Love is the Cure escrita por Lover


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Sim, eu sei.
Já faz uns meses que eu não posto... Não me matem.
Mas agora estou de férias. Tcharam!



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UMA SEMANA DEPOIS

Alguma coisa estava definitivamente errada.

Por mais que não comentassem em voz alta, todos sabiam que o sumiço da caixa onde o Nogitsune estava preso – principalmente Lydia – significava algo. Todos sabiam que, por mais que Stiles permanecesse calado, algo estava perturbando-o.

— Já disse um milhão de vezes, Scott. – Stiles rugiu, agarrando o livro de Álgebra II do armário. – São apenas sonhos.

— Claro... Sonhos que fazem você quase enforcar Lydia no meio da sala de aula e chorar como uma garotinha assustada no banheiro. – Scott bateu a porta do armário.

O menino bufou, revirando os olhos. Por mais que Stiles odiasse admitir, algo, com certeza, não estava certo.

— Sei o que está pensando, Scott. – Stiles se virou para o lobo. – A caixa sumiu... Mas provavelmente a chuva a levou ou algum menino a encontrou enquanto brincava na terra. Nada demais.

Stiles agarrou a chave do Jeep e a enfiou no bolso da calça. Sua mão tocou algo com uma textura áspera, que Stiles não se lembrava de ter colocado no bolso. Ele tateou o objeto procurando identifica-lo.

Ao puxar do bolso, percebeu que era uma bola de papel amassado. Stiles desamassou o papel com cuidado.

Era uma página amarelada, arrancada de algum livro, marcada com um carimbo da velha biblioteca de Beacon Hills. No verso, havia palavras anotadas com uma caligrafia desajeitada: 789 Birchfield Avenue.

Scott lançou lhe um olhar de advertência e tomou o papel da mão do menino. Ele não disse nada; não precisava. Ambos reconheceram aquela caligrafia imediatamente. Aquela era a letra de Stiles.

* * *

Mesmo depois de passar a aula de Álgebra II inteira encarando o pedaço de papel, esperando lembrar-se de qualquer coisa, Stiles não conseguia imaginar como aquele papel tivera ido parar em seu bolso.

Ao sair da sala, sentiu algo agarrando seu braço e o puxando para uma sala de aula próxima.

— Mas que diabos...? – Stiles ajeitou a camisa.

Seus olhos demoraram alguns segundos para se adaptar a pouca luminosidade da sala.

— Lydia? – Stiles semicerrou os olhos para enxergar a face da menina.

— Cale a boca, seu idiota. – Ela fechou a porta da sala, deu uma espiada para se certificar que estavam sozinhos e acendeu a luz. – Agora me de o bendito papel.

Stiles piscou.

— Como você soube? – indagou, arqueando as sobrancelhas.

— Alô! Poderes de vidente. – ela enrolou uma mecha de cabelo ruivo no indicador.

Stiles encarou-a, confuso.

— Sério? Você pode fazer isso? – seus olhos brilharam.

— Claro que não, seu idiota. – ela bufou. – Scott me contou. Agora vamos logo, o cheiro aqui é péssimo.

* * *

Assim que Lydia estacionou o carro, Stiles percebeu onde estavam: a velha biblioteca de Beacon Hills.

Lydian desceu do carro e ajeitou seu vestido florido. Ela examinou o papel novamente.

— É, - ela respirou fundo – vamos lá.

* * *

A velha biblioteca cheirava a chá e livros velhos. Havia milhares de prateleiras, cobertas de livros de todos os tipos e cores. Meia dúzia de senhoras – todas com mais de 60 anos – estavam com suas cabeças enfiadas em livros surrados.

Lydia empurrou a porta de entrada com os ombros, seguida por Stiles.

— Eu sempre tive medo daquele bibliotecária velha. – Stiles sussurrou para a menina. Lydia segurou o riso, lembrando de quando vinha com o pai na velha biblioteca e morria de medo da bibliotecária também.

Stiles encarou o ambiente a sua volta. Tudo estava exatamente como se lembrava: as mesas de madeira escura, os livros velhos espalhados por todos os lugares e até um cacto plantado em um vaso vermelho em cima do balcão.

— Procurando alguma coisa, queridos? – uma mulher, de uns 70 anos no mínimo, surgiu entre duas estantes, guardando um exemplar surrado de Hamlet.

Stiles cutucou Lydia com o cotovelo, esperando uma resposta.

— Nós estávamos só procurando um livro. – Lydia enrolou uma mecha de seu cabelo ruivo no indicador. – Bem antigo.

— Nós temos dúzias de livros antigos por aqui, querida. – A velhota encaixou mais dois livros na estante empoeirada. – Posso servir uma xícara de chá para os dois pombinhos?

— Não somos namorados. – Stiles pigarreou.

— Claro, claro... – a senhora limpou a poeira da estante com o indicador. – Essas estantes precisam de uma faxina. Das boas.

E dizendo isso, desapareceu entre as estantes.

— Isso foi estranho. – Stiles murmurou. – O que nós estamos fazendo aqui, afinal?

* * *

Depois de ficar quase uma hora na biblioteca, andando pelos corredores e observando os livros velhos, Lydia desistiu. Ela caminhou bufando até Stiles, que se encontrava debruçado sobre a mesa de madeira.

— Vamos embora, Stiles. – a banshee cutucou o menino. – Eu não achei nada.

Stiles ergueu a cabeça, observando enquanto Lydia falava consigo mesma. Os dois caminharam lentamente até a porta.

— Eu preciso de café. – Lydia sussurrou para si mesma. - Muito café.

— Ei. – algo tocou o ombro de Stiles. – Você.

Era aquela velha senhora com quem haviam falado com eles antes.

— Eu me lembrei de você. – ela deu um sorriso amarelo, olhando fixamente para Stiles. – Achei aquele livro que você tanto procurava outro dia.

Stiles arqueou as sobrancelhas e abriu a boca para intervir, mas Lydia deu uma cotovelada em sua barriga, ordenando que ele se calasse.

Ela esticou a mão enrugada e entregou um livro surrado para o menino.

— Remédios para memória uma ova! Minha memória está ótima, Dr. Sabe Tudo! – a senhora se virou e caminhou para o lado oposto, falando sozinha.

Como a senhora tinha se lembrado dele? Ele nem se lembrava da última vez que estivera naquela biblioteca. Alguma coisa não estava certa.

Stiles deu uma olhada rápida no livro. Tinha uma aparência antiga e cheirava a mofo, assim como todos os outros livros daquele lugar.

— Lydia, alguém da sua família chama Phill? – Stiles respirou fundo, agarrando o livro contra o peito.

— Sim, meu avô. Mas agora não é hora para isso, Stiles. Você não acabou de ver que a velha reconheceu você? – Lydia arregalou os olhos, puxando o livro da mão do menino.

— Lydia... - ele puxou o livro para mais perto de si. - Não sei se deveria...

Lydia olhou para ele, cerrando os dentes. Stiles sabia que não devia, mas não podia esconder nada dela. Ele entregou o livro para a menina, encarando o chão.

Ela olhou fixamente para ele. Na capa verde escura, estava escrito, em letras douradas: A história de Beacon Hills, por Dr. Phill Martin.

Phill Martin. O avô de Lydia.


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Notas finais do capítulo

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