O meio entre o começo e o fim escrita por Miss Addams


Capítulo 6
Seis




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Dulce

2026

:- Man, cuidado. – Eu olhei para ela preocupada, se Dona Blanca dava um suspiro a mais já chamava a minha atenção.

:- Dulce eu só estou me sentando. – ela riu de mim.

E eu fiquei aliviada, esses últimos dias fiquei tão preocupada com ela que esteve doente e passou uns dias no hospital. Fazendo todos ficarem também preocupados.

:- Foi mais ou menos assim, Roza, sua avó foi parar no hospital por que estava passando muito mal, um anjo confuso por trabalhar tanto queria levar sua avó antes da hora, mas Don Fernando falou não, ela não vai não e puxou ela pelo pé, por isso sua avó ficou. – Poncho ainda teve a cara de pau de rir, com o final da história que contava para nossa caçula.

E fez todos que estavam na sala rirem.

:- Nem com esses anos todos, esse menino toma vergonha. – Man, riu da história de Poncho, de uns últimos anos para cá, ela chamava Poncho de menino.

:- Ele está mentindo? – Minha bebê ficou confusa.

:- Talvez, xará. – Clara, minha sobrinha que estava perto da prima a respondeu.

Estávamos reunidos ali para celebrar a saída de man do hospital e por Claudia ter voltado de viagem, estávamos do jeito que man gosta todas as filhas e netos debaixo de suas asas. E aqueles momentos com todos reunidos eram muitos bons, olhei para Poncho e tive vontade de atravessar a distância que tínhamos e ir dar um abraço.

Sempre que nos reuníamos assim, ele por mais que estivesse enturmado fazendo brincadeiras, até com Man, se sentia um pouco estranho. Desde que Ruth foi embora, eu sabia que ele sentia um vazio dentro dele. Uma vez conversando sobre isso, ele me confessou que eram esses momentos que a falta dos pais era mais nítida.

E foi aí que dei duas fotos para ele, guardar sempre com ele, uma foto do nosso casamento que foi simples e lindo, na praia e que reuniu as pessoas importantes para nós. Nossos familiares e amigos. Ruth foi no casamento do filho e talvez isso o tenha feito chorar. E a outra do primeiro aniversário de nossa Roza, tentamos reunir o maior números de familiares em uma só foto que ficou gigantesca, mas a que eu dei para ele, foi uma que estávamos Eu, ele, Dominique, Marco, Roza, Ruth, papá e man.

Lembro de Poncho me dizer que na hora que tiraram essa foto ele sentiu um vento passar e sentiu o cheiro do pai, então foi a foto mais completa para ele que eu já peguei olhando horas e horas vidrado nela.

Pelo tempo que eu fiquei o olhando, chegou um momento que ele me devolveu o olhar e sorriu me fazendo entender que estava tudo bem.

:- Está na hora de relembrar o passado. – Blanca, minha irmã veio com uma caixa, onde estavam vários pen drives onde tínhamos deixado cópias de todas nossas fotos, foi difícil convencer Don Fernando que aquele era um modo de preservar as outras fotos que estavam antigas.

:- Temos que aproveitar este momento em que todos estão juntos. – Claudia justificou quando muitos começaram a reclamar. – Que isso cadê a união da família? – ela zombou.

:- Eu quero ver as fotos, eu não sei como era a família antes que eu apareci. – Marco pediu animado, por que ele sabia que teria fotos nos mínimos engraçadas.

:- Eu também quero ver, mamá. – Emilie, pediu para Blanca, se juntando ao primo.

E Blanca colocou pegando o controle para passar as fotos, na tv, para que todos vissem e pior, ou melhor, comentassem. A primeira era uma recente, e papá sorriu a vê-la.

Ele estava com todas as suas mulheres, Man, Blanca, Emilie, Renata, Claudia, Clara, eu, Dominique e Roza. Ele tinha um sorrisão.

:- Fernando e suas mulheres. – Jean marido de Blanca comentou rindo da foto.

:- O que eu posso fazer se elas me amam. – Papá falou rindo e parou para pensar um pouco. – primeiro neto homem que eu tive, foi Marco. Que sorriu para o avô.

E essa foi só a primeira, as fotos não seguiam uma ordem, mas não importava qual fosse, sempre tinha algum comentário, alguma zombaria de alguém.

:- Olha essa foram pego no flagra. – Eu e ele rimos com a foto. Foi no aniversário de Blanca, todos estavam olhando para fotos e não eram poucos, apenas Poncho e eu que não, por que justo na hora da foto ele inventa de me beijar.

“É o amor, gente, é o amor.” Dominique sorriu, se comunicando com todo mundo, parada em frente da sala.

“Você é suspeita para falar.” Renata riu da prima, que estava ao lado dela.

E Blanca passou para outra foto, que me fez praticamente ficar roxa, com o barulho da gritaria que teve, abaixei a cabeça envergonhada.

:- Esse é o primo, né? – Clara perguntou mais afirmando, no meio das vozes. – O que namorou a tia Dulce um tempo.

E voltaram as gritaria, me deixando ainda sem saber o que dizer.

:- Mamãe, já namorou um primo? – Marco me perguntou, mas eu não consegui responder.

:- Foi, meu neto. – Man respondeu por mim. E quando a olhei percebi que ali vinha bomba, em forma de comentário. – Quase todas minhas filhas se casaram com italianos, Claudia foi à primeira, depois foi Blanca, Dulce quase se casou com um namorado italiano, mas ela teve esse romance e ele era um bom partido. – Man alfinetou Poncho e ela sorria para ele.

Que encarava o olhar, sorrindo também, ele estava pensando em como responder a altura.

:- Podia até ser bom partido, mas quem lhe deu o primeiro neto homem da família, e a essa caçula, mais linda de todas fui eu, sogrinha. – ele sorriu para ela, abraçando Roza nos braços.

Fazendo começar uma discussão, com as meninas a começar por Clara, que disse que era a neta mais bonita e as outras entraram no meio, todas. Fazendo todos os outros rirem. Aquele era mais um dia com a família reunida e feliz, e melhor ainda Dona Blanca, estava pronta para outra.

...


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