Eu estacionei o carro na frente da casa da fazenda. Já era escuro, e eu estava cansada da faculdade.
Peguei os pacotes de papel de compras, e entrei em casa.
Dakota, cheguei! - eu gritei, trancando a porta - Comprei batata congelada, vamos ter batata frita pro jantar!
Evelyn... - a voz de Dakota era triste e preocupada.
Eu me virei, ela estava na sala, de joelhos, do lado do sofá maior, que sempre ficou de costas para a entrada.
Eu achei ele flutuando no rio... - ela disse denovo.
Eu me aproximei dela, e levei o maior choque da minha vida: era um garoto, da idade dela, cabelos negros, pele clara. Usava máscara negra e roupas com padrão predominante de amarelo, vermelho e preto. E em seu peito, do lado direito, o círculo com R. R de ruína. R de Robin.

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- Eu sempre achei que fosse uma lenda... - admitiu Diana.
- Tá aí a prova de que não é! - disse Hal.
- E o que vamos fazer com ela? - perguntou Diana.
- Prendê-la, é isso que vamos fazer. - Batman falou, enfim.
- Ela é mais poderosa do que você pensa! - Hal advertiu - Nenhuma prisão pode detê-la!
- Bruce, escuta! - Diana segurou em seu braço, olhando diretamente em seus olhos - Isso só vai piorar as coisas!
Batman soltou-se dela bruscamente, caminhou em silêncio e fechou a porta da câmara de metal com força; deixando os três para trás; os únicos que tinha bom senso.
Agora tudo estava perdido.

Enfim, aqui estamos. Não importa se chegamos juntos, se queríamos estar aqui, se isso é obra do destino ou se foi escolha nossa. O que importa é que mais uma vez, estamos nós dois aqui. E eu nem ao menos posso te culpar, testa rachada, porque eu sei que a culpa disso tudo é minha.

Aslam ergueu seu rosto. Sabia que era a hora. E ele precisava tomar uma providência.
- Majestade? - uma voz doce lhe perturbou os pensamentos.
- Sim? - ele se virou, para encará-la melhor.
Zahra fitava-o, preocupada. Tinha as asas peroladas graciosamente recolhidas, e segurava firmemente sua trombeta.
- Meu Senhor, tens andado muito distante, nem notou que as estrelas lhe prepararam um jantar.
Aslam suspirou. Todos no jardim celeste olhavam para ele, preocupados tanto quanto sua capitã da guarda, e melhor amiga.
- Preciso conversar com você.
Aslam levantou-se, e caminhou para um recanto mais afastado no jardim. Zahra seguiu-o, sem reclamar. Sabia que Ele estava preocupado com algo, só não tinha conseguido identificar com o quê.
- Não posso mais suportar, Zahra. - Aslam confessou.
- Suportar? - ela repetiu, confusa.
- Ela tem me preocupado há meses, sei que vai aprontar algo. - ele sentou-se na relva, olhando para o horizonte.
- Mas senhor, ela não ousaria tentar nada, não agora, depois de tudo! - Zahra tentou chamá-lo à razão.
- Ela está mais forte. Escapou das Terras Sombrias e se apossou de um de meus protegidos. - uma lágrima de tristeza rolou pela face do Grande Leão. - Ela está tentando retornar, do mesmo modo que fez da primeira vez.
Zahra abaixou a cabeça. Sabia como aquilo tinha acontecido, e ainda se culpava. Não poderia permitir outra vez.
- O que devo fazer então? - ela disse, sombria.
- Há ainda um coração puro na terra dos reis. Preciso que a traga. - ele suspirou.
Zahra virou-se, determinada a seguir as ordens de seu Senhor.
- Zahra. - Aslam chamou, fazendo-a encará-lo.
- Meu Senhor?
- Faça o que tiver que fazer. Mas mantenha o coração puro dela. - ele piscou lentamente - Ela ainda terá uma outra missão, depois que tudo acabar.
- Sim, Senhor.
E Zahra voou, sabendo exatamente para onde ir. Mesmo não gostando.

Todo mundo já se imaginou sendo sugado para dentro de um livro, mas e se isso acontecesse de verdade? Que consequências isso poderia causar? Como isso bagunçaria a história? Como consertar?
Essas e outras questões as irmãs Alba e Megan vão tentar resolver, enquanto descobrem que, no fim, sempe foram destinadas para isso. Nem toda lenda começa grandiosa, algumas lendas começam por acidente mesmo.

"Meu querido Caspian VIII
Eu te amo mais do que ao meu reino, mais do que a meus pais, mais ainda do que a mim. Quando o amor surge, não se pode negar, e sabemos os dois disso. Porém, o amor não supera a responsabilidade, muito menos o peso do sangue e da culpa. Tu sabes disso muito bem, aprendeu com seu pai, e em breve, serás rei também.
Mas eu preciso partir. Não porque eu não te ame, ou porque eu tenha me arrependido, não, isso jamais! Mas porque eu não posso carregar a culpa da desolação de um reino inteiro apenas por um conto de amor. Eu já perdi meus pais nesse jogo perigoso, não posso arriscar perder você.
Por isso, estou partindo para uma terra estranha e diferente de tudo o que você já viu, onde não poderás me encontrar, e eu não te poderei ferir. Sei que é bom estrategista, e que vencerás o exército de BadHeart, mas sei que farás isso melhor sem mim.
Não te deixarei sozinho, Amber, minha melhor amiga e meia-elfa parteira ficará, para cuidar do pequeno Caspian IX. Eu levo comigo a pequena Kate, para me fazer companhia e me lembrar de você neste mundo novo.
Se me ama, não tente me achar, pois não vai conseguir.
Eu te amo para sempre
Celebrian"

Caspian apertou a carta contra seu peito, permitindo as lágrimas correrem em seu rosto. Apesar do som da batalha lá fora, o choro do pequeno bebê de apenas dois dias é muito mais forte. Amber o segura em seu colo, tentando acalmá-lo, sem sucesso. Parece que ele quer a mãe, e sabe que jamais vai tê-la outra vez. Caspian aproxima-se de Amber.
- Meu pequeno! Eu vou cuidar de você! - ele sussurrou, dando um beijo na cabeça do bebê - Eu juro por Aslam! E por Celebrian.
E ele nunca teve tanta certeza de algo em toda sua vida.

Talvez seja um conceito ultrapassado, eu sei, mas aquele imbecil precisa parar de acreditar que ele é o centro do universo. Nem tudo gira ao redor dele e daquela estúpida cicatriz. Tão bobo... Nem consegue enxergar o perigo que corre. Por que sempre sobra para mim ajudá-lo? Tudo bem, eu vou, mas só porque ele precisa saber. Ele precisa saber que não é o único. Ele não está sozinho.