A Prometida escrita por Temperana


Capítulo 17
If you marry me


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos!
Esse capítulo é bem rápido e somente breve mudanças foram feitas. Está certo, tem várias mudanças, mas são coisas simples.
Se leram o título do capítulo já sabe que parte é essa que será retratada. Exatamente essa que vocês estão pensando.
Quero agradecer pelos comentários. Procurarei responde-los queridos. Agradeço por todo o carinho que recebo de vocês. Até as notas finais...



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Valka nos mostrou tantos lugares, tantos truques com dragões e até que a definição de refeição nossa era bem diferente da dela. Nela havia tantos traços de Soluço que chegava a ser assustador.

Ela mostrou a Soluço como ativar novas escamas em Banguela e acabou ajudando aqueles dois loucos em suas manobras suicidas.

Valka era mais parecida com Soluço do que eu poderia imaginar.

–Aqui eu não sinto fome, não sinto frio, eu me sinto... – Valka começou.

–Livre – Soluço completou e eles se entreolharam sorrindo.

–Porque é assim que é ser um dragão Soluço.

E dá para imaginar que ele quis mostrar uma das suas manobras especiais. Travar a cauda de Banguela, saltar dele e ativar o seu equipamento de voo.

Um dia ele vai se matar...

E a cada momento que eu via Soluço sorrir e quando pela primeira vez ele abraçou a sua mãe... Sinceramente sentia uma felicidade enorme em meu coração.

–Soluço me contou sobre os seus pais – ela me disse, enquanto Soluço observava Pula Nuvem, um pouco distante de nós. Sempre interessado em novos dragões. – Sinto muito por tudo, eles foram ótimas pessoas. E quero que você saiba que você pode ver uma mãe em mim se esse for o seu desejo. Quero agradecer por tudo que fez por ele. Tudo que eu não fiz como mãe. Você foi a melhor coisa que aconteceu para ele. E agora eu quero te ajudar. Quero ser sua mãe também – ela me diz.

Várias lágrimas rolaram dos meus olhos e ela me abraçou. Senti naquele abraço todo o carinho de mãe que eu poderia sentir.

–Obrigada dona Valka. A senhora não sabe como é bom sentir isso de novo. Sentir esse carinho.

–Querida – ela olhou em meus olhos. – Primeiramente não me chame de senhora – eu ri. – E saiba que não tem nada a agradecer.

–Senhoritas – Soluço chegou ao nosso lado. – Tudo bem? – ele olhou preocupado para as minhas lágrimas.

–Claro que sim – eu digo as enxugando. – Assunto de mulher Soluço, você não entenderia - nós rimos da cara que o Soluço fez.

–Vocês vão unir-se e fazer um complô contra mim – ele disse, e isso provocou mais risadas.

Soluço perdoou sua mãe e não precisou de esforço para isso.

*****

Nós voltamos para o Santuário e Valka levou os dragões para dentro. Eu me sentei na grama e observei cada detalhe dele. Soluço e Banguela foram um pouco para a borda do Penhasco.

Ele voltou e se sentou ao meu lado. Eu encostei minha cabeça em seu ombro e fechei os meus olhos. A presença dele era muito boa para mim.

Eu sinto mãos taparem a minha boca e me levantarem do chão. Eu tentei gritar e Soluço levantou-se em um pulo, com a espada flamejante dele ativada.

Por fim ele a baixou.

–Pai? Você está louco? – Soluço perguntou.

–Fiquem quietos, nós viemos buscar vocês – ele diz enquanto me solta.

Soluço me abraça. Ele sempre fica preocupado comigo, por qualquer coisa.

–Você me assustou Stoico – eu digo irritada. – E que história é essa de nós?

–Barra limpa – Bocão surgiu em uma das aberturas da caverna.

Nós tivemos que seguir Stoico e Bocão pelo caminho para o lado de fora da caverna. Soluço tentava explicar a Stoico que tinha algo muito importante a dizer, mas ele não o escutava.

Típico.

De repente Bocão parou de caminhar. Stoico empunhou o seu machado.

–Acho que você vai querer lidar com isso sozinho – Bocão disse a Stoico.

–Pai! Por favor, abaixa essa arma – Soluço tentou. Ele também sabia que era Valka.

Stoico parou e perdeu a fala ao ver Valka. Sua arma caiu no chão e ele tirou o seu elmo, também o jogando no chão. Valka respirou fundo e o encarou.

–Eu sei o que você vai dizer Stoico. Que eu devia ter voltado. Voltado para você e para o nosso filho. Mas que prova você me deu que poderia mudar? Que todos poderiam? Eu tentei tantas vezes argumentar, mas você não me ouvia.

Valka dizia, mas Stoico, silenciosamente, se aproximava dela. Ela recuou até uma grande estaca de gelo, encurralada nela por Stoico.

–Vai em frente Stoico. Berre, grite, diga alguma coisa!

–Você está tão linda quanto no dia em que a perdi – ele disse.

Stoico a beijou. Eu levei minhas mãos a boca. Soluço sorriu ao meu lado e vi uma lágrima escorrer de seus olhos. Ele me abraçou e eu acariciei seus cabelos. Era o que ele sempre quis. Ver seus pais juntos novamente.

*****

Valka finalmente nos deu a comida de verdade. Todos nós riamos com as histórias que Bocão contava sobre a comida de Valka. E eu via apenas Stoico a observá-la encantado e apaixonado.

De repente um silêncio instalou-se. Soluço sentou-se ao meu lado. E Stoico começou a assoviar uma melodia muito linda. Eu e Soluço nos entreolhamos. E Stoico começou a cantar.

No mar bravio navegar

Sem medo do perigo

E as ondas eu vou enfrentar

Se comigo casar

E nem o frio ou o calor

Será uma ameaça

Se me entregar seu coração

E então...

Stoico olhava para Valka com ternura. Parece que ele esperava que ela se lembrasse da música. Parece que deviam cantá-la juntos. E então ela começa a cantar.

Eternamente me amar

Meu lindo ser, meu grande amor

É lindo o que me fala

Mas nada mais preciso ter

Quando você me abraça

Stoico e Valka começam a cantar e a dançar juntos. Uma dança divertida e harmoniosa. Eu olho para Soluço que sorri e levanta-se, oferecendo sua mão para que eu dançasse com ele.

Eu rio e lhe dou minha mão. Começamos a imitar os passos de Stoico e Valka. Rimos muito e nos divertimos muito.

Anéis de ouro vou lhe dar

E lindos versos vou cantar

E então eu vou lhe proteger

E ao seu lado vou estar

Anéis de ouro são ilusão

Eu quero mais que uma canção

Preciso segurar sua mão

Pertinho assim de mim

Eu vou te beijar, vou te amar

Dançar, dançar e sonhar

Na alegria ou na tristeza

Sempre vou te amar

No mar bravio navegar

Sem medo do perigo

E as ondas eu vou enfrentar

Se comigo casar

Eu e Soluço nos abraçamos ao término da canção, assim como Valka e Stoico. A canção era linda. E pelo o que eu entendi, foi o que Stoico cantou para Valka quando a pediu em casamento.

–Pensei que eu teria que morrer para dançar isso com você novamente – Stoico diz.

–Ora, não precisa de nenhuma medida drástica – Valka diz e eu e Soluço nos entreolhamos sorrindo.

Eu me perdi nos olhos verdes de Soluço e ele pareceu hipnotizar-se também. Ele acariciou meu rosto com suas mãos e eu fechei os meus olhos. Seu toque suave e doce. Sinto seus braços ao redor do meu corpo em um abraço. Retribuo-o e sorrio.

–Sim – escuto Valka dizer. – É claro que sim.

Eu e Soluço olhamos para os dois. Parece que teríamos uma nova habitante em Berk. E vários novos dragões. Nos juntamos em um abraço.

Mas de repente Banguela olhou para a abertura da caverna. Automaticamente seguimos o seu olhar. Milhares de dragões voando do lado de fora.

Era Drago. Ele estava chegando. E iríamos lutar contra ele. Defender os nossos.


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Notas finais do capítulo

Ah tive que fazer Astrid e Soluço dançarem junto. Tive que fazer, não pude resistir a esse desejo.
Sobre o próximo capítulo... Espero que tenham guardado lencinhos o suficiente.
Espero que tenham gostado. Não vou colocar o link aqui, desculpe, não tenho bateria para achar o vídeo no youtube e fazer isso...
Beijos queridos e até mais! Temp