When Friends Fall in Love escrita por Johnlocked


Capítulo 4
Capitulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

Bom galerinha, desculpa o atrasinho para postar. Fiquei meio ocupada com as ideias de uma nova fanfic que vou começar a escrever... SOON! kkkk. Brincadeiras a parte, gostaria de comentar que comecei a posta uma outra fanfic Stucky junto com essa, e gostaria que você desse um lidinha nela. http://fanfiction.com.br/historia/627288/With_You_Til_The_End_of_The_Line/ tá aqui o link, quem quiser ler e deixar um comentário básico, eu ficarei muito feliz. Sem mais delongas, bom capitulo.



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Flashback on

''Abril de 1930, Sarah Rogers estava terminando de se arrumar para ir ao trabalho. Naquele dia ela faria o turno da madrugada de uma colega que estava doente. Ela havia deixado o almoço pronto pois sabia que logo Steve e Bucky chegariam em casa. E não deu nem meia hora, Steve e Bucky atravessarem a porta da sala. Steve atravessou a sala direto e subiu para o quarto sem nem cumprimentar a mãe. Bucky chegou logo atrás chamando pelo amigo.

–Steven, espera, não fica assim!

–James querido, o que houve com o Steve?

–Ah, uns garotos da escola ficaram caçoando dele.

–Caçoando como?

–Chamaram ele de viado por ele nunca ter beijado uma menina.

–Oh, isso é ruim.

–Bom, ele parece ter ficado chateado, não pelo xingamento, mas sim por nunca mesmo ter beijado alguém, mas não se preocupe, eu falo com ele.

Bucky subiu as escadas e parou na porta do quarto que era deles, deu três batidas e como não obteve resposta alguma ele entrou no quarto. Viu Steve deitado de barriga para baixo em sua cama como se estivesse dormindo, mas Bucky sabia que ele não estava. Bucky andou cauteloso até a beira da cama do amigo e ali se sentou, acariciou as madeixas loiras do amigo até que ele se sentisse mais tranquilo para conversar. Quando Steve virou o rosto para Bucky, este notou que o amigo havia chorado, por causa dos olhos vermelhos.

–Andou chorando pal?

–Ah Bucky, não comece.

–Desculpa. Você ficou chateado pelo comentário dos garotos?

–Um pouco. Poxa, eu sei que nunca beijei uma garota, talvez nem vá beijar, mas eles não precisam ficar me lembrando disso.

–Steven, é só ignorar, eles são babacas.

–Como ignorar James? Eles tocam nesse assunto o tempo todo, além de ficar me chamando daquele nome.

–Qual? Viado?

–Esse mesmo, e nem sei porque eles me chamam assim, nem sei o que isso significa.

–Steve, você sabe que nós vamos um dia gostar de alguém não é?

–Sim, Bucky.

–Então, todos nos gostamos de alguém, no nosso caso se espera que seja uma mulher, mas tem homens que acabam se apaixonando por outros homens.

–Mas isso não é errado?

–Muitos acham que sim, por isso que muitos usam a palavra 'viado', na intenção de sugerir que um homem gosta de outro, mas de uma forma ruim. Como eles sabem que você nunca beijou, eles te chamaram de 'viado' na intenção de dizer que você gosta de garotos, eles queriam te ofender. Mas Steve, não precisa se sentir ofendido, nem por nunca ter beijado, nem por te chamarem assim, nenhuma das duas coisas é errada, tá okay?

–Tudo sim, mas Bucky, você não acha que se apaixonar por outro homem é errado?

–Não Steve, de forma alguma, pra mim, gostar de uma mulher ou de um homem não faz diferença, é amor do mesmo jeito. Isso que importa, o amor e nada mais.'

Flashback off

Brooklyn, 26 Setembro de 1935

Faltava mais ou menos dois meses para o baile de formatura, e eu ainda não fazia ideia de como seria minha vida depois que acabasse. Ainda tinha em mente a ideia de me alistar para o exército, mas só de pensar que teria que deixar minha mãe e Bucky aqui meu coração aperta, é difícil imaginar minha vida sem eles ao meu lado. Naquela quarta feira acordei cedo, tomei café e fui pra escola. Naquele dia oficialmente começariam os preparativos para o baile de formatura, o comitê de formatura estava recrutando pessoas para ajudar na decoração, temática do baile, organização das mesas dos formandos e tudo o que tinha a ver com o baile. Uma das garotas com quem eu havia feito amizade na escola recentemente, Peggy Carter, me chamou para fazer parte do comitê, mas eu recusei, alegando que não me dava muito bem com essas coisas.

–Ah Steve, ainda acho que você se daria bem no comitê, mas já que você não quer, eu respeito. Mas enfim, você vai vir no baile?

–Ainda não sei, não sou uma pessoa muito dada a festa.

–Qual é Steve, é o baile de formatura, sua despedida de tudo isso, oportunidade de você comemorar com seus amigos, pessoas queridas, aquela pessoa que você gosta.

–Eu sei, Peggy!

–Então, não venha me dizer que não é uma pessoa dada a festa, baile de formatura é uma obrigação de vida, você tem que vir, e se for por falta de par, não se preocupe, ainda tem muitas garotas sem par nessa escola, ou também você pode convidar alguém de fora.

–Acho que a pessoa quem eu gostaria de convidar não poderia me acompanhar.

–Por que alguém não ia poder acompanhar Steve Rogers no seu baile de formatura?

–Ah, história complicada.

–Adoro histórias complicadas, ainda mais se tiver romance no meio.

–Outro dia eu te conto, Peggy.

–Okay Steve, vou querer ouvir essa história depois. Mas hey, vai fazer alguma coisa depois da aula, não está a fim de me acompanhar em um almoço?

–Ah, tudo bem Peggy.

Depois da aula, acompanhei Peggy até um restaurante próximo a escola para almoçar. Peggy era uma garota legal, além de muito bonita e inteligente. Não era igual as outras garotas da escola que só queriam saber de correr atrás dos garotos do time de futebol. Ela era diferente, interessante, me peguei gostando dela em pouco tempo de amizade, mas nada que superasse o que eu sentia por Bucky. Ela me contava muitas coisas sobre sua vida, sua família, sua melhor amiga a quem se dirigia como irmã, minutos pareciam horas quando eu estava falando com ela.

E foi por isso que naquele dia acabei perdendo a noção do tempo de voltar para casa. Quando enfim cheguei, minha mãe já não estava mais lá, só tinha o Bucky sentado na sala folheando uma revista com cara de poucos amigos, e faltou pouco para ele não pular em cima de mim quando abri a porta da sala.

–Hey punk, por onde andou? Porque não apareceu para almoçar? Sarah ficou esperando você.

–Desculpa, fui almoçar com a Peggy, e acabei perdendo a noção do tempo.

–Que Peggy?

–Peggy Carter, a garota britânica que faz parte do comitê do baile que te falei uma vez, ela me chamou para almoçar para falar umas ideias sobre uns temas para o baile.

–Hum, você é do comitê agora?

–Não, ela só queria contar sobre as ideias que teve, saber a opinião de alguém.

Estranhei o jeito de Bucky sobre aquela conversa e as várias perguntas, além do tom de ironia quando perguntou se eu era do comitê. Não sei porque, mas ultimamente, Bucky fica todo esquisito quando menciono que passei algum tempo com a Peggy, estranho porque ele nunca pareceu se importar em relação as minhas amizades com garotas. Isso foi piorando com o passar do tempo, quando minha amizade com a Peggy foi ficando cada vez maior, ele sempre insinuava de que eu estava com ela, que só queria saber dela. Essa não era uma atitude muito comum do Bucky, na verdade ele nunca agiu assim, ele dê uma certa forma sempre incentivou a eu ter amizade com garotas, dizendo que talvez eu poderia me dar bem com alguma delas, mas parecia que ele não suportava a ideia de eu ser amigo da Peggy, imagina como ele reagiria caso eu e ela namorasse. Porém eu e a Peggy nunca vamos namorar. Nada contra a Peggy, até porque ela é uma garota maravilhosa e eu até tentaria namorar ela se eu não tivesse uma paixão irremediável no idiota do Bucky.

Na semana seguinte, Bucky parou de agir estranho comigo, acho que porque fazia alguns dias que eu não me encontrava com a Peggy, por ela estar ocupada com a organização do baile. Nos dois saímos juntos depois que voltei da escola para comprar algumas coisas para casa que minha mãe havia pedido. Umas duas horas depois, eu e Bucky estávamos fazendo o caminho de volta para casa com algumas sacolas, quando passamos por um beco onde tinha quatro homens estranhos envolta de um garoto que aparentava ser da nossa idade, mas pelas vestimentas, parecia ter uma condição de vida bem melhor que a nossa. Eu e Bucky diminuímos o passo para saber o que os quatro pretendiam fazer com o tal garoto. Eles andavam envolta do garoto e pareciam insultá-lo, nos aproximamos mais um pouco da entrada do beco, sem chamar a atenção dos quatro estranhos, assim conseguimos ouvir o que um dos homens falou para o garoto.

–Então é verdade o que falam sobre você? Você é mesmo um viadinho nojento? Vamos responda, eu você é tão viado a ponto de não conseguir negar? Bom, vou entender esse seu silêncio como um sim, e vamos ter que ensinar a você como ser um homem de verdade.

Os quatro homens então partiram para cima do garoto e começaram a surrá-lo, o garoto mal tinha chance de revidar com aqueles quatro homens encima dele. Quando vi que o garoto já estava ficando machucado demais, até pensei em agir, mas Bucky foi mais rápido que eu e atravessou o beco, chamando a atenção do quatro homens.

–Hey fellas, deixem o garoto em paz, acho que ele já entendeu.

–Acho que não, ele precisa apanhar um pouco mais.

–Não, já chega, deixem o garoto em paz e saiam daqui.

–Qual é? Você vai defender o viadinho agora?

–Não, vou defender um inocente de apanhar injustamente.

Um dos caras riu e partiu pra cima do Bucky, que desviou e socou ele bem na barriga. No começo até que o Bucky estava se saindo bem com os quatro, mas um dele o agarrou por trás e ele ficou indefeso, mesmo não sendo tão bom de briga como meu amigo, eu fui para cima do cara que estava batendo no Bucky, conseguindo acertá-lo com um soco, o que foi bastante para o outro que estava segundo Bucky se distrair e meu amigo conseguir se soltar acertando ele com uma cotovelada. Acabei levando um soco e sendo derrubado pelo mesmo cara que havia acertado, mas quando ele veio para continuar a me bater, o Bucky o acertou com um pedaço de ferro que ele tinha encontrado em algum canto do beco. O cara caiu no chão desacordado e os outros três caras saíram correndo do beco.

Eu e Bucky fomos ver o garoto, e apesar de bem machucado, ele ainda estava acordado. Ajudamos ele a se levantar e caminhamos com ele até o hospital mais próximo, onde ele foi atendido. Bucky deu as devidas informações para a recepcionista e nos dois saímos de lá. Quando chegamos em casa, eu peguei o kit de primeiros socorro que tinha guardado na despensa da cozinha e fui atrás do Bucky. Encontrei ele deitado na sua cama, com cara de dor, limpando o sangue que escorria do nariz e do supercílio esquerdo com a manga da camisa verde escura que ele usava. Eu entrei no quarto e sentei na beira da sua cama.

–Bucky, me deixa ver esse machucado.

–Não precisa, Steve, eu to bem.

–Vamos logo James, larga de ser orgulhoso.

Bucky então sentou na cama bem a minha frente e eu pude dar uma olhada em seus machucados. Por minha mãe ser enfermeira, eu sabia fazer o básico como limpar pequenos ferimentos e dar pontos. Eu estanquei a sangue do nariz com um pouco de algodão e limpei o corte que ele tinha do supercílio. Como o corte não era fundo, não havia necessidade de dar pontos, apenas fazer um pequeno curativo, então eu limpei o corte, coloquei um pouco de algodão para evitar que sangrasse novamente e cobri com uma fita branca. Aquela proximidade entre nos dois não estava me fazendo muito bem, eu podia sentir a respiração dele tocar meu nariz e eu podia ver o peito dele subir e desce cada vez que puxava e soltava o ar. O cheiro amadeirado do perfume dele impregnava meu nariz e entorpecia um pouco meus sentidos. Fico feliz de ter trabalhado muito bem meu autocontrole durante esses anos.

Notei que ele ainda parecia estar sentido dor e que ele estava pressionando a camisa contra a pele na altura da cintura. Comecei a aproximar minha mão do local e como ele não deu nenhum sinal de negativa, eu afastei sua mão e abri os três últimos botoes da sua camisa para mim poder ver o machucado. O hematoma estava vermelho, começando a ficar roxo, tinha um pequeno corte bem no centro, onde a pele havia cedido, talvez pelos vários golpes que meu amigo havia levado ali. Primeiro limpei o pouco de sangue do corte, depois peguei um frasco de dentro da caixinha, que minha mãe usava para aliviar dor e espalhei por cima do machucado de Bucky. Juro ter sentido pequenos choques quando minha mão entrou em contato com a pele quente de Bucky, e mesmo não havendo segundas intenções nesse meu contato, foi o suficiente para me deixar ofegante e envergonhado.

Quando terminei, colocando uma fita em cima do machucado, voltei a fechar os botões de sua camisa e me ajeitei em sua frente. Bucky me olhou de uma forma carinhosa, como se estivesse me agradecendo pelos cuidados, e eu apenas sorri em resposta. Minha mente voltou aos acontecimentos de mais cedo, eu sempre soube o quanto Bucky odiava injustiças, mas não entendia o porque dele ter ajudado aquele garoto, foi por isso que eu então perguntei.

–Bucky, porque você ajudou aquele garoto?

–Eu só fiz o que qualquer teria feito.

–Você sabe que isso não é verdade. Aqueles caras insinuaram que o garoto era viado, você sabe muito bem o que isso quer dizer e o que todo mundo pensa disso.

–Ora Steve, você sabe muito bem o que acho de injustiças, o garoto não fez nada de errado, não tinha porque ele ter sido violentado daquele jeito.

–Não é o que aqueles caras estavam achando.

–Aquelas caras eram verdadeiros babacas, só porque o garoto talvez goste do outro homem isso não os dá o direito de espancar ele.

–Mas o fato é que eles acham isso errado.

–Errado? Desde quando amar se tornou errado? Isso é ridículo, deixa o garoto amar quem ele quiser.

–Você realmente não concorda com o pensamento deles?

–E você concorda?

–Obviamente que não, não vejo nada de errado um homem gostar de outro homem, a felicidade dele é o que realmente importa, e o amor claro.

–É desse mesmo jeito que eu penso, Steve. Você pode amar quem você quiser, sendo um homem ou uma mulher, se você é feliz, não há nada de errado com isso. Se eu estivesse apaixonado por outro homem, não me importaria com o que os outros achariam disso, eu seria feliz com ele, eu amaria ele, e não estaria nem ai que o resto acharia isso errado, eu estaria sendo feliz com quem eu amo, é isso que realmente importa.

Fiquei um bom tempo olhando meu amigo, apenas digerindo cada palavra que ele havia dito. Ele não se importaria de um dia se apaixonar por outro homem, ele quis dizer isso mesmo, eu só podia estar sonhando. Foi quase impossível disfarçar a felicidade que me invadiu naquele momento, mesmo que não quisesse dizer que ele se apaixonaria por mim, mas eu fiquei feliz mesmo assim, porque se isso acontecer, ele não vai deixar de ficar comigo.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado. Não esqueçam de comentar. Beijos e até a próxima coisas lindas.



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