Não conte a ninguém. escrita por clareFray


Capítulo 7
Capitulo 7.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Capitulo 7.

Boa noite.

         Ainda com algumas horas de viagem pela frente até a penitenciária de Shizuoka, Kakashi e Anko decidiram descansar. No escuro, os dois rodaram por mais doze quilômetros até encontrarem um hotel de classe média.

— Até que enfim. – disse Anko às mãos em prece quando finalmente estacionaram. - finalmente vou poder usar um banheiro sem bichos ou mato.

— Eu não teria tanta pressa em dizer isso. – respondeu Kakashi rindo. – Mais pelo menos vai poder tomar um banho, já não é uma boa idéia? – Bufando Anko deixou o carro seguindo sem aviso até portaria do hotel. – Ei! Anko? Já que está indo na frente faça logo o nosso reserva dos quartos.

         Kakashi olhou o relógio interno do carro alugado e suspirou, estavam na estrada há seis horas seguidas, não haviam planejado uma viajem longa e tão demorada e ainda mais por algo que talvez fosse um mero palpite de ambos os detetives. Com relutância Kakashi saiu do carro, a neve grossa sob os pés retardavam as passadas até o hotel.

         Menos de um minuto depois Kakashi já havia adentrado o hotel, não prestando atenção a nada de imediato sua atenção primeiramente se foi para a recepção. Não encontrando a parceira ali seguiu para o bar. O lugar imundo era repleto de garçonetes em mini-saias e clientes de meia idade mal humorados.   

— Anko, você realmente deveria parar de beber. –falou ao se sentar ao lado da mulher no bar. – se descobrirem esse seu pequeno vicio você já era como detetive. Você sabe que está por um fio com os chefes, não sabe? – acenando com a cabeça Anko pede outra bebida ao barman e Kakashi faz o mesmo.  –apenas pense um pouco se vale o que você conseguiu até agora.

—Sabe Kakashi, eu ainda não estou bêbada. – Anko riu. – Vou me lembrar de tudo o que está dizendo agora e a sua reputação de lobo solitário vai paras cucu ias. –concordando com a cabeça Kakashi se levantou, pagou a bebida, e seguiu o caminho de volta a recepção. – É o quarto 526, vê se não vai se perder hein!      

         Eram três para duas e meia da manhã quando Sakura decidiu invadir o pequeno escritório do pai. Sorrateiramente foi se esgueirando na penumbra até encontrar a devida porta. A lanterna na mão direita tremia.

         Quando finalmente entrou no escritório Sakura olhou ao redor. Um quarto repleto de livros com uma mesa de centro era o que o diferenciava dos outros cômodos. Sakura se sentou de frente para o computador antigo este ligou com um estalo audível. 

— E que Deus me ajude. – murmurou.  Acessando a internet Sakura tratou de conferir sites de canais de TV, reportagens antigas eram rapidamente analisadas e descartadas. – Merda! Isso vai durar a noite toda. – desistindo de registros de incêndios e com uma curiosidade insaciável Sakura digitou o nome da mãe. – Mãe você realmente teve seus quinze minutos de glória. Mais... – Sakura engoliu em seco enquanto clicava no primeiro site.

“O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar totalmente, na madrugada desta sexta-feira, o grande incêndio que atingiu uma residência de família de classe média em Osaka. O fogo, que começou por volta das 10h do dia 2 de abril, demorou cerca de 10 horas para ser completamente extinto. As causas do incêndio ainda são desconhecidas pela policia local havendo somente uma morte entre os envolvidos.”

“A policia civil vai abrir um inquérito para apurar as causas do incêndio.”

         Mais adiante no final da página havia um redirecionamento com o link das últimas atualizações do site. Datada com mais de uma semana depois do incêndio seu tema assusta Sakura que apreensiva clicou e esperou. O site imediatamente se abriu.

                 “Incêndio criminoso é dado pela policia como um desvia atenção”

“O anúncio foi feito durante uma coletiva à imprensa na Prefeitura da cidade de Osaka pelo comandante Sarutobi Hiruzen. Segundo ele o local não apresenta perigo mais que de acordo com os especialistas o incêndio não foi acidental.”

“De acordo com o comandante foram utilizados os seguintes combustíveis: gasolina e etanol. Produtos inflamáveis que contribuíram para que o fogo se espalhasse tanto.”

“Houve somente uma morte, mais poderia ter sido muito pior” diz Sarutobi. “suspeitamos que o incêndio na verdade foi uma espécie de desvia atenção por parte da mãe, Haruno Mebuki, ela está desaparecida desde o ocorrido e é acusada também do seqüestro da própria filha, Haruno Sakura.” – completou o comandante. – “trabalhamos também com a hipótese que a vitima, Terune Mei, madrinha de Sakura, havia descoberto as intenções de Mebuki e por isso ela a matou.” 

          Passos no corredor trataram de interromper a leitura de Sakura que apressada desligou o monitor e se jogou, puxando a lanterna já desligada, embaixo da mesa. Um minuto depois a porta foi aberta. Sakura mal conseguia ouvir os passos a sua frente, o coração batia forte o suficiente para abater qualquer som externo. 

— Essa foi por pouco. – Disse Sakura ao ouvir a porta bater e tornando a se sentar a cadeira ligou o monitor só para memorizar o endereço. Mais tarde, decidiu Sakura, ela faria uma visita ao antigo “lar”.   

         Kakashi havia acabado de sair do banho quando bateram na porta. Vestido apenas com o roupão do hotel Kakashi ouvia a voz urgente de Anko do outro lado pedindo para que abrisse a porta.

— Kakashi, - ela gritava do outro lado da porta. – eu recebi uma ligação da central, quer abrir logo a droga da porta. É importante. – Abrindo a porta Anko não esperou autorização e entrou, sentando-se na cama pôs os dois pés sobre a mesinha de centro.  – Finalmente.

— Não exagera Anko. O que é tão importante para você fazer tanto escândalo hein?!

— Jiraya morreu. – Kakashi paralisou no lugar em que estava. A boca estancada em um “O” fez Anko soltar algumas risadas. – disseram que ele foi assassinado dentro de casa. Os visinhos viram um rapaz entrar e logo depois ouviram os tiros. Quando a polícia chegou acharam o corpo dele.

— Falaram mais alguma coisa? – Kakashi havia se sentado em uma cadeira próxima ao banheiro e encarava Anko.

— Não. –Anko pôs a mão sobre o queixo. – Eu aposto que talvez alguém tenha resolvido se vingar. Você sabe, ele era um ótimo detetive, realmente muito bom no que fez. Não seria uma resposta obvia?

— Pode ser. – Kakashi suspirou derrotado. O corpo dolorido da viagem clamava por algum descanso. O silêncio continuou por alguns instantes até Anko se pronunciar com um simples: “Então, boa noite” e sair calada. 

         Deitado na cama Kakashi ainda refletiu por alguns minutos sobre Jiraya até pegar completamente no sono. No outro dia, de manhã bem cedo, seu relógio interno já o havia despertado. Ele e Anko dirigiram direto por mais quatro horas até finalmente encontrarem a penitenciária.

— Na próxima só de avião. –brincou Anko batendo a neve da cabeça. De frente a dois policias, um magricela e outro barrigudo, Kakashi observava o local. – Até quando vão nos fazer esperar? –Perguntou Anko ao policial magrelo. O policial a observou por cima dos óculos escuros mais quem respondeu foi o barrigudo. –Não agüento mais ter que ficar aqui olhando a cara a paisana de vocês dois. 

— Apenas estamos cumprindo ordens. –O barrigudo tirou os óculos e os apontou para Anko. – então vê se fica quieta e espera, tenho certeza que não vão demorar a chamar. –Anko abriu a boca para responder mais Kakashi a segurou pelo braço e acenando com a cabeça fez sinal para que ficasse calma. O magricela e o barrigudo voltaram à posição de sentido permanecendo assim até receberem permissão para deixarem os “convidados” entrarem.

—Gordo bundão. –Anko provocou ao passar pelos policias e Kakashi que entrava atrás pôde ver o rosto redondo adquirir um tom vermelho tomate.  

         Após adentrarem o presídio uma policial os esperava, uniformizada e com o curto cabelo preso em um coque desajeitado. Ela os guiou em silêncio até o limite dos prédios. No caminho, Kakashi observou os presos que tomava banho de sol, os corajosos que se aproximavam da grade de segurança eram rigorosamente advertidos pela policial.

          Andaram por cinco minutos. O corredor sem janelas em que estavam formava uma linha reta até uma saleta com porta de aço. A policial bateu e esperou. A resposta veio segundos depois, junto a ela a porta foi aberta por um homem de meia idade.

— Obrigado Guren por ter guiado nossos convidados até aqui. - Ela fez uma breve reverencia e se retirou. – Sente-se. Aceitam algo para beber? – Ele apontou a cafeteira no canto da sala. Kakashi levantou de onde estava e se serviu de café e bolachas. – Eu sou Orochimaru e como vocês já devem ter adivinhado sou o diretor desse hospício.—Orochimaru tomou um grande gole do café. La fora a neve martelava o vidro fino da janela do escritório. – não se preocupem, já estou a par de tudo e vocês logo vão ter a sua audiência com o seu detento. Mais devo alertar que esse não será um interrogatório formal, portanto ele terá todo o direito de cancelar a visita a qualquer momento. – Anko e Kakashi concordaram com um aceno de cabeça. – ótimo então, acompanhem-me.


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Notas finais do capítulo

Comentem, é importante para mim saber a opinião sincera de vcs.



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