Sociedade acromática escrita por King Slyth


Capítulo 2
Revolução às cegas: empregados de dias e arrombados de noite.


Notas iniciais do capítulo

Mesmos do anterior.
Dessa vez escrevo despojadamente.
Com vergonha, tomo a liberdade de dizer alguns palavrões e repudiar alguns maus elementos que retiram cada vez mais a quimioterapia do câncer (a corrupção) que assola nosso país.
É real, mas desejamos cada vez mais que se torne ficção.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/623565/chapter/2

Eu amo meu país.

Aqui nasci, aqui vivi e aqui pretendo morrer. Sempre sonhei que, um dia, eu acordaria de manhã e seria o presidente, autoridade máxima de todo território nacional. Sonhei que mudaria tudo para melhor, que a meritocracia seria implantada corretamente e mesmo assim conseguíssemos aplicar uma devida igualdade social. Sonhei que partidos seriam extintos e todos se juntariam num mesmo barco: o barco de seu país, aqueles que todo amam e idolatram como uma figura divina.

Temos de tudo: melhor flora e melhor fauna, e perdemos para um bando de franceses que vem fazer pesquisas, roubam o que temos de melhor e exportam para fora. Fazem medicamentos com base em conceitos tupiniquins e assim faturam milhões bem nas nossas costas.

A economia do Canadá cresceu devido ao nióbio, uma substância mineral, onde o país detinha de 1,5% de toda a parcela mundial do matéria e hoje detêm uma das maiores economias do mundo. O Brasil, meu amado país, hoje contêm 98% do estoque de nióbio no mundo e é um material intocado e inexplorado. Só na exploração e exportação desse material, poderíamos faturar trilhões de reais e nos tornar uma das maiores economias do mundo, mas invés disso, esse material tem sido comercializado pelo tráfico de minérios para fora do país. Agora você me pergunte: tem dedo de político nesse tráfico? Responda a si mesmo...

Hoje, encontramos uma das maiores secas da humanidade acontecendo no Nordeste e no Sudeste do país. É, sem dúvida, a maior crise hídrica fora da África acontecendo no mundo, e mesmo assim quando percorremos qualquer cidade dessa região, encontramos um indivíduo “varrendo” a calçada com a mangueira num domingão chuvoso.

Sobre intolerância, organizamos uma parada do orgulho gay financiada com dinheiro dos cofres públicos. Dinheiro que poderia ser investido em educação, saúde, infraestrutura, convertido em festejos desnecessários e uma crise de viadagem infernal. Não sou homofóbico, nunca fui, e não estaria reclamando de nada se um organizador reservasse a avenida e pagasse com o dinheiro do próprio bolso para organizar o festejo daquele dia de domingo, mas fazer isso com os nossos suados e superfaturados impostos?

Sobre religião: não iria citar nomes, mas como forma de repúdio, levanto em questão o filho de uma meretriz mais odiado da nossa nação, Jean Wyllys, um Big Brother despreparado que ganhou voto por ser “guerreiro em um programa de televisão” e hoje é deputado. JW nunca fez nada de bom pro Brasil, invés disso, publica em seu twitter deselegantes ofensas à fé cristã por rezarem o Pai-Nosso em um feriado religioso, enquanto exacerba elogios à Umbanda. Por minha pessoa ter dito isso, deve pensar que sou cristão e odeio umbanda, por outro lado, sou o judeu mais macumbeiro que conheço e digo que JW se contradiz. Umbanda reza o pai-nosso tanto quanto o cristianismo e ambos compartilham vários ritos religiosos e prezas. Sério que a maioria da população vota num cheira-freira desses? Prefiro dar meu voto pro Romário!

Sobre política do esporte: há alguns anos, um indivíduo engolidor de sapatos denominado Pelé criou uma lei chamada “Lei do Passe”, onde os clubes de futebol não eram detentores do contrato do jogador e sim os empresários privados. Romário, que ganhou meu voto na última eleição, vem tentando desvalidar essa maldita lei. Vou lhe explicar: quando os clubes detinham contrato dos jogadores, investiam em sua carreira profissional para a formação do atleta dentro do clube. As transferências eram menos propensas já que os jogadores continuavam em seus times e seus problemas eram enviados direto para administração. Hoje, com a “Lei Pelé”, os empresários privados não podem investir na carreira do jogador e detêm seus contratos para transferências ao seu bel prazer, tirando milhares de promessas do futebol brasileiro para o exterior, onde lucram mais. Se o futebol está uma merda hoje, mandem um sapato pelo correio do Pelé que eu pago a taxa!

Sobre política novamente: o que mais me surpreende é que mesmo apresentando problemas de esporte, saúde, natureza, economia, ciências sociais, existem pessoas que apoiam os governos dos últimos vinte anos. Apoiam Lula, Dilma, Fernando Henrique, Collor... apoiam pessoas que definham de pouco em pouco o orgulho do nosso país e de seus habitantes. Muito obrigado por, dia após dia, me deixar sem água, assim fico sedento por mudar essa nação que tenho orgulho, mesmo tendo seus falsos governantes, por ser minha casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sociedade acromática" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.