Hunter - The Revenge escrita por HannahHell


Capítulo 2
Capítulo 1.




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-Adeus vovó, adeus vovô - me despedi sentindo algumas lágrimas correrem meu rosto enquanto os abraçava.

 

-Adeus não minha querida - vovó me olhou com ternura e beijou o topo da minha cabeça - até logo.

 

Sorri para eles e entrei no Porsche preto, fechei a porta e abri a janela - Até logo! Amo vocês! - gritei acenando enquanto o carro saía da fazenda.

 

-Então, Vincent. Como vamos para a Europa? - indaguei me acomodando melhor no banco.

 

-Vamos viajar de carro até Nova York e depois pegaremos um navio no porto - ele respondeu enquanto colocava seus óculos escuros e olhava para a paisagem pelo vidro escuro da sua janela.

 

-Por que não de avião? - minha ansiedade era tanta que com certeza não aguentaria uma longa viagem de navio.

 

-Porque você ainda está sendo caçada - Vincent respondeu - e será mais perigoso ainda, especialmente depois da sua aparição no baile. Alguns nobres ainda querem acabar com uma das melhores caçadoras.

 

-E qual o problema do avião?

 

-Nossa viajem entra no sistema e quando chegarmos lá teremos uma grande recepção nada amigável nos esperando - ele explicou - quero que pensem o máximo possível que você está aqui.

 

-E como viajar de navio não vai entrar no sistema?

 

-No que vamos viajar, pode ter certeza que não vai entrar - ele contou com um ar misterioso que me deixou mais curiosa do que nunca.

 

-E você só vai me explicar no último minuto, certo?

 

-Vejo que está pegando o jeito - comentou com um sorriso cínico.

 

Quando o silencio se instaurou o sono começou a chegar, e antes que eu pudesse ter percebido acabei dormindo.

 

Quando acordei já era noite e o carro estava parando - Por que estamos parando?

 

Vincent apenas acenou para o retrovisor onde podiam-se ver as luzes de um carro de polícia. Os gêmeos pararam no acostamento e saíram do carro.

 

-Belle, não importa o que acontecer não saia do carro e se eu falar 'Fuja' você vai pegar o carro e fugir - Vincent ordenou sério e eu apenas acenti com a cabeça antes dele sair do carro.

 

Ouvi o barulho das portas sendo trancadas e me sentei no lugar em que Vincent estivera sentado até poucos minutos atrás. Estava escuro, a luz mais próxima não iluminava o suficiente e as luzes do carro de polícia estavam apagadas. A escuridão era ampliada mais ainda pelo vidro escuro do carro, mas eu conseguia ver e ouvir o suficiente para entender o que estava acontecendo.

 

Estavam longe do carro, os gêmeos falavam com dois policiais e Vincent com mais um, que parecia ser o líder. Falavam tão baixo que não conseguia ouvir o suficiente para formar frases com sentido. E pelos gestos pareciam estar discutindo.

 

O que falava com Vincent veio na direção do carro, mas Vincent foi mais rápido, ficando na frente dele encostado na porta que eu estava.

 

-O que você quer com meu carro? - Vincent perguntou sério.

 

-Já disse, eu quero a caçadora - o policial respondeu - saia da frente e não o machucarei.

 

-Eu já disse, a caçadora não está aqui - Vincent vociferou com tanto perigo na voz que fez o policial recuar e eu me arrepiar.

 

Todos nós sabemos que ela está dentro desse carro - o policial comentou com escárnio - seja obediente e a entregue, ou - antes que Vincent pudesse processar o policial o empurrou contra a porta do carro e o segurou pelo pescoço.

 

-Fuja - Vincent arfou - agora, fuja.

 

No susto me sentei no banco do motorista, a janela onde Vincent estava ameaçava quebrar a qualquer instante cada vez que o policial o empurrava contra ela. Vi a chave na ignição e liguei o carro. Coloquei na primeira marcha, mas não consegui pisar no acelerador.

 

-Vá te vejo mais tarde - Vincent garantiu. Depois tudo aconteceu muito rápido, ouvi a janela trincar, senti meu pé pisando com força no acelerador e senti o carro andando. Eu não conseguia olhar para trás, parecia que havia uma trava no meu pescoço que me mantinha olhando sempre para frente.

 

Vincent era um nobre, com toda certeza iria conseguir se livrar deles com um estalar de dedos, mas porque ele queria tanto que eu saísse? Esta questão está muito mal explicada. E eu quero uma boa explicação para isso.

 

Depois de andar alguns quilômetros percebi, que o contador de gasolina já estava n reserva. Isso não é nada bom. Nessa estrada com pouca iluminação e só plantação dos dois lados, provavelmente não deve ter nenhum posto próximo. E a cidade mais próxima está à pelo menos meia hora, sendo muito otimista. Talvez se eu seguisse em frente acabasse por dar sorte e encontrar um posto de gasolina.

 

O carro não andou nem quinze quilômetros direito e já começou a falhar, foi apenas eu colocar o carro no acostamento, que alguns metros depois ele parou definitivamente.

 

-Seu grande amontoado inútil, anda logo - socava o volante com uma mão e tentava fazer o carro ligar com a outra, na esperança de conseguir fazer o carro voltar a andar, mas nada disso deu certo.

 

Agora eu estou numa estrada escura, com um carro de rico que pede, por favor, para ser assaltado, esse mesmo carro não anda, eu estou sozinha só com plantações do meu lado e a escuridão da noite como companhia.

 

Saí do carro e olhei ao meu redor, a rua estava deserta e não havia sinais de carros, vindo ou indo.

 

As únicas coisas vivas ao meu redor eram os pés de milho. Minhas opções eram duas e bem simples: Continuar a pé ou ficar aqui esperando alguém aparecer e pedir ajuda.

 

Com vampiros infiltrados até na polícia, nada me garante que se alguém aparecer esse alguém não seja um vampiro, porém se eu continuar a pé Vincent ficaria muito preocupado ao ver o carro parado e nenhum sinal de mim. Provavelmente é melhor eu ficar.

 

-Ora, não sabia que é perigoso ficar à toa no meio de uma estrada deserta, especialmente de noite e sendo uma garota? - uma voz masculina chamou minha atenção. Virei e me deparei com um cara alto saindo da plantação à minha frente. Não conseguia dizer ao certo a cor de seus olhos ou cabelos, pois estava escuro demais para definir cores. Ele se aproximava lentamente.

 

-Não se aproxime! - vociferei dando um passo para trás encostando-me no carro.

 

-Por quê? O que uma garotinha como você pode fazer a mim? - ele se aproximou mais, agora estava à menos de um metro e meio de mim.

 

-Acredite eu sou bem mais forte do que pareço -  avisei me preparando mentalmente para lutar. Era uma área planam então teria de ser uma luta mais corporal.

 

-Sabia que você parece muito com uma pessoa que eu estou procurando? - ele comentou se aproximando mais - Anabelle Stevens, você conhece?

 

-Claro que conheço - me aproximei até ficar numa distancia suficiente para conseguir chutá-lo - eu sou ela - e antes que ele pudesse perceber o chutei bem na boca do estômago. Enquanto ele dava alguns passos para trás e recuperava o fôlego, corri na minha velocidade sobrehumana e lhe dei um chute nas costas. Ele deu alguns passos para frente e novamente antes dele se recuperar dei-lhe uma joelhada na lateral do corpo. Ele perdeu o equilíbrio e caiu. Afastei-me alguns passos para ele poder se levantar.

 

-Você até que é rápida caçadora - ele comentou se levantando lentamente - aquele nobre te transformou e não contou para ninguém?

 

-Não, isso se deve à ciência, eu ainda sou humana - respondi e voltei a atacá-lo, mas dessa vez ele conseguiu desviar de todos meus ataques e tentou me atacar, sendo igualmente defendido.

 

Na primeira brecha que achei acertei-lhe uma joelhada na região do diafragma e quando ele se curvou, dei-lhe uma cotovelada na nuca que o fez cair novamente.

 

-Você é bem fraquinho - comentei rindo - porque não levanta logo para eu acabar com você de uma vez?

 

-Belle pare de brincar com este fracote - Vincent chamou minha atenção e eu senti suas mãos em meus ombros.

 

-Mas Vincent, eu ainda nem comecei.

 

-Eu sei, mas é melhor parar - Vincent respondeu - Stephen o que te trás aqui?

 

-Você sabe muito bem, Alex quer 'conversar' com a sua protegida - Stephen contou ironico.

 

-Pois diga ao meu irmão que ela é minha - Vincent disse num tom sério - e diga também que ele pode parar de caçar algo que não vai durar muito tempo.

 

-Certo - Stephen deu de ombros e voltou para a plantação de onde viera desaparecendo de vista segundos depois.

 

-Vincent, o que você quis dizer com "algo que não vai durar muito tempo?" - perguntei o encarando.

 

-Te explico depois agora temos que ir - ele se virou e parado na frente do Porsche estava o carro de policia.

 

-O que significa isso? - eu parei e o encarei enquanto ele abria a porta do carona.

 

-Calma, os gêmeos estão dirigindo - ele falou rindo - vamos, entre.

 

-Não, até você me explicar o que está acontecendo eu não entro em nenhum carro - cruzei os braços e permaneci parada.

 

-Olha, eu vou te contar, mas você vai ter de entrar no carro - ele barganhou com a voz cansada.

 

-Certo - entrei no carro e vi os gêmeos nos bancos da frente esperando para poderem começar a andar.

 

Vincent se sentou e fechou a porta e logo após o carro começou a andar - Stephen é o 'filho adotado' do meu irmão - ele contou.

 

-Não interessa, você tem sérias explicações para dar.

 

-Tudo à seu tempo, criança - ele colocou a mão na minha cabeça e eu senti uma súbita vontade de dormir - tudo a seu tempo - foi a última coisa que ouvi antes de adormecer.

 

  


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Notas finais do capítulo

Eis o primeiro capítulo dessa segunda parte. Bem espero que vocês gostem.
e não se esqueçam das reviews



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