violino... – fechei meus olhos, lembrando-me de todas as vezes que me pai quase me bateu por não querer escutar o que eu tinha a dizer, o que eu tinha aprendido na escola... – Eles me davam dinheiro ao invés de atenção, e sempre foi uma droga. Meu maior sonho é tocar as estrelas. – sussurrei a última parte. Peeta sorriu, voltando a se deitar, e fez um gesto para que eu me deitasse ao seu lado, e foi o que eu fiz, abraçando-o

– Eu sempre quis tocar as estrelas... – sussurrou – Sempre que tinha feriado, os alunos de Princeton podem voltar para casa, e passar com a família, mas desde que comecei a namorar Prim, no último ano do Ensino Médio, meus pais não falavam comigo, e quando eu coloquei minha última mala no carro, disseram que eu ia, e nunca mais deveria voltar. E eu nunca mais voltei, não fisicamente, porque nos meus sonhos eu sempre os visitava com Prim, e eles aceitavam tudo numa boa. Ela tinha família, que a amava muito, e ela ia pra lá, me chamava, mas nunca quis incomodar ninguém. – contou e eu a cada palavra que saia de sua boca ansiava conhecer mais, ouvir mais – Eu ficava no campus, assim como mais umas... não sei, 90 pessoas, mas elas não me incomodavam, porque eu ia para uma casa na árvore que tinha e ficava olhando as estrelas. O universo não tem fim, entende? E eu acho isso fascinante. Queria que as coisas que eu amava fossem infinitas.

– Obrigada por me ouvir e entender. – falei sorrindo torto, colocando uma perna em volta da sua cintura e fechando os olhos, e ele entrelaçou sua mão na minha – Boa noite, Peeta.

– Boa noite, Katniss. – e dormimos.

##

– Hey, Katniss, Katniss... – disse uma voz suavemente em meu ouvido, e eu senti ainda mais vontade de dormir, abraçando o travesseiro –Ô KATNISS! TEU PAI TA LIGANDOOOOOOOOOOOOOOOO! – Gritou Peeta e eu dei um pulo, batendo nossas testas, e doeu. Ele caiu ao meu lado na cama, massageando a testa e eu fiz o mesmo, gemendo de dor

– Eita! – Finnick disse na porta do quarto de Peeta – Pelo visto a coisa ta fluindo entre vocês, hm? – disse maliciosamente e eu bufei

– Eu vim acordar ela porque o pai dela está ligando enchendo a paciência desde as cinco e meia da manhã. – meu amigo disse, saindo de sua cama, onde eu acabei de notar que estamos. Só me lembro de ter dormido em seu colo na picape, enquanto observávamos as estrelas e as pessoas na brilhante Vegas.

– Uhum... vou fingir que acredito. – Finn disse

– Cara, você está fazendo o que na minha casa? – Peeta perguntou confuso – E no meu quarto?

– Eu vim ver se você e a Catnip tinham chegado. – explicou-se dando de ombros – E já que vi que chegaram, estou saindo. Domingo é meu dia de plantão – disse bufando, em sua roupa limpa que eu passei ontem antes de realizarmos a vingança. Quando passou pela porta, Peeta jogou em meu colo o celular e se jogou novamente na cama

– Cara, na moral, estou estressado com esse seu celular já. E com o seu pai! – ri de sua reação, e coloquei o celular no mais baixo, sabendo que vou ouvir diversos gritos

– Katniss Everdeen Cresta... – meu pai estava se controlando – Reunião de família. Agora. Você tem meia hora ou eu ligarei para a polícia. Glimmer está vindo pra cá, então se vista e saia da cama desse homem neste exato momento. – e desligou.

– Droga. – resmunguei querendo jogar meu celular na parede

– Que foi? – Peeta perguntou se sentando com as pernas cruzadas de frente para mim – Seu cabelo parece um ninho de vespas... – falou rindo e eu revirei os olhos

– Reunião de família. Com a Glimmer, que precisa se tornar sócia da empresa. – eu disse já imaginando o quão cansativo isso seria, quando me dei conta de uma coisa – PEETA! – ele estava todo sonolento, e quase caiu no chão

– QUE!

– Ela não vai aceitar fechar o contrato se eu não me casar! – já estava de pé, tentando encontrar alguma solução

– Ah, não é verdade... sei lá. – ele disse se deitando na cama, de barriga para baixo com seus fios loiros destacados no travesseiro branco macio, que já tinha seu perfume amadeirado – O seu perfume doce está no meu travesseiro agora. – disse rindo – Pelo menos não é enjoativo.

– A coisa é séria, Peeta! Não posso voltar com Gale!

– E eu não posso resolver seu problema! – disse sinceramente, fechando os olhos – Simplesmente conte o que ele fez. Contar a verdade sempre ajuda. – caminhei até a grande janela em seu quarto, que dava para ver algumas casas, e a vista não era feia, na verdade, é reconfortante. Apertei o peitoril e fechei os olhos, tentando encontrar uma solução.

– Você pode sim. – falei tendo uma ideia simplesmente muito estranha

– Como? Que eu faço.

– Casando-se comigo. – soltei simplesmente, me virando para ele, que ficou de queixo caído

– OPA, OPA, OPA! Não é assim que a banda toca, Katniss! – ficou de joelhos na cama, e céus, como ele é sexy... – Primeiro conte a verdade!

– Mas e se ela não acreditar em mim?

– Iiii eu sei lá! – disse me olhando como se fosse óbvio, batendo as mãos na coxa – Katniss... – ficou sério – Eu te contei um monte de coisa ontem... – suspirou pesadamente, fechando os olhos, então os abriu e me olhou com intensidade, pois seus olhos estavam começando a ficar cheios d’água – A morte dela ainda me machuca.

– É, eu sei... posso imaginar. – falei sentando-me na ponta da cama e cobrindo o rosto com as mãos – Se eu tivesse sido um pouco mais racional e menos influenciável, poderia estar em outra situação.

– Não vai adiantar pedir o Finn em casamento? – eu ri e ele me acompanhou, tendo noção de suas palavras – Ok, loucura...

– Bem... – suspirei pesadamente – Vou ir me arrumar, pois já estou com apenas vinte minutos, ou a polícia, FBI, CSI, e não sei mais o que, vão estar me procurando... – eu disse já cansada antes de tomar um banho morno.


Peguei minhas coisas, e quando estava saindo da casa de Peeta, ele segurou minha mão – Por quanto tempo ela aceitaria seu casamento?

– Sei lá... nem precisa muito bem de um casamento. Ela nunca foi muito com a cara de Gale, e duvidava muito do nosso “amor” – sinalizei as aspas com meus dedos – Ela queria que eu me casa-se com ele para saber se não era armação.

– Ela estava te forçando, junto com sua família, tecnicamente, um casamento forjado? – sem notar, eu e ele estávamos frente a frente em seu sofá

– Não exatamente. Conheci Gale a muitos anos atrás, quando tinha 15 anos, e começamos a namorar com 17... levamos para a faculdade essa coisa toda, e pelo menos da minha parte, era amor. – lágrimas começaram a impedir minha visão – E ainda é. Meus pais aceitaram de cara nosso relacionamento porque ele sempre foi da alta sociedade, cursamos faculdades caras e cobiçadas em uma universidade particular, Havard, e ele não tinha histórico criminal... Gale nunca demonstrou ser um idiota, nunca levantou a voz para mim, e sempre teve respeito, então, por que não casar? Nunca vi aquela coisa que todo mundo fala, de brilho nos olhos, e nunca senti um choque quando nossas mãos se tocaram... – confessei – Mas... era amor.

– Katniss, ele era bom para você. – ele disse calmamente – Era o cara perfeito dos seus sonhos, mas nem sempre o que a gente sonha é o melhor– falou como se tivesse muita experiência no assunto... bem, na verdade, ele tem. Seus olhos brilham ao falar de Prim – Eu sonhava com uma garota que tinha os mesmos interesses que eu, que me entendesse, e Prim apareceu totalmente o contrário de tudo. O que mais fazíamos era brigar, mas aquilo era amor. Um amor verdadeiro. Quem te ama, não vai ser 100% carinhoso, nunca erguer a voz e nunca te repreender, isso é falsidade. Amor de verdade é quando você cuida, protege, mas diz se você está errando, e repreende quando você faz besteira. – então eu comecei a chorar, e ele me abraçou apertado – Se ela não acreditar em você... – disse suspirando pesadamente – Eu aceito ser o seu par.


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Notas finais do capítulo

Uuuuuh! O que acharam? 😆 Vou amaaaaaaaarrrrrrrrrr saber!
Bem, gente, vou abrir o jogo: estou com medo sim. Estou com medo de não ir de acordo com as expectativas, muito medo de se decepcionarem, mas... Saibam que darei o meu melhor, assim como faço nas outras fics, ok?
Sério, de verdade, amei MESMO CADA UM DOS COMENTÁRIOS, e amei mais ainda saber o que estão achando :) valeu, pípôu, dois beijos, e um abraço, América! 😍😍😍❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Obs.: no próximo é o reencontro com a família e a Glimmer. E... Tem uma pergunta do Peeta que pode mudar muitas coisas... E sim, já está prontinho, cheio de palavras, e frases, e coisas qhe eu adoraria dizer pros inimigo, e acho que vocês também, se estivessem na pele da Katniss shaushuahsu o que acharam? Beijos!