O idiota dos meus sonhos escrita por Little Girl


Capítulo 46
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeeeee... Advinha quem voltou com uma nova RE-CO-MEN-DA-ÇÃO, MORRI. OBRIGADO "GAROTA ANONIMA". Estava sem saber o que colocar no capitulo, mas eu amei tanto a recomendação que escrevi o capitulo novo.

OBRIGADA a quem comentou
*Elizabeth nick
*Raura4ever
*Jujardim2015
*GarotaAnônima
*Cainne Pattinson
*Juliana Lorena

Aproveitem o capitulo!



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Pov Ally 

Depois de ouvir a porta bater despertei do meu sono e vi o recado que Austin havia deixado e mexi em seu celular. Quando desbloqueei dei de cara com a mensagem do Abe, meu mundo veio ao chão mais uma vez. Austin havia ido embora. Olhei o horário da mensagem e corri para impedi que ele fizesse uma loucara, mas foi tarde demais. Ver Austin, o meu Austin, ir embora naquele carro preto me fez querer morrer.  

 Levantei do chão molhado enquanto a chuva me molhava mais. Relâmpagos me davam medo, mas naquele momento eu não ligava. Eu queria que uma raio caísse em minha cabeça e acabasse com todo esse sofrimento. 

 Cheguei ao condómino onde o ruivo estava morando e logo liberaram minha entrada. Toquei a campainha e a loirinha abriu. Olhei para Carrie que tinha os cabelos presos e um robe em seu corpo. 

—Ally? Ally, o que aconteceu?- perguntou Carrie- Dez corre aqui.- gritou. 

O ruivo veio correndo até a sala e se assustou ao me ver naquele estado. Molhada, derrotada e chorando.  

—Céus Ally, o que aconteceu? 

—O Austin, Abe levou o Austin. 

 Corri em encontro com o ruivo e ele me abraçou não ligando se eu estava molhada.  

—Ally, me conta isso direito.- disse Dez desesperando se afastando apenas para me olhar. 

—Abe mandou uma mensagem para Austin pedindo que ele o encontrasse naquele parque perto da casa do pai dele. Ele prometeu na mensagem que ele veria nossa filha e sua mãe novamente. E Austin foi. Me acordei a tempo de ver Austin sair com seu carro, então peguei o meu e fui atrás. E-eu cheguei tarde demais. - solucei e voltei a abraçar Dez, e logo o ouvir fungar, ele também chorava. 

—Dez eu liguei para Bennett, ele está vindo buscar a Ally.- disse Carrie.- Ally, vem trocar essa roupa molhada.  

 Não falei nada apenas concordei e fui atras de Carrie que me emprestou um blusão e um short regulável. O blusão ficou enorme em mim por Carrie ser mais alta. Não demorou muito para que Mad, Mike e Bennett aparecessem.  

—Eu vou matar o Abe.- disse. 

—Não, você não vai.- disse Mad chorando ao meu lado. 

—Sim, eu vou. Eu vou mata-lo com a própria arma, vou atirar em sua cara. 

—Ally você tem que ir para casa e descansar.- desse Bennett.  

—Tudo bem.  

 Mike me levou para casa. 

—Você sabe porque ele levou o Austin, não sabe?- disse Mike parado em frente a minha casa.  

—Sim, eu sei. Ele quer ver a gente sofrer. Primeiro a Mimi, depois minha filha e agora o Austin. Eu quero mata-lo Mike. Eu vou. 

 Sai do carro sem falar mais nada e fui até a minha casa. Fui até meu quarto e logo a tristeza bateu. O cheiro de Austin invadiu minhas narinas e eu cai no choro. 

 Eram cinco da manhã. Peguei o celular do Austin e logo encontrei o número dela. Não demorou muito para atender. 

—Alô.- disse com a voz sonolenta. 

 Respirei fundo para engoli o choro. 

Brooke? Eu...- Respirei fundo-Eu preciso da sua ajuda. 

—Ally? Bom, é até estranho te ouvir falando essa frase, o que aconteceu? 

—Seu pai pegou o Austin e minha filha, eu não sei mais o que faço.— já estava começando a chorar de novo. 

—Oque? Nossa, ele fez isso? Olha eu estou em casa, em Nova Iorque. Posso procurar por aqui... 

—Não, Brooke você não entendeu, ele pegou minha filha. Me ajuda, por favor. 

Ouvi o barulho quando ela levantou. 

—Você quer que eu faça oque? 

—Investigue seu pai, o siga. 

—Ally... Tudo bem, eu vou fazer isso. Só toma cuidado, eu não estou mais conhecendo ele. 

—Ele pegou minha filha, Brooke. Eu quero o sangue dele, e quero em minhas mãos. 

—Ally, por favor. Ele vai te matar.  

—Só, por favor, o siga. Descubra onde minha filha está. 

—Tudo bem. Eu estou indo para o Brasil amanhã, vou passar um temporada por lá. Hoje ainda dou algum retorno. 

—Obrigado. 

—Tudo bem, te devo essa por tudo o que fiz com vocês. Tchau. 

 Não tenho tempo de responder, porque ela já havia desligado. Me joguei na cama e me encolhi, lagrimas descem dos meus olhos. O cheiro de Austin nos lenções me embala e eu choro com mais força. Eu quero o Austin, eu o amo, ainda pretendo viver a vida com ele.  

 Fechei os olhos e orei, não costumo ser religiosa, mas eu agora orava aos céus para me devolver minha filha e meu namorado. Ainda com lagrimas nos olhos acabo dormindo. 

… 

 Estou em um avião a caminho de Nova Iorque. Olho através da janela e vejo todas aquelas nuvens, parecendo algodão. Olho a hora mais uma vez não se passava das seis da manhã.  

 Ontem fui despertada com uma mensagem da Brooke onde tinha o endereço. Ela viu Austin, Mimi e Lucy, disse também que tinha a irmã do Austin, não entendi muito bem. Segundo ela tem um jeito de entrar por trás da casa, lá ela me mandou um mapa detalhado. 

 Não demorei muito para vim. Comprei passagem e fiz as malas. Tomei um banho e coloquei uma calça preta, uma bota preta e uma camisa xadrez vermelha e preta que ia até um pouco antes da metade da coxa. Como estava no fim do ano, já nevava em Nova Iorque, então pendurei um casaco preto na cintura e fui direto para o aeroporto, sem ao menos avisar aos meus pais. As duas e meia da madrugada, peguei o voo.  

 Era sete da manhã quando cheguei a um hotel. Apenas deixei minhas coisas e sair, sem levar nada. Andei palas ruas de Nova Iorque a procura do canto mais perigoso, eu precisava de uma arma e se isso significava arriscar minha vida eu iria, agora tudo valia. Não tive sucesso algum, bom o que eu pensava que acharia um traficante no meio da rua oferecendo arma? 

 Fui até o local indicado por Brooke, e cheguei a uma casa caindo aos pedaços. Não vi segurança alguma até duvidei que alguém estivesse lá.  

 Como a Brooke mandou fui pelos matos até chega na parte de trás da casa. Lá tinha uma escada que dava para porão da casa. Entrei com um pouco de dificuldade. Encontrei a pequena porta, onde só passava abaixado. Fui até a caixa de ferramenta e peguei a chave que estava em baixo, ao lado da caixa tinha uma faca, velha e enferrujada, então eu peguei e entrei. Agradeci mentalmente a Brooke mais uma vez. 

 Quando entrei vi o subterrando luxuoso, cheio de portas brancas. Abri cada uma, com o coração na mão e com sangue gelado a cada uma que abria. Em uma porta aleatória quase morro, meu Austin estava deitado em um colchão com sangue no rosto. Escorrendo por sua boca e de um corte profundo em sua sobrancelha. Corri até ele. 

—Austin, Austin acorda, por favor.- chamei baixo. 

—Ally? Eu... Eu estou sonhando?- disse abrindo os olhos. 

—Não, não está eu vim te buscar. 

 Austin não falou nada, apenas me abraçou e me beijou. Seu beijo tinha gosto de sangue, seu cheio era de ferrugem.  

—Você não deviria ter vindo. 

—Eu sei...- não terminei pois Austin logo voltou a falar. 

—Eu ouvi o choro dela, amor eu ouvi.- Disse perturbado. 

—Vamos atrás dela. 

—Sim, vamos. Eu sei bem onde ela está.  

 Austin pegou em minha mão e me guiou corredor a dentro. Não demorou muito até estarmos abrindo a ultima porta. Minha filha estava lá, ela e uma menina loirinha. Lucy estava acordada brincando com uma boneca ao lado da menina loira.  

—Mamãe, papai.- chamou Lucy, a menina loira virou e me olhou, depois olhou para Austin. 

—Você é o Austin?- perguntou a garota, Austin apenas assentiu. Ela correu e abraçou ele na mesma hora em que eu corri e peguei Lucy nos braços.- Por favor, me tira daqui. 

—Tudo bem, tudo bem. Eu vou tirar.- disse Austin com uma expressão confusa. 

—A mamãe está com o Abe.- disse a menina. 

—A mamãe?- perguntou Austin confuso. 

 Nessa hora vejo a porta abri e Abe entra com Mimi.  

—Como você entrou aqui?- gritou Abe.   

 Mimi por sua vez, correu a abraçou a loirinha e veio para o meu lado. Austin ficou em frente a todos nós. Eu não vi quando Abe sacou a arma e apontou para Austin.  

 -Olha só falta o Mike para a festa está completa.  

—Por que fez isso, Abe?- perguntei abraçando minha filha bem forte.  

—Porque eu odiava o Mike por ter pego o Mimi de mim. Eu e Mimi éramos namorados quando o pai a dela resolveu que ela se casaria com o Mike. Eu já a amava muito. Fiquei com muita raiva quando soube. Depois de um tempo soube que Mimi teve Austin, minha raiva aumentou.  O pirralho loirinho que eu via Mimi dar amor era para ser meu filho. Eu observei cada dia da vida de vocês até que Mike foi para Miami. – ele sorriu seco- Eu queria minha Mimi de volta e consegui. Dois meses depois descobri que Mimi esperava outro filho dele, então eu quis ver Mike sofrer. Ele nunca iria saber da existência dessa filha. 

 Austin olhou para a garota e depois olhou para a mãe que apenas assentiu. Aquela garota era irmã do Austin, minha cunhada. 

 -Um dia eu estava em Miami visitando um cliente no shopping, até que vi vocês dois- ele apontou pra mim e Austin- Ele te olhava e os olhos dele brilhavam, então eu vi a chance de fazer o mesmo que ele fez com a Mimi com a filho dele. No mesmo dia propus casamento ao filho dele e uma boa quantia em dinheiro, Mike aceitou sem pensar duas vezes. Eu iria matar Ally quando você, Austin estivesse em um nível elevado de amor, faria você sofrer, igual a mim e de quebra pai também iria sofrer por ver o filho tão tristinho por culpa dele- Abe gargalhou alto.- Mas então, Ally me investigou e estragou tudo- gritou assustando Lucy e a irmã do Austin.- o resto da história vocês já sabem.  

 -Seu desgraçado.- gritou Austin.  

 Não percebi quando Austin foi para cima de Abe. Eles trocaram socos, mas logo Austin estava por baixo em quanto recebia socos de Abe. Passei Lucy para Mimi e tirei a faca das costas. 

—Abe.- gritei chamando sua atenção com as mãos nas costas.- Faço uma troca, minha vida por todos salvos.  

—Troca ridícula.- disse levantando. 

—Eu não acho. Eu te destruí. Você na sociedade é um nada, apenas um lixo um homem sujo. Você é procurando pela polícia e adivinha de quem é a culpa? – Ele me olhou um raiva- Sim, minha, apenas minha. 

—Eu vou matar você,  eu vou matar todos. – gritou Abe vindo em cima de mim.   

 Ele levantou e corre até mim com a arma na mão. Tirei a faca das costas e enfiei na barriga dele, duas vezes, e logo ouvi um disparo. Eu vi quando Abe caiu no chão, vi quando Austin chutou em sua cabeça até que ele desmaiou. Levei a mão a minha barriga e olhei para minha mão, cheia de sangue, o meu sangue. 

 -Austin.- chame o loiro que me olhou. 

 Ele olhou para minha mão e viu uma camisa grudada em minha pela por causa do sangue, ele entrou em desespero.  

—Não, por favor, não. – disse chorando.  

Ele correu e me segurou evitando que eu caísse no chão. Com cuidado me deitou no chão.   

—Ele atirou nela.- disse Austin- Ele... Ele... 

—No bolso do casaco- disse com dificuldade.  

 Austin pegou meu celular no bolso do casaco e informou a senha de acesso para sua mãe e pediu que ela chamasse a polícia e uma ambulância. 

—Amor... 

—Ca.. casa comigo?- pedi a Austin, ele sorriu entre as lágrimas de desespero. 

—Caso, eu caso meu amor. 

—Que bom.- disse sorrido fraco. 

—Ally seja forte. 

—Eu sou... Desculpa por esta melando você se sangue.- ele balançou a cabeça chorando. – Austin, me beije.  

 E ele me beijou. Forte. Suas lágrimas salgadas estavam misturadas com o sangue da sua boca. 

—Cuida Lucy.- pedi. 

—Não, eu não vou. Você vai sobreviver para cuidar dela.  

—Vou?- disse sentindo meus olhos fecharem, mas logo abri com dificuldade.  

—Vai.- disse Austin segurando minha mão. 

—Eu t-te amo.- apertei sua mão quando senti a dor forte. 

—Eu te amo muito mais. Só não feche os olhos, por favor.  

 Sorri.  

—Eu não vou. Só acho que preciso dormir um pouco.  

—Não, você não precisa não. – senti meus olhos ficando pesados.- Ally, por favor amor.- gritou Austin, me abraçando e encostando sua testa na minha.- Por favo, não morre pequena. 

—Era você,  sempre foi v-você meu idiota,  eu sonhei com você me chamando d-de – respirei para tentar aliviar a dor- pequena. 

 -Ally, para de falar.- pediu soluçando.  

—Eu te amo meu idiota, eu te... 

 Logo tudo ficou escuro. 


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Notas finais do capítulo

Comentem :)
Até mais...