Alpha-Five escrita por DLeindecker


Capítulo 6
Tipo sanguíneo: O-


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, tarde, noite, madrugaa!
Hi peoples, tudo bem com vocês? Pois é, hoje é sabado, dia 01/08/2015, e que dia bom para postar um capítulo, não acham?!
As férias estão acabando, e Alpha-Five ainda não tem 10k de palavras! :( *morto*
Bom esse capítulo ficou bem legal, espero que realmente gostem. Boa Leitura!
Até as notas finais U.U



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Brasil, Nave Alpha-Five - laboratório médico - 15 de maio de 2021

— Você realmente acha que isso será necessário Rodolfo? - disse Maria Desenberguer, a mulher que cuidava da educação e da saúde na nave, também fazia parte da "Arca", logo depois de ter enfiado um cateter no meu antebraço esquerdo - Não creio que a radiação da Terra mudou muito, afinal tivemos uma guerra por água, não uma guerra nuclear!

— Por algum acaso, a senhora já esteve no pico de uma guerra, senhora Maria? - ele a respondeu, tentando trovar sua inteligência - A senhora pode não saber, mas se a guerra consegue mudar um home, imagine só que mudanças ela pode trazer para a sociedade que restou.

— Olha eu era professora de biologia, e tinha um mestrado em enfermagem, nunca vi casos de mudanças genéticas, por causa de algo que não envolva radiação.. - ela disse, terminando com uma leve pausa, tentando pensar bem no que iria dizer - Mas se você faz questão de fazer um teste sanguíneo, quem sou eu para duvidar do grande Toruk da Nação Dourada?

— Está bem você quer saber a verdade, não é mesmo? Eu vou te dizer a verdade, pois não gosto que nenhuma alma viva duvide de minhas palavras! - disse ele alterando o tom da voz, e se dirigindo para a porta do laboratório - Isso era para ser confidencial, poucas pessoas na Terra sabem disso, vocês teriam que ter ética suficiente para guardar esse segredo, como eu sei que todos aqui tem essa ética, eu vou contar. A guerra como você diz, não foi tão pacífica ao ponto de não ter radiação, ela teve, e muito, as últimas reservas de água potável, que existiam, foram contaminadas com mercúrio, e ele é altamente radioativo. Poderia ter matado todas as pessoas, que continuavam em Terra firme, mas não matou, as águas, por algum motivo, deixaram vivas apenas pessoas do tipo sanguíneo O-, ou seja, só poderei mandá-los para o Brasil se eles forem do mesmo tipo, pois ele só recebe dele mesmo, se eles precisassem de uma transfusão teriam como permanecer vivos. É por isso que eu preciso desses exames para ontem!

— Bom isso faz algum sentido! - a doutora Maria respondeu - Vou ver o quão rápido consigo mexer meus pauzinhos, para esse exame ficar pronto logo.

A conversa deles estava linda e maravilhosa, já meu antebraço estava horrível logo depois que ela retirou o cateter, parecia que o sangue não tinha coagulado, deixando uma imensa mancha roxa no meu braço, Mauricio tinha ficado do mesmo jeito. Nos dois não fazíamos a mínima ideia de qual tipo sanguíneo éramos, para falar a verdade era a primeira vez que nós dois tínhamos entrado no laboratório de enfermagem, nesses últimos 4 anos não tivemos nenhuma doença ou algo do tipo, talvez nem escutamos boatos de que tenha ficado doente. Também a outros boatos, que para A Arca evitar algumas doenças, eles lançam remédios líquidos, junto com o oxigênio que a nave jogava via dutos de ar, para podermos respira-los, evitando uma possível gripe, hepatite, ou qualquer doença que podia passar via ar.

Aquele lugar era muito parecido com os hospitais públicos que minha mãe me levava, quando ela estava viva e ainda morávamos em Brasília, digo parecido pois era um hospital igual, só que sem as precariedades dos hospitais públicos que o Brasil tinha. No hospital da nave tinha uma televisão de LED enorme, nem conseguia imaginar um hospital público com uma dessas. Na nave não havia sala de espera, você chegava lá e era logo atendido pelo médico, coisa que eu lembro que não havia no Brasil, se duvidava ficávamos horas e horas na fila, para sermos atendidas só no outro dia. E isso sim era uma coisa ótima da nave: segurança, ótima saúde, boa alimentação, desemprego zero, sem diferença social - éramos todos sobreviventes do mesmo naufrago.

Esse negócio de tirar sangue me deixou meio tonta, eles tiraram uma quantia razoável do meu lindo sangue "vermelho rubi", eu comecei a revirar meus olhos, e ficar pálida. Eu escutava as pessoas falarem em volta de mim coisas como: "nossa como ela está branca", "acho que ela vai desmaiar", "vá buscar um copo de água". Mas me ajudar que é bom.. nada. Eu comecei a sentir as pessoas colocando a mão em meus ombros e testas, nisso comecei a voltar ao normal, eu realmente não sabia o que tinha me dado.

— Eu já estou melhor, podem parar! - eu disse, tentando amenizar as coisas - Deve ter sido só uma queda de pressão, já estou melhor, só estou com fome.

Nisso eles me trouxeram um sanduíche de peito de frango e um copo de suco de laranja - que por sinal era horrível, tinha gosto ruim e estava muito aguado - Mauricio recebeu a mesma coisa, devia ser algum procedimento padrão. Eu estava com bastante fome para falar a verdade, o sanduíche não durou 2 minutos na minha mão e eu já tinha devorado tudo, pão, peito de frango, cenoura, alface, tudo. E ele era um legitimo sanduíche que só mãe sabe fazer, nem sei como tinha coisas assim para comer a nave.

— Está se sentindo melhor pequena gafanhoto? - perguntou Rodolfo, se escorando na minha cama e escondendo totalmente o Mauricio de mim, com aqueles músculos gigantes que ele tinha adquirido - Minha salvadora das Nações não pode ter uma queda de pressão na Terra.

— Eu nem sei se poderei ir! - eu respondi, com tristeza eu realmente gostaria de voltar para o Brasil - Nem sabemos se meu sangue é do tipo O-!

— Estou com um bom pressentimento, pode acreditar, um bom pressentimento vindo do Toruk é sempre coisa boa! - ele me disse, com um sorriso na boca - Vamos esperar os testes positivos chegarem, ai depois podemos voltar, nós três. Eu, você e Mauricio, o trio da Nação Dourada.

— Os exames ficaram prontos, só falta eu receber eles impressos, e isso não demorará muito, agora é só aguardar! - disse a doutora Maria, chegando no quarto, sorrateiramente - Acho que ainda da tempo de uma reza não é mesmo?

— Um Toruk não pode rezar aos céus, isso não é permitido pelas Nações, me desculpem, me tirem fora disso! - ele disse se afastando ao máximo - Eu realmente não posso!

— Você não está na Terra! - disse Mauricio puxando ele pela manga da camisa - Pode vir, os turcos não saberão disso!

— Não! - ele se exaltou, e puxou as manga de sua camisa para cima - Eu não vou querer ser morto por meu povo quando voltar para casa, não vou fazer isso, minha humanidade já é pouca, não adianta nada, Deus jamais irá me escutar de novo!

Aquela cena nos assustou um pouco, ele realmente tinha ficado com bastante raiva, as partes brancas dos seus olhos haviam ficado vermelhas, e ele colocava a mão na cabeça, e ia de um lado para o outro, tentando se acalmar.

— Viu doutora, a guerra muda demais um homem! - ele respondeu se virando para nós, mostrando que seus olhos haviam voltado ao normal - Eu fui geneticamente modificado pela Nação Vermelha, eles chamavam de experimento Gênesis Z, depois talvez conto mais sobre ele, agora só quero receber os exames!

Ficamos bastantes perplexos com aquilo. "Geneticamente modificado" são palavras muito fortes, para pessoas pacíficas como nós da nave, aquilo acabou ficando com um clima bem pesado na sala, mas isso logo foi quebrado quando os exames chegaram.

— Doutora Maria, aqui estão os exames dos respectivos pacientes. - disse o jovem enfermeiro, de cabelos ruivos e pele bastante clara - Os envelopes estão lacrado e só poderão ser abertos pelos respectivos pedintes do exame!

— Saia Denis! - ela ordenou o garoto - Acho que todos aqui sabemos sobre o procedimento padrão, não acha?!

O garoto nada falou apenas saiu da sala. Eles nos entregaram os envelopes. Eu e Mauricio estávamos lado a lado, o suspense estava bem pesado, aquilo realmente decidiria nossas vidas. Começamos a abrir juntos, lentamente. Quando estávamos, os dois, com os envelopes já aberto e com a cartilha na mão, eu li o do Mauricio e ele leu o meu, nos olhamos, e nos abraçamos.

— Infelizmente, nosso sangue é A+! - ele disse abalado, enquanto me envolvia forte no seu abraço, eu chorava parecendo um bebe - Não podemos sair daqui, nosso destino será morrer nessa lata de sardinha gigante!

Aquelas palavras realmente não estavam prontas para serem digeridas pelos ouvidos de Rodolfo, ele ficou com bastante raiva e saiu do laboratório gritando.

— E agora? - eu pedi, me soltando dos braços do meu namorado, e olhando diretamente para o rosto imóvel de Maria - A Terra continuará sem salvadores?


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Dizem ai nos comentários o que acharam do capítulo.
Espero que comentem, podem criticar (construtivamente é claro), podem elogiar, dizer o que falta, o que tem de mais, o que gostariam que aconteceria, everything!
Até os coments, ♥
PS: Não seja apenas um fantasminha camarada, comente, se é timidez que você tem, perca-a, somos todos iguais, vamos ser feliz, o que importa é ter saúde, o resto nós conseguimos conquistar ☺☻
Então até mais! 2 bejo no cora (♥), #FUI