Verdades e Mistérios escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 5
Os encantos de Sari


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desanimei um pouquinho (só um mal entendido), mas está aí! Espero que gostem!

OBS.: Alguns missionários são inspirados em outros personagens fictícios e em pessoas reais e famosas.



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Após o almoço, os guerreiros foram aos quartos que Sari mostrou (cada um tinha o seu próprio) e descansaram. Tigresa dormiu como se não dormisse há anos. Apenas Po que ficou acordado conversando com seu recém descoberto pai. Não acreditavam que estavam na presença um do outro. Era a oportunidade perfeita de por tudo em dia. Conversas, o tempo que perderam juntos, os melhores momentos... Li tinha que saber de tudo o que perdeu de seu filho. E soube! Foram horas e horas de conversa. Coisas bobas e importantes.

Logo quando os guerreiros acordaram, era horas de começarem a se preparar para a festa. Sari, Li e Mey providenciaram roupas novas para os guerreiros. Quando chegaram a festa, todos se divertiam. Louva-Deus usava ataduras diferentes, de cor azul-marinho e de um tecido cintilante, mas infelizmente as garotas eram muito grandes para ele. Macaco usava calças pretas e também tentava chamar a atenção das garotas, porém, com sucesso, já que as pandas se interessavam no guerreiro. Po usava calças brancas com bordados dourados e verdes, mas nada muito afeminado. Garça tinha um novo chapéu. O próprio era marrom escuro e muito parecido com o anterior, porém mais novo. Não mais duas flores, mas agora Víbora usava uma linda tiara com flores e laços vermelhos, e se sentia uma princesa! A túnica de Shifu também foi trocada, mas por uma verde muito semelhante à de Li Sheng. Já Tigresa...

— De jeito nenhum eu uso isso!

— Eu escolhi o menos patricinha que tinha para você! - falou Mey Shon - E não está tão ruim! Achei até que ficaria grande!

— Eu sou uma guerreira, não uma princesa! - ela reclama.

— Por favor, está linda! - insistiu Mey - Já se olhou no espelho?

Foi só então que ela decidiu encarar seu reflexo no espelho no seu quarto, e se surpreendeu com o que viu. Admitiu que havia julgado errado a peça apenas por ela ser um vestido. Um longo vestido vermelho e dourado. Era até parecido com sua blusa, mas a gola era alta e não tinha mangas, e isso deixava seus ombros expostos. Tigresa sorriu e disse:

— É, não ficou tão ruim.

— Viu! Eu falei.

Os músicos tocavam músicas animadas e todos os pandas dançavam e se divertiam. Também haviam outros animais, e tais eram os missionários companheiros de Mey e Erik. Uma tucano rodopiava pelo ar e ziguezagueava entre os outros, cantando hinos em seu idioma, pois a própria era brasileira. Um gato americano de pelos pretos e brancos dançava com os outros, mas algumas vezes parava para conversar com os outros e falava de sobre Deus. Um castor ficava sentado em um canto, mas curtindo o ambiente. Vez ou outra, encarava a imagem de sua esposa em uma foto que guardava no bolço da camiseta. Tal havia a deixado no Canadá. Uma borboleta roxa russa se aproxima de sua amiga tucano e as duas cantam, mas em chinês.

— Mestres! Sigam-me! - pediu May, enquanto Erik trazia os outros amigos de Mey e ele – Grandes guerreiros do Palácio de Jade, esses são meus companheiros, da OMI.

A tucano carismática toma iniciativa e diz: - Sou Fernanda. Vim do Brasil... não sei se conhecem. - ela dá uma risadinha - É um prazer conhecê-los.

— Hey, quem é aquela? - perguntou Louva-Deus observando a borboleta.

— Nadia. - ela respondeu – Da Rússia. - disse tímida e com um sotaque.

— Você fala engraçado! - observou Po, recebendo uma cotovelada de Tigresa.

— Sou Louva-Deus, e esse casalzinho são Po e Tigresa. - disse, com um olhar galanteador.

— NÃO SOMOS UM CASAL! - falaram em uníssono.

O gato alvinegro de olhos azuis sorri e diz: - Sou Steven, dos Estados Unidos, e é uma honra conhecê-los.

— E eu sou o pastor James, do Canadá. Bom, Fernanda também é pastora, mas... - o castor é interrompido.

— Mas temos ela mais como cantora e compositora. - falou Erik, e Fernanda riu.

— Ah, - hesitou Víbora antes de falar – sou a Víbora e os outros são Macaco, Garça e o mestre Shifu.

— Prazer em conhecê-los. - falou James.

As conversas continuam até surgir do meio da multidão bailando graciosa em um vestido rosa encantador uma panda jovem já conhecida com uma bela flor rosa apoiada em uma de suas orelhas. Uma flor de pessegueiro rosa. Uma linda garota.

— Sari? - perguntou Po, se aproximando dela, deixando Tigresa irritada.

— Olá! - ela sorriu.

— Você... ah... está...

— Bonita?

— Isso, mas... - ele brinca com o dedo indicador e ri sem graça - não era o que eu ia dizer. Linda tarde, não? - desviou o assunto.

— Linda mesmo.

— Ehr, eu gostei dessa música! - ele diz, mais para si mesmo do que à Sari.

— Dance comigo, Dragão Guerreiro. - ela pede com uma voz e um olhar sensual, segurando sua mão e não o dando a opção de escolher.

Mesmo incomodado, ele aceitou dançar com a jovem. Sabia que daria uma má impressão e que estava apaixonado realmente por Tigresa, mas a beleza de Sari e a melodia deliciosa que embalava a tarde festiva. Po era um desengonçado, mas sua parceira que dançava maravilhosamente bem. A música não era muito lenta, e nem muito agitada, mas o ritmo era suficiente para Sari girar e rodopiar. Tigresa ficava extremamente incomodada com a forma como Sari se jogava para Po.

— Tigresa, está tudo bem? - perguntou Erik.

— Está! Sim! - ela responde - É que... não estou acostumada a usar vestido.

— E nem a ver seu amigo sando com uma garota. - deduziu o gavião.

— O que? É só uma dança!

— Então por que está ardendo em ciúmes?

— O que?! Eu não estou com ciúmes do Po! Ele é um idiota!

— Tão idiota que não tira os olhos dele e tem raiva de Sari. - rebateu o jovem gavião.

— Não tenho raiva da Sari. Mal a conheço! É que... - ela pausa, pensando em alguma coisa para dizer.

— É que...?

— Po tem um dedo muito podre para mulheres. A primeira vez, ela era uma ladra. Na segunda, a mulher com quem ele se casaria estava sendo manipulada. Se ele se casar, perde o título de Dragão Guerreiro. Po é burro o suficiente para cair duas, três, quatro vezes na mesma armadilha.

— Estarei orando por ele. Mas ainda acho que você tem ciúmes.

— NÃO! - afirmou Tigresa.

O resto da festa foi pura diversão. Comidas, bebidas, danças e canções que revigoravam a alma de um guerreiro. Fernanda cantou algumas canções de sua autoria e contou historias de sua vida no Brasil, falando se seu esposo e seus dois filhotes. A russa Nadia havia se soltado e começado a ficar mais a vontade perto dos visitantes. Algumas crianças animadas se aproximam dos visitantes e pedem histórias. Po contou sobre varias de suas missões, mas, é claro, na versão dele... e sendo corrigido o tempo inteiro por seus amigos. Mas, se quer saber? Tais correções foram a melhor parte das histórias. A festa prossegue e todos continuam a dançar e cantar, principalmente (e já obviamente) Fernanda.

Porém, quando o sol começou a se por, um panda soprou uma alta trombeta e todos já sabiam o que significava: o toque de recolher. Todos foram para suas casas, assim como os visitantes, que foram para a casa do líder, onde ficariam hospedados. A noite passou rápido e o dia seguinte seria cheio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! E que não tenha ficado muito pequeno... Comentem, okay?



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