O Garoto Das Minhas Memórias escrita por Bubbles


Capítulo 2
Capitulo 1- Um novo amigo


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora :C
Boa leitura



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Benjamin, pobre criança. Não conseguiu fazer nada para ajudar sua irmã, se sentira inútil. Quando viu a mais velha cair e tentar desesperadamente buscar oxigênio na superfície, ficou horrorizado. Por mais que a irmã as vezes não o escuta-se, ele a admirava muito. Começou a fazer um escanda-lo que talvez fosse inútil pois para o menino estava somente ele e a irmã no local.

Sorte que ia passando um menino por perto.

Bem, Benjamim. Seu esforço não foi em vão, agora, me perdoe mas tenho que voltar para a protagonista.

***

Isa acordou entre torces e espantos. Um era que seu irmão estava olhando para ela como se ela estivesse há beira da morte e a outra e que tinha um menino na sua frente.

Isa rapidamente recuou inocentemente.

—Que mal agradecida você!-O garoto resmungou.

—Mana,quando você tava afundando ele te puxou.-O pequeno tentou explicar.

—Ah! Desculpa.-Se sentiu envergonhada e arrependida.-Muito obrigada por me salvar!-Deu um sorriso gentil.-Qual e o seu nome?

—Nicolas.

—Eu sou é Isabele, mas pode me chamar de Isa.

Isa deixou de prestar atenção no seu salva-vidas e sentiu que tinha esquecido algo importante, muito importante. Quando se lembra solta um “Ah que droga” e volta ao rio.

—Oque está fazendo? quer afundar de novo?-Nicolas a olha como se ela tivesse algum retardo mental ou se ela fosse uma burra.

—Meu balde! Cadê ele?-Procurava entre as águas sua coisa favorita.

—Espera, não é isso aqui?-Se abaixou e pegou entre uma arvore perto do rio, seu balde verde.

—É!

Correu apressadamente, deu alguns tropeços mas isso não desanimou a pequena. Tomou o balde de suas mãos e o olhou e viu que estava tudo bem.

—Oque tem de especial nesse balde?-Estranhou o menino, nunca tinha visto pessoas terem amor com os seus baldes de praia.

A menina achou a pergunta ofensiva, olhou para ele com raiva.

—Minha mãe me deu, a verdadeira.-Disse ela se sentindo estranha e triste ao mesmo tempo.

—Hum...-Ele não sabia oque responder, ficou brincando com a alça de seu macacão azul, alisando-os entres os dedos. Começou a ficar nervoso com o silencio.

Benjamim se sentiu um pouco excluído, por isso resolveu se meter na conversa.

—Ela não é minha irmã, só metade. A mãe dela morreu há alguns anos ai seu pai se casou com a minha mãe e me teve.-Disse o pequeno na inocência

—Benjamim!Você não pode contar isso para as pessoas que não conhecemos.-Disse a menina o advertindo. Ela estava começando a ficar triste com aquele assunto.

Nicolas não sabia oque dizer há aquela menina ainda molhada da água, ambos estavam molhados. Então veio a sua mente oque seu pai o ensinou sobre dizer em um momento como aqueles.

—Eu sinto muito.-Era oque ele tinha para dizer, não conseguia pensar em outras palavras para aquele assunto.

—Ah tudo bem-Disse ela percebendo o desconforto de Nicolas.-Desculpa eu ter te chamado de desconhecido...pera, a gente agora é amigo,certo?

—Talvez.

—Legal!Agora somos amigos! Não é Nico?

—Nico?-Fez uma careta ao ouvir o nome-Isso soa estranho.

— Vamos brincar nós três?-Ignorou a reclamação do menino.

***

Isa e seu irmão voltaram para a fazendo há tempo do almoço. Isa tinha se despedido de seu mais novo amigo e o fez prometer que iria se encontrar no rio para brincar mais tarde. Se sentiram aliviado ao vê a velha cadeira de balanço de seu avô vazia, eles não estavam querendo levar broncas do velho enjoado.

Benjamin fora para o seu quarto, disse que iria dormir até dar a hora do almoço. Isa as vezes se esquecia que Benjamin era mais novo que ela e precisava mais de energia que ela.

Isa não queria dormir e também não queria sem ficar fazendo nada no seu quarto. Foi em busca do seu pai.

Olhou em cada comodo até achar seu pai em um quarto quase vazio.Ele usava seu notbook e digitava sem parar, percebeu que a menina tinha chegado mas continuou digitando.

A menina ficou se perguntando se foi uma boa ideia ou não ter vindo procurar seu pai. Preparou as palavras certas em sua língua e as soltou;

—Papai.

Seu pai a ignorou pelo menos por alguns minutos depois olhou para ela e continuou a digitar.

—Oi.-Disse desanimado. Pelo o tom do voz Isa percebeu que ele estava cansado.

—Papai, hoje de manhã eu cai no rio.-Fez uma pausa e esperou alguma palavra do pai, como não tinha ela prosseguiu.-Ai veio um menino e me salvou! Ai a gente brincou até agora...o nome dele é Nicolas é ele e legal.

Sentiu um vazio em contar isso para o seu pai, mas ela queria falar com ele essa manhã, todos os dias ela tentava manter uma conversa decente por alguns minutos mas seu pai não cooperava.

—Então procure não cair de novo lá. Não vá para o fundo.-Ele disse ainda digitando.

—Sim.

Quando fechou a porta sentiu muito contente em ter falado com ele e ele ainda ter se preocupado com ela.

Tomou um rápido banho e vestiu um vestido bonito, laranja.

Penteiou seus cabelos castanhos médios, como não sabia fazer outro penteado a não ser trança e rabo de cavalo escolheu deixar-lo solto mesmo.

Colocou uma presilha rosa nos cabelos, e usou o mesmo sapato que estava usando antes.

Isa estava nervosa, ira ver seu novo amigo e queria estar bonita. E não sabia porque queria estar.

Comeu e escovou os dentes, estava pronta. Benjamim disse que estava cansado e preferiu ficar em casa, mas que amanhã de manhã provavelmente ele iria.

Mesmo sem a companhia do mais novo ela foi. Chegando lá foi correndo ao encontro do menino, que o mesmo já tinha trocado de roupa também, roupas simples; bermuda e uma blusa. Talvez na parte da roupa ela tinha exagerado era oque ela pensava.

Os cabelos castanhos escuros eram mais lisos que os de Isa, estavam perfeitamente arrumados fora ao cheiro de perfume barato que ele usava.

—Oi!-A menina quebrou o gelo.

—Oi.

A menina sorriu contente.

—O que foi?-Perguntou o menino.

—Eu estou contente de achar um amigo por essas redondezas.-Diz ela, meio envergonhada em admitir.

—Oque é “redondezas” ?-Quis saber Nicolas.

—Não sei, vi um homem falando isso ontem na televisão.

Houve um silêncio.

—Vamos brincar de fazer castelo de areia?Que dizer, de lama?- Propôs a menina.

—Hm, não acho que é uma boa ideia. Mamãe disse que essas tem micróbios...

—Ora, vamos!-Fez uma de cachorro abandonado.-Por favor!

—Hm...-Virou a cara para o lado.-Está bem.

Ainda com a cara virada, com o canto do olho ficou observando a menina se enchendo de alegria por conseguir oque queria, sorte que ela não percebeu a leve corada do novo amigo.

Juntos brincaram a tarde toda, e assim foi por um mês inteiro. Isa descobriu que Nicolas era filho único e seus pais viviam brigando constantemente e isso deixava Nicolas triste.Também descobriu que Nicolas estudava em uma escola pública perto dali, e os garotos da sala dele o espancavam, Nicolas disse para ela que não sabe o motivo. Também descobriu que Nicolas adorava o mar e os peixes e que ele cuidava de um casal de Kinguios adultos laranjas.

Faltava dois dias para Isa voltar para a sua casa na cidade, e como qual quer dia normal ela foi até o rio para se encontrar com ele.

O menino demorou um tempo para aparecer e Isa estava ficando impaciente. Ele finalmente veio, vinha trazendo um pote um pouco grande.

—Oque tem ai?-A raiva da menina desapareceu por completo depois que viu aquilo.

—Um presente, para você.-Diz o menino corando levemente.

—Legal!-A menina ficou tão contente que até deu uns pulinhos.-Mostra oque tem dentro desse pote.

O menino tirou a tampa, lá estava um peixe atordoado nadando rapidamente.

—Peixe laranja! Eu já vi um desses em um filme.-Disse a garota.

—Não é um peixe laranja!-O menino disse revoltado.-é um Kinguio.

O menino então começou a dar um discurso sobre como surgiram,vivem e oque comem os Kinguios.Isa não estava interessada no discurso ficou olhando o peixe nadar no pote do amigo.

Quando finalmente terminou o discurso já era tarde e Isa precisava voltar para casa, seu amigo despejava o peixe com cuidado no balde verde de Isa.

—Alguma pergunta?-O menino se referiu ao discurso.

—Tem uma que ainda não te perguntei, quantos anos você tem?você é tão baixinho...-Disse a menina sem a intenção de ofender.

—Isso não é sobre o que eu te falei antes mas eu tenho 9. E eu não sou baixinho! Estou em fase de crescimento!

A menina começou a rir. Estava tão entretida pensando no que ele disse antes e rindo que não percebeu o abraço que ele estava dando nela. Ela parou de rir e olhou espantada com o ato. Quis se afastar mas ele a segurou firme.

—Espera,não se afaste agora.-Disse o menino.- Amanhã eu não vou vim.

—Por que?-Disse ela não gostando do que ouviu.-Depois da manhã então??

—Também não.

A menina ficou indignada, não quis aceitar, não sabia oque falar.

—Dê um nome para ele e cuide bem para que cresça feliz, prometa.-Ele se referiu ao peixe.

—Certo...

—Adeus, Isa.-Se solta da menina e corre para longe.

—Nicolas!-Gritou a menina.

***

Depois daquilo Isa volta para casa arrastando seu balde e seu novo animal de estimação, deveria se sentir contente por ter ganhado um peixe mas se sentiu triste pela a ida do amigo.

Depois disso, Isa continuou indo até o rio na esperança que Nicolas estivesse lá mas ele sempre não estava. Isa voltou para a cidade e nas férias de verão sempre ia para a fazenda mas nada de Nicolas.

Desde daquele dia, Nicolas sumiu.


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Notas finais do capítulo

Nota:Isa também tem 9 anos mas é mais alta que ele
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