Carte Mystique escrita por Starlight


Capítulo 6
Cinco: Oposições


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora na postagem, um monte de problemas (técnicos e emocionais) acabaram atrasando muuuuito a postagem, prometo que irei retomá-la!



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Cinco: Oposições

Após dito o nome da carta, o brilho da mesma envolvia o garoto de cabelos negros em um formato de cúpula que acompanha a silhueta de seu corpo, explodindo por seguida com lampejos roxos de energia que tomavam uma pequena área ao redor.

Seus cabelos se alongaram até a cintura e eram cobertos por um chapelão preto. Vestes nobres de mesma tonalidade vestiam o torso e pernas do garoto, junto com um sobretudo roxo aberto, deixando à mostra as vestes negras.

Tinha uma Vihuela de padrão medieval às costas e um fragmento muito pequeno de uma máscara acoplada ao lado esquerdo do sobretudo, firmava as luvas de dedos cortados às mãos enquanto pisoteava suas botas de couro pretas ao solo, as firmando nas pernas.

– Vai se arrepender pela sua insolência. – O garoto apanhou sua Vihuela e fuzilou Henry com o olhar. – Mas antes disso, saiba o nome de quem irá lhe punir.

– É sério isso? – Henry saltou para trás, assustado com a transformação do garoto. – Qual o seu nome?

– Klaus Izyrius, acompanhado de Euzebius, o bardo negro. – Situou-se em demasiada posição frente a Henry, o observando com um semblante de inferioridade perante o jovem recém chegado ao reino. – Agora, sofra.

– Black Sound: Black Strings. – Após a pronúncia feita por Klaus, o garoto dedilhou as cordas em sentido vertical as banhando com uma áurea roxa, proliferando-se além das cordas no mesmo formato destas, indo em filetes horizontais de energia contra Henry.

No desespero, Henry começou a correr dos filetes que atingiam aleatoriamente o solo. Um deles explodiria próximo a Henry, o enviando longe pelo impacto da explosão.

– Ah! - Henry cairia de bruços no chão seguido de duas cambalhotas. Incapaz de se recompor imediatamente, apenas via Klaus se aproximando lentamente, voltando o palmo às cordas da Vihuela.

– Ainda não entendo como você veio parar nessas terras. – A energia roxa proliferou-se ao redor de Klaus banhando as cordas novamente, prontas para realizarem um segundo ataque. – Volte de onde veio.

Henry fechou os olhos enquanto Klaus tocava levemente as cordas num pré movimento antes de expelir a energia contra seu alvo. Neste momento, uma luz esverdeada tomou conta do local que, mesmo com a claridade do dia, tornou-se mais iluminado com tal energia, chamando a atenção de todos dentro da região onde isto acontecera.

– O que é isso? – Henry olhou para seu peito, vendo que sua Carte Mystique era a fonte de toda essa luz e se mantinha suspensa no ar como se aguardasse algo. – Seu nome!

– Erius, terra! – Após o grito de Henry, o brilho se expandiu grotescamente mudando toda a aparência do garoto. Seu cabelo se alongava e tornava-se espetado, revoltado. Seus olhos também tornavam-se verdes em uma tonalidade jamais vista. Seus músculos se definiam e sua camisa era substituída por um colete de pano preto aberto que cobria apenas o peitoral, braceletes pretos com bordas verdes cobriam os antebraços de Henry, um cinto preto segurava a sua calça jodhpur bege, seus pés estavam descalços.

Após o fim da transformação, toda a luz esverdeada que tomou o local se concentrou em Henry, explodindo em feixes que empurraram discretamente Klaus para trás.

– Não é possível! – Klaus gritou, puxando as cordas enquanto era arrastado, enviando os filetes roxos contra Henry. – Black Strings!

– Primordial Rock: Wall! – Um tom de voz diferente do de Henry se pronunciou e conforme o que fora dito feixes esverdeados de energia se concentravam no solo a frente emergindo deste um grande muro de rochas brutas cujo qual bloqueava os filetes, criando uma explosão mediana que ecoava estrondosamente pelo local.

– Impossível. – Klaus não se conformava com o que vira em sua frente. – Você não pode ser o escolhido.

– Minha reação foi a mesma que a sua, Klaus. – Disse Henry

– Alguém comum como você com esse poder? – Klaus fechava o semblante, rangendo os dentes. – Só pode ser brincadeira.

– Como eu consegui fazer este muro para me proteger? – Henry se martelava em pensamentos, não entendendo como fizera aquilo. – Parece que algo fez isso por mim.

– Me oponho contra a possibilidade de que é o escolhido, maldita farsa! – Klaus acoplou a Vihuela em uma base situada às costas ainda mantendo o semblante de raiva.

Momentos depois em que Klaus repousava a Vihuela às costas, tomou corrida contra Henry, envolvendo o seu punho por uma quantia de energia maciça da coloração negra, o cerrando para o ataque.

– Black Hand! – Gritou Klaus enquanto a energia se expandia após o grito.

Klaus saltou por cima do muro contra Henry, entretanto, no momento que se aproximara para atingir o garoto algo absorveu seu golpe cujo qual expeliu toda aquela energia focalizada sobre o material absorvente em questão, refletindo a energia que era disparada em direções aleatórias no local, atingindo alguns civis de raspão.

– Klaus, chega! – Uma voz grave ordenou.

– Tinha que ser. – Klaus bufou em seguida, se afastando do local onde fora interceptado.

Então se revelava um homem de aproximadamente 1,70 metros de altura, robusto, olhos escuros e cabelos ruivos com o rosto coberto por uma gigantesca barba que caía até seu peitoral, entrelaçada, usava uma armadura gigantesca que de metal escuro que o cobria dos pés a cabeça, tornando o corpo totalmente blindado. Posicionava um grande escudo prata cujo qual fora o objeto utilizado para interceptar o golpe de Klaus.

– Klaus, o que pensa que está fazendo? – Indagou o homem.

– Estou cuidando de assuntos particulares meus. – Respondeu Klaus

– Não aqui no reino! Retire-se já ou terei de chamar os guardas! – Gritou o homem batendo o grande o escudo no solo, vibrando em uma área próxima a qual se situava.

Klaus imediatamente cessou a sua reação de raiva, observando toda a situação. Ergueu o palmo destro, a transformação era desfeita conforme sua Carte Mystique se se materializava gradativamente no palmo erguido.

– Teve sorte desta vez, escolhido. – Disse Klaus, dando as costas em seguida e tomando uma caminhada linear pela rua.

Conforme Klaus deixara o local do confronto relâmpago que teve com Henry, o olhar dos civis era voltado ao garoto remanescente no local, eram olhares que se enchiam de brilho por reconhecerem a transformação.

– Ele é o escolhido! – Dizia um dos civis, alegrando-se.

Após isso, um coro de civis gritou em comemoração com isso, saltitando como se ali tivesse se tornado um local de festas.

Conforme os civis comemoravam, a transformação de Henry se desfazia, materializando sua Carte em um bolso da calça.

– Pelo visto os rumores eram corretos. – Disse o homem de armadura, sorrindo.

– Quais rumores? – Indagou Henry.

– De que você é o escolhido. – Permaneceu com o sorriso no rosto, guardando o escudo às costas.

– Esse escudo não é muito grande? – Observava o tamanho enorme do escudo que era posicionado às costas do homem, tampando sua retaguarda inteira.

– Me dou bem com ele. – Deu uma leve risada enquanto alisava a barba. – A propósito, perdoe minha falta de educação, me chamo Behard.

O homem então estendeu o palmo para Henry que retribuiu em seguida com um aperto.

– Sou um dos guardas de elite do reino de Soutur.

– Essa armadura e escudo fazem parte da sua Carte Mystique? – Indagou Henry.

– Não possuo uma Carte Mystique. – Behard sorriu. – Sou apenas um soldado com um grande escudo.

– Mas como consegue lutar com um escudo desse tamanho?

– A defesa sempre foi o melhor ataque, eu bloqueio os golpes com meu escudo e revido com o mesmo, usando sua superfície rígida ou suas laterais que são cortantes.

– Incrível... – Henry começava a se familiarizar com a ocasião.

– Bem, perdoe pelo alvoroço mas é que os escolhidos estavam praticamente extintos até você aparecer, por isso a oposição do Klaus. – Disse Behard.

– Quem é ele? – Indagou Henry.

– É um garoto muito talentoso que também veio do seu mundo, perdeu os pais em um incêndio e acidentalmente achou o portal para cá enquanto fugia do edifício em chamas. – Disse Behard. – Ele já está aqui tem um tempo, irá ingressar na nova turma da Academia que começa na próxima semana.

– Quer dizer que ele será da minha sala?

– Suponho que sim, não se assuste. – Disse Behard repousando o palmo destro sobre o ombro de Henry. – Se sairá bem como o escolhido mesmo que na sua sala existam muitos jovens talentosos.

– Mas eu nem sequer sei como me transformar, apenas consegui agora por uma necessidade. – Disse Henry.

– Conheço alguém que pode te ajudar. – Sorriu Behard.

– Quem é? – Indagou Henry.

– Seu nome é Owh’s. – Disse Behard. – Se quiser posso lhe conduzir até lá, ele se encontra em uma região isolada nos arredores do reino, é a floresta da penumbra.

– Por que ela é isolada? – Indagou Henry.

– Muitas pessoas que cruzaram essas terras não voltaram com vida e as que voltaram, morreram dias depois por insanidade. – Behard fechou o semblante. – Por isso eu irei lhe escoltar, é um lugar de risco, mas que irá lhe ajudar muito. O Owh’s se encontra lá apenas no horário mais perigoso, quando o sol se recolhe.

– Certo, quando iremos? – Indagou Henry.

– Quando as suas aulas começarem, não podem desconfiar de que você está indo para fora do reino sem as atividades acadêmicas terem começado.

– Está bem.

– Agora vá para a sua casa, seu dia já foi um tanto quanto conturbado. – Behard deu uma pequena tapa nas costas de Henry, lhe induzindo para o caminho de sua casa.

Henry tomou caminhado deixando todos os civis que ainda comemoravam enquanto davam leves tapas enquanto o garoto passara por eles, ouvindo frases como “Obrigado por voltar!”, “Nosso salvador”.

De longe, uma pessoa encapuzada situava-se dentre os civis e conforme o avanço de Henry, o acompanha no mesmo sentido.

– Estranho como eu estou começando a achar tão normal tudo isso, mesmo que quase tenham me matado hoje. – Murmurou Henry para si mesmo, chegando na pequena escada que levava até sua casa.

– Sei como é, não me acostumei direito. – Um pequena risada surgiu após a frase de um voz feminina que primordialmente deixou Henry confuso, o fazendo girar em círculos procurando a diretriz sonora da mesma.

– Quem está aí? – Gritou Henry, assustado pela voz repentina em um local cujo qual apenas ele anteriormente se encontrava.

– Aqui em baixo. – Sorriu, tirando o capuz em seguida.

Henry se pendurava no fim do corrimão das escadas próximo à porta para enxergar quem estava lá em baixo. Ao ver aquele cabelo ruivo e um par de olhos verdes sedutores Henry ficou inconformado, boquiaberto com quem estava ali.

– Não pode ser... – O coração de Henry disparou. – Atherya?!


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