Depois que cheguei em casa, não tinha ninguém, assim não teria que dar explicações sobre os meus machucados. Vou para o quarto com um kit de primeiros socorros e começo a cuidar dos meus ferimentos. Estava com raiva, depois de dois meses sem fala e tudo pra que?! Pra hoje eu virar saco de pancadas e ela banca a boa samaritana.

Mas, chega não quero saber nada, não irei pra escola amanhã pois não estou afim e também por causa dos meus machucados.

POV. HEATHER

Vou no quarto de Astrid, pois ela chegou triste e sabia o porquê.

— Asty, você tá no quarto? – falo batendo e de vagarosamente abro a porta – Asty...

— Vai embora, quero fica sozinha! – diz ela deitada na cama, me aproximo dela.

— Mana, você está bem? – pergunto.

— Eu?! Tô... – minha maninha sempre durona mesmo com os sentimentos.

— Não parece! – digo – Por que você está assim?

— Ah preguiça... cólicas – Cólica?! Isso é a desculpa mais esfarrapada que ela já deu.

— Astrid Hofferson, fala a verdade – ela olha pra mim – Isso é por causa do Strondus, né?! – sei joguei logo na lata, mas não ligo.

— Tá o que você realmente veio fazer aqui? – Astrid me olha seria.

— Eu?! Vim fazer o meu papel de irmã mais velha. Ajuda a resolve os seus problemas – abraço ela enquanto acariciava os seus cabelos loiros.

— Desde quando? – pergunta ela desconfiada e eu rir.

— Desde agora, bobinha – digo fazendo cócegas nela e a mesma rir – Mas Astrid, você não é mais a mesma desde que brigou com o Hiccup.

— Não quero fala disso.

— Mas deve! – digo – Eu passei por isso e não foi muito bom. Faz 2 meses que você tá assim, com desempenho baixo na escola, não apronta tanto como antes, não sai com ninguém não como antes, sem fala no time pelo que soube se você continua assim vai deixar de ser capitã. Maninha, fala verdade o que tá rolando com você – olho pra triste. Sou boa atriz, não sou?

— Eu... eu... não é nada, Heather.

— Mana, é pra isso que serve os amigos pra ajudar e eu sou sua irmã que também é sua melhor amiga, não é? – continuo – Fala o que tá rolando é por causa do Hiccup, né?! – pergunto.

Ficamos no silencio por alguns minutos, enquanto acariciava os cabelos dela para mostrar confiança.

— Pode fala, maninha – digo.

Demorou um pouco e pude ver os olhos dela marejarem, e num único impulso ela me abraça e começa a chora no meu ombro.

— Por que?! Por que isso tudo tá acontecendo – ela fala me abraçando e olha essa criatura tem força! – Por que?!

— Sei, como se sente – falo – Desabafa, vai sente melhor – enxugo algumas lagrimas dela.

— Desde que a gente brigou eu tô assim, não tiro ele nem um minuto se quer da minha cabeça.

— Astrid, você está assim porque você o ama e também vocês namoravam há... quantos mesmo? – pergunto.

— Hum... cinco ou seis meses – diz ela triste até que reparo algo em seu pescoço.

— O que é isso? – pergunto olhando para um colar dela.

— Ah, o Hiccup que me deu quando pediu em namoro no baile de boas-vindas, nem me lembrei que estava com ele no pescoço – ela sorrir como estivesse lembrando de algo. Droga!

— Hum... posso ver? – digo me aproximo mais – É até que é bonitinho, ele nunca me deu algo que apresentasse como uma aliança – por dentro estava com raiva.

— Heather? – ela me chama.

— Sim?

— Você sente algo pelo Hiccup? – ela estava com medo e eu sorrir.

— Astrid, eu... já faz um tempo em que me desiste dele pois vi que não adiantaria mais correr atrás dele. Com passar do tempo fui me esquecendo, ou seja, não sinto nada por ele.

— Mas, parece que ele sente algo por você – ela fala tristemente.

— É mesmo?! – digo um pouco surpresa. Ainda tenho chance e vou aproveita essa vantagem – Nossa, não sabia disso. Mas não fique assim, com certeza ele te ama muito e logo vocês não se acertar!

— Ele não quer falar comigo.

— Hey, você é Astrid Hofferson desde quando desiste, hein?! – falo fazendo cócegas nela de novo – Olha já se passaram 2 meses e logo vai chegar as férias, quem sabe algum dia vocês conversam e acabam se acertando – isso nunca vai acontecer, penso.

— Tem razão! – ela sorrir e eu retribuo, me despedi dela e saio do quarto.

POV. MERIDA

No dia seguinte...

Estava indo para casa do Hiccup, assim que chego bato na porta e alguém abre.

— Oi, em que posso ajudar? – pergunta uma senhora, que me olhava gentilmente.

— Boa tarde senhora, sou a Merida amiga do Hiccup. Ele está?

— Amiga do meu querido Richard. Sim, ele está! Entre por favor! – diz ela abrindo espaço para eu entrar – Sou Magaret Will, mas pode me chamar Maga, sou tipo de tia pra ele.

— Prazer! – digo sorrindo.

— Merida! – olho e vejo a Luane que vinha correndo na minha direção e me abraça – Que bom ver você.

— É bom ver você também, Luane – digo retribuindo o abraço – Como vai?

— Mal, muito mal – diz ela triste – Me sinto muito mal, porque fui eu que estraguei a vida dele. Mesmo que fizemos as pazes, eu ainda sinto culpada.

— Calma, tudo vai ficar bem, ok? – falo enquanto tentava acalma-la.

— Eu espero... e sei que ele sente falta dela, pois de vez em quando ele fica olhando para as fotos, onde tem eles juntos – continua – Tenho certeza agora que eles realmente se amam. Queria pode fazer alguma coisa.

— Não se preocupe, eles vão estar juntos de novo! – falo confiante e a mesma sorrir.

Depois disso, fui para o quarto Hiccup e abato na porta até que o mesmo abre.

— Oi, Hic! – digo sorrindo.

— Oi! – fala ele sem ânimo.

— Posso entrar? – pergunto e o mesmo assente.

— Então, o que você quer falar comigo? – ele senta na cama enquanto a ajeitava os papeis, que estavam espalhados pelo local.

— Sobre a Astrid – vi ele muda de expressão – Hiccup, vocês precisam conversar!

— Merida, olha eu não to afim de falar desse assunto ok?

— NÃO! NÓS VAMOS CONVERSAR SIM!!! – grito com ele.

— Merida, eu...

— Por que tratou a Astrid daquele jeito?!

— O que?

— Eu vi ontem, quando ela tentou de ajudar, pois você estava machucado – falo vendo alguns hematomas nos seus braços.

— Mas, o que aconteceu na festa eu... – interrompo ele.

— É uma festa, Hiccup! Você acha que ela ia te trair?! – continuo – Olha pra mim, eu posso ser muita coisa: encrenqueira, bagunceira, passagem na polícia, mas uma coisa não sou é “falsa”, assim como você. Hiccup, a Astrid não é assim!

— E por que ela não me falou?!

— Você não deixou ela fala. Não viu o que tá fazendo? Você tá magoando ela – ele se levanta da cama e me encarra.

— E eu como fico?! Acha que é fácil pra mim?! Eu queria pode tá com ela agora, mas...

— Hiccup, as meninas e eu estamos indo quase todos os dias na casa dela só por causa que ela tá quase maluca por sua causa! E quase a maioria das vezes, a Heather fica aconselhando ela! – ele senta na cama com a cabeça baixa.

— Eu... eu não sabia...

— Claro fica dois meses sem falar com ninguém! Tem noção do que ela tá passando. Eu conheço a minha melhor amiga e também conheço você. Sei que vocês precisam um do outro – digo olhando pra ele.

— Eu não sei o que fazer. Eu... eu amo a Astrid! Só que depois de tudo, não sei o que faço – coloco a minha mão em seu ombro.

— Tá com dúvidas?!

— Sim, mas acabei dispensando ela pra ver se um de nós dois seguia em frente, porque eu não tô conseguindo!

— e nem ela – ele olha pra uma foto, onde ele e Astrid estavam numa praia – Tente conversar com ela, ok? – ele hesita, mas responde.

— Ok!

— Promete? – estendo a minha mão.

— Prometo! – ele aperta a mão da mesma.

Ficamos conversando por um tempo até que fica tarde e vou embora pra casa. Mesmo com tudo eles precisam de um empurrãozinho para se acertarem e vou precisa da ajuda da turma, pois eu tenho um plano e espero que ter certo!