Condutores Renegados escrita por Rafisk


Capítulo 1
Ross e Lucky


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo desta fanfic criada por mim, neste capítulo conheceremos Ross e Lucky, dois condutores com diferentes opiniões se encontram em um abrigo e academia de condutores que lutam para ajudar outros condutores e humanos



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— Por que Ross? Por que tu fez aquilo e escondeu de todos? – perguntou Lucky, caído de joelhos diante do corpo, botava as mãos naquele rosto que sempre havia sido gelado, mas desta vez, estava como o pico mais alto do polo norte.

— Eu não tive culpa Lucky, tu sabe disto, tu sempre soube, mas não quis acreditar, eu deixei migalhas e tu se recusou à segui-las – disse Ross, enquanto estava em pé, de frente para Lucky e o cadáver, apontou a arma para a cabeça de Lucky, que agora olhava para ele, então concluiu – Adeus, Lucky.

Um ano antes
Oito de janeiro de 2014

O sol havia acabado de aparecer em Los Angeles, Ross estava fazendo flexões em seu quarto como quase sempre costumava fazer depois que acordava, sua contagem de flexões acabou acordando Lucky, um garoto de aparência fraca, que possui longos cabelo loiros e ondulado, algo que já o fez receber vários apelidos, como “cachinhos dourados”, ele era alto e muito magro, tinha um rosto típico de alguém que já havia passado inúmeras vezes por situações da puberdade, marcas em seu rosto mostravam o enorme número de espinhas e cravos que já haviam passado pela cara do garoto em algum momento de sua vida, porém agora só havia uma espinha que ficava abaixo de sua narina esquerda.

— Cara, tu sabe que horas são? – queixou-se Lucky, que nem sabia qual era a resposta da pergunta que havia feito.

— Não é “cara”, eu tenho um nome. – retrucou Ross

— Porra, fala sério, isso é verdade? – perguntou Lucky sarcasticamente, havia acabado de chegar naquele lugar, então não fazia ideia do nome de seu colega de quarto.

— Eu sou Ross...

— Legal, mas não é uma boa hora pra apresentações, essa era uma ótima hora pra estar dormindo...

— Sabe, é que não estou acostumado em ter um colega de quarto aqui, e isso é um costume, me ajuda nos treinos daqui – disse Ross, que aparentava treinar toda manhã durante toda sua vida, era bem forte e alto, um pouco mais baixo que Lucky, tinha um cabelo preto e longo e crespo e um rosto bem novo, havia um bigode crescendo em seu rosto, aparentemente Ross cortava-o mas em uma semana ele sempre retornava

— Sabe, eu ainda não entendi direito o que esse lugar quer da gente.

— É simples, aqui é um refúgio de condutores, eu mesmo sou um dos que fugiram do DUP.

— Tá, essa parte eu entendo, mas pra que os treinos?

— Isso é pra nós podermos nos virar quando tivermos que sair daqui, pra podermos resistir aos humanos, outros condutores e as bestas...

— Bestas? Elas não foram extintas em New Marais? – interrompeu Lucky

— Elas não existiam apenas lá, elas estavam em Empire City também, e algumas se escondem nos esgotos de Washington e da Califórnia, ou melhor, nos esgotos daqui mesmo.

— Entendi...

— Esse lugar tenta salvar os condutores, e depois que eles ficam prontos, dão algumas missões e depois os deixam livres.

— Parece ser uma coisa boa.

— Seria, parece que aqui eles lutam pela paz entre humanos e condutores.

— E qual o problema nisso?

— Que isso é apenas um sonho tolo, imaginar humanos e condutores vivendo em harmonia é só um conto de fadas.

— Então tu luta pelo que?

— Pela MINHA espécie, os condutores.

— Tu já ouviu falar no Cole MacGrath?

— Claro que já.

— E tu não concorda com o que ele fez?

— Não e sim.

— Mas ele ajudou sua espécie.

— E ajudou o inimigo.

— Por que tu vê os humanos dessa forma?

— Por que tu não cala essa boca? – perguntou retoricamente, fazendo a conversa se encerrar e um longo silêncio surgir.

Os dois ficaram meio distantes um do outro, era um quarto até que espaçoso, com uma cama em uma parede cama na parede oposta, entre elas, duas cômodas e um tapete, na frente há uma pequena televisão de tubo, Lucky aproveitava o silêncio para poder observar o quarto, soltou um suspiro de tédio e se jogou de costas na cama.

— Foi mal, Lucky.

— Como sabe o meu nome? Tu lê mentes?

— Não, eu ouço a sua conversa com o Michael, o dono desse lugar.

— Então... Quais são as suas habilidades? – perguntou Lucky, que parecia estar bem interessado na resposta.

— Sou um dos condutores de metal...

— Ah, eu ouvi falar. – interrompeu Lucky energeticamente.

— Me deixa completar – disse Ross friamente, que pegou um pouco de ar, pois já sabia que Lucky faria mais perguntas – Também sou um condutor de vampirismo

— Pera, como assim?

— Já ouviu falar em vampiros – perguntou Ross, mas viu que a resposta nem importava tanto, então preferiu explicar direto – Eu sou quase que um, tenho uma forma de monstro, na qual eu mudo bastante e posso transformar meu braço em uma lâmina, prefiro deixar essa forma escondida, porque pode assustar meninas como você.

— Calma, tu é dois tipos de condutores?

— Pense em algo quase impossível de acontecer e multiplique por mil, e isso resultará em dois condutores que tiveram um filho, isso é ótimo.

— Pois é, ter duas habilidades...

— Não, não é só por isso, é que não tenho nenhuma célula humana, estou completamente livre daquele lixo.

— E lá vem o Ross “radical”

— Sabe os dois condutores que citei antes, aqueles que transaram e tiveram um filho? – perguntou retoricamente, então logo após concluiu – Eles eram meus pais, como tu deve ter descoberto sozinho se tem Q.I acima de 0, enfim, eles foram mortos por uma condutora.

— Idaí? Não deveria ter raiva dos condutores?

— Não, foram condutores que trabalhavam para o DUP, ou seja, trabalhavam para humanos.

— Ela é uma condutora...

— Que trabalha pro exército americano, que é formado por quem? HUMANOS.

— Tu é meio paranoico com isso de humanos e condutores.

— Tá, esquece isso, quais tuas habilidades?

— Sou um condutor de eletricidade.

— Mais um? Anda chovendo condutores deste tipo? – brincou Ross.

— Então, quando que é o treinamento?

— Imagino que seja as oito horas da manhã.

— E que horas são?

— Sete e cinquenta e dois com trinta segundos – responde Ross imediatamente.

— Como tu sabe? Nem olhou para algum relógio.

— Eu estava contando os segundos – falou seriamente, mas havia visto as horas há pouco tempo e apenas brincou, porém Lucky acaba não acreditando e soltando uma risada, porém quando vê que Ross falou de um jeito sério, para de rir e fala:

— Cara, tu é bizarro...

— Enfim, descobriu de que lado vai ficar?

— Como assim?

— Quando tu for sair daqui, vai ficar do lado dos condutores ou ao lado dos contos de fadas?

— Acho que dão nomes para o grupo que você participa, tais como “infames” ou “bioterroristas”, e o conto de fadas acho que se chama “heróis”.

— Chame do que quiser, mas de qual lado tu vai ficar?

— Essa guerra não é para mim.

— Então prefere viver sendo fudido pelos humanos?

— Só não há nada que eu possa fazer.

— Tem sim, Cole MacGrath tinha as mesmas habilidades que você e conseguiu matar todas as bestas de New Marais e derrotar a Fera, tu pode ser melhor que ele, e lutar SÓ pelos condutores.

— E tu pretende fazer o que para lutar pelos condutores? Matar todos os humanos?

— Não, vou começar pelos filhas da puta do DUP, principalmente pelos condutores traíras, então depois vou tentar inverter a atual situação dos humanos e condutores, eles sempre estão nos subjugando, somos executados todos os dias e por isso somos obrigados a viver escondidos, e é isso que quero mudar, e droga, são oito horas.

— Ok, vamos logo – diz Lucky, que logo após levanta e vai até a porta, aproveitando a deixa para tentar fazer Ross esquecer a pergunta que havia feito.

— Espere, só um minutinho – diz Ross, que vai até a cômoda e pega uma “jaqueta de jeans”, com uma gravura de uma caveira de um pássaro de asas vermelhas nas costas, usando uma camisa vermelha por baixo – Pronto.

Então os Lucky começa a seguir Ross, para poder chegar até a sala de treinamento que Ross havia citado, durante o silêncio da caminhada, Ross faz uma pergunta que não havia como não fazer.

— Cara, por que Lucky? Sabe que isso significa “sortudo”, né?

— Eu vim do Brasil, de uma zona pobre do Rio de Janeiro, lá algumas pessoas costumam dar nomes retardados pros filhos, como nomes americanos, que lá ficam feios, ou até mesmo palavras em inglês, mas é meio raro, se teu pai não for um drogado e sua mãe te largar com ele pra se prostituir, por isso fui adotado e me mudei para Washington.

— Ahh... Eu sou de Nova Jersey, deu, chegamos.

Ross então abriu a porta, mostrando uma ampla quadra de futebol de salão, havia sido abandonada, pois nos Estados Unidos futebol era um esporte pouco praticado, agora aquela quadra estava com sacos de boxe, alvos e tatames, todos estes estava sendo usados pelos condutores que estavam lá, naquele prédio habitavam cerca de trinta condutores e vinte estavam treinando na quadra, Lucky ficou admirando a imensidão da sala, era um espaço bem grande para um lugar que chamavam de “refúgio”, Lucky estava distraído com tudo aquilo e recebeu um amistoso soco no ombro.

— E ai, novato – disse Elisa com um sorriso estampado no seu rosto, aquele sorriso branco em conjunto com os cabelos da mesma cor, todo aquele branco dava um grande contraste com o azul de seus olhos, ela estava vestindo uma blusa de renda cinza com uma calça legging branca.

— Oi “Lisa”, este novato é o Lucky – diz Ross enquanto aponta a mão para o Lucky, Elisa e Lucky então se apertam as mãos e Ross continua andando pelo “ginásio”, Lucky então acelera o ritmo do seu caminhar e chega ao lado do Ross que diz:

— Tu tá afim dela né? – pergunta Ross, Lucky olha pra ele e faz um não com a cabeça seguido de um “hm hm” de não, então Ross comenta – Ainda bem, ela é o que chamam de infame, areia de mais pro teu caminhãozinho.

— Infames não são condutores meio “do mal”, aqueles chamados de bioterroristas?

— Não, são apenas condutores com ideais diferentes, são os que lutam pela sua espécie, sendo assim, eu sou um infame, mas ainda prefiro o termo “idealista”. Aliás, sabia que ela já trabalhou pro DUP?

— Tu já sabe que a resposta é não...

— Bem, que tal tu lutar contra o teu primeiro desafio?

— Beleza, contra quem eu luto?

— Comigo.


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Notas finais do capítulo

Bem, este foi o primeiro capítulo que fiz, espero que gostem, me digam no que posso melhorar, acho que exagerei nos diálogos, mas este é apenas o começo, deixem comentários com dicas para poderem me ajudar, obrigado e vejo vocês no próximo capítulo.



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