Algumas pessoas saem da sala outras ficam conversando e lanchando, eu continuo mais alguns minutos terminando de copiar o assunto no caderno. Rin se levanta e diz para mim:

– Você trouxe alguma coisa para lanchar?

– Não. - Respondo enquanto fecho o caderno e guardo as canetas no estojo.

– Ótimo!! Se você quiser pode vir comigo para a lanchonete.

– Quero, obrigada. - Respondo.

– Então vamos.

Nesse instante o professor aparece na porta, olha para a turma procurando alguém e diz:

– Kagamine Rin, você poderia me acompanhar eu preciso falar com você.

– Claro professor. - Ela diz e em seguida olha para mim. - Me desculpe, Luka.

– Tudo bem, não tem problema. - Digo. E logo após ela sai da sala com o professor.

Penso em ir sozinha, mas sou impedida quando lembro que não faço a menor ideia de onde fica. Então volto para a minha carteira, abro a bolsa e pego o dinheiro. Quando me preparo para sair da sala e perguntar a alguém onde fica a lanchonete Len pega o meu pulso, eu realmente acho que ele tem um grave vício em fazer isso, e dessa vez três de seus dedos escorregam suavemente pelas costas da minha mão, me fazendo olhar imediatamente para ele.

– Não se preocupe eu levo você. - Ele diz. Fico corada, não sei se ele percebeu, mas fiquei realmente envergonhada. Dessa vez ele tocou na minha mão, mesmo que levemente, e eu senti de novo aquela sensação do trem.

– Obrigada. - Digo. Transparecendo normalidade.

Ele sorri, solta meu pulso e me pede para acompanha-lo. Nós descemos as escadas, passamos pelo corredor, viramos a direita e seguimos reto. Então vemos uma porta branca com janelas, Len passa por ela, olho para vários locais ao mesmo tempo tentando absorver o máximo possível de informação.

Tem uma área para os alunos se servirem no fundo, do lado direito, uma área com cinco maquinas de salgadinhos e bebidas, do lado esquerdo, e ao redor as mesas. Eu e Len nos dirigimos para as maquinas.

– Qual você vai pegar? - Ele pergunta apontando para a máquina de salgadinhos.

– Esse. - Digo apontando para um salgadinho com embalagem preta.

– Por que?

– Porque nunca provei.

Ele olha pra mim e diz:

– Bem pensado, vou pegar esse também.

Um sorriso se forma nos meus lábios, pegamos os salgadinhos e um suco "misto de frutas" que acabou de ser lançado. Nós sentamos nas mesas, um do lado do outro e ele diz:

– Vamos ver se esse "misto de frutas" vai ser aprovado pelos especialistas...

– Quem são os especialistas? - Pergunto curiosa.

– Ora quem... nós. - Ele diz abrindo a tampa do suco. - No três nós provamos e falamos uma nota de 0 a 10, ok!?

– Ok. - Falo com empolgação e abro a tampa.

– 1,2,3.

Provo o suco e falamos na mesma hora:

– 8,5. - Nós nos olhamos um pouco e rimos pelo fato de termos dito a mesma coisa.

– Por que 8,5? - Ele pergunta.

– Sei lá, foi o número que surgiu na minha cabeça.

– Eu pensei é um suco bom, mas não é incrível.. 8,5. - Ele diz e começamos a rir. Quando acabamos ele continua. - Luka...

– O que? - Pergunto.

– Eu quero te mostrar um lugar.