O meio entre o começo e o fim escrita por Miss Addams


Capítulo 3
Três


Notas iniciais do capítulo

A música tema para este capítulo é Estranho jeito de Amar, cantada pela Sandy. Aqui o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=C1L7FUot56I



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Quanta bobagem tudo que se falou (...) para discutir em vão, será tão frágil nossa ligação?…

“Se comporta filha, amanhã eu passo para te pegar, te amo.”

“Man, eu sei me comportar, também te amo.”

Ela revirou os olhos e me fez rir, as características de uma pré-adolescente já estavam brotando em Dominique e eu não sabia se ficava feliz por ela crescer tão rápido ou ficava preocupada por que estamos falando de indecisões, descobertas, começar a andar com suas próprias pernas, hormônios, ou seja adolescência.

Talvez eu arrancasse os cabelos, ou não, Dominique ainda continuava tranquila e se man com três filhas de diferentes personalidades não arrancou por que eu com uma arrancaria?

Assim que eu vi ela entrar, acenei para papá que me olhou sorridente da porta, a neta passaria a noite com eles e liguei o carro indicando que estava saindo, antes que man me visse e pedisse para entrar um pouco que se tornaria muito.

E fui dirigindo pensando no que eu diria quando chegasse parece que quando fiquei mais velha eu fiquei com dificuldade para me desculpar, com relação a Poncho, na maioria das vezes era ele que dava o braço a torcer eu sempre deixava implícito, e ele lia nas entrelinhas, na maioria das vezes o primeiro passo era dele.

Quando fui me dar conta eu já tinha estacionado, atrás do seu carro, respirei fundo olhando meu reflexo e me dando força. Eu conseguiria, era só reconhecer que eu estive errada, simples assim.

Sai do carro e andei até a entrada da casa, e senti falta da recepção calorosa de Afrodite, que agora ficava na minha casa. Peguei as chaves e abri a porta, entrando com cuidado, com certo receio, estava tudo organizado e calmo. Eu esperava que ele estivesse mesmo ali, tinha que estar, seu carro estava.

Andei pela sala e olhei a cozinha não tinha ninguém então fui direto para seu quarto, abri a porta devagar, e tudo estava escuro pouco se via, mas eu reconhecia aquelas costas descobertas, ele estava dormindo. Me aproximei mais e dei a volta na cama para comprovar, os olhos estavam fechados e a respiração calma.

Voltei ao lugar vazio da cama, e tirei meus sapatos, e a parte pesada da minha roupa como jeans e a blusa, encontrei uma camisa sua espalhada no quarto e a coloquei tinha o seu perfume. Deitei com insegurança sobre acordá-lo ou não, mas seria um pecado desperta-lo de um sonho bom como ele estava, dormir com ele na mesma cama já me contentava e muito, depois de ficar mais de uma semana separados por uma bobagem.

Então não exitei em abraçar suas costas, e respirar seu cheiro na nuca e dei alguns beijos no seu ombro descoberto, ele dormiu mais uma vez depois que tomou banho como pude comprovar, seus cabelos estavam úmidos e estava sem camisa, eu enfiei meus pés entre os dele e senti meu coração bater aliviado. Eu senti sua falta.

Me surpreendi fazendo meu coração bater mais forte, quando ele de repente virou me fazendo ir para trás e ficando de frente para mim.

:- Maria... – ele sussurrou. Me fazendo arregalar os olhos e antes que eu pudesse ter outra qualquer reação senti ele sorrir completamente safado. – Dulce Maria.

Bati no seu peito com força e ele fez careta ainda rindo, com os olhos fechados.

:- Idiota!

:- por você. – ele se aproximou, me abraçando com sua perna e com uma mão na cintura, me fazendo sentir bem. Estranhamente bem. – Pensei que não viesse nunca, estava quase desistindo e levantando dessa cama e indo atrás de você. – ele falava manso ainda com os olhos fechados, parecia que estava dormindo ainda, mas eu sabia que estava bem acordado pela mão que estava passeando debaixo da sua camisa, que estava no meu corpo. – Senti sua falta. – finalizou.

Me aproximei mais dele, começando um carinho nas suas costas, e lhe dei um selinho bem demorado, e quando me afastaria ele não deixou, puxando minha cabeça para ficar ali, e abri minha boca para começar um beijo de verdade.

:- Eu também senti sua falta. – terminei o beijo com mais um selinho. Ele suspirou movendo seu nariz que tocou o meu. – E vim para me desculpar, eu fui errada em te tratar daquela forma, não tinha o direito.

Ele não me falou nada e me deu outro beijo rápido, para depois deitar a cabeça no seu travesseiro, sem se incomoda com o cabelo úmido.

:- Eu realmente senti sua falta. – ele falou novamente por falar. Me fazendo sorrir, eu estava desculpada. – Uff, Dulce que pé gelado. – ele comentou e fiz questão de colocar meu pé entre os dele que fugiu até o limite da cama, e depois começou a passar o pé dele no meu para esquentar.

:- Eu pensei que você tivesse dormindo, não queria ter te acordado. – falei depois de um tempo.

:- Levantei para tomar água e deitei na cama de novo, estava tentando dormi quando escutei você chegando. Hoje foi um dia cansativo. – Ele passou a fazer cafuné nos meus cabelos. – Se não tivesse tão cansado eu faria amor com você agora. – ele sussurrou, e depois me fez rir pelo bocejo.

:- Agora não, quero curti você assim, manhoso. Quem sabe amanhã de manhã, nada melhor que começar o dia com bom humor. – nós dois rimos.

Voltamos nas carícias quando eu pensei que ele já estava dormindo, soltou uma última frase que me fez ficar nervosa.

:- Amanhã eu quero que conheça Juan.

:- Ele está aqui?

:- Sim, no quarto ao lado. – Ele se aconchegou mais perto de mim. – Consegui uma permissão para trazê-lo, e ficar alguns dias comigo por isso não fui antes para sua casa.

:- Hm. – Me limitei a comentar pensando nesse menino. – Poncho? – O chamei.

:- Hm. – que foi muito mais preguiçoso que o meu.

:- Acha que ele vai gostar de mim?

Se não tivesse tão escuro eu podia jurar que Poncho abriu os olhos para tentar me ver, seria a primeira vez naquela noite, ele suspirou apertando meu corpo para mais colado ao dele.

:- Ele vai amar você.

E não demorou a dormir, diferente de mim. Eu não saberia como agir, estava completamente nervosa e insegura. Será que ele gostaria mesmo de mim? Será que eu conseguiria ser mãe desse menino?

...

:- Tem certeza que ele vai gostar de mim? – Olhei para Poncho que me olhava sorrindo, devia me achar uma boba.

Pegou minha mão e a beijou.

:- Você não tem que se preocupar com nada. – e me puxou para sair do seu quarto e ir para cozinha para tomar café, lá onde estaria Juan me esperando.

Poncho praticamente me arrastou para a cozinha, e antes de entrarmos ele me deu um selinho.

:- Juan, bom dia essa é Dulce. – Poncho entrou antes que eu, fazendo uma parede na minha frente. – Dulce, esse é Juan. – e ele saiu se afastando um pouco para que eu e Juan nos víssemos.

:- Bom dia, senhora. – ele saiu da mesa que tomava seu café e se apresentou, tímido, me olhando.

:- Bom dia, não precisava se levantar estava tomando seu café. – comentei e olhei seu rosto e fiquei encantada, ele era lindo, mas ia além da beleza física era algo de alma mesmo, como se eu olhasse e pudesse ver sua beleza interior. Ele parecia ter uma aura de anjo em volta dele, e só me senti estranha assim quando vi pela primeira vez, Dominique.

:- Nossa! Você é lindo. – Tive que falar o que eu pensava, me aproximei e toquei seu rosto, sem me conter ele logo fechou os olhos claros, para voltar a abri-los.

:- Obrigado. A Senhora também é linda, Poncho é um homem de sorte. – ele sorriu para fechado para mim.

E por um momento me lembrou Poncho quando mais novo, quando o conheci em Clase, por mais que fisicamente não fossem parecidos, eu ainda diria que eram pai e filho. Uma ligação como a minha e de Dominique.

:- Sou mesmo, vamos sentar e tomar o café. – Poncho se fez presente, e eu sentei a mesa, observei que Juan só voltou a sentar depois de mim. E foi um café da manhã descontraído, Poncho e Juan pareciam amigos de longa data, e não pude deixar de pensar na sua história no pouco que sabia dela, não entrava na minha cabeça como um menino que estava na minha frente pudesse passar por tanto sofrimento.

O melhor momento do dia foi quando Poncho, Juan e eu fomos buscar Dominique na casa de man que por mais que não pudesse se comunicar diretamente com Juan se deram bem.

Tivemos um dia de passeio, nós quatro.

...


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