Estava quase tudo pronto. Nós iríamos embora daqui mais ou menos duas semanas. Eu não podia mais adiar isso. Se eu não podia ficar perto dela, todos nós devíamos ir embora.

 O celular ao lado do sofá do meu quarto começou a tocar. Ignorei. Logo uma mensagem chegou. A vi, podia ser alguma coisa importante.

 Edward, vocês vão ficar conosco depois que de saírem de Forks¿ Eu e Jazz estamos no meio de uma floresta no Canadá, em um chalé, perto de Ottawa. Qualquer coisa... Eu estou vigiando o futuro dela. Não vai dar nada de errado.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         Beijos, Alice.

 Logo depois que fechei a mensagem apareceu um aviso de que haviam 53 chamadas perdidas. Alice estava tão desesperada assim¿

 Esme estava fazendo as malas e se despedindo da sua casa, lamentando o tempo que levou e o prazer que sentiu decorando a casa.

 Rosalie estava pensando em como seria nossa nova casa, se as pessoas no Canadá começariam a chamá-la de maravilhosa e linda. Como sempre... Rosalie é fútil e sem cérebro.

 Emmett estava pensando em sua primeira caçada por lá, se lá teriam muitos ursos raivosos.

 Carlisle precisava de uma desculpa para dar o hospital. Ele tinha acabado de pensar em falar que ele recebeu um emprego num hospital de Los Angeles... A ensolarada Los Angeles... Um lugar onde nunca iríamos viver. Certamente assim que Bella soubesse da mentira pra onde íamos, ficaria irritada, porque sabia que não íamos pra lá.

 Alice estava vigiando o futuro de Bella constantemente.

 Jasper se martirizando e bebendo sangue animal até não poder mais. Sempre pedindo desculpas em mente.

 E eu... Eu tentava me concentrar no barulho de seu coração...

 Tum, Tum, Tum...

 O som mais perfeito do mundo ecoava em meus ouvidos. O som do seu coração... O som pelo qual eu rejeitei minhas origens.

 Eu choraria se pudesse por não ler sua mente. E sabia que nunca a leria. Eu nunca mais iria vê-la depois dessas duas semanas. Nunca...

 Esse era um mantra diário, estava gravado na minha mente.  Eu tinha que me acostumar com a idéia se não quisesse acabar por definhar até o resto da minha existência, o que duraria demais sem ela.

 Minha alma estava perdida, todos os dias na escola eu parecia um morto, nem o sangue daquelas medilcres crianças me afetava mais, só o sangue dela. Eu tentaria me matar de diversas formas depois disso.

 Eu não tinha razão pra viver mais. Eu a deixaria, e depois ficaria no meio da floresta, sob chuva e sol.  Tentaria me matar de diversas maneiras. Sofreria de qualquer jeito. Derrubaria meia floresta com tamanha raiva por mim mesmo. Mas o ódio is continuar me consumindo, até que eu tivesse coragem de pedir à alguém me matar.