When Tomorrow Comes escrita por Mermaid, Reyna


Capítulo 8
Kiss Me


Notas iniciais do capítulo

Demoramos pra postar porque as aulas voltaram, então fica mais complicado. Porém vamos tentar postar todos os capítulos o mais rápido possível. Esse é mais comprido, considerem um pedido de desculpas sz



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Adam e eu estamos sentados perto de uma lareira. Ele sorri e me dá uma caixa pequena. É prateada e tem uma fita lilás.

Pego a caixa em minhas mãos e a analiso.

― O que é isso? ― pergunto.

― Um presente, oras. Abra.

Abro a caixa e encontro lá um globo de neve. Olho embaixo e está escrito:

“Para sempre seu.

Adam”

Sorrio e lhe beijo.

Eu te amo digo.

◄►

De volta à realidade.

― Já leu minha mente e sabe do que eu me lembrei, não é? ― pergunto voltando meu olhar a Adam.

Ele sorri como na minha memória, quando me entregava o globo.

― Sei.

Ele se aproxima de mim e me abraça.

― Isso aconteceu há quanto tempo? ― pergunto retribuindo o abraço.

― Uns dois anos.

Encaro o globo de neve mais uma vez.

― Você acha que um dia minha memória voltará por completo?

― Acho.

Ele analisa meu rosto. Já não me abraça, mas seu corpo ainda está próximo do meu. Então a campainha toca. Adam abre a porta e pega a pizza.

Me sinto estranha. Como se não quisesse que a campainha tivesse nos atrapalhado. Talvez eu tenha realmente o amado no passado.

O entregador já foi embora e Adam está fechando a porta. Percebo que ele está sorrindo.

― O que foi? ― vou até a cozinha, onde ele está abrindo uma gaveta e pegando talheres.

― Você está se lembrando, não está? Não dos momentos em si. De como se sentia.

Abaixo a cabeça.

― Eu não tenho certeza.

― Aham ― ele me arranca uma risada.

― Você é um cínico, sabia?

― Essa é uma das minhas qualidades… Que, por acaso, você adorava.

― Sei. E modéstia também era uma delas?

― Com toda a certeza ― e ao dizer isso ele me surpreende com um beijo na bochecha ― E então, vai comer ou não?

Por um momento fico atordoada com o beijo.

― Vou ― sento-me.

― Sabe, no passado você já estava bem acostumada com isso ― já reconheço o sorriso cínico em seus lábios.

― Com o quê? ― pergunto.

― Comigo te beijando.

― Cale a boca ― falo entre risos. Faço uma pausa ― Quer dizer que… você fazia isso com frequência?

― Pode-se dizer que sim.

― Pensei que éramos “um pouco mais que amigos”.

― Talvez bem mais.

― Bem mais em que nível?

― Apenas bem mais. Por quê? ― ele ainda está sorrindo.

― Curiosidade.

― Sei.

Ele pega dois pratos e coloca uma fatia de pizza em cada.

― Não seja tão sarcástico. Você sabe o que eu estou pensando.

Ele ri baixo.

― Desculpe, não consigo evitar.

Nós começamos a comer em silêncio. Não consigo parar de pensar na sensação que senti quando ele me beijou. Adam ri.

― Meu Deus, eu te odeio ― falo.

― Não, você me ama ― ele diz e completa tão baixo que mal consigo ouvir: ―, talvez um dia você se lembre disso.

― Eu vou ― digo e surpreendo até a mim mesma.

― Sim ― ele responde voltando o olhar para meu rosto ― Você vai. Não se preocupe.

◄►

Estou de volta ao meu quarto. É engraçado que em tão pouco tempo já estou familiarizada com o ambiente. Penso sobre tudo o que aconteceu hoje e lentamente caio no sono. E, novamente, eu sonho.

◄►

Desta vez estou na sala da casa de Adam, sentada no sofá. Posso ver Hillary e ele saindo da cozinha e vindo até mim.

Você tem que fazê-la se render, Adam. É o único jeito.

Eu reviro os olhos.

Você não pode me dizer o que eu devo ou não fazer.

Sua garota mesquinha. Não vê que estou tentando te ajudar? Se olhasse em volta perceberia. Mas tudo bem, não vá. Um dia irá querer ter me ouvido.

Hillary vai embora batendo a porta. Eu me levanto e fico de frente para Adam.

O que foi que eu te disse quando conhecemos essa garota? Para ficarmos longe dela, não é? Por que não me escutou?

Eu sei. Mas agora não temos volta. Olhe, talvez o grupo não seja tão ruim. Talvez nos entregarmos por livre vontade seja o melhor a se fazer.

Dou uma risada sarcástica. Aponto meu dedo indicador próximo a seu rosto.

Escute, Adam. Eu nunca, nunca na minha vida, enquanto eu estiver sã, vou colaborar com Takeda. Está me entendendo? Nunca.

Ele abaixa minha mão e olha para baixo. Está preocupado.

Eu te conheço, Audrey. Sei disso.

Ficamos alguns momentos em silêncio, apenas em pé, um de frente para o outro. Então Adam me abraça e passa os dedos pelo meu cabelo. Ele aproxima os lábios dos meus devagar e me beija.

◄►

Acordo, pela primeira vez desde que minha memória me permite lembrar, com uma certeza. Adam nuca mentiu para mim.

Já é de manhã. Levanto e vou para o banheiro, tomar um banho. São oito horas.

Lavo meu cabelo e vou até o quarto enrolada numa toalha para me vestir, com o cabelo molhado caindo nas minhas costas. Ao sair do banheiro ouço passos subindo a escada.

Adam me vê e abre aquele sorriso sarcástico. Reviro os olhos.

― Nem. Uma. Palavra ― falo segurando o riso.

― Não se preocupe, já te vi em circunstâncias piores ― ele diz entrando em seu quarto e fechando a porta.

Demoro alguns segundos para processar o que ele diz.

― Adam! ― grito, batendo na porta de seu quarto e segurando a toalha com a outra mão. ― O que você quer dizer com isso?

― Nada! ― ele grita de volta rindo.

― Responda! ― digo entre risos.

― Tire suas próprias conclusões, ruivinha.

― Abra essa porta! Pode vir aqui me explicar isso! ― ele apenas ri. Eu lembro do sonho e abaixo a voz. ― Sonhei com você sabia? Foi uma memória.

― É mesmo? E você estava vestida?

― Meu Deus, cale a boca!

Vou até meu quarto pisando firme e bato a porta. Consigo ouvir a gargalhada exagerada de Adam atravessar a parede.

Coloco um short jeans e uma camiseta lilás. O fato de eu ter que usar as roupas de Hillary ainda me incomoda um pouco. Quando acabo de me vestir, ouço-o abrindo a porta de seu quarto.

― Ei, quero ouvir sobre esse sonho ― ele diz do corredor.

― Eu até gostaria de fazer chantagem e dizer que só vou contar se você me explicar o que quis dizer com “circunstâncias piores”. É uma pena que você tenha poderes.

― Como se você não soubesse o que eu quis dizer ― ele diz e desce as escadas correndo. Vou atrás dele.

Antes que possa chegar até ele me esforço para ativar o bloqueio que ele havia me ensinado.

― Então…?

― Ah, se arrependimento matasse ― ele ri ― Bom, Audrey… você sabe o que eu quis dizer! Como explico isso em voz alta?

― Estou esperando ― digo impaciente.

― Certo. Fazia algum tempo que havíamos fugido do orfanato, uma semana ou duas. E nós estávamos em um quarto de hotel.

― Prossiga.

― Não me faça te explicar isso! Você sabe o que é! ― ele não consegue evitar um sorriso. Sarcástico, como sempre.

― Eu te odeio com todas as minhas forças ― falo também rindo.

― Não foi isso o que você me disse naquele dia.

― Pare com isso! ― pego uma almofada do sofá e jogo nele, que revida. ― Olha, se você sempre foi idiota assim é difícil acreditar que eu pude gostar de você alguma vez.

― Alguma vez? ― aquele sorriso irritante volta aos seus lábios. ― Você gosta de mim.

― Eu não gosto de você, Adam.

Tenho dúvidas quanto ao que eu acabei de dizer. Ele não para de sorrir daquele jeito, como se tivesse razão em tudo, mas não era um sorriso arrogante.

― Prove ― ele se aproxima de mim e me olha nos olhos, como se estivesse me desafiando. Encaro-o, esperando para ver o que ele irá fazer.

Ele me beija, passando seus dedos pelos meus cabelos. Surpreendendo a mim mesma aquilo parece completamente... Natural. Lentamente eu cedo o bloqueio e deixo que Adam entre em minha mente. Pela primeira vez, não tenho nada a esconder dele. “Eu te amo”, digo em pensamento. Ele para o beijo e por um momento apenas me encara. Um sorriso nasce do canto de sua boca.

― Eu também te amo ― ele responde em voz baixa e faz uma pausa ― Eu não disse? Você gosta de mim. Você me ama.

Reviro os olhos.

― Por favor, cale a boca.

Eu o beijo novamente. Agora eu me lembro. Posso não me lembrar de todos os momentos, mas eu sei que amava Adam. Ele retribui o beijo, dessa vez com mais carinho.

A campainha toca. Sempre a maldita campainha. Imagino que seja Hillary. Agradeço mentalmente por Adam ter fechado as janelas com vista para a rua, caso contrário a namorada dele teria mais um ataque.

Eu me afasto dele com pressa.

― Nada aconteceu ― digo e ele assente.

Sento-me no sofá enquanto ele abre a porta. Hillary entra e se joga no sofá ao meu lado.

― Olá.

Olho para ela, desconfiada. Adam senta-se em outro sofá e liga a televisão, fingindo não prestar atenção à conversa.

― Oi ― respondo. Mal escutei minha própria voz.

Ela finge prestar atenção à TV.

― Sabe, Audrey… Andei pensando e concluí que tivemos um mau começo.

― Ah, você acha? ― respondo ironicamente.

― Pare de me atacar. Estou tentando pedir desculpas.

― Um pedido de desculpas envolve as palavras “me desculpe”, caso não saiba.

Ela exala o ar ruidosamente.

― Tudo bem. Me desculpe, Audrey.

Olho para Adam e ele faz sinal de positivo com a cabeça. Suspiro e respondo lentamente.

― Tudo bem.

― Amigas? ― ela pergunta.

Só pode estar de brincadeira. Que exagero. Mantenha as aparências, Audrey, penso.

― Claro ― respondo relutante.

Ela me abraça. Reviro os olhos, aproveitando que ela não pode ver meu rosto, mas de qualquer maneira retribuo o abraço. Adam reprime uma risada, já que Hillary está de costas para ele também.

― Então, nós vamos comer ou não? ― ela se levanta e caminha até a cozinha.

― Vamos ― Adam diz desligando a TV.

Pela primeira vez, vejo Hillary mostrando-se minimante útil, pegando talheres, pratos e copos e colocando-os sobre a ilha. Adam vai até a cozinha e assim que eu adentro o ambiente Hillary diz numa voz estridente:

― Ah, eu quase me esqueci! Bom dia, meu amor ― e beija Adam. Tenho que desviar o olhar.

Eu me sento enquanto Hillary pega uma garrafa térmica sobre o balcão, com café, imagino. Ela enche três copos e entrega um a mim e outro a Adam.

― Eu tenho uma sugestão ― diz Hillary enquanto todos nós bebemos ― Vamos dar um passeio. Um parque, qualquer coisa.

― Por mim, tudo bem ― concorda Adam ― Audrey deve estar se sentindo presa.

Assinto, sem muito entusiasmo. Na verdade, eu preferia ficar em casa.

Depois de tomarmos café, passeamos pelo bairro. Estou entediada e incomodada, dada a situação. Estar com Hillary me deixa inquieta. Cada passo meu será relatado para o tal Takeda.

― Então, Audrey. Adam já lhe falou sobre nosso pequeno grupo, suponho.

Ele assente de modo quase imperceptível, mas eu reparo.

― Ele comentou.

― Espero que você tenha gostado. Digo, nós gostaríamos de recebê-la lá.

― Eu não tenho certeza… ― respondo.

Eu sei que para que o plano de Adam funcione eu tenho que concordar com Hillary, mas vou fazer isso de modo convincente. Nós ainda não discutimos o plano em si, mas Adam não parece muito apreensivo.

― É bom convencê-la, Adam.

― Eu gostaria que vocês me dissessem um pouco mais sobre o grupo ― peço.

― O que quer saber?

― Qualquer coisa que me convença a entrar.

― Você realmente pretende juntar-se a nós?

― Bom, sim… Eu estou me sentindo jogada sozinha no mundo. Não me lembro de nada e tenho poderes. Eu me sinto uma aberração, e saber que há pessoas como eu faz eu me sentir um pouco melhor ― digo da forma mais natural possível.

Hillary sorri e desta vez não é um sorriso falso e nem irônico. E eu sei qual é a razão: Takeda vai adorar ouvir isto. Seu plano funcionou.

― Isto é ótimo, Audrey. Você vai amar o grupo, eu prometo. Adam te contou sobre os meus poderes?

― Sim. É incrível.

Ela dá um sorriso de satisfação. É ótimo que esteja acreditando. Preciso mostrar interesse no grupo, mas não de forma exagerada.

― Há quantas pessoas lá?

― Algumas. Em torno de quinze. É uma pena não termos mais.

― Quinze pessoas? Todas elas com poderes? ― pergunto. Bem, isso me impressionou de verdade.

― Sim ― diz Hillary claramente satisfeita com a minha reação ― E então, isso basta para você concordar?

― Bem, acho que sim… A ideia parece bem interessante, na verdade.

― Ótimo!

― Mas qual é o real objetivo desse grupo? Quero dizer, além de reunir pessoas com poderes.

Se eu simplesmente concordasse sem fazer perguntas desse tipo, ela iria desconfiar.

― Nós os ajudamos.

― Como assim ajudam?

― Bem, como você disse, algumas pessoas com poderes têm certas… dificuldades para se encaixarem no mundo. A maioria delas, na verdade. Nosso objetivo é ajudá-las, fazê-las se sentirem em casa. Entende?

Mentira. Mentira deslavada.

― Entendo.

Olho para Adam e ele apenas assente. Caminhamos até chegarmos a um parque que se parece muito com o do dia em que “conheci” Adam. A única diferença é que não há nenhum lago. Nós nos sentamos no gramado e fico em silêncio enquanto observo o lugar.

― Deveríamos marcar um dia para que Audrey conheça o grupo, não acha? ― pergunta Adam, dirigindo-se à Hillary.

Arregalo os olhos. Eu não esperava por aquilo.

― Sim, acho que seria ótimo! ― ela concorda animada. ― Seria bom para que ela se decidisse definitivamente.

― Que tal hoje? ― ele diz e eu o encaro furiosa. O que diabos ele estava fazendo?

Hillary se vira para me olhar, à espera de uma resposta, e eu rapidamente forço um sorriso.

― É, acho que tudo bem ― não posso contrariar Adam agora, mas isso não me agradou nem um pouco. Achei que teríamos mais tempo para conversar sobe o grupo, porque mesmo depois de tanto tempo discutindo o assunto ainda há muito para esclarecer ― Estou com um pouco de dor de cabeça, podemos voltar? ― pergunto desejando que aquilo acabe o mais rápido possível.

― Vocês se importam em voltar sozinhos? ― Hillary pergunta. ― Eu marquei de me encontrar com uma amiga na casa dela. Ela está muito mal, com alguns problemas com a família. Ligo para você mais tarde, Adam, para irmos ao grupo.

Vá passar seu relatória a Takeda, mentirosa.

Nós concordamos e começamos a voltar para casa. Massageio minhas têmporas para que a história da dor de cabeça fique mais convincente.

Quando Hillary está tão longe que não pode mais nos ouvir disparo:

― O que exatamente você pensa que está fazendo?

― Shh, confie em mim ― ele responde ― Vamos para casa conversar. Vai dar tudo certo.

Sigo-o de volta. Ainda não sei o que ele está tramando e agora já não tenho tanta certeza sobre confiar nele.

― Você realmente está desconfiada demais ― ele diz.

― Você realmente abusou demais.

― Eu sei o que estou fazendo.

― Não parece.

Reviro os olhos e continuamos em silêncio.

― Não fique preocupada. Eu só sugeri que fosse hoje porque vi como se saiu bem com Hillary.

― Sabe muito bem que eu estava louca para acabar com aquilo.

― Ótimo! Quanto mais rápido nos infiltrarmos lá, mais rápido tudo acaba.

― Eu te odeio.

Ele sorri sarcástico.

― Se me lembro bem, você disse outra coisa mais cedo.

― Acabei de mudar de ideia ― sorrio de volta.

― Sei.

◄►

Estamos de volta à casa dele. Grande passeio, penso.

― Você poderia facilitar as coisas de vez em quando ― diz Adam.

Sorrio.

― E qual seria a graça nisso?

Ele olha para seu relógio.

― Bom, são onze horas. Ainda temos um tempo até que Hillary ligue.

― Adam, eu não faço ideia do que fazer lá.

― Por isso devemos conversar.

Assinto e sento-me no sofá, esperando que Adam faça o mesmo, mas ele permanece em pé, andando de um lado para o outro na minha frente.

― Talvez você queira se sentar e conversar como um ser humano racional…?

― Não. Prefiro ficar assim.

Suspiro e Adam continua a andar de um lado a outro da sala.

― Você está me deixando nervosa.

― Não tem problema.

― Como você é compreensivo...

Ele começa a morder a almofada do polegar, o que me deixa ainda mais nervosa.

― Você sabe o que fazer, Audrey. No fundo você sabe. Mostrar interesse, mas de forma convincente. É só repetir o que fez com Hillary.

― Você está claramente mais nervoso do que eu.

― Não, não estou… ― ele anda mais rapidamente.

Solto uma risada.

― Por favor, sente-se.

Ele nega com a cabeça. Eu me levanto e o empurro, jogando-o no sofá e o encaro.

― Acalme-se! - falo num tom de voz autoritário.

― Tudo bem. Você tem razão ― ele olha em volta e passa a mão pelo rosto. ― Não, não, eu deveria ter dito para irmos amanhã.

Sento ao lado dele.

― É, deveria. Mas agora que já fez a burrada… Tem algo que eu precise saber?

― Obrigada, Audrey. Você realmente sabe como fazer alguém se sentir melhor.

― Digo o mesmo de você. Agora responda à minha pergunta, animal.

― Por isso gosto de você. Tão carinhosa... Não, não há mais nada.

― Tudo bem… ― bato com as mãos na testa ― Céus, eu não sei se consigo fazer isso.

Adam joga a cabeça para trás, apoiando-a no encosto do sofá e olhando para cima.

― Consegue sim. Claro que consegue.

― Você está dizendo isso para si mesmo.

― É, eu sei.

Nós dois rimos e por um momento eu realmente não sei se vou conseguir. Mas por algum motivo estar com Adam me dá uma sensação de segurança. Ele deve ter lido minha mente, porque pega na minha mão e diz:

― Eu não vou te abandonar.

― Eu sei ― respondo olhando para ele.

Ele me olha por um momento e me beija novamente.

O celular dele começa a tocar. Consigo ler o nome “Hillary” no visor antes que ele atenda.

― Alô?

Ele permanece assentindo durante toda a ligação. Seguro uma risada.

― Tudo bem ― ele diz antes de desligar o telefone ― Bom, Hillary vai passar aqui às quatro.

― Ok.

Vai dar tudo certo.

Eu sei.


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