Os passos ecoavam pelo corredor escuro e abafado, com diversas portas resistentes e praticamente inquebráveis.

A mulher andava de postura erguida, o jaleco branco perfeitamente passado recaia-se perfeitamente em seu corpo magro, ela era acompanhada por dois homens de cargos importantes que quais ela simplesmente não se importava.

No final do corredor, uma porta escura se destacava das outras, que eram brancas como papéis.

–Chegamos - disse um dos homens, então ele abriu a porta.

O escritório era grande, gigantescas estantes de livros se encontravam nas paredes. Uma mesa de madeira polida estava no meio da sala, e atrás dela, sentado na cadeira de couro. Estava Ele.

Ele não havia mudado nada desde a última vez que ela o vira, anos antes.

–Dra. Kaelirv - ele disse - O que me dá o... Prazer de tê-la aqui?

Ela respirou fundo, e ajeitou os óculos no rosto.

–Senhor, ele acordou. - ela avisou.

O homem levantou-se com o susto.

–Quando? - perguntou.

–Esta manhã, senhor - Kaelirv falava - Às sete horas e vinte e um minutos.

–Onde ele está?

–Ainda no laboratório, senhor.

Ele olhou para o chão, apertando os dedos em sua cadeira. E então suspirou.

–Leve-me até ele.

§

O coronel olhava para os adolescentes com nada que não fosse tédio, todos eles estavam apreensivos e nervosos sobre a viagem temporal.

Patético, pensou.

Ele chamou a atenção de todos os presentes, pigarreando.

–Como eu disse, essa é nossa máquina – ele inclinou a cabeça para a grande maquina branca – Vocês irão viajar com seu grupo por ela, mantenham-se juntos, não quero ninguém morrendo – o coronel sabia que aquilo era muito pouco provável, ele sabia que pessoas iriam morrer, devemos manter a pose, não? – Para vocês se transportarem, vocês deverão encontrar relógios, que são exatamente como estes:

O coronel tirou um relógio de sua jaqueta, ele era do tamanho do seu punho, era dourado e parecido com os relógios considerados clássicos, mas era o objeto mais moderno que existia no mundo inteiro.

–Quando encontrarem o relógio, o ajuste na hora aproximada do local onde estão, ele vai leva-los para o próximo destino. Chegando lá, o relógio vai se abrir e liberar uma pista para o próximo relógio.

A menina – Macy Evans – Abriu a boca para falar algo, mas o coronel a cortou.

–Senhorita Evans, será que poderia esperar o término das instruções? – ele a olhou com raiva, e ela deu-lhe a língua, mas foi logo repreendida por um soldado próximo, que a beliscou no ombro.

–Ai, Caramba! – ela gritou.

O coronel suspirou e continuou.

–Nós Injetamos um dispositivo em vocês, o kley, além de servir para a medição de batimentos cardíacos, ele ajudará na tradução dos idiomas no passado, que certamente passaram por mudanças. Isso é tudo, Boa sorte.

–Você trata isso como se fosse um jogo. – Macy falou, enfim.

–Isso é uma missão, Senhorita Evans, Se eu fosse você, a levaria mais a sério.

Então, ela se calou, e o coronel dirigiu-se para fora da sala, onde ligaria a máquina.

§

O que estava acontecendo? Tudo estava borrado em sua visão.

Ele sentiu uma picada em seu braço, depois em seu ombro, algo o machucava em seu pulso.

Uma porta abriu, ele ouviu passos, a visão continuava borrada, Há quanto tempo estava ali mesmo?

–Olá, meu caro. – ele ouviu uma voz, era conhecida, masculina, ele não se lembrava de onde ela vinha – Bem vindo de volta.