1929

Era um dia chuvoso, Úrsula olhava pela janela do banco de trás de um carro,com Emily no colo e um homem dirigindo o automóvel . Ele para em frente ao internato por ordem da mulher. Úrsula desse do carro e vai em direção ao portão,quando o homem decide chamar a sua atenção.

–Ei,mocinha,esqueceu de me agradecer? Você prometeu um agrado se eu trouxesse você aqui. – Disse o homem.

–Oh,como eu pude esquecer? Eu devo estar ainda um pouco tonta da viagem.

Úrsula coloca sua filha no banco de trás e volta em direção ao homem,levantando a saia longa até um pouco acima do joelho e senta em seu colo. O homem começa a ficar animado e coloca sua mão na perna direita,reparando em um objeto estranho,rapidamente,a mulher retira o revolver preso na perna e atira na cabeça do rapaz. Volta seguindo a direção do internato, já com Emily nas mãos.

–Aprenda uma coisa,pequena Emily,Damas nunca devem nada a ninguém.

Quando a mulher está prestes a bater nas gigantes portas do lugar,ele desmaia e cai nas escadarias. O choro de Emily acaba chamando atenção da Sra. Simone Davis,mãe de Úrsula e Martha,que ao ver sua filha desmaiada,logo chama ajuda dos outros funcionários.

–Onde estou? – Falou Úrsula,ainda meio tonta,deitada em uma cama do internato.

–Está tudo bem agora – Dizia uma enfermeira tentando tranquilizar

– Toma,beba essa água,você vai se sentir melhor. Eu vou ter que fazer uma coisa,mas não se preocupe, sua irmã estará cuidando de você.

Quando a enfermeira sai pela porta,Úrsula cospe a água e joga o resto nos sapatos de Martha,que fica sem nenhuma reação,apenas observando sua irmã.

– Da última vez que eu te vi você falava,mas isso faz muito tempo... –Falava Úrsula- Me conte as novidades,se casou? Tem quantos filhos?

O silêncio toma conta do ambiente.

–Bom,não quer falar? Então eu já devo deduzir. Solteira ainda,não é? Vivendo nesse internato não deve conhecer muita gente mesmo.

– Eu te odeio.

– Olha só quem resolveu falar! Agora abre a boca e me diz onde a mamãe está?

Simone estava sentada em sua cadeira,virada para a parede,em uma sala muito escura,quando a sombra Úrsula aparece em frente a porta com uma faca na mão,fechando vagarosamente a porta.

American Horror Story: Boarding

1949

Durante a aula do professor Edward,Ramona se manteve de cabeça baixa,pensativa,diferente de suas colegas,que faziam questão de escancarar a sua admiração ao novo professor. No fim da aula,Ramona continuava da mesma maneira,parecia estar nervosa com algo,provavelmente com o que havia acontecido noite passada,mas ao tentar sair da sala,é interrompida por Edward que segura seu braço.

– Calminha aí,Ramona! – Diz o professor.

– Desculpa,eu tenho muitas coisas para fazer e...- Tentava fugir do assunto.

– Eu percebi que você andou meio... pensativa durante a minha aula,aconteceu alguma coisa?

– Bom,ouve alguns problemas...

– Que tipos de problemas?

–Eu... não sei explicar...

– Tudo bem se não quiser falar,Ramona,mas eu quero que saiba que estarei aqui caso precise de alguma ajuda.

Edward coloca sua mão sob o ombro de Ramona,que recua e sai apressada da sala,quando percebe já está sozinho,o professor fecha a porta e abre outra do armário,revelando guardar uma estudante amarrada e amordaçada.

– Que tal a gente brincar um pouquinho? – Falou Edward se agachando em encontro com o órgão genital da garota.

De repente,é surpreendido com batidas na porta e rapidamente fecha o armário e vai atender, era Ramona e parecia decidida. Enquanto isso,Úrsula fumava tranquila na sua sala,quando Martha entra com alguns papéis.

– O que é isso? – Pergunta Úrsula.

– Isso são os papéis do hospital onde Sue está internada

– Falando nisso,sabe como ela está?

– Eu não sei e também não me interessa. – Falou Martha já se aproximando as saída.

– Você sabe que eu não engoli esse seu maridinho,não é? Desde pequena seu destino era ficar brincando de chá com as bonecas,enquanto eu me divertia com os meus brinquedinhos pessoais.

– Do que está falando?

– Você sonhava com um príncipe encantado,mas todas suas tentativas falharam, tentou até me matar quando eu voltei,e pior,seu surto quase matou a mamãe. Seria uma pena se ela descobrisse,não?

''Foi em 1929...

– E então,vai falar? Cadê a mamãe? – Repetiu Úrsula.

– Eu te odeio!

– Isso eu já entendi,agora quero uma novidade!

– Você sempre foi uma vadia!

– Olha só,quem te ensinou essas palavras feias? Princesas não falam palavrões,ou você acordou do seu sonho maluco de conto de fadas?

– Não fala assim comigo!

– Ou vai fazer o que?

De repente,Martha pega um travesseiro e começa a tentar matar sua irmã pressionando o travesseiro sobre seu rosto,mas Úrsula pensa rápido e quebra o copo na cabeça de Martha, fazendo com que ela soltasse o travesseiro,deixando assim Úrsula fugir. A mulher vai até a cozinha e pega uma faca,e volta ao corredor,decide falar com sua mãe,Simone,mas ao entrar perceber algo estranho.

– Mãe? – Úrsula começa a sacudir sua mãe,mas ela não respondia.’’

– E então,eu percebi que ela foi envenenada . – Contou Úrsula. - Admita,você já estava planejando isso,não é?

–Eu não sei do que você ta falando,tenho coisas mais importantes para fazer. – Recuou Martha.

–Sabe de uma coisa? Eu tenho pena de você. Você que sempre foi tão sonhadora e nunca ouviu aquela palavra... “Mamãe”. Parece que novamente ultrapassei você na vida, está pronta para desistir e entregar o jogo,”Titia”?

Martha surtou e começou a quebrar tudo que havia naquela sala,enquanto Úrsula tinha um ataque de risos coma a cena,até a Martha sair irritada,batendo a porta. Enquanto isso, Ramona fugia novamente do internato,mas dessa vez ela estava indo para o hospital onde Sue estava internada.

– Sue! – Dizia Ramona balançando a garota na cama. – Acorda,sua vadia!

– Quem é? Quem é que ta aí? – Falava Sue ainda meio confusa.

– Sou eu!

– Ramona? O que venho fazer aqui?

– Eu preciso saber o que aconteceu naquela noite,quem fez isso com você?

– Foi um homem,ou seria uma mulher? Ele estava com um faca... eu acho.

– Você não ta ajudando em nada. Só me fala,fui eu,Ramona,que fez isso com você?

–Ramona... Agora eu me lembro,foi você! Você é uma assassina!

Ramona,então, sai correndo do lugar e volta ao internato cada com a noticia e é acolhida pelas amigas. Em um local fora do internato,num quarto cheio de bonecas danificadas e deformadas,onde Martha brincava de chá com algumas das bonecas que mais pareciam um coleção.

–Você quer mais chá,Sra. Doce Amargo? – Conversava com as bonecas. – Como assim você não quer mais chá? Você tem que tomar!

Martha arrancou a cabeça da boneca e jogou longe,na parede atrás dela havia uma menina morta vestida como uma das bonecas em uma prateleira. No internato,Sinome chegava acompanhada por Úrsula que mostrava todos os lugares,até chegar a sua sala,onde sua mãe entrou primeiro,mas antes dela entrar,Úrsula se vira e vê um vulto,quando volta em direção a porta,dá de cara com uma menina idêntica a Sue.

– Como vai,mamãe? – Disse a garota.

– Você voltou,Emily!

– Sentiu saudades?