– Acho que despistamos – Disse Mark encostando as costas no banco e passando a mão na cabeça, ainda sentia as dores das pancadas. Nesse momento as portas traseiras da van foram arrancadas e quando eles viraram, era a estátua de Sobek que os tinha alcançado, a outras estava logo atrás.

– Eles nunca param – Berrou Suzana.

– São feitos de pedra maninha. Não sabem o que é cansaço. – Dylan estava se segurando para não cair da van, já que a van não tinha mais as portas. As poucas pessoas que ainda estavam nas ruas olhavam com espanto para eles e as estatuas.

– Tive uma ideia, tem alguma rua que termine numa bifurcação? – Perguntou Prya.

– Tem sim, essa aqui mesmo termina a três quadras e depois ou viramos para o centro ou para o parque. – Respondeu Steven.

– Vamos fazer igual fizemos no museu. Sendo que invés de uma porta eles deem de cara com uma parede.

– Gostei de você. Segurem.

Steven acelerou, mas parecia que as estatua tinham feito o mesmo. Estavam quase alcançando a van novamente, um deles esticou o braço e quase pegou Suzana, mas Dylan com um pedaço de metal que encontrou na van bateu na mão dele que ele recuou.

– Estamos perto, segurem-se. – Steven nesse momento esperou chegar bem perto a um grande muro, no qual pertencia a obra de um prédio novo, e freou virando todo o volante para esquerda. A van cantou e pneu e eles giraram, quando ficaram de frente para a outra rua acelerou, e as estatuas não tiveram tempo de frear com a velocidade que vinham passaram direto e bateram de frente contra o grande muro. E num segundo as estatuas se desmontaram virando uma grande porção de pedra quebrada e pó.

– Funcionou – Disse Suzana comemorando. Todos da van estavam felizes de não estar sendo perseguidos.

– Temos que ir na polícia. – Disse Mark.

– Será que eles vão acreditar na gente? – Perguntou Dylan.

– Temos que tentar.

– Gente parece que ainda não estamos livres. – Disse Suzana olhando para trás encarando a rua. Agora invés de estatuas eram grandes carros pretos ocupado pelos soldados que estavam no museu. E no alto de um deles estava a múmia em pé, parecia não se abalar com os balanços que o carro fazia, usando seus poderes.

– Caramba, eles não param mesmo. Agora não temos mais um muro forte, estamos beirando o parque e ele só tem grades. – Disse Steven ainda olhando para a rua, desviando dos outros carros.

– Nem armas temos. – Dylan lembrara que as duas que roubaram acabaram com a munição.

– E se eu usar o receptáculo. – Disse Mark tirando ela do bolso da jaqueta. – Ela trouxe vida a múmia, talvez possa matá-la.

– Boa ideia.

Mark se virava e ia para parte de trás da van. Mirou o receptáculo na múmia, mas nada aconteceu. – Como faço para isso funcionar?

– Tenta falar umas palavras estranhas como o cara de óculos disse. – Gritou Steven por cima do ombro.

Nesse momento a figura da múmia que estava em pé, se tornou uma grande nuvem de areia. E essa nuvem começou a voar em direção a eles.

– Essa não – Falou Mark surpreso, até quando se surpreenderia mais com os poderes da múmia. A nuvem de areia agora batia no lado da van, fazendo ela balançar, Steven estava tentando segurar a van para que ela não patinasse virando todo o volante para o outro lado. A nuvem então passou para frente dela tampando toda visão de Steven.

– Essa não, sai da minha frente sua múmia maldita. – Gritava Steven.

A nuvem agora estava formando o rosto da múmia. Parecia encarar friamente eles.

– Mark usa o receptáculo logo. – Gritou Dylan. Mark estava tentando abri-la mas nada aconteceu.

– Ei como se fala abrir em egípcio? – Perguntou Mark para Prya.

– Waene.

Mark repetiu e o receptáculo brilhou como na outra vez que estivera com Steven. A luz encheu toda a van, cegando a todos por um momento. Quando a luz encontrou a nuvem de areia, a múmia soltou um grito de dor, logo depois a nuvem atravessou a van como se fosse uma cortina e se recolheu em um dos carros que estavam seguindo. Mark pode ver os carros parando ao longe.

– Acho que funcionou. – Disse Mark.

– Conseguimos...ei espera aí, onde está Suzana? – Disse Dylan olhando para os lados procurando pela irmã. – Essa não a múmia a pegou. Temos que ir atrás dela.

Mark o segurou – Calma cara iremos pegar sua irmã de volta, mas não conseguiremos sozinhos. Vamos para polícia.

E assim eles foram se afastando indo em direção a polícia.