~ Toby

Ainda estou meio surpreso com a maneira que a Spencer me defendeu, ela realmente acredita em mim, e eu ainda nem contei que a Jenna voltou. Enquanto vamos pra minha casa, consigo sentir ela bem apertada contra mim. Quando chegamos ao café, desço da moto e ela também.

– Você tem certeza disso? – pergunto enquanto subimos as escadas.

– Já disse que posso dormir na casa de uma das meninas, se não estiver bom pra você. – ela diz.

– Eu quis dizer se você tem certeza que quer sair de casa? Não é algo muito legal. – falo, e ela apenas sorri.

– Eu to começando a achar que você está com medo de ficar comigo sozinho. Já que na ultima vez você não resistiu. – ela diz se aproximando e sussurrando.

– Acho melhor você para de me provocar, dona Hastings. – falo pra ela.

– Você sabe cortar o clima, você me chamou como chamou minha mãe. – ela diz, e entramos rindo em casa. Caleb está jogado no sofá sem camisa e comendo um pedaço de pizza.

– E ai casal? – ele pergunta.

– Veste uma blusa por favor. – digo, quando vejo Spencer encarando ele, sinto um pequeno embrulho no estomago.

– Não se preocupe, sua garota pode babar por mim. Mais ela gosta de você.

– Você é ridículo. Posso ir pro quarto? - ela pergunta sem graça, e eu apenas aceno com a cabeça.

– Então quer dizer que ela vai dormir aqui? - ele pergunta.

– Sim. Ela discutiu com os pais por minha culpa. - eu digo e então conto o que aconteceu no jantar.

– Sério mesmo que ela disse isso? Cara, ela te defende como ninguém. - ele diz me olhando meio assustado. - O que essas garotas estão fazendo conosco?

– Concordo com você, mas o que quer dizer conosco? - pergunto e me sento ao seu lado.

– Ontem eu passei a noite conversando com a Hanna, como nunca conversei com uma menina. Falei dos meus problemas com meus pais, em como é difícil pra mim me apegar e ficar num lugar só. E foi incrível, ela me ouviu. E a maior surpresa de todos, eu não me importei quando ela disse que não estava pronta pro sexo, eu só fiquei ali e quis ouvir cada coisa que ela dizia. Cara, eu posso te dizer: eu estou ferrado com essa garota.

– Uau! - eu fico meio chocado em ouvi-lo dizer isso, Caleb por ter esse jeito dele, conhece mulher com uma piscadela.

– Exatamente, uau. - ele diz e recosta no sofá e fecha os olhos. - E não tenta me dizer que é diferente com a Spencer não, eu vejo o modo que vocês se olham. Meu Deus, eu estou soando como uma mulherzinha.

– Sim, você está. - eu digo, e ele me dá um soco.

– Vai lá com a sua namorada. - ele diz, e eu me levanto quando estou na porta do quarto, escuto ele gritar. - Façam sexo com proteção e sem gritaria, tem outras pessoas na casa.

– Seu amigo é um idiota. - Spencer diz corada, ela está sentada na cama com o celular na mão.

– Sim, mas é o melhor que eu tenho. - respondo, e então tiro minha camisa. - Você trouxe roupa pra ir pra aula amanhã?

– Não, mas vou passar amanhã em casa pra pegar algumas coisas. E estou indo pra casa da Hanna também. - ela diz desviando os olhos do meu corpo.

– Não vai querer ficar aqui comigo? - pergunto, e então pego uma camisa minha e jogo pra ela.

– Não é isso. É só que mora você e Caleb aqui, e vocês podem se sentir incomodados comigo. - ela diz, mas então se levanta.

– Nada a ver isso, eu vou trabalhar depois da escola e Caleb não para em casa, então você pode vir pra cá e ficar tranquila. - digo, mas então ela puxa a blusa e fica apenas de sutiã na minha frente, não consigo fazer meus olhos pararem de observá-la.

– Para de olhar. - ela reclama, colocando a camisa rapidamente.

– Você resolve se despir na minha frente, e não quer que eu olhe.

– Sim. Eu não quero ir no banheiro e sair de lá com sua camisa com minhas pernas de fora na frente do seu amigo. - ela diz, enquanto abaixa o short. E o que eu sinto a vendo com minha roupa é algo completamente machista e territorial.

– Pensando bem, também acho melhor você ficar assim só perto de mim. - falo rindo, ela se vira e coloca sua roupa na bolsa que está na cama. Me aproximo devagar e fico atrás dela. - Eu gosto de você na minha roupa, e gosto como suas pernas são infinitas.

– Continue, estou gostando disso. - ela diz se virando e sorrindo. - Adoro elogios.

– Okay então. Eu gosto quando você faz essa caretinha quando rir, e gosto quando desafia seus pais por que não concorda com eles, adoro o fato de você ser toda delicada por fora quando por dentro é forte e diz o que quer. E gosto quando você cora por alguém falar alguma besteira, mas gosto muito mais quando você me beija como se eu fosse água e você estivesse no deserto. - ela sorri e me beija, então com falta de ar, ela para e passa os braços pela minha cintura e pousa a cabeça em meu peito. Do nada ela vira o rosto e roça o nariz em meu peito.

– Você acabou de me cheirar? - pergunto rindo, ela apenas acena com a cabeça, mas então ela simplesmente passa a língua também, como se estivesse me saboreando, enrijeço na mesma hora e pressiono meu corpo de encontro ao dela, que dá uma estremecida. Corro meus dedos pelos seus cabelos e a escuto gemer.

– Spencer, você não pode fazer coisas como me lamber e esperar que eu fique quieto, e não geme assim também. - digo com a voz rouca, ela então levanta o rosto em minha direção e me encara.

– Você falou sobre o que gosta em mim, está na hora de retribuir. - ela diz nos virando, e me empurra lentamente na cama e se senta no meu colo. - Eu gosto quando você me olha desse jeito sexy que me faz sentir borboletas em todo meu estomago. - ela diz e então beija meu pescoço. - Adoro sentir sua pele contra a minha, e gosto desse seu perfume e ao mesmo tempo seu próprio cheiro. Gosto quando você rir das coisas mais idiotas que eu digo, e gosto quando você diz que sou forte. Mas eu gosto principalmente do jeito que você faz com que eu me sinta.

Por vários segundos, ficamos apenas nos olhando, até que eu não aguentando mais encostei os lábios nos dela e invadi a sua boca, sua língua quente e úmida, desliza deliciosamente sobre a minha. Ela então pressiona o corpo com mais força contra a minha ereção.

– Toby... - ela arquejou, interrompendo o beijo. Passei os braços ao seu redor e seus olhos buscaram os meus, a expressão ao mesmo tempo nervosa e faminta. Me inclinei corri meus lábios sobre a pele do seu pescoço, experimentei o sabor da sua pele com a boca, correndo os lábios suavemente por ela, e, com seus gemidos, só fazia eu a querer mais avidamente. Ela então puxou minha cabeça baixo, na direção dos seus seios. Entendo na mesma hora, cheguei para trás e os tomei nas mãos, sopesando-os. Na mesma hora nos encaramos e seus olhos estavam brilhando de desejo, assim como os meus também deviam estar.

– O jeito que você me faz sentir. - ela suspira, e continua me olhando. - Nunca me senti desse modo.

– Idem. - respondo, e volto meus olhos para seu corpo. Sua blusa já estava enrolada em sua cintura, como se pedindo permissão para poder tirar sua blusa encaro-a e ela apenas assente, ergo sua camisa e a tiro lentamente. Meus olhos percorrerem seu corpo, a deito e fico por cima, e ela estando ali deitada com seu sutiã simples de renda preta, eu sinto como se algo forte caiu sobre a minha cabeça. Eu estou completamente apaixonado por ela, essa garota que semanas atrás era apenas uma patricinha fútil para mim.

– Eu sinto que se a gente começar algo, eu não vou conseguir parar. - digo olhando em seus olhos.

– Eu não quero que você pare. - ela responde, e levanta a cabeça buscando meus lábios.

Spencer Hastings, vai ser a minha morte.