O babaca do amigo do meu irmão 2ª temporada escrita por Lailla


Capítulo 12
Casa comigo?


Notas iniciais do capítulo

Meus lindos, aqui está o último episódio. Obrigada por tudo. Pelos comentários, por acompanharem a história desde a 1ª temporada e principalmente pelos pedidos de postagem dos próximos capítulos. Me fizeram tão feliz!

Espero que esse último capítulo traga a vocês a mesma emoção que eu senti ao escrevê-lo. Obrigada por tudo mesmo s2s2s2s2s2s2s2s2s2s2s2



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Eu fiquei alguns dias no hospital, mas logo voltei pra casa. Micael ia e vinha de casa, levando roupas pra mim e para o bebê. Ele dirigia o carro enquanto eu estava sentada no banco de trás com Gabriel. Me lembrava da enfermeira me ensinar a dar meu peito pra ele mamar. Fazia cócegas, era engraçado.

Micael me disse que meus pais iriam me visitar logo. Quando ele avisou a minha mãe que Gabriel nasceu, ela ficou sem falar por minutos até meu pai pegar o telefone pra saber o que houve. Ele disse que a situação foi hilária.

Chegamos em casa, Du e Ellie nos receberam com um largo sorriso. Gabriel estava nos meus braços e Micael vinha logo atrás com a mala.

– Ele parece maiorzinho. – Ellie disse.

Eu ri.

– Hein. A gente fez uma coisa. – Du disse, dando um meio sorriso.

– Hum? – O olhei em dúvida.

Os três me levaram para o quarto. Perdi o ar ao vê-lo. O berço estava montado no lugar onde Micael abriu espaço meses antes, perto da minha cama. Havia pequenas almofadas azuis dentro do berço com ursinhos bordados nelas e uma estante pequena do lado com alguns potes de tampas azuis. Era tão lindo!

Fiquei boquiaberta, sorrindo. Olhei pra eles.

– Quando fizeram isso?

– Enquanto você estava no hospital. – Micael disse.

Abri a boca surpresa.

– Eu ajudei também, tá? – Du disse em tom engraçado.

Ellie deu um tapa de leve no braço dele e tampou o rosto, rindo.

– Que é? – Du disse – Ajudei mesmo!

Ela ria.

– Fê, os dois ficaram horas aqui tentando montar o berço.

– Mas não tinham que ter sido os montadores? Por que fizeram isso?

– Homens, Fê. – Ellie disse querendo rir – São homens.

Balancei a cabeça, rindo. Aqueles dois eram únicos! Depois que arrumamos tudo, roupas e algumas coisas, Gabriel acordou. Mas logo dormiu de novo depois de mamar. Eu estava sentada na cama, vendo-o dentro do berço. Ele estava com os bracinhos abertos.

Ellie entrou no quarto e sentou do meu lado na cama.

– E aí? Já está morrendo de sono? – Ela riu.

– Mais ou menos. – Eu ri – Só um pouco cansada. – Sorri enquanto o olhava.

– Como é? Sabe.

– O parto? Horrível! Dói mais que tudo.

– Isso também, mas não. – Ela riu – Estou falando de... Ter um bebê. Sei lá, ele é tão fofo, mas como é de verdade?

– É estranho limpar um bumbum que não é meu. – Ri.

– Idiota. – Ela riu tampando o rosto.

– Mas... É incrível. – Deixei escapar uma risada leve – É como uma parte de você, só que pequenininha.

Ela abriu um sorriso.

– Acho que compensa as horas de sono. – Sorri.

– Vocês brigam e você engravida. Vocês e brigam e o bebê nasce! – Ela riu.

Tampei a boca pra não gargalhar.

Ela me abraçou, gemendo manhosa. Eu ri. Pra mim era impossível descrever o que eu sentia pelo Gabriel. Por Micael eu sabia, a gente se amava. Era amor! Mas pelo meu filho era diferente, era mais que isso. O carreguei na barriga por meses, o vi crescer dentro de mim e agora eu podia pegá-lo no colo. Era simplesmente incrível, na forma mais pura da palavra e incrivelmente impossível de explicar.

...

Já tinham se passado quatro meses. Durante o primeiro eu recebi muitas vistas. Queriam ver o pequeno mais recém-chegado. Minhas amigas e até as pessoas de quem eu fotografei os casamentos foram. Foi incrível! Meus pais ficaram um tempo conosco, me ajudando e babando o neto. Meu pai foi o que mais babou! Os pais de Micael iam quase todos os dias lá em casa. Eles amavam ficar vendo Gabriel dormir. Consegui perder rapidamente o peso que eu ganhei nesses quatro meses. Claro, Gabriel não parava de me sugar! Fiquei até agradecida... Muito agradecida!

Ele dormia bastante... De dia. Comecei a trocar o dia pela noite por causa dele. Ele ficava acordado, eu cuidava dele e fazia o que tinha que fazer em casa. E de dia, ele dormia praticamente todas as horas. Comecei a ficar fadigada com isso, mas Micael me ajudava. Ele chegava do trabalho no final da tarde e ia direto para o quarto. Na maioria das vezes me pegava na cama quase dormindo, com a mão na barriguinha de Gabriel, fazendo carinho nele enquanto tentava fazê-lo dormir. Ele sorria, me beijava na testa e dizia baixinho pra eu tomar um banho e me deitar. Depois o pegava no colo e ia para sala. Micael fazia uma caminha improvisada e deitava Gabriel nela, ficava brincando com ele enquanto assistia a TV. Du e Ellie também me ajudavam, mas só ela dava as caras pra trocar as fraldas. Du tratava de sair, fugindo. Safado!

Estava tudo bem entre Micael e eu. Não precisava, principalmente pelo dia do parto, mas ele me pediu em namoro. Mesmo considerando como a data do nosso namoro o dia que ele veio morar comigo. Estava tudo tão incrivelmente bem, que eu percebi como estava feliz. Ele chegava, eu sorria. Íamos dormir, ele me beijava antes, mesmo que eu acordasse duas horas depois pra cuidar do bebê. Ele acordava de madrugada nos fins de semana e ficava com Gabriel pra eu poder dormir. Nos dias de semana eu o deixava dormindo, ele já acordava cedo pra trabalhar.

Depois que disse a primeira vez que o amava, não conseguia parar. Na maioria das vezes era quando íamos dormir depois que ele me beijava e quando tomávamos banho juntos. Ele entrava no chuveiro de surpresa e me beijava. Eu deixava escapar um “eu te amo” ou dois. Ele sorria e me beijava mais.

Gabriel fez cinco meses. Estava crescendo tão rápido! Ele tinha bochechas fofinhas e seu cabelo escuro estava um pouco maior. Era tão parecido com Micael! Me perguntava se ele tinha alguma coisa minha, e ria com isso. Eu tinha acabado de colocá-lo no berço. Consegui finalmente fazê-lo dormir à tarde. Suspirei, apoiando a mão no berço. Sentei na cama aliviada, vendo-o dormir. Levantei e me virei, dando de cara com Micael sorrindo, escorado no batente da porta. Vendo a cena.

– Que foi? – Perguntei sorrindo, franzindo o nariz e ajeitando o cabelo.

– Nada. – Ele cantarolou deixando escapar a risada.

Se ele aproximou de mim e me abraçou, me beijando. Cessou, dando pequenos selinhos no meu pescoço. Sorri, mordendo o lábio. Ele olhou pra mim sorrindo, ofegante.

– Só estava pensando como você emagreceu bem. – Ele riu – Está gostosa.

– Agradeça ao seu filho. – Ri.

– Hum... – Ele cantarolou.

Micael me pôs lentamente contra a parede e começou a me beijar passando a mão pela minha cintura. Abaixou a alça da minha blusa beijando meu ombro, clavícula e subindo para o pescoço.

– Acabei de ter um bebê. Quer outro? – Ri.

Ele riu, parando. Apoiou a mão na parede, ofegante.

– Já faz tempo.

– É! Desde ontem! – Eu ri.

– Pra mim isso é um tempão! – Ele deu de ombros, rindo em seguida.

Me beijou de novo, mais intensamente. Pegou uma das minhas mãos e pôs contra a parede. Se aproximou mais de mim com a mão na minha cintura. Pegou minha mão livre e a pôs na calça dele. Eu ri com a ousadia.

– Você está com vontade mesmo, né. – Disse rindo, ofegante.

– Também. – Ele riu mordiscando meu pescoço.

Enquanto o fazia, correu minha mão até o bolso dele. Pus a mão dentro, rindo, mas senti algo diferente. Tinha algo dentro. Franzi a testa em dúvida e o tirei de dentro do bolso dele. Micael sorria, olhando pra mim. Analisei. Era uma caixinha preta.

– Que isso? – Perguntei suavemente ainda sem acreditar.

Ele sorriu e pegou da minha mão, se ajoelhando no chão. Abriu a caixinha, que tinha um anel dentro! Pus a mão em frente à boca, não acreditava naquilo!

– Eu não ia ajoelhar. – Ele riu – Mas em vista de que eu já fiz muita merda e devia ter pedido há muito tempo... Bem. – Ele sorriu – Eu amo você, Felícia.

O olhava, meus olhos começavam a marejar.

– Casa comigo?

Deixei o ar escapar pondo as mãos no peito. Comecei a balançar a cabeça tentando falar.

– Caso... Caso, sim! – Exclamei dando um imenso sorriso.

Ele levantou sorrindo e me pegou no colo, nos girando. Se jogou comigo na cama e me beijou. Ríamos enquanto ele colocava o anel no meu dedo.

– Não acredito que fez isso. – Eu sorria.

Ele ria. Me beijou de novo, levantando lentamente minha blusa. Eu sorria enquanto o beijava e mordia de leve seu lábio. Ele nos pôs debaixo das cobertas rindo e ficou em cima de mim. Mordi o lábio e o beijei. Fizemos amor naquela tarde. Isso tentando fazer o mínimo de barulho possível pra não acordar Gabriel, se não ficaríamos horas tentando fazê-lo dormir de novo.

Quando contamos a Du e Ellie, eles abriram a boca, estáticos. Foi cômico! Contamos a todos, eles já pareciam ter imaginado que isso aconteceria. Mas eu não estava nem aí! Sorria o tempo todo. Ia finalmente casar com o homem que eu amava!

Nosso casamento foi um ano e meio depois. Durante esse tempo muita coisa aconteceu. Du e Ellie romperam, mas como morávamos juntos e eles continuavam a se ver todos os dias, acabaram voltando da mesma forma que eu e Micael. Porém excluindo a parte da bebida excessiva! Gabriel cresceu bastante e mais uma vez eu via muito de Micael nele. O cabelo, os olhos, o rostinho. Mesmo com Micael dizendo que ele era turrão como eu. Du dizia que Gabriel tinha muito de nós dois. Ele ficava emburrado que nem eu, mas quando ria era aquela expressão engraçada e animada de Micael. Meus pais passaram a nos visitar mais, Gabriel amava brincar com o avô e minha mãe o mimava muito.

Uma coisa bem interessante que descobrimos depois de casar foi que... Micael e eu éramos jovens, irresponsáveis e transávamos muito. E que quando nos casamos, eu estava grávida de um mês. Hum... Surpresa!

Me lembro de nem imaginar isso no dia do casamento. E, não sei por que, sempre que pensava nisso via a cena de Micael e eu nos beijando depois do “Eu aceito”. Durante a gravidez, Du e Ellie ficaram noivos – apressados, eu acho! Mas acabou dando certo – e nove meses depois, nasceu nossa Micaela! Uma menininha linda com os cabelos e olhos do papai, mas muito parecida comigo, principalmente quando sorria. Micael dizia que quando ela sorria, franzia o nariz que nem eu.

Du e Ellie se casaram e pouquíssimos anos depois tiveram Érica. Uma menininha branquinha como Ellie e os cabelos marrons e claros de Du. Nunca vi meu irmão tão feliz. Quando casou com Ellie e quando tiveram Érica. Tivemos que mudar a mini academia de lugar para o quarto do bebê, já que Ellie deu o quarto dela para Micaela. A dupla dinâmica construiu um pequeno espaço no quintal e a montaram de novo lá. Dessa vez, Micael arrastava Du pra malhar. Não fizeram tudo aquilo à toa!

Durante a minha gravidez de Micaela, mudamos meu quarto escuro de lugar e fizemos um quarto para Gabriel, que dividiu obrigado com nossa Mica por um tempo, mesmo ela tendo seu próprio quarto. Ela sempre ia dormir com ele para perturbá-lo. Perdi a conta das vezes que ele a derrubava da cama de propósito e ela ia nos chamar, chorando. Fora o evento do casamento de Du e Ellie, que os dois foram pajem e daminha. Já pequenos, ficaram se cutucando, perturbando um ao outro enquanto caminhavam pelo tapete vermelho. É... Eram nossos filhos mesmo!

Sempre teríamos nossos altos e baixos, mas sabíamos que éramos felizes. Tínhamos uns aos outros, as crianças e nossa grande e inusitada família. É... Eu amava minha vida! E sempre deixava escapar um sorriso quando pensava nisso e como tudo conspirou para que isso acontecesse. É verdade o que alguns dizem: tentamos entender as coisas analisando muito de perto. Mas agora, com as crianças crescendo, eu via que tudo aquilo tinha que acontecer. E eu estava realmente agradecida.

...

Nos preparávamos para o natal na casa de campo. As crianças corriam pela casa. Gabriel já tinha 9 anos e Micaela 8. Érica ficava correndo pela casa atrás deles. Ela tinha acabado de fazer 5 anos.

Eu terminava de arrumar a mala e as analisava pra ver se não tinha esquecido nada. As das crianças e a de Micael e eu, prontas. Tudo certo!

– Já terminou? Eu ia te ajudar. – Micael disse, surpreso aparecendo no quarto.

– Demorou. – Brinquei indo em sua direção e o beijando – Depois vê pra mim se eu não esqueci nada.

– Tá. – Ele disse pegando uma roupa em cima da poltrona.

– Cadê as crianças?

– Acho que vi elas indo lá pra fora.

– Hum.

De repente Gabriel apareceu na porta do quarto todo sujo de lama.

– Mãe! Micaela jogou lama em mim!

O olhei e quis rir, mas Micael já ria. O cabelo preto dele estava marrom por causa da lama, assim como metade de seu rosto e sua blusa. Ele estava ficando bonito que nem o safado do pai! Eu tinha medo de quantas garotas ele magoaria até achar a certa. Mas preferia não pensar nisso até a idade chegar! Principalmente quando começava a pensar na vez de Micaela.

– Meu Deus... – Deixei uma risada escapar enquanto me aproximei dele, me ajoelhando no chão e tirando sua camisa suja – Por que ela fez isso?

Ele não respondeu, mas fez aquela cara de quem fez merda. Como Micael!

– Gabriel. – Desconfiei.

Do nada Micaela apareceu toda suja e a canela com um pequeno corte.

– Mãe... – Ela dizia com os olhos marejados – Ele me empurrou da varanda.

– A culpa não é minha se você é lerda! – Gabriel exclamou.

– Cala a boca, idiota! – Micaela gritou.

– Ei, ei! Pede desculpa pra sua irmã.

Gabriel fez bico, mas o fez. Olhei para Micaela e ela fez o mesmo. De repente ele pegou sua blusa da minha mão e a dobrou, pondo a parte limpa no machucado da irmã. Micael via aquilo tentando esconder o sorriso. Eles brigavam constantemente – nem sei de quem puxaram isso, né – e logo depois se ajudavam, voltando a brincar.

– Certo! Mas... – Pensava, levantando – Onde vocês pegaram lama? O quintal é gramado.

– Gabriel estava enterrando minhas bonecas. Quis jogar água da mangueira nele, mas ele desviou e foi pra varanda. – Micaela o delatou.

– Cala a boca. – Gabriel resmungou.

– E o empurrão da varanda? – Perguntei.

– Ele correu atrás de mim, aí eu caí quando ele me empurrou.

– Sei... – Apertava os na direção dos dois, consecutivamente.

Pus a mão na testa esfregando-a, não acreditava naquilo. Micael deixou escapar uma gargalhada.

– Certo! – Ele disse batendo palma e levantando – Vão tomar banho. Amanhã a gente vai pra casa do vovô e da vovó.

Os dois abriram um sorriso, principalmente porque amavam ir pra lá! Micael levou Gabriel para o nosso banheiro e eu levei Micaela para o outro. Quando entramos no corredor vi Ellie com Érica no colo. Ela estava toda marrom.

Olhei para Micaela, que deu uma risadinha.

– Ela quis brincar com a gente. – Ela disse coçando a cabeça.

Ellie deixou escapar a risada, entrou no banheiro conosco.

– Brigando de novo?! – Du perguntou.

– É... – Ellie e eu dissemos em coro.

Du riu e fechou a porta do banheiro. Escutamos ele exclamar do banheiro do nosso quarto “E aí, sacana? Perturbando sua irmã de novo?”, “Ela muito chata! Fica me amolando!”, Gabriel exclamou. Eles riram.

Enchemos a banheira e demos banho nas meninas, que ficaram limpinhas de novo. Jantamos todos juntos com o risco de Gabriel e Micaela jogarem comida um no outro, e depois fomos dormir. Os colocamos na cama e eu pensava como os dois eram idênticos a nós. Brigavam, se machucavam e se odiavam. Mas eram irmãos e amigos inseparáveis. Uma mistura interessante de Micael e eu, e amizade de irmãos. Era até cômico. Deixava nosso dia-a-dia mais completo. De tudo que se pode imaginar!

No dia seguinte fomos viajar. Eu detestava ficar horas dentro do carro e como as crianças também não gostavam parávamos de vez em quando. É tão bom os filhos terem coisas parecidas com a gente! Quando chegamos na casa de campo meus pais já estavam saindo e descendo da varanda para nos abraçar. As crianças saíram correndo em direção a eles.

Teve aquela ceia gigante e maravilhosa que passamos o dia todo preparando! Tudo estava gostoso e divertido. Depois da ceia fomos dormir. As crianças comeram demais e dormiram rápido, mas na manhã seguinte acordaram quase de madrugada para abrir os presentes. Aprenderam com Du a acordar todos com as panelas da minha mãe, mas ela nem ligava mais. O que me fazia rir ao lembrar que ela saía correndo atrás de Du. Ele ria pra mim, estava lembrando também, me abraçou. Passado é simplesmente passado, mas como seria bom voltar àqueles dias apenas pra rir mais.

Todos abriram os presentes e depois das crianças brincarem, correndo pelo gramado molhado pelo sereno à noite, elas foram dormir no meio da manhã. Fizemos uma cama grande e improvisada no meio da sala e os três dormiram nela por um bom tempo.

Eu estava na varanda vendo o céu, que naquele momento estava bem azul com nuvens bem brancas. Lindo! Levantei e desci as escadas, quando Micael passou pela porta. Ele se aproximou de mim e começamos a caminhar pelo quintal. Ele pôs o braço em volta do meu pescoço. Segurei sua mão, sorrindo e pus meu braço em volta de sua cintura.

– Imagina se eu não tivesse dormido com você na festa? – Brinquei.

Ele riu.

– Acho que minha vida seria uma merda. Só... Mulheres e bebida. – Ele brincou.

– Palhaço.

Ele riu e beijou minha cabeça.

– Melhor acordarmos eles. – Ele disse.

– É natal. No almoço a gente acorda. – Disse suavemente.

– Que boazinha. – Ele cantarolou.

Ri. Fiz com que parássemos e pus meus braços em volta do pescoço dele. Sorri procurando seu olhar. Ele sorriu.

– Que foi?

– Obrigada.

– Pelo o que?

– Por tudo. – Eu disse.

Ele deixou escapar um sorriso e me beijou.

– Te amo. – Ele disse.

– Te amo, babaca. – Sorri.

Ele riu. Demos as mãos e entramos em seguida.

Uma coisa que eu tinha certeza de que nunca aconteceria seria eu beijar Micael. Mas uma coisa que estava imensamente feliz por ter acontecido era eu ter engravidado de Micael, amá-lo e ter tido os filhos dele. Sempre brigaríamos, mas melhorávamos a cada dia que passava. Ele me deu uma vida tão feliz que eu penso que nunca iria ter outra igual. Amava meus filhos e não os trocaria por nada. Amava Micael e agradeço muito por ter ficado bêbada naquelas vezes e ter dormido com ele. Mesmo não sabendo, foi a coisa mais certa que eu fiz!

E agora é só aproveitar o que temos e o futuro que nos espera. O nosso, eu sabia que seria repleto de beijos e risadas. Vendo pelo fato de que Micael me deu um longo beijo antes de entrarmos e que quando entramos Gabriel estava correndo de Micaela, que segurava uma boneca com a cabeça decepada, querendo bater nele. Érica corria atrás dos dois, rindo. Du e Ellie riam, assim como Micael e eu. Meus pais viram aquilo e arregalaram os olhos.

Acho que nosso futuro não seria tão ruim. É... Foi a melhor escolha que eu fiz na vida.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por tudo, gente! >.< s2s2s2s2s2s2