A Proposta escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 19
Reencontro explosivo


Notas iniciais do capítulo

Oi, genteneeey! To passandk rapidamente aqui, porque estou respondendo os comentários do... Capítulo 14, para terem noção do quanto eu estou atrasada (e muito) mas estou respondendo :)) e também preciso almoçar aqui.
Palavras são estupidamente insuficientes para expressar a minha gratidão por cada comentário nos dois capítulos anteriores! Vocês são simplesmente demaaaaaaiiiisssssssss! Não recebi recomendação nos anteriores, mas nem me importei, quando li cada um dos comentários *~*
Um "seja bem-vida" especial para a GiiuJ que estava a dois anos sem entrar no Nyah, e apareceu por aqui, e eu to tipo... Shahghsjfkskfkskfn OBRIGADA MESMO! SEJA MUITO BEM-VINDA! :D
Arabella, Michelli, Fran (peguei sua foto do perfil kkkkkkkkkkkk ri alto com ela, amei, amei ❤️❤️❤️) e Lauane, minha gente, vocês não passaram despercebidos! SEJAM BEM-VINDOS TAMBÉÉM! :) Foi a primeira vez que comentaram, então... BEM-VINDOS! Muito bem-vindos mesmo a minha fic :P
Espero que gostem desse, e como a GiiuJ pediu, abri a mente, e deixei a imaginaçãããão fluuuuiiiiirrrrr... Espero que gostem mesmo, gente! Beijos!



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– SAI DAÍ, SEU IDIOTA! - eu berrei buzinando com muita força e toda a ira do planeta - SAAAAAI! - passei por cima da calçada, quase atropelei uma senhora, que me xingou, e eu me senti ofendida, mas passei.

Estacionei de qualquer maneira, entrando no hospital como um verdadeiro jato, estressada, empurrando quem entrava no meu caminho, e eu arfava de ódio.

Meus olhos furiosamente vasculhavam quaisquer fios loiros claro e olhos azuis como o mar do Caribe. Esse é o hospital que o Finnick trabalha! Inferno!

O meu peito ardia, que chegava a fazer meus olhos se encherem d'água com facilidade, ai eu vi a sala dos médicos, das quais visitava Annie, Gale ou Finnick em Vegas. - Hey, você não tem permissão p
ara entrar ai! - disse a recepcionista

– OLHA AQUI A MINHA PERMISSÃO! - eu berrei, virando metade do meu corpo e lhe apontando o dedo do meio na cara dela

– SUA RUDE! - a recepcionista estava claramente ofendida

– A TUA MÃE! - respondi pouco me lixando pra ela, continuando meus passos pesados e decididos sob um salto 15, e meus cabelos estavam desgrenhados, dois botões da camisa social branca abertos, e a calça me dava um ar de gente importante, que eu não ligava.

Abri a porta, já ouvindo as risadas de Peeta e suas irmãs, e eu pensei em dar pra trás. "Rye", minha consciência alertou, e eu abri a porta, encontrando ele entre as duas irmãs, que riam, assim como Finnick e Delly, a que quase me atropelou - Uno! - Peeta disse levantando uma única carta, depois de arrumar os óculos no rosto, que não tinha da última vez que o vi. Fazem um ano, Katniss. Muitas coisas mudam em um ano.

Eu coloquei as mãos na cintura, com a carta que ele me deixou ainda na minha mão, e bati o pé, mas não pareceram me notar, então bati palmas lentamente, ai pareceram notar minha presença, e foi como se estivessem vendo um fantasma.

Como em uma série, foi como se a câmera tivesse focalizado o rosto do Peeta, e ele estava com os lábios entreabertos, olhando para os lados, sem saber o que fazer, em busca de um roteiro - Eita, você se ferrou. - Katy disse dando dois tapinhas no ombro do Peeta - Benfeito, seu trôxa.

– Vocês, saiam. - não precisei indicar nada. Meus olhos estavam dentro dos dele, que estavam desesperados, e Finnick saiu sem dizer nada, com Taylor e Katy - SAAAAAAI! - eu disse pegando um copo de vidro, olhando para Delly - Nunca viu uma mulher com muita raiva?! - eu não tinha nada perigoso mesmo em mãos, mas a minha cara com certeza estava do tipo Indiana Jones, com os cabelos fora de ordem, e os meus olhos deveriam passar um ódio! Mais um ódio! Que ela saiu da sala imediatamente.

– Katniss... - levantou as mãos em rendição - Abaixa esse copo

– EU ABAIXO O QUE EU QUISER! - gritei lançando com uma força inexplicável o copo na parede - E EU ABAIXEI AS PAREDES DO MEU CORAÇÃO, DEIXEI VOCÊ ENTRAR E O QUE ACONTECEU?! - joguei um vaso em sua direção - VOCÊ TA MALUCO?!

– PARA DE JOGAR AS COISAS! - já de pé, levantou a cadeira, cobrindo o rosto, e mais alguma coisa quebrou ali - Vamos resolver isso calmamente, está bem? - seus olhos estavam cheios de lágrimas, assim como os meus, e eu não sentia mais forças para reagir. A faca nas minhas mãos deslizaram, e eu desatei no choro - Esqueceu a sanidade em casa?!

– Você acha que tem o direito... - eu estava chorando muito, com a carta nas mãos, apontando para ele, que sabia do que se tratava - De falar que estava fazendo amor comigo, de saber que era a minha primeira vez, saber o quanto eu estava traumatizada, magoada, e deixar isso? - solucei, e ele estava abatido, com o rosto ficando vermelho por conta das lágrimas - Acha que tinha o direito de vir e dizer todo o seu passado, que me deixou ainda mais com vontade de cuidar de você... Disse que me amava, e simplesmente sumiu? Você acha que tinha esse direito? - não se moveu - E se fosse o contrário, hein, Peeta? - seu nome saiu da minha boca com desdém, pela primeira vez em toda minha vida - E ainda por cima! - dei um sorriso sem humor, colocando as mãos na cintura - Mudou a minha vida por completo aquela noite!

– Pelo amor... Vamos para um lugar reservado. - pediu chorando silenciosamente, e a sala estava bagunçada, mas não tanto

– E por que não conversar aqui? - perguntei dando um passo que ecoou pela sala grande e descontraída - Você perdeu o direito de me chamar pelo nome quando foi embora. - falei entredentes, com um tom rude, mas sincero. Meus olhos estavam cheios de lágrimas nunca derramadas, e eu estava a ponto de ter uma crise de asma, podia sentir. Me virei, mas fui impedida de sair, por uma mão macia e grande, mas não muito, que se encaixa perfeitamente na minha - Não me toca! - eu disse puxando o braço e levantando em rendição - Também não tem esse direito, depois de ter me tocado no corpo, você tocou a minha alma, mas mesmo assim, por causa de um medo idiota, você foi embora.

– Todos nós temos medo... - fechou os olhos com força

– Mas isso não impede de seguirmos em frente. Se a Prim morreu, não foi em outros médicos - as palavras estavam machucando ele, mas eu estava com muita raiva para dizer alguma coisa - O problema foi dela, não meu. Quando a gente já foi machucado, não quer fazer isso com outras pessoas. Eu sei o quando machuca, e eu sei o quanto é assustador amar, mas isso não te dá crédito para me deixar sem mais nem menos, apenas com uma carta!

– Katniss... - tentou vir atrás de mim, fechando a porta da sala, e eu dei um tapa muito forte e estalado na cara dele. Nem notei que um anel estava ao contrário e cortou seu rosto, que teve reação na mesma hora. Ficou um corte, perto do seu olho. Encarou o chão tensamente, e nem acreditava, assim como eu, no ato impensado.

– NÃO ME SEGUE! - eu disse chorando, assim como ele e as pessoas estavam olhando com curiosidade - Você também não tem esse direito. Não foi embora uma vez?! - eu estava ofegante, e coloquei para trás da orelha duas mechas atrás da orelha - Pois EU que estou indo agora. - e me virei, saindo em grande estilo por causa dos saltos, e as pessoas estavam querendo saber o que aconteceu entre nós, para nós dois estarmos soluçando.

Passei por Katy e Taylor que tinham um sorriso de "Isso ai, garota!" e Delly correu desesperadamente para ver Peeta, o que me deixou com mais raiva ainda, pela proximidade deles, e o fato de ela ter arrumado a blusa de forma negativa, oara de mostrar mais os... Ah, eu gosto do Peeta! Ela tem seios enormes, que são quase impossíveis de disfarçar, mas mesmo assim, ainda puxou a blusa um pouco para baixo. Finnick estava perto de papéis, e moveu os lábios em "descobri hoje... E agora..." Mas eu não queria saber, embora saiba que os médicos só estão voltando hoje, da ala pediatra, e joguei os papéis no chão, com muita ira, e ele deu um grito de espanto - Amanhã eu peço desculpas por isso. - e sai desfilando, saindo da mesma maneira que entrei: estressada e diva.

Entrei no carro, logo procurando minha bombinha, pela falta de ar, e o estados de nervos que está meu corpo. Um descuido e a asma me ataca.

##

We be all night, love, love
We be all night, love, love

Eu cantei com Rye em meus braços, bem alto e de maneira exagerada, fazendo-o rir gostosamente - Você gosta da mamãe, não gosta, Biscoitinho? - dei muitos beijinhos em seu pescoço, e ele riu mais, me fazendo rir mais ainda - Then ride it with my surfboard Surfboard, surfboard Graining on that wood, graining, graining on that wood - cantei mais e ele falava "aaaaaahhhh" para tentar acompanhar e eu ri muito com isso - Hmmm... Temos um futuro cantor aqui?

– BÁÁÁÁÁÁÁÁ! - gritou e desafinou no meio, então direcionei um sorriso singelo para ele - KAAAAAAAA!

– Oh, meu Biscoitinho... Vamos pro quarto? Mamãe vai te levar uma mamadeira, ok? - ele abriu um sorriso sem dentes, apenas gengiva rosadinha.

Cantarolando alguma coisa, e ele puxando a minha blusa para baixo. Me sentei na cadeira de balanço e o amamentei, mas ele não queria isso, e sim ficar deitado com seus ursinhos - Ok, meu bem... - o deixei bem a vontade no berço, perto da babá eletrônica, com o sol de nove horas batendo na grande janela de seu quarto, mas de modo que não o incomoda. Beijei sua testa, delicadamente, e fui para a cozinha, onde tocava Flawless e eu me animei. - I WOKE UP LIKE! I WOKE UP LIKE THIS! WE'RE FLAWLESS! - fiz a dancinha da Beyoncé, e ri da minha infantilidade, e comecei a lavar algumas das quase dez mamadeiras sujas do Rye.

Enquanto lavava, uma tristeza me atingiu. Peeta. Basta olhar para nosso filho, que me lembro dele, seja em qualquer coisa que ele faça. O olhar, o jeito, os fetiches... Suspirei profundamente, me lembrando das lágrimas dele na noite passada. Eu não deveria ter metido Prim no meio, ou o bebê...

Em meus devaneios, acabei molhando minha roupa, então desisti de lavar as mamadeiras e abri a geladeira, para conferir o bolo de três meses do meu garoto. Quando ia pegar um brigadeiro, a campainha tocou, e uma pessoa socou a porta, quase que desesperadamente. - Ai meu Deus... - suspirei - Por que o porteiro não se lembra do ramal?!

Não estava esperando ninguém, e a casa estava com diversas coisas de bebês espalhadas, porque não consegui encontrar meu celular, então só podia estar nas coisas do Rye, e ele tá começando a ficar mais forte, e ficamos brincando de jogar as coisas, com ele dentro do cercadinho. - TO INDO! - a pessoa era resistente, que saco. Domingo 9h da manhã, gente! - Quem... - abri a porta e no instante seguinte Peeta entrou com o rosto vermelho, que não pude reparar por muito tempo, pois ele me empurrou com cuidado e começou a olhar as coisas na minha casa

– Cadê?! - perguntou olhando para mim e a minha respiração acelerou - Hein?! Cadê?!

– Cadê o que? Não fiquei com nada seu. - só um bebê.

– Não se faça de idiota! - ele disse indo para a sala, puxando as coisas e derrubando móveis, muito estressado e irritado

– Sai da minha casa! Agora! - eu disse segurando seu braço - Para de fazer bagunça! Seu idiota!

– Agora você que me larga! - ele disse muito irritado, e puxou seu braço

– Não tem nada que precise ver! - entrei na sua frente e ele colocou as mãos na cintura. Céus... Que homem sexy. - Sai! - eu sei do que ele está se referindo

– É mesmo? E isso? Não são mulheres que não tem um filho que compram! - pegou ao meu lado um livro para mulheres grávidas, e em cima tinha um troço horrível de tirar leite - E isso? - aos meus pés tinha uma foto - Acha que eu não preciso saber disso? - ele estava tão irritado, que ia começar a gritar a qualquer momento - Está grávida de quantos meses nessa foto? - não respondi, querendo saber como os momentos de felicidade sempre ficam tristes e horríveis - RESPONDE, KATNISS! QUANDO TIROU ESSA FOTO?! - meus olhos se encheram de lágrimas

– Eu já disse: sai. - queria encontrar a Katniss raivosa de ontem - SAI! NÃO TEM NADA PARA O SEU GOVERNO AQUI!

– Eu não vou sair daqui, e sabe que a culpa é sua, assim como sabe o que eu estou procurando. - seu tom era sério

– A culpa é minha? - eu dei um empurrão nele, que é claro, nem se incomodou - VOCÊ DEVERIA TER PARADO PARA PENSAR E TER COLOCADO UMA BENDITA CAMISINHA! - eu gritei - Eu não vou dizer onde está nada.

– Ótimo! - disse irônico, sem se afetar por minhas palavras - Eu mesmo procuro. - foi para a sala, me empurrando, e quando viu o cercadinho, logo tirou as almofadas, e pegou a babá eletrônica, jogando-as pela sala, ainda segurando o radinho e saiu mais estressado ainda, indo para a cozinha. Eu corri para fechar a porta, mas ele foi mais rápido, só que antes que pudesse entrar, Rye começou a chorar, um choro de dor, e antes de mim, se direcionou para o corredor, abrindo as portas - QUAL O QUARTO?! - perguntou com os olhos cheios d'água, mas não demonstrava na voz rouca e que me acalma

– O terceiro. - eu disse abrindo a porta, e ele entrou na minha frente, desligando o aparelho, e pegando nosso filho com todo o cuidado do mundo - É cólica. - eu disse chorando silenciosamente, para não chorar mais - Ele não aceita nenhum remédio... - ignorando minhas palavras, segurando o filho com cuidado e apenas um braço, saiu do quarto, indo para a cozinha, abrindo todos os armários, enquanto Rye chorava alto ainda

– Calma... Shhhh... Está tudo bem... Papai tá aqui, chegou e nunca mais vai embora, ok? Vou fazer essa dor feia passar, meu bem. Shhhh... - balançava Rye suavemente, beijando sua bochecha, e parecia mais aliviado, chorava menos, mas ainda estava nervoso e com muita dor. - Papai tá aqui, calma... Shhhh... - pegou folhas de louro e esquentou água. Ficou mexendo com o bebê, que sempre me ignora, mas com Peeta ele interagia, e eu precisei sair dali para não soluçar. Era claro que eles são pai e filho. As semelhanças são berrantes, até a covinha discreta no lado esquerdo do rosto.

Comecei a catar os brinquedos, e rapidamente a sala estava organizada. Me sentei no sofá, cobrindo o rosto com as mãos, e chorei mais, silenciosamente. Não adianta. Ele sempre estará na minha vida, porque temos um elo, temos um filho.

– Ele gostou do chá. - a voz de Peeta me tirou dos meus pensamentos de fuga - Vai fingir que eu não estou aqui? - passei as mãos nos olhos, e respirei profundamente, pondo-me de pé

– Escuta aqui, não sei quem contou dele, mas saiba que, se eu não contei, é porque não preciso de você. - eu disse séria, esticando os braços para pegar meu querido, mas Peeta deu um passo para trás, e Rye tinha uma mamadeira em mãos, com o pai auxiliando ele. A boca pequena do meu bebê ia e vinha, observando os acontecimentos ao redor com atenção. - Que isso?! Você acha que é assim?! - senti meu sangue aquecer nas veias - Você sumiu do mapa por um ano! Um. Ano! E acha que tem direitos sobre ele?! O seu nome sobrenome na certidão não indica absolutamente nada! Entendeu? Nada! - ele queria chorar, mas eu já chorei o suficiente, e só tinha raiva acumulada. Peeta abriu um pouco a boca, indicando que queria falar - Não quero te escutar! - peguei o bebê de suas mãos a força, e deixei a mamadeira com ele - Eu li aquela carta, a Katy me disse o suficiente. - aninhei Rye nos braços, que esfregava os olhos azuis-turquesa, como os dele, indicando sono, mas antes disso senti a fralda se encher de xixi, mas escondi a minha frustração com relação a isso.

Ignorei sua pessoa e fui com meu filho nos braços para o quarto, colocando-o no lugar certo, e troquei sua fralda com rapidez e delicadeza, sabendo que Peeta estava atrás de mim. Coloquei Biscoitinho no berço, e me virei para seu pai, que estava chorando silenciosamente, deixando seus olhos mais profundo, mais intenso, mais bonito, e os óculos parecem ser definitivos, pois ainda os usava. - Eu estava grávida de seis meses na foto. - olhou para mim - Finn tirou uma semana antes de dar um nome a ele. Na verdade, foi o Finnick que escolheu o nome. - dei de ombros, desviando nossos olhares, colocando as mãos no bolso da calça de moletom - Rye Everdeen Mellark. Eu não is colocar o seu nome, pelo desrespeito do qual me tratou, indo embora deixando aquela carta, mas... - fechei os olhos, abaixando a cabeça e suspirei profundamente - Eu sei que você me ama, e por isso, coloquei seu nome no registro. Não tinha esperanças de te encontrar, honestamente, ainda mais quando meu pai propôs que viéssemos para o Novo Arizona, e quando Rye crescesse, poderia escolher se continuava com o seu sobrenome ou não. - ouvi um soluço por sua parte, mas ignorei - Você me superou, já vi, e quando achei que tinha te superado, ele nasceu com a sua cara, as suas manias, e os seus olhos. - dei um fraco sorriso torto, olhando para ele - então foi quando eu descobri que nunca iria te esquecer, por diversos motivos e ele é o principal deles.

– Como assim eu te superei? - perguntou baixo

– A Delly. Não te devo satisfação, e nem você a mim. - olhei para ele, que ficou mais irritado, com ódio, na verdade - Eu vi o jeito que ela olhou para você.

– Eu já te desrespeitei o suficiente para uma vida? Ok! Ótimo! - bateu palmas duas vezes - Então quer saber? #**#** A DELLY! #**#** TUDO! - xingou sem querer saber que eu odeio palavrões e que estamos no quarto de um bebê - E #**#** O QUE VOCÊ ACHA TAMBÉM! QUE INFERNO! - passou as mãos nos fios loiros - Acha que se deixa de amar uma pessoa do dia pra noite?! Ou de um ano pro outro?! Acha que eu não sinto alguma coisa muito grande pela Prim e pelo bebê?!

– ELES MORRERAM! - gritei depois de colocar fones peludos anti som nos ouvidos do Rye para quando eu quero escutar música alta, mas sem atrapalhar seu sono. Peeta que estava com o cenho franzido de raiva, o que era extremamente atraente, ficou sem expressão alguma, e eu sabia que tinha ido longe demais - ELES MORRERAM! ACABOU! ESTÃO LÁ! DEBAIXO DA TERRA! E NÃO SIGNIFICAM MAIS NADA, NADA! - dei dois passos na sua direção, mas ainda estávamos longe um do outro

– E É POR ISSO QUE O GALE TE TRAIU, E A SUA FAMÍLIA NÃO TE AMA! - gritou de volta também, e chorava copiosamente - PORQUE VOCÊ NÃO SE COLOCA NO LUGAR DAS OUTRAS PESSOAS! É SÓ VOCÊ E VOCÊ! QUANTAS VEZES EU DISSE PARA VOCÊ QUE EU ESTAVA COM MEDO?! QUANTAS, KATNISS? - eu também chorava, mas menos do que ele, que tirou os óculos, já que estavam embaçando muito - Foram muitas... - suspirou pesadamente, regulando o tom

– Você não tem o direito de falar que a minha família não me ama. - eu disse com o lábio inferior tremendo de tanto chorar - Eu nunca disse que Prim e o bebê não te amavam

– Mas é algo que me machuca! - deu dois passos para frente - E muito! Você não acha que eu não sinto culpa, por tê-la feito levar a gravidez até o fim mesmo com tantos problemas de saúde? Você acha que eu não sei que nunca mais vou ver ela sorrir, ou a ouvir falar comigo? Acha que nesse momento tem coisas roendo o caixão, e o seu corpo frágil ou o do bebê? - ele estava muito machucado, não no corpo, e sim da alma - E você acha que se a sua família te amasse de verdade, as fotos que tem grávida, eu vi. Ninguém me disse, mas as fotos na entrada da casa, só tem ao lado da sua irmã, Madge. Seus amigos estão, mas e a sua família de sangue mesmo? Hein? - eu ia cair no chão de tanto chorar, mas me mantive de pé e ele suspirou profundamente, fechando os olhos, e depois os abrindo - Eu amo você, Katniss, e assim como o Ed Sheeran, eu te amo mais agora, com a bendita distância que eu causei. É esse sentimento, o mesmo que sente agora, que me dá medo, porque eu simplesmente não consigo ver quando querem me machucar, de tão cego que fico com esse sentimento.

– Você poderia ter me dito isso, antes de ir. - eu falei me aproximando, e ele parecia não querer essa aproximação - Eu não vou te bater mais. Estava muito nervosa e revoltada. Poderia olhar nos meus olhos, e dizer que estava com muito medo, então ir embora. - seus olhos estavam fixos aos meus, cinza no azul, azul no cinza - Eu também não enxergo defeitos nas pessoas que amo, e nunca sei quando elas vão me machucar. Eu me apaixonei pelo seu jeito natural de ser, não pelo o que as pessoas me disseram, Peeta. Não há nada que se preocupar, porque eu te conheci por completo, ainda mais quando suas irmãs vieram para o Novo Arizona. A única decepção que tive com você foi quando me deixou, e aquela não foi a atitude de um homem de verdade, e sim de um garoto - estávamos a quatro passos de distância - Você duvidou do meu amor... Por que? - as lágrimas ainda caíam de seus olhos, como uma cachoeira, e nunca me senti tão culpada por fazer alguém chorar - Por que você duvidou do meu amor? - perguntei novamente

– Eu não duvidei. - respondeu fungando, passando as mãos nos olhos - Eu sempre soube que você me amava, desde o início, da mesma forma que eu gostei de você, desde o início, mas meu pai disse que me amava, e provou isso até um certo tempo, depois ficou transtornado, já lhe contei... - eu não duvidava de seu passado, que ele amava e ainda ama loucamente as suas irmãs, o inimaginável é o fato de alguém ter sido tão ruim para ele - Prim... Morreu. Eu não tenho sorte no amor. Você vai se enjoar de mim, do meu jeito, do fato de eu acordar chorando algumas noites...

– Ou ficar sem falar comigo por um tempo, por causa de pesadelos ruins... - completei, e por mais que odiasse ele, a parte que o ama é muito maior. Falaram para que eu nunca mais olhasse em seus olhos, e uma parte de mim diz isso, essa é a parte que tem razão - Acontece que eu não sou eles. Estou aqui, te amo muito, embora não queira um relacionamento sério com você, ou sei lá. Acima de tudo, eu sou sua amiga, e amigos não abandonam os outros. Eu era sua amiga, mas você não era o meu amigo de verdade.

– Você me contou todos os seus segredos. - disse baixo - E eu os entendi, e não explanei. - sorri torto

– Sim, mas não é só pra isso que serve a amizade.

– Fomos rápidos demais, Katniss. - disse suspirando - E eu não sabia como reagir depois daquela noite, olhar em seus olhos e dizer que estava indo embora, e para bem longe... Me desculpa... - e chorou como nunca antes, e em um reflexo, o abracei, dando um susto nele, mas não o deixei sair. Não disse nada, apenas ficamos abraçados, e não sei ele, mas eu fechei meus olhos, respirando profundamente seu perfume, que ficou por dois dias na minha pele, mesmo que eu tenha tomado banho. Madge e Cato se encarregaram de trocar os lençóis, mudar a cama de lugar, e tirar as nossas fotos pela casa. - E na intenção de não te magoar, magoei a nós dois.... - sussurrou, talvez sem querer que eu escutasse, mas eu escutei

– Magoamos um ao outro, ainda mais agora. - devolvi o sussurro, e abraçamos ainda mais forte um o outro.

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Notas finais do capítulo

O que acharam? Beijooos! Vou amar saber! Seja por comentário ou MP (mensagem Privada). A opinião sincera de vocês é muito, muito, muito importante.
Não sei se superei as expectativas, eu não sei escrever discussões, e tipo... Mesmo assim, dei o meu melhor duas vezes, e espero que tenham gostado.
O próximo... Três meses depois dessa parada ai, como acham que eles estão? Vai ter romance ou só Rye Everdeen Mellark na pauta? Até logo, vou comer meu frango com quiabo e arroz com feijão, dois beijos.