Love is the Cure escrita por Lover
Notas iniciais do capítulo
Ai gente, eu peço desculpas pela demora. Eu disse que não demoraria para postar mas demorei pra car*lho.
Desculpinhas gente.
C O M E N T E M!
— O que é isso na sua mão? – Lydia agarrou a mão de Stiles, que estava sentado ao seu lado na mesa dupla.
— E agora misturem um grama de cloreto de sódio. – a professora ordenou, batendo o indicador na mesa onde Stiles e Lydia se encontravam.
Stiles, fingindo que não ouvira a pergunta, agarrou o frasco de vidro intitulado de cloreto de sódio e mediu o pó branco cautelosamente.
— Stiles! – Lydia censurou-o com o olhar.
— Não é nada, Lydia! – o menino bufou, sem sequer olhar para a menina.
Ela mordeu o lábio, ressentida. Era a terceira vez que o menino a cortava rispidamente naquele dia.
Percebendo o silêncio da banshee, Stiles virou-se levemente para ela.
— Está tudo bem. – ele sorriu. Por mais que fosse o sorriso mais falso do mundo, aquele sorriso confortou Lydia. Talvez nem tudo havia mudado.
— Não, Stiles. – Lydia respirou fundo. – Não está tudo bem.
Por um segundo, pensou em contar ao menino o que havia encontrado debaixo de sua cama.
Mas ela não podia. Aquilo ia mudar tudo. Ela seria a culpada. Ou melhor, ela era a culpada. Todas as coisas horríveis que estavam acontecendo – novamente – eram por causa dela. Lydia não podia permitir que mais alguém se ferisse por sua causa.
— Lydia. – Stiles chamou, arqueando as sobrancelhas.
— O que foi, Stiles? – ela resmungou, afastando os pensamentos.
O menino a encarou por um instante e direcionou seu olhar para o caderno da menina. Sem perceber, Lydia segurava uma caneta e rabiscava algo repetidamente na folha branca.
Lydia encarou a folha, agora cheia de espirais desenhadas rapidamente. Grandes, pequenas, leves, entrelaçadas: milhares de pequenas espirais cobriam a folha do caderno de Lydia.
* * *
Stiles empurrou a porta do banheiro com os ombros e andou em direção a torneira.
Abriu-a rapidamente e mergulhou as mãos na água fria, sentindo uma ardência irradiar pelos cortes, onde havia cravado as unhas na noite anterior.
Puxou um papel e enxugou as mãos com cuidado. Assim que levantou a cabeça, no espelho, pode ver a si mesmo e uma sombra atrás dele.
Foi como um vulto; Stiles não pode ver sua face.
O menino girou os calcanhares e encarou a outra parte do banheiro, sentindo, definitivamente, que havia mais alguém lá.
— Eu já disse, Stiles... – um sussurro baixo ressoou no banheiro. – Não há como fugir de sua própria mente.
Stiles sentiu o medo brotar em seu peito. Aquilo não estava acontecendo. Não podia estar acontecendo.
O menino, que já tremia, tentou manter a calma, respirando profundamente e tentando convencer a si mesmo que era apenas um sonho.
Ele abriu os olhos lentamente e começou a contar os dedos.
Um.
Dois.
Três.
Quatro.
Cinco.
Eram cinco dedos. Aquilo não era um sonho. Aquilo era real.
* * *
O ranger alto da porra soou no banheiro. Stiles, que ainda tremia, se virou rapidamente para a entrada do banheiro, onde Scott o encarava com um olhar estranho.
— Scott. – Stiles suspirou, aliviado em ver o amigo.
Scott, por outro lado, não parecia nem um pouco contente em ver o amigo.
Stiles pode ver os pelos começarem a brotar no rosto do lobo e suas orelhas começarem a se alongar lentamente.
— Scott, está tudo bem? – Stiles deu um passo em direção ao amigo.
— Você os matou, Stiles. – o lobisomem deu mais alguns passos para frente, parando diante do humano. – Você matou todos eles!
O menino recuou rapidamente, tropeçando nos próprios pés e caindo à mercê do lobo. Scott avançou mais um passo.
— Você matou Allison! – a cor castanha amendoada deixou os olhos do lobo, que passaram a adquirir a um tom vermelho brilhante.
Stiles recuou, se enfiando dentro de um dos banheiros privados. Tentou fechar a porta com os pés, mas o lobo fora mais rápido e agarrara a porta, escancarando-a.
O lobo agarrou o colarinho da blusa azul turquesa de Stiles e o prensou contra a parede gélida do banheiro.
— Eu vou fazer você pagar por isso! – Scott grunhiu.
Stiles fechou os olhos com força e cravou as unhas na palma da mão, se preparando para o pior. Esperou alguns segundos, esperando as garras do lobo fincarem em sua barriga, ou seus dentes cravarem em seu pescoço, mas nada aconteceu.
— Stiles! – algo chacoalhou sua cabeça.
O menino abriu os olhos lentamente, encarando o ambiente ao seu redor.
Ele se viu no banheiro masculino, encolhido em um canto com as mãos no rosto, chorando desesperadamente.
A sua frente pode ver um vulto. Sua visão demorou um tempo até voltar ao normal; as coisas iam focando lentamente. Ele demorou alguns segundos para perceber que quem estava diante dele era Lydia, e ela gritava.
Fora seu grito que o trouxera de volta do pesadelo vivo. O grito de Lydia.
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