A Maldição da Múmia - Reboot escrita por LuisProd43


Capítulo 12
Capitulo 12 - Guerreiro ou Covarde




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Steven estava agarrado com um braço de uma múmia.

– Socorro, ela quer me enforcar, mas não vou deixar ela ganhar essa briga, vem cá. – O braço se mexia como se ainda estivesse grudada ao corpo, quando tocava no chão se arrastava com os dedos para longe, mas Steven segurava ela. – Me ajudem.

Dylan tirou o cinto que estava usando e ajudou a prender no braço da múmia, ela ficou balançando tentando ir para longe. Steven finalmente pode se levantar.

– Nossa, amigo e olha que você estava lutando só com o braço da múmia imagina ela completa. – Disse Mark rindo e ajudando o amigo.

– Mas não deixei ela me vencer.

– Sem dúvida.

– Ela poderá ser útil poderemos marcar a direção do corpo-múmia do sacerdote de Djoser. – Disse Minkabh. – Bom trabalho amigo Steven.

– De nada, as ordens dessa sua organização secreta sei lá. Onde está? – Steven procurou algo. – Ah está ali. – E foi em direção ao gramado e tirou dali seu guarda-chuva.

– Não acredito? – Dylan olhava para o guarda-chuva de Steven.

– Pois acredite, e foi com ela que consegui impedir uma das múmias de me levar, bati no braço dela com isso e o resultado está preso no seu cinto. – Disse Steven levantando o guarda-chuva como se fosse um troféu.

Nesse momento outro barulho de motor de avião começou a aparecer pela pista, ao se virarem todos puderam ver o avião. Um C-47 Dakota, parou a alguns metros do galpão.

– Nossa carona chegou, vamos. – Minkabh foi em direção ao avião, falou com um dos Medjais que desceram do avião.

– Acho que é um até logo. – Disse Dylan abraçando Suzana. Logo depois o medjai que estava conversando com Minkabh se postou ao lado dela.

– Protegerei sua irmã, com toda minha honra. – Disse o Medjai, que possuía um manto negro sobre o braço direito.

– Espero que seja suficiente. – Dylan deu as costas.

– Se cuida amiga. – Agora era Prya que abraçava Suzana. – Desculpe fazer passar por tudo isso. Só te trouxe problema desde quando cheguei.

– Foi uma bela aventura, espero que esteja anotando tudo isso para sua pesquisa. – Disse Suzana.

– Com certeza, tchau.

– Salve o mundo.

Com isso todos foram em direção ao avião. Mark se acomodou num lugar na lateral, ficou observando através da janela o avião decolar. E depois de alguns minutos a cidade se perder de vista. Quando não conseguia ver mais nada além de nuvens, virou-se para olhar para dentro do avião. Minkabh estava ao lado do piloto e copiloto, dois homens com um grande manto da ordem dos medjais sobre cada um eles e uma barba crescendo, falando algo que não dava para escutar, Steven estava sentando no outro lado do avião conversando com Dylan observavam a mão que arranhava o chão do avião preso ao sinto, parecia que estava segurando um cachorro. Prya veio em sua direção e sentou na sua frente.

– Está tudo bem mesmo? – Disse ela olhando nos olhos de Mark.

– Tentando colocar os pensamentos em ordem, sabe se me falasse hoje de manhã que eu era sei lá um escolhido dos deuses egípcios, eu não acreditaria, mas parando para ver tudo está começando a fazer sentido. E cada vez está mais real esse lance de poderes e múmias-vivas.

Prya deu pequeno riso.

– Também estava pensando nisso, acho que você realmente deve aceitar que é um banhado de Hórus, talvez isso possa nos dar uma vantagem contra o faraó Djoser.

– Afinal que realmente é esse Hórus?

– Hórus é o deus dos céus, seus olhos representam o sol e a lua. Perdeu um de seus olhos, o da lua, numa luta contra Seth, mas foi substituído por um amuleto, seu olho simbolizava o poder real e um amuleto por muitas eras, magos e sacerdotes sempre acreditaram ter poderes mágicos. Acho que no receptáculo continha esse poder e você foi abençoado por ele, o olho do sol. O Banhado aos olhos de Hórus como chamavam antigamente.

– Lembro de Djoser me chamar assim, no primeiro momento em que me viu.

– Queria saber por que você consegue entende-lo?

– Não sei parece que quando ele fala, minha mente traduz simultaneamente. Steven também consegue compreende-lo.

– Isso que não entendo.

– Talvez você tenha algo mais a nos explicar Minkabh. – Disse Mark para Minkabh que acabara de voltar para eles.

– Claro, mas antes da explicação fique de pé Mark.

Mark ficou de pé. Minkabh, que antes estava com as mãos nas costas, virou o braço e jogou uma espada para que Mark pegasse. Este agarrou depressa, mas quando parou para olhar Mark estava sendo atacado por Minkabh que estava segurando uma espada idêntica a dele. Mark conseguia bloquear seus golpes. Mark recuava pelo espaço do avião.

– Vamos reaja. – Insistia Minkabh enquanto lançara outros golpes contra Mark.

Mark chegou nos fundos do avião, não tinha mas para onde recuar.

– Quero ver se você é um guerreiro ou um covarde.

Essa última palavra fez despertar algo em Mark. Como se tivesse acordado um soldado dentro de si. Começou a ver luzes a sua frente, como um holograma de um guerreiro fazendo movimentos com a mesma espada que segurava. Mark então começou a imitar os golpes deles. E assim começou a avançar atacando Minkabh que agora só se defendia, com um dos golpes desarmou Minkabh pegou a espada dele e apontou para o próprio Minkabh, que levantara as mãos como derrota.

– Agora as explicações. – Disse Mark voltando a posição normal e entregando uma das espadas para Minkabh. Olhou a sua volta, todos estavam olhando para ele com ara de surpresa, até mesmo o piloto e o copiloto que percebendo o olhar de Mark voltaram seus olhos para o céu a sua frente.

– Primeiro quem é aquela mulher que estava com o faraó? – Disse Mark.

– Sabia que iria perguntar isso, estava falando com um dos irmãos da ordem sobre esse assunto e ele me contou a história. A exatamente dez anos, enquanto Disebek estava procurando a sepultura de Djoser, acharam outra sepultura, a de uma mulher e logo viram que se tratava da esposa dele em vida. Após foram através de cidade em cidade atrás daquela que poderia ser a reencarnação dela nesses tempos. Acharam uma garota de 14 anos, foram apressados e fizeram o ritual de reencarnação da esposa para que ela vivesse na menina nessa época, desde então foi criada e ajudou Disebek na busca por Djoser e os três livros.

– Que três livros são esses? – Foi Steven que fez a pergunta.

– Os Três Livros que guardam toda a história do Egito, sacerdotes usavam para fazer cerimônias e cultuar os deuses. – Foi Prya que respondeu. – São os livros dos Mortos, dos Sarcófagos e da Pirâmide.

– Os dois primeiros já estão na posse de Djoser, o terceiro e último deve estar no local em que Djoser deve concluir a sua cerimônia. – Disse Minkabh.

– E que local seria esse? – Perguntou Mark.

– Em sua pirâmide em Sakkara, cidade dos mortos. – Todas as luzes do avião piscaram e chegou a tremer um pouco.

– Está acontecendo direto isso. – Disse Dylan se segurando na lateral do avião.

– Irmão Minkabh, não conseguiremos parar diretamente em Sakkara, teremos que pousar no Cairo. – Disse o copiloto da sua cabine.

– Estava esperando por isso. – Disse Minkabh sem surpresa.

– É de onde meu tio me mandou o receptáculo. – Disse Mark.

– Falando no seu tio tenho algo para você. – Minkabh foi até perto da cabine e pegou uma caixa e entregou a Mark. – Talvez queira ouvir isso.

Mark sentou na lateral do avião com Prya ao seu lado, abriu a caixa, era um gravador com um rolo de gravação dentro, Mark colocou para reproduzir.

Alo...Alo... – Era a voz de seu tio. - Não vou me alongar muito, não sei se você recebeu minha última encomenda que mandei nos últimos dias. Mark, eu quero que tenha cuidado com ela. Estão atrás dela para um plano. Algo que mexa com o sobrenatural. Eu sei que pode parecer estranho, mas prometa que vai esconder o receptáculo... eu...tenho... A gravação está ruim, é difícil achar um bom gravador aqui no Egito. Preciso que escute Mark, proteja o receptáculo. Ele vai tentar domina-lo, mas não deixe.... Preciso ir..., por favor esconda…vão…ressuscitar…faraó…" – Ficou um tempo em silêncio.

– Acabou. – Disse Mark fechando a caixa.

– Espere. – Minkabh segurou sua mão.

Não adianta, não está comigo, nem a tumba. Já foi mandada para longe.... Venha conosco. ” – Essa última frase não foi na voz do tio de Mark.

– Recebi essa caixa um dia antes de encontra-los. – Continuou Minkabh.- Iria procura você, mas o destino quis que nos conhecêssemos nessa circunstância.

– Meu tio, vocês sabem dele?

– Enviamos Medjais para procura-lo, mas não encontramos nada.

– Acho que ele ainda está vivo. – Mark não queria aceitar a perda dele.

– Olha Mark, sei que tem confiança, mas vamos ser realistas.

– Difícil ser realista quando se tem múmias andando por aí.

– Verdade, acho melhor todos descansarem, temos algumas horas ainda até chegar ao Cairo. Quando acordarem iremos ter mais uma jornada até Sakkara. – As luzes piscaram quando Minkabh parou de falar.

– É vamos dormir, mas por favor será que dar para ninguém mais falar o nome dessa cidade, odiaria acordar numa queda desse avião por falta de energia ou sei lá. – Disse Steven. – Vou amarrar a mãozinha nervosa ali atrás.

Dylan e Steven deitaram no chão do avião, um pouco ao fundo do avião. Mark deitou também no chão ao lado dos assentos que ficavam na lateral do avião. Prya estava deitada no assento em cima dele.

– Pensando em algo? – Disse ela se virando para baixo, olhando para Mark.

– No meu tio, sabe eu queria ter passado mais tempo com ele, mas ele viajava muito nessas expedições e teve também a guerra e tudo mudou. Será que ele ainda vai me reconhecer?

– Acho que sim, mas talvez ele se surpreenda como o jeito que você está agora.

– Pareço diferente?

– Bom, não conheço você a muito tempo, mas acho que sim. O que você sente?

– Sinto como se tivesse vivido mil vidas.


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