No belo casarão de carvalho que se localiza no centro do reino dos Sonhos, Elysion, Darina, muito contrariada com a falha de seu guerreiro, questiona a eficácia de Sekmet...

– FALHOU? – a princesa do reino dos Sonhos olha para o guerreiro dos pesadelos com um intenso ódio – SEKMET, ACREDITAVA QUE ERA UM GUERREIRO SEM IGUAL, QUE NÃO DESPERDIÇARIA MEUS PODERES TE REVIVENDO, MAS ACHO QUE ME ENGANEI.

–- Minha poderosa Rainha – Sekmet tentou justificar-se – Não poderia agir naquele momento – ele tinha que se justificar, o olhar de desprezo de sua Rainha era a pior tortura – As outras estavam se aproximando... Não era...

–- Cale-se!! – Darina não aguentava mais ouvir a voz dele, o olha com desprezo e se retira, alterada, para seus aposentos.

“O tempo está passando, a Princesa da Lua cresce cada dia mais, o que será de sua vida se esta criança não sumir?” Darina anda de um lado para outro na suíte que lhe era de direito.

Quanto mais pensava, mais sua cabeça doía... “É culpa da princesa, é culpa dela. Preciso matá-la porque...”
Ela para por um momento, “Porque ela precisaria matar a princesa Lady?”. A dor de cabeça se intensifica e ela somente não cai, pois se apóia no cetro prateado que carrega o cristal, fonte de seus poderes.

A rainha de Elysion olha agradecida para aquele material que ela carrega desde... sempre. Ela não tinha ideia de quando o adquiriu, mas ele sempre esteve com ela, ela tinha certeza disso.

A dor de cabeça continua cada vez mais intensa, a Rainha se arrasta até a bela cama com lençóis de seda e tenta adormecer, apesar de temer que isso acontecesse. Seu sono nunca foi tranqüilo, sempre imagens de pessoas felizes, vozes, pessoas as quais não consegue ver a face real, somente vultos.
A Rainha adormece e durante o sono balbucia estas palavras “Mamãe” uma lágrima escorre no belo rosto juvenil adormecido, ela é somente uma menina, não acredito que possua mais que 17 anos, é tão bela...

***

Durante o sono da Rainha seus seguidores conversam...

– Ice-san – a bela mulher de cabelos esverdeados passa os braços pelo pescoço do amante – Por que está tão distante? Pensei que assim que retornasse me procuraria louco de paixão... – Ela olha em seus olhos de forma sedutora – Não sentires saudades de mim?

Os olhos de Sekmet são hipnotizados pelos lábios vermelho vinho de Morrigan – Como poderia não te desejar, Morrigan – os lábios do cavaleiro dos pesadelos toca a boca da antiga sacerdotisa. O gosto ainda era aquele mixe de maçã venenosa excessivamente doce, extremamente viciante, mas fatal. As mãos dela movem-se indiscriminadamente pelo corpo esquio do cavaleiro. O desejo dos dois cresce a medida que a língua do cavaleiro invade a boca da Sacerdotisa.

Há tempos Morrigan não sentia seu antigo escravo de tão perto, ela não o amava, mas ele sabia satisfazê-la. Entretanto, de uma hora para outra, Sekmet se afasta, ambos estavam ofegantes.

–- O que houve? – Morrigan questiona um pouco despeitada pelo distanciamento.

–- Perdi quase que completamente minhas forças nas ultimas batalhas. – ele olha para baixo – Acho melhor conversarmos somente.

–- Os anos congelado, tornaram frios também seus desejos? – ela sorri com malícia e se aproxima dele mais uma vez, sorrindo maliciosamente – Posso te ajudar a recuperar as forças...

Sekmet a afasta – Apesar de tentadora a sua proposta – ele acaricia o rosto da amante – Prefiro conversar por hoje...

–- O tempo não lhe fez bem Sekmet... – ele senta-se frustrada em uma confortável poltrona – Pois bem, do que desejas falar?

–- Lady Darine – ele pondera as palavras -- fico surpreso por você obedecê-la, pensei que você nunca escutaria as ordens de uma... – ele sorri com malícia -- pirralha... Ela parece ser muito jovem, surpreendi-me quando a vi, mas sei que possui um grande poder.

– E é – sorri a ex-sacerdotisa – Ela é muito jovem realmente..

– Minha bela, de onde ela veio, eu não entendo... – ele se aproxima sedutoramente de Morrigan, tentando extrair as respostas para suas dúvidas -- Ela me lembra alguém, mas não sei dizer quem, ela também possui o Cristal dourado e sabe usá-lo. Pelo o que sei, somente os herdeiros daquela Sailor podem utilizá-lo, nem você tem este poder,

– Não precisava relembrar minha falha Sekmet, errei no passado por sonhar poder usar este cristal sem matar seu real herdeiro ou fazê-lo me entregar os poderes dele por livre e espontânea vontade. – um olhar maligno traspassa no belo rosto de Morrigan -- Mas redimi meu erro, agora possuo grande influencia sobre a Real Rainha de Elysion...

– Então ela é realmente a real herdeira? – Icelos morte a orelha da amante arrepiando-a e sussurra – Morrígan, o que você anda me escondendo?

–- Nada, meu amor – ela afasta-se um pouco do amante e o olha nos olhos -- Mas eu acho que já está em hora da Rainha de Elysion aparecer, ou melhor... – Morrigan faz uma breve pausa ponderando se deve ou não falar para o amante, por fim decide – da Sailor Earth aparecer...

– Sailor Earth? – a surpresa de Sekmet faz ele se afastar da amante e perder toda a cautela que estava agindo -- Como assim, Morrígan, ela não é aquela Sailor, é?

– Não, ela não é Aquela que mereceu morrer... – Morrigan sorri com a lembrança de seu grande feito – Nossa jovem Rainha somente possui os poderes dela. Esta menina é uma Sailor e pretendo que ela, com o poder do cristal dourado, recupere o Cristal do passado e seu dono – uma imagem de Darien sorrindo e abraçando a esposa aliviados por nenhum mal ter-lhe ocorrido surge no ar.

“O Príncipe de Elysion deve permanecer ao meu lado, ao lado de seus seguidores e seu reino. É inadmissível que ele fique com este povo indigno, eu detesto com todas as minhas forças o povo da lua, eles são culpados, eles e meu infame irmão...”

Era muita informação, Sekmet não tinha ideia do que aconteceu quando foi condenado... Ele quer saber mais, ele precisa saber mais se não... – Minha Rainha, o que aconteceu depois de meu congelamento? Pensei que você, tão bela e inteligente, conseguiria em breve me salvar da minha injusta sina, mas demorou tanto a terra está tão diferente daqueles tempos...

– Fui banida... – os olhos de Morrigan se perdem na taça de vinho que havia pego.

“Eles me jogaram dentro de uma cápsula e deixaram-me a deriva no universo, em estado de semi-coma. Somente despertei anos à frente, todos já haviam morrido, os dois impérios tinham sido destruídos por uma força maior.”

“Pensei em regressar a Elysion e exigir o trono que me era de direito, mas sabia que o cristal dourado não continuava aqui. Prossegui vagando pelo universo, só que agora lúcida prestando atenção a tudo que se passava... Conheci o Buraco inter-dimensional e junto a ele consegui a paz que tanto precisava, vi renascer aquele povo asqueroso, meu sobrinho também renasceu, acompanhei seus passos, tentei apoiar cada inimigo que surgia para estes lunares.”

“O maior deles foi Chaos. Ele era poderoso, audaz. Era o que eu desejava, ela me nutria e eu lhe fornecia informações, mas logo em seguida Sailor Moon, reencarnação da princesinha da lua nojenta, apareceu e tentou destruir a paz que eu consegui alcançar, tive que fugir novamente.”

– Entrei na cápsula e pretendia ir para um lugar longínquo do Universo, onde aquela maldita criatura da lua não pudesse me achar nem me destruir – a respiração de Morrigan estava falha, era como se ela revivesse cada momento -- como ela e aquele cristal fajuto fizeram ao meu amado Chaos e a sua fantoche, Sailor Galáxia – a taça de vinho que estava em suas mãos é destruída pela sua onda de fúria – Mas não consegui...

na hora em que fugia, fui sugada pelo buraco negro, que se abriu na explosão, e quando acordei estava em uma... – ela olha para Sekmet como se pecebesse sua presença somente agora, ele pega uma toalha e tenta limpar as mãos da amante..

–- Milady, onde foste levada? – ele queria saber, logo ela explicaria a dúvida que nasceu em seu coração desde o momento que cruzou os olhos com Darine.

Um sorriso de esgar nasce no rosto de Morrigan – Não vem ao caso, Ice-kun... – ela passa os dedos no rosto fino e bem desenhado do amante – Como não pretende me distrair, me retirarei para meus aposentos.

Antes de sair, porém, Morrigan rouba um beijo de Sekmet.