Never Alone escrita por Arizona


Capítulo 11
Vamos começar com um "Felizes Para Sempre"


Notas iniciais do capítulo

Hello, is me!

HEHEHE! Oi gente, sei que estou devendo em relação a N.A, mas eu estava cheia de coisas para fazer, além de estar terminando o período na facul, não podia ficar de vacilo, né? ;) Tive também outros contra tempos, que me dificultaram de escrever a fic.

Não sei se vai dar para escrever o ÚLTIMO, eu disse o ÚLTIMO DOS ÚLTIMOS DOS ÚLTIMOS capítulos de Never Alon, então tudo indica de esse cap. 11 será ÚLTIMO de 2015, e o ÚLTIMO capitulo final sairá em 2016.

É isso :/

Se divirtam, boas leitura.

Beijos, e comentem please"



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És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo Tempo Tempo Tempo

Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo Tempo Tempo Tempo
Entro num acordo contigo
Tempo Tempo Tempo Tempo

– Oração ao Tempo




Nem parecia ser um casamento real.

Estávamos tão simples, sem tanto ouro, tanta prata. Deus, estou descalço na areia, usando uma camisa de tecido fino, e um terno cinza como diamante bruto. Em minha cabeça eu não usava uma coroa que brilhava como o sol, mas sim, um simples adorno de flores amarelas.

Era um símbolo de igualdade para com o povo, era desse modo que América queria ser coroada, com um adorno de flores. Ela vinha do povo, era uma plebeia como eles, se agora teria que ser uma rainha, seria aquela que não teria medo de descer os degraus do seu palácio, e ajudar os que precisavam.

Já faziam cinco meses desde o meu discurso, cinco meses que eu havia revelado a toda Illéa minhas intenções com América, ela seria minha rainha, assim como minha pequena filha minha herdeira.

Para minha surpresa, elas foram louvadas pelo povo. Houve festa naquele dia, América fez questão de ir até a multidão. Ela vinha do povo, eu disse? Naquela tarde eu nunca chorei tanto em toda minha vida, via as mãos calejadas puxarem o rosto da minha noiva para lhe beijar a face, ouvi dizerem o nome dela como quem canta uma canção de esperança, vi homens e mulheres estranhas pegarem Alice nos braços e lhe abraçarem.

Eu me senti amado pelo povo, e grato sem medidas.

Nosso casamento seria na praia, como América sonhara, e eu não lhe podia negar esse desejo. Angeles tinha muitas praias bonitas, não foi difícil escolher uma que agradece. Não queríamos uma festa para dezenas de convidados, só queríamos nossas famílias e os poucos amigos que tínhamos.

Nicolleta tinha o pequeno Augustos nos braços, ele tinha herdado os olhos verdes de Lorenzo, porém era uma cópia fidedigna da mãe. Queríamos vê-los como nosso padrinhos, mas também queríamos Marlee e Celeste, além dos maridos de ambas. Depois de algumas semanas, América insistiu em rever Leger, o que gerou entre nós – mas da minha parte do que dela – um mal estar de aborrecimentos.

E no final, lá está ele e Lucy, como nosso quarto par de padrinhos de casamento. Sei que fui um menino inconsequente em relação a Aspen, não nego os meus ciúmes, no entanto confio mais nele, no amor que tem por Lucy, e no amor puro que tem por América. Não valia a pena brigar por coisas de garoto.

Quando os sons de violinos começaram a tocar, meu coração ficou ainda mais acelerado. Olhei para frente e encontrei seu olho, azuis como o dia. Eu sorrir. Não era Shalom quem iria me entregar sua filho, mas Magda não era menos importante que o falecido marido. Ela era quem me trazia América até o altar.

Ela estava linda, simplesmente linda.

Seus pés também descalços pisavam sobre o tapete vermelho que foi estendido. O vestido branco de renda fazia seu corpo parecer um sonho dourado, assim como o ruivo cabelo que caia nos ombros. Seus lábios se abriram no sorriso mais puro que já vi em toda minha vida. As lágrimas que desciam dos seus olhos não combinavam com a ocasião, porém eu sabia que eram lágrimas de alegria.

O véu se estendia apenas até seus ombros, presos na coroa de flores, mas não estava escondendo o rosto. Nas mãos ela tinha um buquê de margaridas, flores que eu mesmo colhi hoje de manhã no nosso jardim.

Estendi a mão quando ela estava perto o suficiente para alcança-la. Magda me entregou a filha com um beijo no rosto, desejando-me “boa sorte”. Hm... isso com certeza eu não preciso mais.

Sorte eu tive de encontrar o amor da minha vida. Sorte eu tive quando ela me perdoou. Sorte eu tive quando pude ama-la outra vez, e dessa vez, para sempre.

O calor dos dedos dela nos meus me fazia entender que aquilo ela real, me faz ver que a escuridão veio, mas eu acreditei na luz e na esperança, então a escoriação se foi. Minha luz e esperança estavam tão vivas, tão presentes que fui egoísta ao ponte de rejeita-las. Hoje durmo nos braços de um anjo.

Esta era minha promessa silenciosa, ter esperança e acreditar no nosso amor até o ultimo respirar dos meus pulmões.

Alice trouxe nossas alianças que pousavam em uma pequena caixa de madeira. Minha pequena filha, o amor que eu nunca pensei em sentir igual. Tão doce e ingênua, com suas mãozinhas de bebê, sorrido enquanto vinha até mim e a mãe em seu vestido amarelo, me fazendo transbordar por dentro de tanto orgulho de minha menina.

Não é à toa que ela conquistou um reino ao seus pés.

Minha vida mudou tão rápido em tão pouco tempo. Tive que aprender a lhe dar com uma rotina nova, com costumes diferentes daqueles que eu tinha. Alice passou alguns dias para começar a dormir sozinha, afinal, desde que nasceu ela dividia a cama com a mãe. Por certas noites ela adormecia, e eu a levava para o quarto recém reformado para ela, a deixando em sua cama.

No entanto, parece até que ela fazia de propósito, pois quando eu chegava no meu quarto, Alice já estava no encalço. Minha cara de frustração divertia América como se fosse a melhor piada do mundo. Estávamos a quatorze noites, quatorze sem sexo, minha noiva não se incomodava muito com a “abstinência”, ao contrário de mim que estava a ponte de subir nas paredes.

América passava o dia inteiro junco com minha mãe pelas províncias. Viajavam no jato particular da realeza, chegando geralmente a noite, o que me impedia de agarra-la pelos cantos do palácio. Alice ficava comigo durante todo o tempo, até mesmo nas reuniões, mas nem isso parecia reduzir a energia dela. Finalmente ela foi vencida, e passou a dormir nos próprios aposentos sem murmurar.

Sei que Alice tem tudo para ser uma rainha incorruptível, ela, apesar de pequena, é disciplinada, tem determinação naquilo que ela inicia, não sabe deixar nem um dos seus “projetos” pela metade, ela insiste até que finde. Posso ver isso nela, é uma das características mais extravagantes que ela herdou de América.

Cloro que vou deixar para ela o caminha pronto, para que minha filha só conduza o país para mais além. Não posso imaginar como será daqui a vinte ou trinta anos, mas sei de Illéa terá mais do que seu passado de super potência mundial para se relembrada. Nosso independência da Nova Ásia já é um grande começo.

Alice entrega a caixinha para mim, com seu sorriso que amolece meu coração. Curvo-me e deixo um beijo na sua testa, ela sai correndo pulando nos braços do meu pai que está sentado na primeira fileira. O juiz de paz nos oferece as alianças, nos deixando à vontade para dizer os votos de casamento.

A aliança que mandei fazer para ela não é tão simples quanto a coroa quando a coroa que ela quis usar. Além do próprio dourado que a aliança tinha, foi totalmente cravejada de diamantes vermelhos, o mais raro diamante que existe. Por dentro foi escrita a frase Moon of my life (Abafa gente!) que se referia a mim.

Na minha aliança a pedra usada foi a azul turmalina, tão preciosa quanto diamante vermelho. Dentro estava a frase que me lembrava ela, My sun and stars, ela era isso e muito mais para mim.

Segurei sua mão esquerda, pondo a aliança em seu dedo anelar, confessando meus votos que amor eterno.

– Minha doce América, você vai ser a única que brilha em mim como o sol na manhã. Você será minha primavera, o fim do meu arco-íris, e a canção que eu canto. Você é meu sonho tornado real, meu consolo, minha sinfonia, meu próprio tema de amor. Meu destino a seguirá pela eternidade, e sempre, para sempre.

Finalizei beijando a mão com a aliança. América não tirou os olhos dos meus por nem um estante, e só notei que eu chorava quando ela tocou meu rosto. Meu peito estava suspenso de tanta alegria, eu não poderia estar mais completo do que ali, naquele momento da minha vida.

América pôs a aliança em meu dedo, recitando seus votos em seguida.

– lembra quanta nós olhávamos as estrelas? Ficávamos tentando conta-las com as mãos, mas elas não cabiam lá. Você é minha estrela da noite meu doce Maxon, a luz que clareia minha escuridão, a aflição que me é aplicada sem rancor. Eu sonhei por muitos anos na minha vida, porém nem um destes sonhos se comparou a vida palpável que tenho agora. Eu me sinto amada, e amo. Meu destino é teu, assim como meu coração por toda a eternidade.

Permaneci fitando o azul dos olhos dela. São só palavras, eu sei, mas essa é a fonte inesgotável de poder humanos. Se não fosse um discurso, um grito, um palavrão, onde estaríamos hoje? Palavras tanto destroem quanto realizam. O caminho é tortuoso, sem fim e estrito, basta só um simples “não” para desistimos. Basta um simples “vamos, eu estou aqui”, e mais nada pode deter.

São as palavras que me fazem chorar feito menino. A certeza de me fazer enxergar o futuro que estar mais à frente. É na promessa que acredito, sem hesito, sem chances de voltar atrás. Como o homem e a única razão para ele continuar existindo:

Amor.

– Deste dia em diante, nem ser na terra será capaz de separa-los, apenas a força que há nos céus, eu voz declaro maridos e esposa, até o fim dos seus dias. – o juiz de paz nos olha com um sorriso passivo, apenas confirmando o que nós éramos agora – Majestade, pode beijar sua rainha.

Ele não precisava dizer duas vezes.

***

A festa se seguiu pelo resto do dia, acho que a música podia ser ouvida a quilômetros de tão alta. Nossos sons de gargalhadas subiam e se espalhavam pelo ar, assim como os violinos que rangiam seu divo som agudo. Eu me revessava em dançar com minha esposa e minha filha, se bem que era só girar Alice nos braços que ela se contentava.

Recebemos muitos presentes, o povo de Illéa fez questão de nos mandar suas horas pelo nosso casamento. É claro que nem todo mundo podia enviar o presente a altura do que seria a realeza, mas os mais simples me tocaram o coração. Eram os mais limpos que podíamos ter, era ofertado com alegria, o que era bom aos meus olhos.

Ao anoitecer, Wayne veio nos buscar com para nos levar até onde passaríamos nossa lua de mel. Não posso deixar de agradecer ao meu amigo por tudo o que ele fez por mim. Se não fosse por Dox Wayne eu certamente teria desistido de encontrar América na primeira tentativa falha, mas foi ele quem correu atrás do meu amor por mim, foi ele quem a convenceu de me dar uma chance quando eu não a convenci.

Essa é uma dívida que não tem preço negociável.

Foi difícil convencer Alice que ela não poderia ir conosco, que era uma viagem onde apenas o papai e a mamãe poderia ir. Ela ficou emburrada por cinco minutos quando May disse que acamparia com ela e Astra no quintal lá de casa. América e eu entramos no carro que não demorou nem dez minutos para cegar até a casa de praia conde passaríamos os próximos dois dias.

Bem que eu queria ter um pouco mais folga junta a minha recém esposa, mas tínhamos muitos afazeres, além de que quando voltarmos, teríamos que organizar a cerimônia de coração de América e Alice, o que não duraria mais do que uma hora, e conseguia me deixar de cabelos em pé com tantos detalhes.

O sol estava se pondo quando sentamos juntos na areia. Eu estava sem o blazer do terno, e América tinha tirado o véu e coroa de flores, por estarem incomodando. Ela estava entre minhas pernas aconchegada em meu peito, a abracei por trás pensando em tudo o que acontecera na minha vida, no quanto fui um idiota por adiar tão magnifico momento.

Se o meu orgulho não fosse tão grande, se eu não fosse tão estúpido e arrogante, mais um uma vida seria poupada de sofrimento. Kriss ainda estaria viva, talvez casada e com filhos saldáveis, assim como eu e minha América, cuidando de nossa garotinha e do país devidamente. Estou feliz, mas não posso deixar de refletir sobre isso até mesmo hoje.

Apertei um pouco mais forte América em meu braços, com medo que ela pudesse escapulir. Não dessa vez. Enfiei o nariz nos seu cabelos tão perfumados, o cheiro dos lírios permaneciam ali. Senti quando ela suspirou entrelaçando nossos dedos, me confirmando a satisfação que sentia.

Ela se ajeitou no meu peito, virando-se para mim. Curvou a cabeça levemente, só para que seu olhos ficasse a altura dos meus. A boca estava entre aberta, os lábio carnudos me atraiam como um pecado, só precisei deitar-me sobre a boca dela lhe arrancando um beijo.

O melhor que já provei.

Infelizmente precisávamos respirar, e tive que abandonar o gosto suave que me delirava. Ela permaneceu olhando para mim, sorriu de canto como quem fantasia. Um das minhas mãos estava sobre seu ventre, onde ela também pousou a sua com carinho.

– Tenho que te dar o seu presente de casamento antes que perca a coragem.

– Meu amor, não precisa...

– Foi uma surpresa para mim também. – América apertou a mão que estava sob a sua com mais veemência sem tirar os olhos dos meus – Estou gravida, querido.




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