A Prometida escrita por Temperana


Capítulo 15
Battle Cry


Notas iniciais do capítulo

Oi lindos!
Primeiro vem a Lavinia, depois a Lone e agora a Bella quer me matar. Linda, que recomendação mais bela (não, não foi um trocadilho). Fiquei bem emocionada com as palavras lindas que escreveu para mim. O capítulo hoje é para você, não enfarte.
Agradecendo também à Any Louze e Fanny Faria por terem favoritado a fanfic. E a todos que comentaram. Irei responder é claro. Vocês são demais.
O capítulo de hoje volta com Imagine Dragons. Trilha de Transformers também! Espero que gostem, link nas notas finais. Até lá...



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Nós montamos rapidamente em nossos dragões e seguimos até o rastro de fumaça no horizonte. A parte da Floresta pela qual passamos estava totalmente queimada.

Mas adiante podemos alcançar o Oceano Interno e no meio da água surgiu um enorme bloco de gelo.

Tempestade e Banguela recuaram por um instante ao avistá-lo. Soluço me olhou e eu o questionei com o olhar. Ele também não sabia o que era aquilo.

–Fique perto de mim, por favor – ele diz.

Havia muita preocupação em sua voz e em seu olhar. E no meu coração também havia muita preocupação em relação a ele. Avançamos em direção ao gelo e Banguela grunhiu muito irritado.

–Calma amigo – ele diz ao Banguela.

Observei atentamente aquela estranha forma em meio ao Oceano Interno. Parecia até um forte de algum exército qualquer. Avistei alguns homens armados.

–Soluço! – eu gritei para alertá-lo.

Os homens foram mais rápidos e atiraram em nós. Soluço desviou rapidamente, já que o Banguela era bem rápido com manobras furtivas.

–Astrid! – ele gritou.

Eu tentei desviar, mas Tempestade foi atingida. Eu caí dela e gritei. A água se aproximava rapidamente de mim. Porém senti algo em baixo de mim. Banguela surgiu e eu caí misteriosamente no colo de Soluço.

Eu abracei o seu pescoço com tanto alívio e Banguela começou a dar a volta para voltar ao forte. Tentei me recuperar o máximo que pude.

Ele acelerou e eu montei na frente de Banguela e vi Soluço acionar a sua espada flamejante. Um equipamento incrível, como um ano antes era.

–Parem! – ele gritou.

Nós desmontamos rapidamente, e eu me armei com um pedaço de madeira qualquer que estava no chão, já que o meu machado estava com a Tempestade, que no caso estava presa.

Os homens exclamaram em surpresa. Sempre acontecia isso quando chegávamos com um Fúria da Noite. E a visão do Soluço com aquela arma também era bem intimidadora, como ele havia sugerido que era.

Um cara subiu em cima de Tempestade. Eu estreitei meus olhos com raiva. Ninguém fazia nada com o meu dragão. Soluço colocou a mão em frente a Banguela para que ele não atacasse ainda.

–Olha só, eu fiquei impressionado. Um Fúria da Noite. E eu pensando que eles não existiam mais – o tal homem disse. Banguela grunhiu com raiva.

–Nós não queremos confusão. Só queremos o nosso dragão de volta e assim iremos embora – Soluço diz calmamente.

Soluço com certeza era o mais indicado para a diplomacia, diante do fato que eu já teria atacado aquele insolente que estava com o meu dragão.

–É claro que querem. Porém, Drago Sangue Bravo não vai gostar disso – ele apontou para o forte destruído.

–Drago Sangue Bravo? – Soluço perguntou.

–Sim, é o nosso chefe. Ele não gosta muito de desculpas quando não fazemos o que ele ordena. E com certeza ele vai ficar impressionado com um Fúria da Noite em seu exército de dragões. E vocês deviam ter pensado em não querer confusão antes de destruir os nossos fortes e nos atacarem.

–Espera do que você está falando? – eu perguntei.

–Está achando que nós fizemos isso? – Soluço completou.

–Ou o seu amigo cavaleiro – ele diz.

–Existe outros cavaleiros de dragões? – Soluço pergunta impressionado, apagando a sua arma.

–Olha você pode ter um dragão ao seu lado, mas temos um trabalho a cumprir. E Drago não gosta de desculpas – vi ferimentos em seu braço e deduzi que era o bom humor de Drago que havia feito.

–Olha só, nós não sabemos desse dragão, desse cavaleiro ou de qualquer outra história dessa. Okay pessoa hostil que eu nunca vi na vida? – Soluço disse por fim.

–Onde estão os meus modos? – ele diz, se aproximando. – Sou Eret, filho de Eret. O melhor caçador de dragões que já existiu. Afinal, não é qualquer um que consegue capturar um Fúria da Noite.

Ele apontou a sua arma para Banguela. Ele realmente se irritou com isso e meio que gritou para ele.

–E esse é o Banguela. E ele está falando “tchau”, entendeu? – Soluço disse com raiva.

–É o que todos dizem – Eret diz e vejo Banguela armar fogo.

Uma confusão se instala, com Banguela atirando nos arqueiros. Soluço foi em direção de Tempestade com a espada de fogo ativada, e eu fui atrás dele.

–Vamos Tempestade – eu grito quando ela se solta.

Soluço monta em Banguela e eu em Tempestade. Disparamos em direção ao céu, desviando de algumas flechas solitárias atiradas em nós.

–Vocês nunca ficarão com esses dragões, ouviram? Nunca – Eret filho de Eret gritou. Mas já estávamos bem longe para argumentar.

*****

Nós descemos no centro da praça de Berk. Houve uma exclamação por parte dos vikings. Afinal, Soluço era o nosso herói, embora não quisesse admitir isso.

Soluço foi em direção ao seu pai dentro da Ferraria. Vi que Stoico insistia em vangloriar o seu filho, dizendo que ele era “O Orgulho de Berk”. E eu sabia que Soluço se sentia muito incomodado com essa história.

Eu desço de Tempestade e verifico se ela está bem.

–Tudo bem garota? – acaricio a sua cabeça. – Está tudo bem agora.

Entro na Ferraria e vejo novamente Stoico e Soluço discutir. Eu reviro os olhos. Soluço trava o equipamento que cortava as selas.

–Eles estão montando um exército. Um exército de dragões – Soluço disse. E todos se calaram do lado de fora. – Ou pelo menos o cara para quem eles trabalham está. Drago Sangue Bruto, uma coisa assim.

A expressão de Stoico endurece.

–Drago Sangue Bravo? - Stoico encara Soluço enquanto perguntava. - Drago Sangue Bravo?

–É, isso mesmo – Soluço endurece a expressão. – Espera, você conhece ele?

Stoico não responde. Ele apenas desce em direção as escadas que levavam ao Estábulo correndo. Soluço o segue e eu também, juntamente com Tempestade e Banguela.

Soluço gritava para que o seu pai o explicasse. Mas Stoico só pedia que os dragões ficassem presos nos Estábulos.

–Espera um minuto. Só por que um cara que você conhece está criando confusão em uma Ilha distante... – Soluço diz.

–Porque Drago Sangue Bravo é um louco. Sem piedade. E se ele quer criar um exército de dragões... Que os deuses nos ajudem – Stoico grita e continua dando as ordens.

–Então vamos falar com ele e tentar mudar a sua opinião – Soluço diz calmamente.

–Certas pessoas não podem ser mudadas – Stoico diz e se afasta.

Soluço e Banguela se entreolham. Eu me aproximo de Soluço.

–Soluço? – eu chamo a sua atenção. – O que nós iremos fazer?

Ele sorri e monta em Banguela. Eu monto em Tempestade e o sigo. As portas estavam se fechando, mas acelerávamos cada vez mais.

–Voltem aqui vocês dois! – eu escutei Stoico gritar.

Porém nós escapamos por um fio pelas portas fechadas. E o grito de Stoico se perdeu pelo céu.

*****

Nós seguimos para o Norte, mas vi que Stoico estava nos alcançando. Avistamos o barco de Eret ao longe, mas Stoico nos fez descer antes de alcança-lo. Certos vikings grandes podem ser muito persuasivos. E ele estava com toda a equipe de pilotos.

Soluço e eu descemos assim como os outros em um enorme bloco de gelo. Soluço bufou e desmontou de Banguela.

–Você está me atrasando pai – ele diz irritado.

–Quantas coisas irresponsáveis... – Stoico começa a dizer.

–Tentar salvar os dragões e manter a paz é ser irresponsável? – Soluço eleva a voz.

–Mas guerra é o que ele quer filho – ele gritou.

Soluço desviou o olhar irritado. Eu e os outros pilotos observávamos de longe. Então Stoico encarou Soluço e começou a contar uma história.

–“Há anos foi feito um grande Conselho para acabar com a praga de dragões que estávamos enfrentando. E um homem estranho, envolto de uma capa negra, surgiu.

Aquele estranho homem dizia que ele, Drago Sangue Bravo, sozinho, poderia controlar os dragões. Mas apenas se nos curvássemos diante dele.

Nós rimos e recusamos é claro. Mas ele então se enrolou em sua capa e gritou:

–Então quero ver como vocês irão se virar sem mim.

O teto do Salão encheu-se de chamas e dele desceram dragões com armaduras e incendiaram tudo. Eu fui o único que sobrevivi.”

Um silêncio instalou-se entre nós.

–Homens que matam sem motivo não podem ser mudados – ele concluiu.

–Talvez – Soluço diz e monta em Banguela. Stoico se aproxima deles. – É nisso que eu sou bom pai. E se eu consegui mudar a sua opinião eu posso mudar a dele.

Stoico bufou, mas Soluço decolou com velocidade. Eu montei em Tempestade e pedi a ela que os seguisse. Stoico se aproximou de mim.

–Você não Astrid. Leve os outros de volta a Berk em segurança – Stoico me diz.

–Desculpe, mas não irei lhe obedecer – eu digo. – Não posso deixar eles desse jeito – Stoico me olha tristemente, eu desvio o olhar.

–Tudo bem, mas Astrid – eu encaro os seus olhos – tome cuidado, por favor. Você também é minha filha.

–Vou ter não se preocupe. E vou cuidar dele também – digo calmamente. - Tempestade, sobe.

Tempestade me obedece e partimos. Eu vou para cima das nuvens, onde sabia que Soluço estaria. Vejo Banguela voando mais adiante e peço para que Tempestade acelere um pouco.

E então tudo acontece muito rápido.

De repente surgiu um enorme dragão. Um dragão enorme e com quatro asas. Banguela parecia um pequeno ponto perto dele. E havia alguém montado nele.

Eu não conseguia gritar. Não conseguia falar. Eu fui pega totalmente de surpresa e não é algo que aconteça sempre. E então vejo Soluço ser tirado do Banguela por outro dragão. Vejo Banguela cair.

–Não! – eu recupero minha voz e grito, mas vejo que era tarde de mais.

–Banguela! – eu escuto Soluço gritar. Ele não devia estar com a cauda automática, ou não teria caído.

E então algo surge e me tira da sela de Tempestade. Ela grita desesperada, voando atrás de mim e do dragão desconhecido.

–Tempestade, vá atrás dos outros – eu grito para ela. – Busque ajuda amiga, não se preocupe comigo.

Ela relutante dá meia volta e dispara. Eu sabia que ela não me desapontaria. Eu não conseguia enxergar Soluço nem Banguela. Comecei a me desesperar.

Milhares de dragões nos acompanhavam. E então surgiu uma grande ilha. Estacas de gelo ameaçavam qualquer invasor.

Um frio fora do comum envolvia aquele pedaço de terra. Um arrepio percorreu meu corpo. Eu deveria permanecer alerta.

Eu não sabia o que estava acontecendo. Só havia um sentimento em mim. Medo. E não era medo de cair, ou de ser morta pelos dragões. Era medo de não ver o Soluço nunca mais.

Era medo de perdê-lo para sempre. Em um lugar onde eu não fazia ideia de onde era.

Just one more time before I go

I'll let you know

That all this time I've been afraid

Wouldn't let it show

Nobody can save me now, no

Nobody can save me now

Stars are only visible in darkness

Fear is ever-changing and evolving

And I, I feel poisoned inside

But I, I feel so alive

Só mais uma vez antes de eu ir

Eu vou deixar você saber

Que todo esse tempo eu tive medo

Não mostrei isso

Ninguém pode me salvar agora, nenhuma

Ninguém pode me salvar agora

Estrelas são visíveis apenas na escuridão

O medo está sempre mudando e evoluindo

E eu, eu me sinto envenenado por dentro

Mas eu, eu me sinto tão vivo


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Notas finais do capítulo

Bom, mudei bastante esse capítulo. Vi um comentário, em que falaram que a Astrid deveria estar mais com Soluço no filme. Bom, é isso que eu fiz na história, seus desejos foram atendidos rsrsrs
Sim, eu mudei bastante a história e espero que gostem muito da fanfic agora em diante.
Estou muito desanimada hoje e acho que postar me deixou um pouco mais alegre.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=5ZtMHSOq50Q&spfreload=10
Obrigada por tudo e até mais, Temp