When Friends Fall in Love escrita por Johnlocked


Capítulo 7
Capitulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Hey coisas lindas. Primeiramente, desculpa pelo pequeno atraso na postagem, eu perdi um pouco a noção do tempo desde a ultima postagem. Segundamente, esse é o ultimo capitulo, MASSSSSS eu decidi fazer um capitulo bônus, então I'LL BE BACK... Bom capitulo.



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Brooklyn, 23, Novembro de 1935

''Tudo vai ficar bem.'' Nunca pensei que isso seria uma grande mentira. Não estava nada bem, nada estava ficando bem, e nem parecia que ia melhorar. Tinha chegado o grande dia, o baile e meu amigo não estava nem olhando para minha cara a mais de uma semana. Ele me ignorava, evitava ficar no mesmo cômodo do que eu, ia dormir e acordava mais cedo do que eu, apenas para não ter que me encarar. Eu resolvi não pressionar ele, mas isso já estava me matando, eu queria que ele falasse comigo, que me socasse talvez, que me olhasse, nem que fosse para dizer que não sentia o mesmo por mim, que aquilo havia sido um errado, ou que não poderíamos mais ser amigos. Qualquer coisa seria melhor do que ser ignorado por ele.

Conversei com Peggy, mas nem isso me ajudou. Estava tudo uma merda, e eu nem ousava dizer que não poderia ficar pior. Dois dias atrás, minha mãe veio perguntar o que estava acontecendo comigo e com Bucky, tudo isso jamais passaria despercebido por ela. Eu até tentei inventar uma desculpa, mas não deu. Eu nunca consigo mentir para minha mãe.

–Steve, por favor, me diz a verdade, o que aconteceu entre você e o James?

–Mãe, eu não posso, eu não consigo.

–Por que?

–Não quero decepcionar você.

–Você jamais vai me decepcionar, meu querido. Me conte, o que foi?

–Eu me apaixonei por ele, mãe. E beijei ele, e acho que isso estragou tudo.

–Você se apaixonou por Bucky? Você acha que eu me decepcionaria por você ter se apaixonado por seu melhor amigo? Jamais Steven, eu amo você, eu quero que você seja feliz, não importa se você ama um homem ou uma mulher, eu só quero sua felicidade, assim como quero a do James. E amo vocês dois mais que tudo nessa vida, querido. E por favor, não chore querido, você não estragou nada, Bucky está de cabeça quente, confuso, ele não vai levar isso muito adiante. Tudo vai ficar bem.

Queria que as palavras de minha mãe acontecessem de verdade, que tudo ficasse bem, mas não foi bem assim.

Assim que a noite começou a cair, resolvi me arrumar. Minha amizade com Bucky já estava sem salvação mesmo, decidi curtir pelo menos aquela noite, esquecer que tudo aquilo havia acontecido. Quando estava arrumando minha gravata de frente ao espelho, vi Bucky entrar no quarto, pegar o paletó preto em cima de sua cama e sair, sem sequer dirigir seu olhar para mim. Aquilo doeu de uma forma muito grande, mas continuei firme na minha decisão. Me despedi da minha mãe e sai em direção a escola.

Estava tudo muito bonito, o comitê havia feito um ótimo trabalho aquele ano, entendi o porque do entusiasmo de Peggy quando me contava. A entrada e os corredores estavam todos enfeitados com luzes das mais diversas cores. A porta do grande ginásio, aonde muitos dos alunos e professores já se encontravam, estava aberta e com um portal metálico enfeitado de flores. Estavam todos bonitos, principalmente Peggy Carter. Ela estava usando um vestido azul-marinho um pouco rodado e que mesmo assim realçava o belo corpo que ela tinha. O batom vermelho que ela usava deixava seu sorriso ainda mais bonito. Assim que me viu, ela veio em minha direção.

–Steve, que bom te ver aqui.

–Olá Peggy, você está muito bonita.

–Você também, Steve. Como você está?

–Estou indo, você sabe.

–Sei, mas não fica assim, ele vai deixar de ser cabeça dura e vir atrás de você.

–Eu espero.

–Venha, vamos dançar.

Peggy me puxou até a pista de dança, aonde ficamos juntos com outras pessoas que também eram do comitê. Ficamos lá por um bom tempo. Mesmo não me dando bem com músicas muito animadas, vi que não estava indo tão mal. Um dos garotos pegou bebida para todo mundo e eu não recusei quando ele me ofereceu. Não tinha álcool nas bebidas, mas eu poderia muito bem fingir que tinha e afogar minhas magoas nela. Em certo momento as luzes do ginásio ficaram mais fracas e músicas mais românticas começaram a tocar, o que era a deixa para os casais irem para pista, e a minha para sair de cena. Deixei Peggy com seu par e sai para fora do ginásio, em direção ao jardim no fundo da escola. Como ele era escondido pelas árvores, ninguém me veria ali.

Fiquei sentado um bom tempo em um dos bancos que tinha no jardim. Dava para se ouvir nitidamente as músicas, o que me deixava cada vez mais triste, por me lembrar de Bucky me ensinado a dançar. Fiquei tão absorto em devaneios que não percebi de imediato que outra pessoa tinha chegado ali, mas quando percebi, custei a acreditar. Era Bucky. Ela estava usando terno, igual a mim, com apenas sua camisa preta nos diferenciando. Ele tinha os cabelos penteados para trás e o olhar baixo, triste.

–Olá Steven!

–Olá James! Como sabia que eu estava aqui?

–Peggy me disse que você tinha saído do ginásio ainda pouco, então eu imaginei que você estaria nesse jardim. Sempre me disse que aqui era seu lugar preferido de toda escola.

–Ah sim, Peggy. Nossa, você se lembrava disso.

–Nunca me esqueço das coisas sobre você.

Um desconfortável silêncio se instalou entre nós. Nenhum sabia o que dizer, mas também nenhum queria ficar em silêncio. Bucky cautelosamente, começou a se aproximar, até ficar a poucos passos de mim.

–Steve, eu queria pedir desculpas a você, pela minha atitude estúpida da última semana. Não devia ter saído daquele jeito, te evitado durante todos esses dias. Devia ter conversado com você, mas eu sou um tremendo idiota.

–Tudo bem Bucky, já passou.

–Mas Steve...

–Não Bucky, não precisa, eu já te desculpe.

–Tudo bem, mas Steven, desde quando?

–Desde quando o que?

–Que você gosta de mim?

–Sinceramente, eu não sei. Talvez um pouco depois que te conheci, não sei.

–Steve, você devia ter me contado.

–Não, isso seria loucura. Bucky, sua amizade é mais importante do que qualquer coisa.

–Mas Steve, todo esse tempo, você devia... eu não queria te fazer sofrer, eu não quero te fazer sofrer

–Você não me fez sofrer, e nem vai Bucky. Eu entendo se você não sentir o mesmo por mim, tudo bem, você vai continua sendo meu melhor amigo.

–Mas é que Steve... eu acho que sinto o mesmo por você. Não sei explicar, venho sentido isso a algum tempo, mas eu nunca dei muita importância, nós sempre tivemos uma amizade forte. Mas nesses últimos meses, você e a Peggy, o fato de talvez vocês estarem namorando, isso me incomodou de uma forma tão grande que estava me deixando louco. Foi então que começamos a brigar. Achei que talvez você percebesse, mas isso só piorou as coisas entre nós, por isso que depois que brigamos quando ouvi sobre você e a Peggy, eu quis fazer a pazes, porque estava cansado de brigar, mas aquela aproximação toda foi demais, mas eu já não estava conseguindo me controlar, e aquele dia eu perdi todo o controle, eu queria fazer aquilo a tempo demais, Steve.

Eu só percebi que estava prendendo a respiração quando ele terminou de falar. E respirar foi muito difícil depois disso. Eu não sabia se estava sonhando, se era delírio meu ou realidade, porque aquilo era bom demais para ser verdade. Me levantei, e fiquei olhando Bucky como se ele fosse algo raro, intocável, precioso, com medo de ser apenas um sonho e eu estar prestes a acordar. Me aproximei um pouco mais de Bucky, era uma parte bem escondida com jardim e não corríamos o risco de sermos pegos. Eu passei a mão pelo seu paletó e parei na sua gravata que estava um pouco torta. Quando levantei o olhar, o vi abrir o sorriso mais bonito que já havia visto em seu belo rosto em todos esses anos, e não evitei de sorrir também. Ele pegou meu rosto com as duas mãos e encostou sua testa na minha e eu fechei os olhos por impulso. Ouvi ele dizer eu te amo antes de me beijar.

Acho que jamais imaginaria que um beijo seria tão bom. Foi melhor que o nosso ultimo beijo, foi melhor do que os beijos que eu já havia dado em algumas poucas garotas. Foi melhor até que meu primeiro beijo. Todo o sentimento que tinha naquele beijo ainda me é inexplicável até o presente momento, e eu duvido que algum dia eu consiga explicar. A cada segundo aquele beijo me deixava mais sem folego. Mas eu não queria parar de beijá-lo. Eu não conseguia. Eu queria beijá-lo eternamente. Eu precisava disso, porque se isso talvez não passasse de um sonho, eu aproveitaria para gravar o gosto da boca de Bucky. Gravar o sentimento desse beijo. Gravar todas as sensações que ele estava me proporcionando. Mas quando Bucky quebrou o beijo e voltou a me encarar, eu vi que aquilo era real.

–Bucky...

–Shh Steve, não diga nada. Nada mais precisa ser dito. Eu amo você e sei o quanto isso é recíproco. E acho que não podia estar mais feliz.

–É claro que isso é recíproco. Eu amo você Bucky, mas como vai ser? Eu e você? Nos não podemos ficar juntos, não de verdade, como um casal.

–E porque não? Só porque somos homens? Porque as pessoas são ignorantes de achar que nós nos amarmos é errado? É isso?

–Você sabe muito bem que é isso, Bucky!

–Steve, você acha que eu ligo? Eu quero que todos eles se fodam, sinceramente. Se eles acham errado, eu só tenho que lamentar, mas eu jamais, entenda Steve, jamais vou deixar de ser feliz com você por causa do que os outros acham.

Não contive o sorriso que insistiu em surgir no meu rosto e Bucky sorriu comigo. Coincidentemente, a música que havia desencadeado tudo isso começou a tocar dentro do ginásio e eu não evitei e rir por isso. Mesmo estando um pouco distante, dava para se ouvir a música claramente. Bucky começou a rir quando percebeu e estendeu a mão para mim, como naquela noite.

–Dança comigo, Steven?

–Eu adoraria, James!

Bucky colou seu corpo no meu e começou a me conduzir lentamente. Nos dois íamos de um lado para o outro um pouco fora do ritmo da música, mas não estávamos ligando. Bucky dava pequenos beijos no meu pescoço e me abraçava firme como se sua vida dependesse disso. Quando a música estava chegando ao seu fim, Bucky falou bem próximo ao meu ouviu, num sussurro.

–Eu te amo, punk!

–Eu te amo, jerk!

Foi ai que tive certeza que nada mais importava. O que importava de verdade era que eu o amava e também era amado por ele, e não ligaria se os outros achavam que isso era errado. Porque, no fim das contas, amar nunca será um erro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Logo logo vou postar o capitulo bônus, ele vai ser um pouco maior do que os anteriores devido ao acontecimentos que vão ocorrer alguns meses depois da data desse capitulo. Não esqueçam de comentar. Beijos, e até a próxima.