Never Alone escrita por Arizona


Capítulo 8
O caminho dos tijolos amarelos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas.
Não vou me demorar nas notas iniciais.
Comente, recomendem, e favoritem.
Boa leitura.
Beijos com amor ♥



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Sinto uma leve pressão no meu pescoço, algo molhado preenche minha bochecha e de longe ouço sua risada infantil. Eu ainda estou dominado pelo sono que pesam em minhas pálpebras, mas sei que deve ser Alice agarrada a mim.

Abraço-a como uma ação involuntária por causa da desorientação. Aperto o pequeno corpo da minha filha no meu peito, sendo apertado de volta. Seus cabelos ondulados, macios, escorregam nos meus dedos.

Novamente algo molhado chegou as minhas bochechas, só que mais de uma vez. Eram beijos.

Pleciso ir à icola agola, papai. Te vejo mais tade...

Ela sussurrou, o que lhe respondo apenas com uma murmúrio de voz. Quando ela se soltou de mim, sou levado mais uma vez pela inconsciência. O silencio é inevitável.

Quando minha mente consegue captar sons outra vez, é que acordo. Viro-me na cama suspirando. A claridade que atravessa a janela coberta de neve nos cantos me incomoda. Talvez porque meus olhos não estejam tão acostumados assim a luz.

Sentei-me na cama espreguiçando meus braços, ouvindo meus ossos agradecerem ao serem estalados. Levantei devagar, nem uma das minha meninas estão na cama, então devem estar na sala.

Parei de andar ainda na porta do quarto, pois América estava cantando. Sua voz tão doce que me traz tanta saudades de quando ela ainda estava no palácio, perto de mim. Não é uma melodia triste como ela catou naquela noite que nos reencontramos, era uma canção tranquila, que trazia paz na sua letra.

Somewhere Over the Rainbow

Ela dizia. Fiquei parado observando-a distraída com a louça. E é tão maravilhoso vê-la, ouvi-la, era tudo o que eu sonhava e estava ali, a poucos metros de mim realizado.

Me aproximo devagar, trazendo sua cintura para junto dos meus quadris. América não se assusta quando a toco, parece ter se acostumado novamente com a minha presença. Logo seus dedos finos se estendem aos meus cabelos fazendo carinho. Beijo seu pescoço lhe provocando cócegas por causa da barba, ela continua cantando até que alcanço sua boca.

Puxei cada sentimento dos seus lábios aos meus, me deliciando com o sabor de mel que eles tem. Sua língua buscou a minha de uma maneira tão excitante que me eriçou dos pés à cabeça.

— Não estar com fome? – ela perguntou parando de me beijar para oferecer o café da manhã.

Mal sabe ela o que quero comer.

— Estou... muita!

Minha voz saiu parecendo mais um rosnado voraz. Meu deseje já evidente em meus olhos me denunciava. Mordi o lábio só de imaginar o corpo nu daquela mulher outra vez.

Prensei seu corpo contra abancada da cozinha, louvando por ela está usando um vestidinho na altura da coxa. Enfiei a mão por baixo da saia, segurando a redonda nádega esquerda dela. América suspirou quando fiz isso.

Tomei sua boca novamente me provocando delírio. Num impulso a coloquei sentada na banca, comigo no seu centro enquanto suas penas me rodeavam.

Eu estava enlouquecendo até que me lembrei de um detalhe.

Alice.

— Cadê nossa filha? – digo totalmente ofegante.

— Na escola... – América passa a lamber meu pescoço – Ela foi te dar um beijo antes de sair, você não a viu?

— Vi, só achei que era um sonho. Com quem ela foi? Você a levou?

— Não, minha vizinha a leva. Ela tem filhos da mesma idade.

— Devia ter mando Wayne leva-la...

América não se importou muito com as minhas palavras. Gemi alto quando ela apertou meu pênis por cima da cueca. Sentia o fogo queimá-la tanto quando queima a mim.

Tirei o vertido no estante seguinte, tendo a visão dos seus seios rosados durinho para mim. Chupei o bico direito como uma criatura esfomeada, esperando que o néctar da vida escorre-se dali.

Vi América se dobrar inteira quando suguei com mais força seus seios, espalhando seu grito agudo pelo pequeno ambiente. Arrastei minha língua por seu tronco até a pélvis, onde dei alguns tapinhas deixando-a excitar com isso.

Tirei sua calcinha rendada podendo finalmente tê-la totalmente despida. Meus dedos foram para a sua intimidade assim como minha boca.

Tomando para mim seu gosto de mulher. Sim, mulher. Quando pertencemos um ao outro, na nossa primeira vez, éramos dois adolescentes, bom, eu já tinha quase vinte anos, mas nunca havia estado com uma mulher intimamente, o que fazia de mim tão inexperiente quando América.

Lembro-me do quão selvagem fomos. As peças de roupas tiradas às pressas, minhas mãos rasgando seu vestido cheio de botões, as perna dela me trazendo para perto, tudo em um frenesi absurdo, até que finalmente explodimos em cores.

América era minha em alma e corpo. E mesmo não sabendo, aquela mesma noite nossa filha foi concebida.

Tirei meu rosto do seu meio bem devagar, apreciando o clitóris inchado, pulsar com espasmos involuntários. Não queria que ela chega-se ao sua ápice, não sem mim.

— Maxon, por que...

— Ainda não amor, só mais um pouquinho.

Promete sabendo o que ela iria perguntar. Ela queria que eu terminasse, mas eu queria está dentro dela para isso. Queria ela arranhado minhas costas e chamando meu nome ao delirar de prazer.

Meu pênis vibrava com tanto tesão. Estava tão duro que quando América puxou minha cueca ele ficou totalmente ereto. Peguei-a no meu colo levando em direção ao quarto.

Joguei nos dois sobre a cama, tentado rapidamente ajeitar meu corpo ao seu. Mas ela foi ainda mais rápida, virou-se ficando sobre mim sentada no meus abdômen.

— Minha vez, rei Maxon.

Sorri ansioso pelo que faria comigo, se bem que no fundo, eu só a queria o mais simples que o sexo poderia ser. América raspou as unhas no meu pescoço, descendo pelos ombros, até minhas mãos que estavam na suas coxas.

Me deu um selinho e foi para meu peitoral. Da mesma forma que eu fiz, ela chupou os bicos do meu peito. Eu não sábio que essa parte do meu corpo podia sentir prazer, era uma novidade surpreendente que me fazia arrepiar.

Desceu até minhas penas, segurando meus pênis e me masturbando. Fechei os olhos para sentir melhor suas mãos me tocarem. Quando achei que não podia ser melhor, América passou a lamber meu membro.

Oh!

Uma sensação fantástica, nunca havia passado por essa experiência antes, mesmo sendo um homem casado. Kriss era recatada demais para fazer qualquer coisa explicita, mesmo entre quatro paredes, e mesmo que não fosse, meus momentos com ela não eram exatamente... excitantes.

Confesso que da minha parte eu só a procurava para cumprir minha obrigação de marido, acho que poderia contar nos dedos as vezes em que dividimos a mesma cama, e quando ela ficou gravida, não nos relacionamos nem uma vez.

Quando ela engravidou, meu dever de gerar um herdeiro para Illéa estava feito.

América chupava-me demoradamente, ela não conseguia por toda na boca, mas a metade que ela conseguia engolir me desesperava de exaltação. Apertei os travesseiros acima da minha cabeça, sentido minhas veias se dilatarem e a temperatura do meu corpo subir.

— Hum...

Ela gemeu ao me ver tão excitado, provavelmente excitada também, era bom saber disso. Desceu mais uma pouco e dessa vez chupou meus testículos, tão luxuriante como fez com meu pênis.

Me sugou até o momento em que não suportei mais.

— Vem! – a chamei – Pelo amor de Deus, venha América.

Ela subiu deitando embaixo de mim, e como a glória é branca, me afundei em seu íntimo. Estávamos tão sedentos uma pelo outro que nossos quadris se moveram no mesmo ritmo acelerado.

América gritava revirando os olhos, sua pele vermelha, a boca tão carnuda me atraindo... Ah! Não adiantaria o quanto eu tivesse essa mulher, ainda seria muito pouco.

Com as molas do colchão reclamando em baixo de nos, eu fui mais forte dentro dela, e mais rápido que quase não conseguia respirar.

— Isso delicia. – eu a incentivei com os gemidos – Grita pra mim, vai. Grita gostosa... ah!

Como eu queria desde o início, América cravou as unhas nas minhas costas quando estava chegando lá. Mordeu meu ombro tentando diminuir a intensidade, mas não conseguiu. Suas pernas já estavam para o ar a muito tempo, e se fechavam mais e mais ao meu redor.

— Oh! Maxon...

— Agora sim amor... uhuhuh... agora sim!

As cores explodiram mais uma vez, como sempre acontece conosco. Os tons violáceos e amarelos inundaram minha mente perturbada. O perfume na pele dela era o mesmo que estava na minha, assim como o suor que escorregava, assim como a mesma alma que partilhava os dois corpos.

Sai de cima dela, deitando ao seu lado, apesar do calor que sentíamos, fiz questão de juntar nossos corpos num abraço. Aos poucos nos acalmávamos, regulando as batidas dos corações apaixonados.

— Como você sabia fazer aquilo? – perguntei curioso, mas ela não entendeu – Digo... aquilo... lá em baixo.

— Ah, você quer dizer o...

— É! – tive vergonha de falar o nome do que era.

— Bem, eu trabalho num cabaré. Querendo ou não, as meninas comentam, até ensinam como fazer.

— Então, fui o primeiro com quem você fez isso? – eu temi essa resposta, não seria fácil saber que minha América teve outros.

— Maxon... o que está insinuando? – ela se afastou de mim ficando de joelhos na cama – Ram! Por Deus, eu te falei que nunca fiz programa. Droga, eu só canto no bordel, só isso. Aguh! Você é uma idiota real Maxon.

Ela tentou sair da cama, mas eu não a deixei. Mesmo com ela esperneando, a prendi sob mim para acalmar a fera.

— Ei, desculpe, desculpe. – espalhei vários beijos no seu rosto para me desculpar – Perdão amor, eu sou um idiota sim, sou sim, mas é que... você sabe que sou inseguro quanto a isso.

— Pois não devia ser! – seu tom era irritado – Poxa Maxon, quantas vezes vou ter que te provar? Poxa, eu te amo seu babaca, eu tive uma filha sua, não seria louca de me vender por mais necessidade que tivesse. Eu precisava criar a Alice, mas não seria dessa forma que iria ganhar meu dinheiro. Que merda!

— Oh, meu amor, eu sinto tanto por isso... – estava realmente chateado pelo que fiz – Ei, Sunshine! — a chamei pelo seu apelido — seria muito fácil se apaixonar por você, sabia?

Desviou o olhar, mas por fim se deu por vencida e sorriu, me dando um belo tapa no braço e um beijo que significou as minhas desculpas.

— Mas, e você majestade? Como aprendeu a fazer aquilo lá em baixo? Bom você era casado então...

— Pera aí, pera aí! – A interrompo antes que tirasse suas próprias conclusões – Fui casado, mas isso não quer dizer nada. Existem revistas pornô em Illéa também.

— Hum, seu punheteiro!

— O que? Respeite seu superior. Acho que vou te fazer minha serva pra o resto da vida só por essa audácia.

— Você não seria capaz.

— Tentai-me, e verás!

Caímos na gargalhada depois disso. Era bom ser eu mesmo com ela. Eu podia rir, falar palavrões e gestos obscenos que ela não ia se importar, seria sempre verdadeiro.

América parou de rir, e ficou me observando. Trouxe a mão ao meu rosto, e o desenhou na ponta dos dedos.

— Eu fui embora de Illéa. – ela começou – Eu tentei fugir de você. Queria ter minha filha bem longe do pai dela, mas isso era impossível. Quando Alice nasceu naquele outubro gelado, eu soube que não adiantaria fugir de você. Ficou um pouco do teu queixo no queixo dela, dos teus olhos, das tuas mãos, até no jeito de falar. Nicolleta disse que ela merecia ser uma princesa pelo menos no nome, foi aí que ela ganhou o nome que tem.

— Alice significa “princesa”? – perguntei ignorante.

— Significa "de linhagem nobre”. Eu não negaria isso a sua filha.

Os olhos de América brilharam. Era fantástico demais, em menos de dois dias eu estava com a mulher que amo e nossa filha. Meu coração transbordando de tanta felicidade só por lembrar da minha pequena, que estendeu os braços no mesmo instante que descobriu ter seu pai ao seu lado.

Ela podia ter meu queixo ou meus olhos, mas tinha a mesma doçura da mãe.

***

— Papai!

Ela veio correndo até pular em meus braços, ignorando completamente a mãe que estava do meu lado. América e eu havíamos ido busca-la na escolinha – de carro – que não era muito longe o apartamento onde moravam.

— O papai tem uma surpresa para você. – ela fitou curiosa – Vamos viajar.

— Viajar? Eba!

Convencei com América sobre voltarmos a Illéa. Prometi-lhe um casamento distinto, e um futuro sem desconfianças. América por sua vez ficou receosa em voltar, ela temia represálias não só dos meus pais, como de toda a Illéa.

Poderiam muito bem colocar um jornal uma história falsa sobre nós. Poderia dizer que éramos amantes desde o termino da Seleção, e que agora, com minha esposa morta, eu fui busca-la para se tornar finalmente rainha.

Se a mente de América era fértil o suficiente para imaginai isso, eu nem queria saber sobre as mentes dos jornalistas especuladores. Sinceramente não me importava com o que colocariam no jornal, elas já eram minha família, e nada nesse mundo as tirariam de mim outra vez.

Mas eu sábio o real medo de América: a coroa que seria posta em sua cabeça.

Fiz questão de leva-la para fazer compras, já que as roupas que tinha eram tão simples aos meus olhos. Apesar da vergonha que sentiu ao entrar em uma loja de luxo, América não hesitou em fazer o que pedi. Ela se tornaria minha rainha, teria que se acostumar com tais coisas.

Com veste de grife, América se mostrou a dama que aprendeu ser no palácio. Tinha um sorriso casto nos lábio, sempre mantendo a postura ereta ao meu lado.

Ela já era perfeita para isso.

Compramos algumas roupinhas para Alice também, para que ela não viajasse sem nada. No caminho para o aeroporto particular, percebi os olhos de América capturarem Londres pela última vez. Este foi seu lar por longos dias, mas agora ela estava voltando para casa.

Meu jatinho ficou pronto em poucos minutos, e logo levantamos voo. Alice nem pareceu se incomodar com a decolagem, ficou o tempo todo matracando com Wayne ao seu lado.

Wayne, devo ao meu amigo tudo isso. Diferente de mim, ele não desistiu de procurar América, pediu a ela que me desse uma chance, e acabei ganhando mais do que uma chance. Alice devia lembrar a filhinha dele, já tinha a mesma idade quando houve a depressão em Illéa.

Ele deveria seguir em frente, arrumar uma boa mulher, casar-se novamente e reconstruir sua família. Entretanto, sei que Wayne é como eu, ou pelo menos era. Só seria capaz de ter a felicidade como o que perdera no passado.

A questão era que o meu passado ainda podia ser alcançado, o dele não.

Alguns minutos de voo e a voz do comandante solicita os cintos para o pouso. América me olha confusa, sem entender porquê iríamos pousar.

— A quanto tempo estamos no ar? – aperta as sobrancelhas em confusão.

— Ah... a alguns minutos.

— E por que vamos descer, para onde vamos?

— Olhe pela janela. – sorrio ao notar a nova expressão se que rosto ganha.

— Roma!


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