Sob um olhar mais Severo escrita por Céu Costa


Capítulo 3
Fim das férias no Tio Remo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sei que o cap ficou curto e bobo, mas achei que precisava dele, então não reclamem e leiam!



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Mamie finalmente me mandou para um lugar que eu gostei de ir desde o primeiro momento: A casa dos Lupin. Ficava bem no centro de uma grande área de proteção à aves, em Nidderdale, perto de Yorkshire. Ninguém pode detectá-lo lá, em suas noites de loucura, como ele chamou, porque ninguém pode entrar em um parque nacional, o governo trouxa teme que as pessoas espantem as aves. Bem seguro para ele.

A casa mesmo era bem no centro do parque, na beira de um grande lago com patos, e atrás dela, a floresta começava. Mas ela era aconchegante e acolhedora, feita de vigas de madeira envernizadas, em um estilo colonial que talvez não se encontre mais no mundo moderno.

A Sra Lupin, (ela odiou quando eu a chamei assim, por isso mesmo continuo chamando) Ninphadora, era um amor de pessoa, tão doce e divertida, mas também valente e corajosa, como uma legítima integrante da Ordem da Fênix. E todas as noites, Remo contava para mim histórias sobre meu pai e minha mãe, coisas que nem a mamie parecia saber. Era tão bom... eu me sentia como se estivesse em uma família normal. Como se... tudo aquilo pudesse existir mesmo. Aquela paz, aquela tranquilidade. Não tinha angústia, mesmo na semana da lua cheia, nem medo, nem dor. Pela primeira vez. Eu era feliz.

Eu vi Voldemort lançar um feitiço contra mim, era multicolorido, eu sentia medo. Me escondi atrás de algumas colunas, Apavorada, sentia meu coração disparar.

– Não.... não... não!... - uma voz implorou na escuridão do porão. - Eu achei que...

Voldemort o encurralou, imprensando-o contra uma coluna. Ele apertava a garganta do pobre Sr. Olivaras, que suplicava, desesperado.

– Eu achava que outra varinha...... não, isso não faz sentido! - ele dizia, e Voldemort se irriava cada vez mais - Eu acreditava que uma varinha diferente fosse funcionar! Eu juro! Tem que ter outro jeito! Tem que ter!

Eu abri meus olhos, desesperada. Não sabia direito o que sentir. Olhei para minha mão esquerda, a cicatriz ardia infernalmente. Meu coração batia descompassado.

Eu me levantei e desci as escadas. A luz da lua cheia iluminava os móveis de madeira, clareando o lugar todo. Minha garganta ardia, eu precisava de ar, e água. Na cozinha, tudo vazio, ninguém. Peguei um copo na prateleira e enchi com a água do filtro. Lá fora, a lua refletia no lago, uma paisagem linda, serena.

– Não consegue dormir?

Eu me virei, assustada. Remo estava parado na porta da cozinha. Vestia seu hobby xadrez sobre o pijama, mas tinha uma aparência angustiada, com os olhos fundos e os cabelos bagunçados. Abaixei a cabeça, sem saber o que dizer. Ele era ma das poucas pessoas que eu decidira não esconder nada.

– O que você viu? - ele perguntou. Por um momento, pensei em mentir.

– Nada. - eu suspirei.

– Melhor assim. - ele riu - Minha esposa odiaria saber que alguém me viu na primeira noite do ciclo.

Ele caminhou até a pia, e pegou um copo de água.

– Tomou sua poção? - eu perguntei, apenas tentando desviar do assunto.

– Ela sempre leva um tempo até funcionar... - ele arfou. - Por favor, acenda a luz.

Eu caminhei até a porta da cozinha, obedecendo ele. Talvez, se ele não perguntar, eu não precise falar...

– Sophie... - ele me chamou - Se foi algo importante, precisa dizer.

– Foi sim. - eu fechei meus olhos com força.

Eu sentia que ele estava me olhando, como se eu tivesse feito algo errado. Eu me sentia como se tivesse feito algo errado. O mundo estava errado.

– É algo que você não quer me dizer por que tem a ver com você? - ele perguntou. Eu ri suavemente. Com certeza, esse não era o problema.

– Com certeza não.

– Bom, então... - ele apenas disse - Suba. Fique lá em cima. É mais seguro do que tentar conversar comigo hoje.

Eu olhei para ele. Ele deu um leve sorriso, apenas um sinal de que poderia ficar tudo bem. Eu subi as escadas, voltando para o meu quarto. Sabia o que aquele sonho significava. Sabia que Voldemort estava se mobilizando. Sim, sabia de tudo isso. Mas agora, a pequena e idiota certeza que eu tinha, era que o Harry estava vivo. Mesmo que não por muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Malfeito, feito. Nox.



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