Death Memories: Operação Marshall escrita por Nael


Capítulo 19
Incitando


Notas iniciais do capítulo

Yoo!
Voltei! O/
Desculpa a demora, mas quando lerem o capítulo vão entender o pq.



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“Existem duas classes de sacrifícios: os corretos e os meus.”
(Mikhail Tal)

 

P.O.V Matt

Surpreendentemente Mello foi o primeiro a terminar seu jogo. Assim eu consegui me tranquilizar um pouco e terminar meu jogo alguns segundos depois de Near, o que era definitivamente algo estranho. Seguimos para os segundo jogo onde eu perdi miseravelmente por ficar me distraindo com os acontecimentos da noite passada.

Estávamos esperando o intervalo entre partidas terminar para jogarmos a última onde eu estava decidido a ganhar quando Near se levantou da cadeira ao meu lado.

— Aonde você vai Charles? – Mello perguntou. – O jogo já vai começar.

— Eu sei, não vou demorar. – ele saiu com uma presa que eu nunca vi antes, afinal Near nunca corria.

— Ele vai vomitar de novo. – o loiro comentou. – Isso se não tiver outro ataque de asma. – era evidente sua irritação. – Se não voltar nós dois vamos ter que ganhar as partidas.

— Já não estamos classificados? – perguntei e pelo olhar dele eu sabia que devia ter ficado calado, afinal sendo competitivo como era Mello não se contentaria em apenas ser classificado.

— De qualquer forma... – ele cruzou os braços jogando a cabeça para trás e fechando os olhos visivelmente cansado. – O que Charles te falou sobre ontem?

— Ele disse que talvez não conte.

— Ridículo, ele não tem provas. – ele falou tranquilo chegando a mesma conclusão que eu.

— Ele disse que tem a Alice como prova. – sussurrei e ele abriu os olhos se endireitando na cadeira. – Disse que talvez não conte se tivermos uma mentira convincente o suficiente sobre o que fazíamos ontem à noite.

— Merda. – o loiro rangeu os dentes. – Como ele sabe da Alice? Como... Ele ouviu? Tudo o que falávamos ontem? – ele finalmente chegou ao ponto da minha preocupação, já estava até vendo que nosso último jogo estava condenado ao fracasso.

— Eu não sei, ele não disse. Mas certamente agora estamos encrencados. Até então ele estava agindo calmamente, digo, ele não parecia querer nos ameaçar ou nada do tipo, mas agora certamente ele vai jogar conosco no seu nível máximo.

— Não tem problema. – ele cerrou os olhos e eu quase pude ver um sorriso se formar no canto de sua boca. – Eu também estou pronto para jogar no meu nível máximo.

— Escute... – segurei seu ombro preocupado com aquelas palavras. – Sobre o que descobrimos ontem... Você disse que eu devia vim para te manter sobre controle e eu concordei sem nem saber de nada, então agora que eu sei vou fazer exatamente o que me pediu. – ele desviou os olhos. – mas não da maneira que você quer.

— Hã?

— Não foi sua culpa, nada do que aconteceu foi sua culpa, está bem. Pare de se flagelar. – ele voltou a me olhar sem nenhuma expressão. – Você acha que se culpar te ajuda a ganhar? Se é assim você não é diferente de um certo ruivo mimado que praguejava por tudo o que perdeu.

— Você e eu... – ele me interrompeu. – Somos bem diferentes, não tente comparar as coisas. – ele se levantou, mas segurei seu pulso.

— Por favor... Ganhe para não ter sido tudo em vão, não porque acha que é culpado. Eu acho que esse é o pensamento mais adequado. – Mello me encarou uns segundos e puxou o braço indo pra sua cadeira.

Near não apareceu quando o tempo acabou. Nas partidas os jogadores podem sair, andar pelo local enquanto o outro pensa ou mesmo durante seu próprio tempo, mas claro que se o cronometro zerar a pessoa perde. Porém segundo as regras dali como não estava presente quando os juízes deram início à partida, foi declarada desistência e vitória para o adversário.

P.O.V. Near

Cheguei ao banheiro onde havia mais dois garotos de uniforme, um vomitando e outro passando água no rosto repetidamente enquanto murmurava alguma coisa, mas não conseguia nem se quer identificar aquela língua e logo me detive no que vomitava. Colégio Herstmore.

A situação dele era deplorável, a jaqueta num tom escuro estava jogada num canto do chão, a blusa social clara completamente imunda, amassada e com as mangas dobradas até o cotovelo. Ele se mantinha ajoelhado e quase abraçando o vaso sanitário. Os sons que fazia e os gemidos eram estranhos e volta e meia o outro garoto parecia reagir a eles quase como se estivesse vendo como ele próprio acabaria.

Depois de um tempo o outro garoto saiu correndo com um grito abafado me empurrando contra a parede. Fui até a pia onde lavei as mãos e olhei meu reflexo no espelho, minha aparência completamente diferente do que costumava ser. Era um tanto desconfortável isso. Pelo reflexo do próprio espelho observei o garoto tendo seu ataque.

O que eu deveria dizer? Fui até o banheiro apenas para me livrar de Mello e Matt, mas aquela era uma chance única para a investigação, um aluno da Herstmore sozinho. Analisando bem, nós estávamos classificados e conhecendo o temperamento de Mello, se eu não aparecesse, ele faria de tudo para ganhar a próxima partida e certamente pressionaria Matt também. Decidido. Farei com que ele também falte a última partida.

— Com licença? – falei no meu melhor sotaque britânico. – Precisa de ajuda? – ele balbuciou alguma coisa quando se virou e me encarou, logo que viu que eu também era um jogador sua expressão mudou.

— N-Não, eu... – ele limpou a boca com a mão e a muito custo se levantou e foi caminhando até a pia. Aquela era uma situação delicada para a qual eu não era a melhor escolha.

Por exemplo, se fosse alguém realmente preocupado demonstraria entonação e o teria apoiado para que se locomovesse. Entretanto eu não era esse tipo de pessoa, além disso, não havia como eu dar suporte a alguém, se eu tentasse levá-lo até a enfermaria provavelmente acabaríamos os dois caindo no chão.

— Posso chamar uma enfermeira ou... Algum professor. – ele permanecia mudo enxaguando a boca, claramente um jeito de evitar conversar. Patético, mas eficiente, a questão era, por quê?

Me voltei para o box onde ele estava, o vômito ainda no sanitário, dei a descarga e peguei sua jaqueta do chão.

— Herstmore College. – falei. – Certo, vou chamar um dos professores para você.

— Não! – ele quase gritou. – Não precisa, é sério. Eu já estou bem. – olhei para o garoto que tentou fazer uma expressão saudável, contudo era tão evidente seu estado ruim que seu rosto parecia mudar de cor. – Por favor... Não chame ninguém. – perfeito, ele mordeu a isca. Segundo passo.

— Entendo... – falei lhe entregando a jaqueta. – Mas não parece estar em condição de continuar, deixe-me acompanhá-lo até a enfermaria então.

— Mas... – ele olhou o relógio de pulso. – A próxima partida... – ao ver que faltava tão pouco seus olhos se arregalaram. – Ah, não. Está quase na hora. O que eu vou fazer!? – o pânico dele chegava a ser palpável, afinal faltava cerca de um minuto.

— Não se preocupe com jogos agora, sua saúde é...

— MERDA! EU TENHO QUE... – ele vestiu a jaqueta apressado e começou a correr, mas acabou caindo de joelhos. – NÃO! NÃO, AGORA NÃO!

— Ei. – me aproximei dele. – Se acalme, está bem. Pra começar, me diga seu nome.

— Eu... Eu... – ele agarrou a barra da minha calça. – Eu tenho que ir jogar. Por favor.... Se você quer me ajudar... – ele começou a chorar. – Rápido, temos que voltar para o salão. EU TENHO QUE VOLTAR! – ele começou a ficar tão desesperado que acabou me jogando no chão ao lado dele.

— Tudo bem, mas por favor mantenha o controle. – de fato eu não era o ideal para aquelas situações, porém após conviver com Mello eu sabia lidar com pessoas descontroladas e mesmo que aquele garoto fosse excelente no xadrez eu conseguiria arrancar informações dele facilmente.

— VOCÊ NÃO ENTENDE! – ele começou a gritar e a chorar de uma maneira que eu nunca havia visto alguém agir. E então de repente ele soltou um gemido e começou a se contorcer levando as mãos à cabeça.

— O que foi? – me afastei um pouco, agora era a hora certa, mas eu precisava ser cauteloso. – O que está sentindo? – ele começou a gemer sem parar, era difícil ouvir meus próprios pensamentos. – Talvez seja melhor eu ir chamar um médico ou professor mesmo. Aguarde aqui.

— NÃO! – ele meu tornozelo na hora que fiz menção de levantar e sair. – Não vai não, você não pode. – ele se jogou em cima de mim prendendo meus braços, seu olhar era assustador, mas eu já havia visto piores.

Então era hora de ir para o terceiro passo, o que me deixava um tanto chateado.

— Qual o seu problema? – falei firme. – É só um jogo, um campeonato que tem todo ano e que sempre vai ter. Não seja idiota, vá ao médico. Ou... – quase lá, precisava fazer um tom de voz diferente. – Ou será que há algo mais importante até do que sua saúda nesse prêmio?

— Ora seu...

— Acho que já entendi. Você certamente é um daqueles garotos que não aceita ouvir não, que não aceita perder, que não importa o quanto esteja acima é pouco. Você não liga para os meios contanto que o resultado seja sua vitória, não se importa com mais nada do que esses jogos, pois tudo o que tem na vida é isso. Acredite, eu entendo, eu sei exatamente como se sente. – a respiração dele ficava pesada.

— Contudo... – continuei vendo a raiva nos olhos dele crescer, era deprimente, nem se comparava com a do Mello. – Sempre haverá alguém melhor do que você, em algum momento você irá perder, não importa o quanto você se... – ele me calou com um soco e então começou a me sacudir fazendo minha cabeça bater no chão do banheiro.

Terceiro passo realizado com sucesso, aquele garoto poderia ser até inteligente, mas fora do tabuleiro era um alvo tão fácil.

— CALA A BOCA! Seu riquinho babaca! Você acha que me conhece, mas você não sabe de nada! – sorri de canto sentindo o gosto de sangue na boca.

— Ah é? Então me esclareça. Qual parte do jogador fútil e da humilhação que vai passar quando perder eu não entendi? – mais um soco, mais gritos abstratos.

— EU NÃO VOU PERDER! Nenhum de nós vai, principalmente pra você. Pode apostar! Eu vou liquidar todos. Eu vou acabar com todos. EU SEREI O NÚMERO UM. – não pude evitar sorri. – E então todos vocês rastejarão sob meus pés, me adorarão, eu serei mais inteligente que qualquer um.

— Sinto lhe informar... – comecei. – Que esse seu discurso clichê é ridículo. Mesmo que você fique no topo sempre haverá alguém disposto a te destronar e em algum momento alguém consegue. O pódio não é uma linha de chegada, é uma parada passageira, aceite isso.

— CALE-SE! – mais uma batida contra o piso, eu ia acabar desmaiando antes dele me contar tudo. – Eu não escolhi... – suas lágrimas começaram a pingar na minha blusa. – Eu... você não...

— Qual é o seu problema afinal? – pressionei falando quase num sussurro, minha consciência estava indo embora.

— Eles... – ele abaixou a cabeça ainda me segurando pela gola da camisa. – Não posso sair agora, já é tarde demais pra mim. Eu só posso ganhar e ganha e... Senão, do que vai ter adiantado... – ele soluçava e ao mesmo tempo tentava controlar a respiração, era uma cena tão chata. Era melhor os resultados valerem a pena.

— Não é bem assim, sempre há uma saída... – comecei com um dos meus discursos prontos. – Minha oferta de agora pouco, eu... Me deixe te ajudar. – falei perdendo o ar e foi quando ele afrouxou um pouco meu pescoço. – Só me diga como posso te ajudar. – esperei ter soado simpático o suficiente.

— Eu... Eu... – ele começou a treme e então ergueu a cabeça me olhando, sua expressão, seu semblante, seus olhos principalmente me fizeram ficar sobressaltado.

A pessoa mais emocional que eu conhecia era Mello, já havia visto várias de suas expressões, já havia provado vários de seus piores sentimentos, contudo aquilo era algo inédito, algo que eu conhecia também, mas há muito tempo não via, algo que Mello nunca demonstrara nem nas suas piores situações... O rosto daquele garoto era o mais puro medo, o mais genuíno terror.

— EU NÃO POSSO MAIS SER SALVO! – ele gritou chorando, mas então a raiva voltou a se apossar dele e mais uma vez ele voltou a me bater.

Minha consciência estava no limite, eu ia desmaiar. Mas então subitamente ele saiu de cima de mim, antes de perder a lucidez de vez vi que alguém o arrancara de cima de mim enquanto outro vulto se abaixava para me socorrer.

— Charles! Aguente firme. – a voz de Alfred ressoou em meus ouvidos assim como os gritos graves que eu associei como sendo de Paul. Senti meus membros pesados enquanto Alfred devia estar me carregando no colo e depois disso só a escuridão.

— Nate?— a voz doce chamava, chamava um nome. — Nate?— aquele nome parecia tão distante, mas aquela mesma voz feminina fazia com que ele se reacendesse de uma maneira estranha. – Vamos Nate, está na hora meu querido.— subitamente a voz era alterada na última frase e toda tranquilidade que eu sentia sumia dando lugar a um tremor.

— Charles! – ouvi enfim um grito estridente e abri os olhos. A primeira coisa que focalizei foi o rosto de Karen e depois o branco do lugar. Branco, tão branco...

— Onde estou? – foi tudo o que consegui falar.

— Ah, graças a Deus. Você está bem. – a mulher falou aliviada, eu mexi a cabeça sentindo o pescoço arder, mas consegui ver Alfred sentado numa poltrona me encarando com um sorriso. – Você foi atacado no banheiro, achamos estranho você não aparecer para a partida então Paul e Alfred foram procurá-lo e ouviram gritos vindos de lá.

— Ah, sim...

— Não conseguimos revogar sua derrota na partida principalmente porque Arthur e Jhonny venceram, mas certamente vamos conseguir uma punição para o colégio. – Alfred falou. – Contudo... – ele abaixou a voz. – Seria ruim se eles fossem eliminados do torneio e...

— Não há motivos para isso, afinal eu provoquei o garoto. – os dois se voltaram para mim surpresos. – No caso nosso colégio seria punido, então é melhor deixar tudo como está.

— Charles... – Karen começou. – Você estava... Porque fez isso?

— Eu tentei me aproximar do garoto, mas acabou não dando certo. Acho que consegui algumas informações, mas nada de muito relevante. Foi uma péssima estratégia eu admito. Onde estão os outros?

— Arthur e Jhonny? No quarto, Paul os está vigiando, depois do que aconteceu com você ficamos apreensivos.

— Entendo, mas como disse a culpa foi apenas minha. Contudo eu acabei apanhando, portanto não acho que haja possibilidade de uma retaliação por parte deles... Muitos menos por parte nossa. – terminei.

— Paul deve ter pedido isso aos garotos, afinal não seria bom começar uma briga com eles dado nosso objetivo. – Alfred se levantou. – Precisamos reportar isso Karen, pode deixar que eu fico aqui. Além disso, você precisa comer alguma coisa.

— Certo, logo de manhã eu ou Paul substituímos.

— Desculpe... – comecei. – Vou ter que passar a noite aqui?

— Sim, apenas por precaução. Além disso, como a enfermaria funciona vinte e quatro horas e possui câmeras fica mais fácil de te monitorar. – assenti para Alfred.

— Entendi, desculpe o incomodo a vocês.

— Amanhã precisaremos conversar melhor sobre o que aconteceu com o diretor então trate de melhorar. – Karen falou autoritária saindo do quarto.

— Ela é bem mandona, né? – Alfred falou rindo para quebrar o clima.

Precisava avaliar minha situação, sentia um desconforto na cabeça e ao levantar a mão foi que percebi escalpe preso ao meu punho.

— Ah sim, para todos os efeitos eu pedi aos médicos que te aplicassem soro já que fiquei com medo de ter perdido muito sangue. – o homem falou. – Também pedi que examinassem todos os ferimentos e por sorte foram leves. Apenas na cabeça sofreu um corte, mas não parece ter causado nenhum dano a caixa craniana. – continuei ouvindo atentamente. – Exatamente por isso também providenciei para que ficasse aqui durante a noite em observação e para fazer exames mais detalhados.

— Certo. – levei a outra mão à nuca. – Aqui eu sinto um leve desconforto.

— Então é melhor se deitar, caso seja algum dano na vértebra. Daqui a pouco será levado para o raio-x e tomografia não se preocupe. Estava apenas esperando você acordar e Karen sair. – ele falou bem sério. – Eu já me meti em muitas brigas e essa não parece ter nada demais, por isso não solicitei que fizessem os exames enquanto estava desacordado.

— Tudo bem, eu também acho que não devo ter nada de mais, essa não é a primeira vez que algo assim me acontece. – respondi olhando para o teto.

— Mesmo assim... Dada sua situação temos que seguir esses procedimentos. – ele abaixou a voz. – Foi por isso que o Diretor me colocou como seu professor. – ele falou sorrindo, mas eu bem podia imaginar a situação do meu rosto pelas rugas de preocupação que se formavam sob suas sobrancelhas. Eu havia passado dos limites.

P.O.V. Jade

Seidler e eu nem chegamos a discutir nossos planos para voltar ao topo da Unterwelt, antes que tivéssemos a chance uma mensagem chegou para todos os Agentes. Um Fighter milionário iria acontecer, o que significava um jogo de vida ou morte, com uma arena enorme, altas apostas e principalmente os melhores gênios.

Se tratando de jogos de campo eu sou de fato excelente, porém Seidler havia me torturado e acabado com minha forma física então agora a questão era se eu iria entrar ou não. Tinha que admitir que minha condição não estava das melhores, se estivesse no meu físico normal quebraria pescoços com alguns chutes facilmente.

— Você não faz mesmo nenhuma ideia do que pode ser o jogo? Se tivermos uma pista eu posso conseguir vencer.

— Não, até agora nada. Mas estou sondando todos. – Seidler respondeu sem tirar os olhos do notebook. – Merda! Logo agora... E com tanto dinheiro rolando... – era patético seu desespero, mesmo que eu ganhasse nunca sairíamos daquele buraco que Mike nos jogou.

Mike... Seu cretino, egoísta e traiçoeiro. Se eu soubesse que iria me largar na instalação daquele jeito, se eu soubesse que ia explodir tudo daquele jeito eu jamais teria ajudado, pelo contrário eu o teria matado. Mas perder a irmã deve ser o preço justo que ele pagou. Afinal eu também perdi muito naquele dia. A única diferença é que ele conseguiu uma falsa liberdade.

Se ele está vivo eu preciso checar com meus próprios olhos antes de dizer qualquer coisa a qualquer um, por isso ele deve aproveitar essa falta liberdade, pois agora eu tenho na palma da mão o poder para trazê-lo de volta ao inferno. Como o jogo virou, não é? Chegava a ser difícil segurar o riso com tais pensamentos.

— Merda! – ouvi Seidler resmungar socando a mesa me tirando dos meus pensamentos.

— O que foi? – ele passou a mão pelo rosto e virou a tela para mim.

— Consegui descobri um pouco sobre o jogo e... – ele trincou os dentes e não era pra menos.

— Você tem certeza disso? – me aproximei olhando o emblema na tela e ele assentiu. – Interessante... – ri de canto.

— Uma porra! Na sua condição não vai vencer uma arena dessas.

— Ora essa Seidler nem sabemos que estilo de arena vai ser.

— Sabemos quem projetou, é o bastante para saber que não será fácil.

— Concordo, mas eu vou assim mesmo. – fui firme, estava mesmo me empolgando e nem sentia mais meus hematomas. – Precisamos de dinheiro e ter um pouco de reconhecimento, além disso... – sorri encarnando o brasão mais temido pelos jogadores, pois sempre se tratava de grandes estruturas e jogos complicados com o propósito de matar todos e acabar sem vencedor. – Faz tempo que não jogo em uma arena Jeevas.


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Notas finais do capítulo

POV NEARR!!!
Aêêê! Nem acredito que terminei, que consegui fazer pov desse albino. #VenciNaVida
Espero que tenha valido a espera, até mais. O/



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