Eu não consigo acreditar no que aconteceu. É muita coisa pra raciocinar. Será que tudo passou foi mentira?! Não pode ser. Eu me sinto um idiota, me sinto furioso com ela e o pior de tudo estou sentindo falta dela aqui ao meu lado... Mesmo que eu queria esquecer ela não iria conseguir. Passamos muito tempo juntos, desde que eu voltei pra cá e isso é o que doí mais.

Sinto raiva por isso e ao mesmo tempo estou um pouco arrependido porque apesar do que ela me fez passar e sentir que ela não merecia ouvir tudo aquilo que falei. Mas mesmo assim tenho que ser forte daqui pra frente.

Consegui faltar até quarta, só que meus pais já tinham desconfiados de muita coisa e não quero fala para eles sobre o ocorrido. Então, tive que voltar na quinta-feira e olha aquela festa atrapalha porque ouço vários tipos de comentários e isso irrita! Irrita muito! Tento ignorar ao máximo, mas não dá ás vezes tenho que partir pra cima e ás vezes até piora a minha situação. Já cansei disso, eu queria tanto pode volta no tempo e não ter me esbarrado nela naquele dia... Só que isso não adiantaria, pois, qualquer jeito eu a conheceria.

Astrid não apareceu na escola essa semana, e eu não quis papo com a turma dela pois eles estavam contra mim. Não sei porque ela não veio para escola, mas só sei que ela voltou na outra semana e eu evitei de olhar pra ela, ficar perto e de respirar o mesmo ar. Ás vezes, quero dizer, toda vez que ela tenta se aproximar... Eu ia para outro lugar cheguei até mata aula por isso. Sempre ouço que ela está com rendimento baixo no time, é esqueci de conta ela participa do time de futebol feminino e ela é a capitã, mas que se foda! Problema é dela!

POV. ASTRID

Os dias passaram ainda continuam comentando. Ás vezes vejo ele e tento me aproximar, mas o mesmo me ignorar, não consigo me concentrar non time e na banda. Pensei em sair da banda, mas as meninas me convenceram a continuar. A Heather estava do meu lado quando precisasse, ela realmente é uma irmã maravilhosa, não tem nada a ver o que Hiccup falou para mim sobre a ex.

Hiccup... não consigo tirar ele nos meus pensamentos, nem que eu quisesse. Aqueles olhos verdes de esmeralda que me deixam hipnotizada, mas não era só os olhos que me atrai. Sua boca carnuda e macia... Argh! Para! Para Astrid! Se concentra! Mas como?

POV. HICCUP

Depois da aula, fui pra casa com meus milhões de pensamentos. Chegando lá, vou para o quarto jogo a mochila em algum canto, não tava afim de ficar no quarto e nem sair de casa. Então, vejo a bola de basquete pego-a e vou para pequena quadra, onde tem aqui casa e fico jogando sozinho tentando esquecer um pouco as coisas até que recebo uma visita, ou melhor, visitas.

— Oi! – digo enquanto jogava a bola na cesta.

— Oi? É só isso? – pergunta o Jack, mas o ignoro – Por que não está vindo aos ensaios da banda?

— Porque não estou afim! – digo jogando a bola na cesta novamente até o Jack pegar a bola – Ei!

— Você vai nos responder direto! – diz ele furioso.

— O que você quer que eu diga, hein?! – pergunto irritado – Eu preciso de tempo pra mim! Quero fica sozinho! Será que é pedi de mais?! – ele devolve a bola.

— Vamos, gente! – diz ele saindo enquanto eu encarava-os – Temos muito o que fazer – eles olham pra mim e saem.

Fico arremessando a bola até que paro pra pensar. Será que fiz a coisa certa? Mas com o passar dos dias tento seguir em frente, esquecer o que aconteceu entre nós... difícil nem consigo ver o seriado sem pensar nela. Mas acho que já é hora de esquecer ela de vez, mesmo que pra mim seja a coisa mais difícil tenho que continuar. Daqui pra frente vou esquecer ela, vou esquecer Astrid Hofferson!

POV. ASTRID

Estava no meu quarto, deitada na cama, olhando para o teto até que ouço batidas na porta.

— Filha?! – ouço a minha mãe abrindo a porta do meu quarto – Está acordada?

— Ah oi mãe... – falo sem animo nenhum – Tô acordada sim...

POV. HICCUP

— Vim ver se você tá bem – diz o meu pai entrando no quarto.

— Tô sim... – digo.

POV. ASTRID

— Bom eu acho que não está não!

— Que besteira mãe... eu tô ótimo – mentira.

POV. HICCUP

— Sério mesmo?! Então, porque um professor me ligou e disse que você tá bem abatido na escola?! Não só lá, aqui em casa também.

— Ah não é nada... é coisa da cabeça desse professor.

POV. ASTRID

— Filha, conheço você e sei que está acontecendo alguma coisa. Além disso, de um tempo pra cá você não está bem mesmo.

— Ah que isso... só não tenho muito tempo já que tô em época de prova – falo pra disfarçar.

POV.HICCUP

— Certeza?! – ele faz aquele olhar de “conta agora”.

— Eh claro pai... é só isso mesmo.

POV. ASTRID

— Tá se não quer falar. Então faz um tempo que não vejo mais o Richard aqui em casa. Também não vejo mais vocês dois juntos – ai odeio quando ela toca nesse assunto – O que aconteceu?

— Ah nada mãe... só achamos que não íamos dar certo mesmo... – fiquei com um olhar triste.

POV. HICCUP

— O que foi? Vocês brigaram?

— Ah eu... sim a gente brigou.

— Ah filho... por que? Pareciam tão próximos! Claro que vocês eram, pois namoravam mas pareciam se gostar um do outro – ele fala de um jeito não maliciosa – O que aconteceu? Foi por causa disso que você tá assim?

— Eh... não pai... besteira! Virmos que não ia dar certo e então pra que forçar.

— Uh, mas nem como amigos?

— Eh nem assim...

POV. ASTRID

— Vocês conversaram depois que brigaram?

— Eh não...

— É por isso que ele não vem mais aqui né?! Olha filha já faz tempo que ele não aparece aqui e mais ainda nem vejo você ir à casa dele, por que não tentam conversar? Vai que vocês se acertam! – ela diz otimista.

POV. HICCUP

— Olha pai não querendo acabar com a sua felicidade, mas nós realmente não iriamos dar certo, nem mesmo como amigos. E pai por favor não quero tocar nesse assunto.

POV. ASTRID

— Como quiser filha. Mas tem certeza que não quer conversar com ele?

— Tenho...

— Bom você é quem sabe... bom, boa noite filha e acordar cedo para não perde o horário!

— Claro mãe... boa noite – ele sai do quarto e fecha a porta – É mais uma noite...

POV. HICCUP

Odeio quando meus pais tocam no assunto sobre Astrid, já faz um bom tempo que ela “desapareceu” daqui de casa e eles notaram. É chato isso, não me acostumei ainda, quase tudo na minha vida aqui está relacionado a ela, por mais que eu queria não é como apagar o número dela no meu celular. Acaba sendo muito mais que isso, e doí ainda mais... Ah chega, melhor dormir por que já está na hora de realmente por fim nesse assunto!

No dia seguinte...

Ai são as semanas passam e o povo ainda comentam. A turma tenta fala comigo, mas ainda estou zangado com tudo e sempre vou pra outro lado e ela bom...

Se não tá me ignorando vem tentar fala comigo, eu realmente não entendo ela, vivo ouvindo “ela está com rendimento baixo no time, assim não vai continuar capitã” ou sei lá do que esse povo falar, só sei que até agora não falei com ela e mantenho a distância dela, da turma e de qualquer um relacionados a ela. É muito difícil evitar ela na classe apesar de tudo ela ainda continua a mais inteligente, bom tá perdida na matéria, mas não é problema meu. Mesmo assim, ainda tem aquela minha parte inocente apaixonado no começo do ano e sempre que nós respondemos algo junto me deixa como antes...

POV. ASTRID

As aulas foram como de costume, chatas, tediosas, inúteis, um saco, lentas. O pior que é terça-feira ainda, o bom que meu período acabou agora é só passar pela boiada (pessoas)! Expectativa 0%

POV. HICCUP

Depois que a boiada passou, saio da escola, distraído com meus pensamentos até que me esbarro em alguém.

— Ah foi mal... – olho e vejo ser, um cara que andava junto com Goldere – Ai droga!

— Ah que isso... – vejo que ele estava com mais dois caras do lado – Ah olhem quem tá aqui se não é o Strondus!

— Ah, esse ai não é aquele que dispensou a gata a Hofferson né, Marcelo – o nome do cara é Marcelo?!

— O próprio! – diz o tal Marcelo num tom de deboche.

— Há eu lembro, nossa ainda bem que dispensou pois estou louco pra pega-la – ouço isso e começa a me irritar.

— Só que não, pois eu serei o primeiro da fila – diz o outro garoto – Vou fazer ela mais feliz que você não conseguiu.

— Vai se fude! – falo os encarando e vejo o povo passando perto do local.

— Ih irritamos ele, mas é como diz cão que ladra não morde! – Marcelo – E é isso que você é um frouxo!

— Ah um único frouxo aqui é você! Que vai ser um bajuladorzinho que ninguém lembra! – os amigos dele tentam não rir.

— Ah cale a boca! – ele diz me empurrando para um beco sem saída e acabo caindo no chão, mas levanto rápido – Devia ter ficado no chão!

— Marcelo, vamos ensinar umas coisas pra ele! – diz um dos garotos.

Eles começaram a me acerta, já estava preparado pro que ia acontecer.

— Há sabe Hiccup foi divertido ver você na festa quando pegou a Astrid com outro, e depois deu aquele show – disse o Marcelo.

— Você tinha que ter ouvido o Goldere naquele dia, Hiccup, mas você ouviu não e acreditou nela – fala o outro garoto.   

— AH CALA A BOCA!!!

— Que foi é a verdade! – eles começam a me empurrar de um lado pro outro – Se enxerga achou mesmo que alguém como ela te amava?! Aposto que nem chegou a tocar nos seios dela e olha passaram um bom tempo juntos!

— Ah vai se fude! Quem você acha que é pra fala assim dela?! – falo o empurrando. Droga já estou protegendo ela de novo.

— Há só isso?! Já vi que ainda gosta dela, pra tá todo estressado desse jeito.

— ARGH!!!

Parto para cima do Marcelo, dou um soco em seu rosto que o faz dar alguns passos pra trás, vejo que seu nariz estava sangrando.

— AH VOCÊ VAI SE ARREPENDER DISSO!!!

Na mesma hora ele me dá um soco no estômago, fiquei sem ar, mas logo volto ao normal. Dou 2 socos nele, um no rosto e outro no estômago, quando ele cai no chão sem ar seus amigos aparecem atrás de mim. Ao mesmo tempo em que escuto aquele maldito coral da desgraça “Briga! Briga! ”.

POV. ASTRID

Assim que saio da escola, vejo a turma de Hiccup passarem correndo quase me derrubando.

— Vamos, temos que ajudá-lo – diz o Perna que estava nervoso – Eles devem está quase matando-o!

— Vire essa boca pra lá! – fala o Melequento. O que eles estão falando?

Persigo eles até um beco, onde tinha uma pequena multidão que gritavam “Briga! Briga! ”. Me aproximo mais do local e arregalo os olhos.

POV. HICCUP

— Você está sozinho mesmo, ninguém vai vir te salvar!

Ele ia para cima de mim de novo, só que sou mais rápido e consigo soltar um dos braços, pois os dois caras seguraram um de cada lado me prendendo, e faço o outro garoto que segurava cair a força para baixo com um golpe, Marcelo vinha na minha direção e dou uma rasteira nele e o mesmo cai de costas tenho tempo de me levantar com dificuldade por causa dos machucados. Ai você pensa com quem eu aprende a lutar assim, bom foi com a... Astrid... ai até nisso!

— Eu não preciso de ninguém pra me ajudar!

— Você acha mesmo?!

Escuto o garoto atrás de mim fala enquanto os outros dois se levantavam. Olho pra trás e ele me golpeia com força, depois me dá um golpe no estomago encosto na parede tentando desviar ao máximo, mas já estou cansado, não tenho mais força... não posso desmaiar agora, nem mesmo outra coisa, tenho que continuar, tentar pelo menos acertar eles e sair daqui.

— PAREM COM ISSO!!!

Escuto uma voz familiar olho pro meio do povo e vejo o Melequento e o Cabeça Dura saírem em direção a briga. Melequento parte pra cima do Marcelo e o Dura para cima do garoto a minha esquerda, ai do nada aparece o Perna e a Cabeça Quente aposto que eles estavam de castigo, pois não os vi durante a aula e logo a Quente foi pra cima do outro que sobrou e deu até medo!

Me sento no chão, estava cansado, muito dolorido mal me aguentava essa luta me esgotou sem fala na desvantagem.

— Saiam daqui se não quiserem que a gente piore! – ouço o Melequento fala e os 3 saem dali, aos poucos a multidão sai enquanto o Perna tenta me ajudar com os machucados, mas outra coisa me chamou atenção, algo bem familiar.

— Hiccup?! – olho mesmo com um olho roxo vejo algo familiar, algo... Espera, loira?! – O que aconteceu?

— Por que quer saber?! – fala a Quente, mas a pessoa ignora.

— Os 3 caras emboscaram ele – disse o Dura dando de ombros. Estou tonto, não sei quem é realmente.

— Hiccup olha para mim, você tá bem?

Olho e vejo a... A ASTRID?! Como assim? O que ela faz aqui... Aqui do meu lado, sentada no chão?!

— Calma eu tô aqui. Fica parado eu... Eu cuido de você.

— As... Asty... – Asty?! Imbecil não lembra o que ela fez.

— É... Asty, senti falta! – não consigo ver muita coisa, mas só vejo algumas pessoas olhando pra nós 6 – Fica calmo, eu tô aqui com você, vou cuidar de você.

— Ele não precisa de sua ajuda, queridinha! – fala Quente – O que você fez a ele foi o suficiente.

— Gente, por favor – digo, mas eles me ignoram.

— Olha aqui, quem você pensar que é?! – grita a Astrid.

— Qual é?! Ela tá brincando com a gente! – fala CD.

— CALADOS! – exclamo enquanto tentava levantar – Ai!

— Ah Hiccup, não faz esforço. Eu vou ajudar você, vou tá sempre aqui – ela diz tocando no meu rosto. Isso é bom... – Esquece o que aconteceu antes, agora vamos...

— Esquecer?! – ouço isso, justo isso.

— É... Eu preciso de você Hiccup, preciso...

— Precisa?! É claro que precisa! – falo me erguendo com dificuldade.

— Hiccup não faz isso, eu posso ajudar você. Vamos lá cuidar desses machucados...

— Chega!

— O que?

— Chega disso Astrid! Para!

— Eu to querendo te ajudar!

— Ajudar?! Sei...

— Hiccup me escuta, essa é a nossa primeira conversa depois do que aconteceu, realmente quer que seja assim?!

— Eu nem quero fala com você.

— Como você... Hiccup, o que aconteceu com você?

— Eu acordei! É isso que aconteceu.

— Você ainda acredita que... Há só você mesmo!

— Que?! – ouço o deboche dela – Quer me ajudar, beleza então fica longe de mim porque foi isso que fiz até agora, fiquei longe de você, da turma e de tudo.

— Isso é ridículo!

— Faz um favor pra todo mundo e para de me procurar, ou como você diz me ajudar. Eu não quero sabe de você e sei muito bem que você não liga pra mim. Me esquece Hofferson, porque é isso que eu tô tentando fazer!

Falo pegando minha mochila e saindo dali com eles me olhando. Estava bem machucado por isso caminhei com dificuldade para casa. Primeira conversa depois quase dois meses e foi assim.

Mas chega de tudo isso, não importa mais se ela realmente sentia algo por mim. Vou esquece-la nem que tenha que ir pra faculdade assim, mas eu vou esquecer Astrid Hofferson.