When Friends Fall in Love escrita por Johnlocked


Capítulo 3
Capitulo Três


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais um capitulo coisas lindass.



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Brooklyn, 29, Agosto de 1935

Depois daquela semana, as aulas enfim voltaram e o namoro dos dois ainda estava firme. Não que eu achasse que eles não iam durar, mas os dois de uns tempos pra cá mais viviam brigando do que outra coisa, e também havia o fato do Bucky nunca levar muito a sério seus relacionamentos. Era sempre um motivo diferente, as vezes ciúmes dela por Bucky, as vezes porque o Bucky não demonstrava dar atenção a ela, as vezes porque ele recusar sair com ela para sair comigo, isso fez com que ela começasse a me detestar, porque foram várias as vezes que ele deixou de sair com ela para sair comigo. Ela fez questão de falar isso na minha cara no dia que trombou comigo na escola.

–Hey Steve, deixa eu falar uma coisa pra você. Se você está tentando sabotar meu namoro com o Bucky, você pode desistir. Eu sei que você é amigo dele, o que não anda me agradando nem um pouco, mas eu sou a namorada dele, e no final de tudo, ele vai escolher a mim, não a você.

Ela falou e saiu andando sem nem me dar tempo de dizer algo, e juro que no começo não entendi o que ela quis dizer com aquilo. Desde então, ela passou a me olhar de cara feia quando me via pelos corredores da escola, fazia de tudo para Bucky passar mais tempo com ela, não deixava ele me chamar para sair com eles, não que isso me deixasse triste, pelo contrário, pode não ver a cara daquela garota era algo muito satisfatório. Mas depois de pouco mais de um mês de namoro, eles terminaram, no final de agosto depois de uma briga feia deles. Quando Bucky me contou que o motivo da briga foi eu, custei a acreditar.

–Como assim vocês brigaram por minha causa?

–Ela falou que eu gostava de passar mais tempo com você do que com ela, que você não gostava dela e que queria separar a gente.

–O que? Eu nunca disse que queria separar vocês.

–Foi o que eu disse pra ela, ai ela começou a gritar falando como eu tinha coragem de ainda defender você, ai eu disse pra ela que eu defendia porque você era meu amigo e que eu sabia que você nunca iria querer me separar de alguém. Ai ela falou que eu devia escolher ela ou você, ai eu disse que isso não era coisa que de se fazer. Ai ela insistiu em saber minha resposta, por fim eu disse que eu jamais trocaria sua amizade por ela e ela foi embora.

–Nossa Bucky, eu sei que devia ficar triste por você, mas você disse pra ela que não trocaria minha amizade, fiquei até emocionado.

–Qual é baby, você sabe muito bem que jamais trocaria sua amizade. E não precisa ficar triste, acho que fico até feliz de ter terminado com ela, a gente estava brigando tanto ultimamente que já não via mais esperanças de nós durarmos por muito mais tempo.

–Eu sempre soube disso.

–O que? Você nunca botou fé no meu namoro, asshole?

–Não que eu nunca tenha botado fé, mas eu já tinha uma pequena certeza que isso não ia dura.

–Que grande amigo você em, Steve!

Eu comecei a rir da cara de ofendido que Bucky fez, e ele acabou rindo comigo e partindo para cima de mim. Como eu estava sentado na minha cama, ele não teve trabalho de me derrubar, precisou apenas empurrar o meu corpo um pouco que eu já estava deitado. Ele subiu em cima de mim e começou a me dar socos que logo viraram cócegas na altura da cintura. Eu ria com todo ar que tinha em meus pulmões, e Bucky ria junto comigo sem deixar de me fazer cócegas. Quando ele viu que eu comecei a ficar sem ar, ele saiu de cima de mim, sentou ao meu lado na cama e ficou me olhando recuperar o folego.

Me ajeitei na cama ao lado dele e passei a olhá-lo também. Ele me parecia tão mais bonito naquele dia, não que ele não fosse bonito, ele sempre foi bonito, mas eu não sei, aquele dia ele me parecia muito mais bonito. O cabelo levemente bagunçado, a camisa branca que ele usava estava com os três primeiros botões desabotoados e que estava um pouco amarrotada, os suspensórios folgados. Ele sorria tão bonito, sincero pra mim, que a vontade que fiquei de beijá-lo naquele momento foi quase incontrolável.

Minha mãe chegou duas horas depois e nos encontrou sentados no chão do quarto lendo revistas e ouvindo música. Minha mãe Sarah sempre foi a típica mãe carinhosa e atenciosa, mas não do tipo muito corujá. Ela sempre deu certa liberdade para mim e Bucky fazermos o que nós queríamos. Ela fala para todo mundo que nós nunca demos nenhum tipo de trabalho para ela, e fala que soube nos criar muito bem para aqueles que fazem comentários sobre ela ser mãe solteira. Ela nunca foi muito de ligar para esses comentários, ela mesmo diz que se tivesse que fazer tudo de novo, ela faria.

–Hey meninos!

–Mãe! Chegou cedo hoje.

–Pois é meu filho, um dos meus pacientes teve alta, e como eu tinha só ele para cuidar, eu pude vir embora assim que a família dele veio buscá-lo. James querido, tudo bem com você? Você não ia se encontrar com sua namorada hoje?

–Olá Sarah, eu já fui ver ela hoje, mas nós terminamos.

–Oh querido, que pena. O que foi, vocês brigaram?

–Sim, mas está tudo bem, foi melhor assim.

–Tudo bem então, mas não se preocupe, você vai achar alguém melhor.

–Eu sei.

–Bom, eu vou descer para fazer o jantar, quando ficar pronto eu chamo vocês, okay?

–Okay mãe!

Nós ficamos lá no quarto até 8hrs, quando minha mãe nos chamou para jantar. Percebi que apesar do que Bucky havia me dito sobre o término do namoro, ele havia ficado um pouco cabisbaixo por causa disso. Quando eu perguntei para ele se tinha ficado triste por causa disso, ele me jurou que estava bem, que só estava um pouco chateado por ser algo recente. Nunca gostei de ver o Bucky triste, ele não parece o Bucky que conheço quando fica assim, ele se fecha, mau conversa e prefere passar a maior parte do tempo sozinho e eu nunca sei o que fazer para vê-lo bem de novo. Me lembro que a última vez que o vi triste foi quando seus pais morreram.

Flashback on

''Outubro de 1929, Steve e Bucky estavam voltado da escola. Como Bucky estava passando os dias na casa de Steve, ia aproveitar para ajudá-lo a estudar matemática, por causa da prova que o amigo teria na próxima semana. Chegando na casa de Steve, encontraram sua mãe, Sarah terminando de fazer o almoço. Ela estava de folga do hospital naquele dia.

Os dois garotos se sentaram na mesa da cozinha, enquanto esperavam o almoço ficar pronto, Bucky começo a ajudar Steve com a matéria.

–Mas Bucky, como eu vou fazer essa equação?

–Steve é fácil, você só tem que isolar o x, e passa o 80 para o outro lado do sinal.

–Mas que conta eu tenho que fazer?

–Você vai dividir o 80 pelo 3, o resultado vai ser o valor de x.

–Dá 26,6?

–Isso. Tá vendo como é fácil?!

Bucky bagunçou os cabelos loiros de Steve, que sorria triunfante por ter entendido com Bucky lhe explicando. Bucky continuou ajudando Steve com os restantes das contas que a professora tinha passado como revisão para a prova. Quando o almoço ficou pronto, Sarah começou pôr a mesa com a ajuda dos dois meninos. Quando ela começou a colocar a comida na mesa, o telefone tocou.

–Alô.

–Alô, poderíamos falar com Sarah Rogers?

–Sarah Rogers sou eu, pode falar.

–Você é a senhorita que está tomando conta do filho dos Barnes, não é mesmo?

–Sim, eu mesma, aconteceu alguma coisa?

–Infelizmente aconteceu sim, senhorita Rogers. O avião em que os pais do Barnes estavam viajando se acidentou voltando para New York, e infelizmente, os pais dele não resistiram a colisão do avião. Precisamos que a senhorita, junto com o garoto dos Barnes compareçam ao Maimonides Medical Center para o reconhecimento dos corpos. Eu sinto muito vir com uma notícia dessa, sabemos que o garoto ainda é muito novo.

–Meu deus, o James vai ficar arrasado com isso, não sei nem como dar uma notícia dessa para ele.

–Eu sei que é difícil, mas eu sei que a senhorita vai arrumar um jeito confortável de dar essa noticia ao menino. E por favor não chore, a senhorita precisa ser forte pelo garoto.

–Sim eu sei, eu vou ser forte, e muito obrigado por ter avisado, vou tentar ir o mais cedo possível fazer o reconhecimento.

–Tudo bem. Transmita meus sentimentos ao garoto e até mais.

Sarah esperou que os meninos terminassem o almoço para dar a notícia. Ela chamou os meninos até a sala, e olhando nos olhos azuis de Bucky ela contou.

–James querido, eu tenho que te contar uma coisa. Acabei de receber uma ligação do hospital. Infelizmente era para dar a notícia de que seus pais faleceram num acidente de avião.

–Meus pais? Quando?

–Hoje querido, eles estavam voltando pra casa. Eu sinto muito querido.

Bucky ficou imóvel durante uns 5 minutos, sem reação alguma. Steve e Sarah ficaram atentos a qualquer movimento do garoto e começaram a se preocupar quando ele pareceu não reagir. Por fim, Bucky não aguentou e desencadeou a chorar copiosamente. Steve triste pelo amigo, sentou ao seu lado no sofá, abraçando Bucky, que retribuiu o abraço e chorou ainda mais sentido nos braços do amigo. Sarah ficou olhando a cena com o coração apertado, sabia que não poderia fazer nada para amenizar a dor de seu querido James. Vê-lo sofrer assim era tão doloroso quanto ver seu próprio filho sofrer. Sarah se ajoelhou diante de Bucky e o abraçou junto a Steve.

Bucky ficou assim por quase um mês, e foi realmente doloroso para Sarah e Steve vê-lo assim, principalmente para Steve, que estava acostumado com a alegria de Bucky. Bucky passou a morar com os Rogers uma semana depois do ocorrido por pedido de Sarah, que prometeu cuidar dele como se fosse seu próprio filho. Steve tentou fazer de tudo para alegrar o amigo com o passar do tempo, mas nada que ele tentava surtiu efeito no primeiro mês. Bucky mau conversava, raramente comia, se comia era por insistência do amigo, não saia de casa, passava a maior parte do tempo no quarto e foi várias as vezes em que foi consolado por Steve quando sucumbia a tristeza no meio da noite. Foi realmente uma fase difícil, para ambos.''

Flashback off

Aquele mês foi realmente difícil. Nunca havia visto Bucky tão triste como naquela vez, e sinceramente, espero nunca mais vê-lo assim. Para meu alívio, Bucky estava bem mais feliz no dia seguinte, até me convidou para andar de bicicleta com ele. Nós fomos logo depois do almoço, andamos até um parque, aonde acabamos parando para sentar perto de uma macieira que acostumavam brincar quando eramos mais novos. Deixamos as bicicletas caídas num canto e nos sentamos bem debaixo da árvore. Lembro que Bucky adorava subir nela para pegar as maçãs e levar para casa, não sem antes comer várias delas.

–Saudades desse lugar.

–Sim, Bucky.

–Lembra a vez que eu subi no topo para pegar uma maça para você?

–Claro, ''as maças do topo são sempre as mais suculentas, olha como ela é vermelha, parece deliciosa.''

–Que bela memória, Steven.

–Não faz tanto tempo assim, tínhamos 15 anos.

–Você tinha 14 anos ,Steve.

–Tanto faz, jerk.

–Faz quase 3 anos, punk

–Pouco tempo, nos comecemos a 11 anos.

–Ah, isso sim faz muito tempo, baby.

–Cala a boca.

Bucky se levantou rindo da minha cara, ajeitou a roupa e começou a subir na árvore. Ela já estava bem maior desde a última vez que viemos ali. Bucky foi escalando os galhos até estar num altura boa e se sentou em um galho. Ele arrancou uma das maças e mordeu sorrindo infantil. Ele pegou uma maça, lançou para mim e eu a peguei, me encostando no tronco da árvore começando a comê-la.

O sol já começava a se pôr quando decidimos ir embora. Bucky desceu da árvore, e tentou arrumar a camisa branca o melhor que podia, bateu as sujeiras da calça, ajeitou o paletó marrom, pegou a bicicleta do chão e me esperou para que eu o acompanhasse. Fomos andando até em casa, confesso ser adorador desses momentos em que eu e Bucky apenas ficamos um na presença do outro, sem diz uma palavra, apenas trocando curtos olhares acompanhados de singelos sorrisos. Eu sei que isso parece bem cliché, mas eu gosto, eu gosto de tantas coisas no meu amigo que tem vezes que um simples gesto me faz pensar nele. Eu sei que não devia ser assim, eu devia falar desse modo, coisas desse tipo sobre uma bela mulher e não sobre meu amigo, mas não, nem sempre seguimos o padrão, nem sempre se faz algo que é feito por todos ou se gosta de algo que é do gosto de todos, por isso eu não ligo se é errado, se vão me julgar, eu realmente não ligo.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, tá aqui mais um capitulo. Espero que tenham gostado. Não esqueçam de comentar, beijos e até a próxima.



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