The Secret of a Promise escrita por Leh


Capítulo 8
Honra e valentia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/623132/chapter/8

As tochas iluminavam a parte subterrânea de Berk, onde estavam os dragões, Merida se encolheu ao sentir o vento frio que sopravam fazendo as chamas quase se apagarem.

O pensamento de desistir ficou tão aparente no momento em que parou em um dos locais em que tinha um dragão adormecido enorme, suas escamas eram avermelhadas e dava para notar sua respiração profunda, a princesa estava na frente dele, espalhados no local tinham outros, nenhum preso, alguns até levavam os olhares curiosos aos movimentos dela, sem muito interesse de certa forma até desconfiados.

Quando o dragão notou sua presença, levantou a cabeça em direção a ela, rangendo os dentes. Merida reconheceu o Pesadelo Monstruoso dos desenhos de Soluço, então ela regrediu um passo, logo reparando os outros dragões que estavam tendo a mesma atitude que o grande dragão vermelho. Sua morte pareceu certa ao ver o fogo lhe consumindo lentamente, no pequeno gesto do Pesadelo Monstruoso ao acender seu fogo.

Mas se iria morrer ali, preferiu morrer tentando. Ela esticou a mão na direção dele, da mesma forma que Astrid lhe apresentara ao Nadder Mortal. E fechou seus olhos com força, para não ver o próximo movimento do dragão.

Ele virou a cabeça de lado, curioso, aos poucos se aproximou da mão dela, cheirando e depois chamando a atenção da mesma que abriu os olhos, aliviada, se aproximou um pouco mais, cautelosamente. Percebendo que assim lhe permitira se sentiu mais a vontade para se aproximar da besta dócil para se proteger dos outros dragões que ainda a encaravam de forma ameaçadora.

Merida se sentiu completamente aliviada ao ver que o dragão colocara a asa em volta dela enquanto grunhia para os outros dragões que tentavam se aproximar, como se ela já lhe pertencesse. Silenciosamente, a ruiva subiu até o dorso do dragão, e ele pareceu ter entendido o que ela tinha pretendia, pois suas asas se abriram lentamente.

Ela prendeu a respiração e se não fosse a adrenalina do momento a princesa não teria tido forças para segurar tão forte no Pesadelo monstruoso. Ela viu o chão ficar cada vez menor, e, gritar foi inevitável.

O dragão a encarou de lado divertindo-se com a cena.

–Acredito que não é sempre que você tem alguém tão inexperiente em suas costas não é?!

Ele riu depois que se acostumou com o forte vento congelante. Mas tinha um objetivo de estar ali.

–--x---

Banguela era um Fúria da Noite, ele era totalmente silencioso e por mais que sua cor era uma desvantagem no céu branco, ainda sim, era a quarta vez que rodeava as três embarcações de Dagur, pode observar onde estava seus amigos e os dragões. Só precisava de um plano. Não tinha um plano.

Ele pegou o Olho de Dragão que estava com ele, e observou algumas vezes, tinham tanto que ainda não sabiam a respeito daquele objeto. Mas como a vida de seus amigos estavam em risco não teria outra escolha que não fosse usar aquele objeto para trocar pelos seus amigos vivos.

–Vamos Banguela... – Ele disse conformado. Banguela percebeu isso e lançou um olhar preocupado para o viking, que apenas sorriu fraco e colocou a mão do lado de sua cabeça, como se pudesse dizer, está tudo bem.

Ele desceu, chamando a atenção dos homens que estavam no barco. Dagur sorriu sarcasticamente ao ver o jovem descer do Fúria da noite com o semblante sério.

–Que mau-humor, irmão. Hoje está um dia tão lindo, não é contagiante?

Ele rodou Banguela ignorando o fato dele estar se preparando para ataca-lo.

–Já disse para não me chamar assim. Vamos logo ao ponto.

Dagur suspirou raivoso. E encarou Soluço com ódio e em passos rápidos foi até a jaula onde estavam seus amigos, ele pegou no cabelo de Cabeça-quente e puxou para mais perto.

–Você não está em condições de exigir nada, eu acho.

Ele soltou rápido, mas foi o suficiente para receber o olhar de ódio da loira e de seu irmão.

–Quando eu sair daqui... – Ela começou a comentar, enquanto Cabeça-dura a ajudava a se levantar. Mas Dagur a interrompeu.

–Opa! Tinha certeza que fosse o menino. – Provocou.

–Solta eles Dagur, sou eu quem você quer.

Interrompeu Soluço impaciente. Sua postura era tensa e sua mão estava na espada. Dagur considerava sua postura como desafiadora e não como defensiva, ele deixava explicito que estava se divertindo com a cena.

–Você sabe o que eu quero.

Ele olhou para o Olho de dragão, amarrado na cintura do jovem, Soluço pegou o objeto.

–Se eu te entregar você solta eles? – Perguntou esperançoso.

Dagur balançou a cabeça positivamente e então Soluço jogou o objeto para ele, que o pegou no ar.

–Prendam ele.

Comentou dando as costas. Soluço percebeu os homens a sua volta que o imobilizaram tanto ele quanto o Fúria da Noite, e mesmo movendo-se para se livrar, era em vão, em pouco tempo foi colocado preso junto com os outros cavaleiros.

Astrid bateu a mão no próprio rosto, mas não julgaria o amigo naquele momento em que ele bateu a mão no chão inconformado.

–Calma, vamos sair dessa... De alguma forma.

Tentou encorajar.

–--x---

Merida não sabia exatamente para onde ir, porém sabia a direção, por isso não foi difícil achar as embarcações de vikings no meio do oceano. Enquanto Soluço fazia um show na proa do barco, ela tinha conseguido tempo para entrar, fazer o Pesadelo Monstruoso voltar para Berk, pelo menos era o que ela esperava que ele iria fazer, e ainda conseguir uma roupa como as dos marujos para se disfarçar. Ela se escondeu e assistiu Soluço e Banguela serem capturados.

–Ei! – Ela ouviu a voz sendo chamada atrás de si e se virou bruscamente. O Homem era alto, tinha seus olhos cor de avelam e uma barba rasa, ele coçava a cabeça careca, enquanto a encarava confuso.

–Quem é você? – Ele perguntou se esforçando para lembrar.

–É... – Merida não tinha pensado no que diria naquele momento. E o homem estava impaciente enquanto ela mirou o seu olhar para o lado tentando procurar a resposta.

–Erda! – Disse o primeiro nome que lhe viera na cabeça, o homem assentiu desconfiado.

–Dagur precisa de todos os homens... Quer dizer... Enfim vai ficar de guarda.

Ele lhe entregou um machado e ela assentiu vitoriosa e foi até onde os vikings de Berk estavam presos, viu Soluço sentado no chão sem esperança, Melequento brigando com Perna-de-Peixe e os gêmeos mordiam a grade como se fossem quebra-la.

Astrid levantou os olhos, mas Merida se virou a tempo dela não vê-la. E caminhou em passos rápidos para dentro do barco. Ela estava lá para salvar Astrid, sua amiga, se ela a visse poderia levantar alguma suspeita.

–Quem é você?

Era a voz de Dagur, Merida gelou e aos poucos se virou na direção dela tentando parecer natural. Ela engoliu seco e molhou os lábios. As sobrancelhas dele estavam franzidas e ele estava próximo, Merida conseguiu reparar seu aspecto insano, com os cabelos bagunçados e seu olho com três riscos azuis. Mas antes que ele precisasse repetir a pergunta, ela respondeu.

–Erda. – Respondeu firme. Ele a fitou mais de perto tentando reconhece-la, porém não era fácil lembrar do rosto de cada recruta que tivera sobrevivido até aquele momento.

–Erda... Que nome bonito, Erda. – Ele tirou uma mecha de cabelo caída em seu rosto e colocou atrás da orelha dela. A ruiva se segurou com dificuldade para não arrancar a mão daquele homem. Não podia colocar seu plano a perder.

–Você será o meu braço direito. – Ele comentou com um certo tom de malicia que enojou Merida, mas ela assentiu ao olhar para um canto da sala em que tinha uma chave pendurada, ela sorriu e assentiu.

–Dagur, precisamos de você, rápido. – Comentou um homem na entrada. E Dagur suspirou raivoso.

–Depois nós continuamos, Erda. – Ele enfatizou o nome que ela tinha lhe apresentado. Porém Merida não soube identificar se ele desconfiava que era uma espiã, sem delongas ela se direcionou para a mesa onde tinha a chave e a pegou antes que Dagur voltasse.

Era muito mais inteligente de sua parte soltar os dragões antes dos cavaleiros, porém precisou passar o dia inteiro fazendo parte das atividades como viking inimiga.

Ao cair da noite, Merida foi até a jaula dos dragões, os guardas tinham sido reduzidos e a discussão dos gêmeos ecoava no ambiente aberto.

Ela abriu.

–Shh...

Pediu ela aos dragões. Banguela a reconheceu. Na outra jaula os cavaleiros prestavam atenção em seus movimentos, confusos, sem nem ao menos reconhece-la na escuridão. Merida explicou seu plano resumidamente ao dragão que assentiu entendendo da forma dele, ficando silencioso dentro da jaula.

Então em passos rápidos ela retornou até o escritório de Dagur. Quando ela apareceu na porta ele a convidou a entrar.

–Larga o machado, querida, ninguém aqui lhe ameaça.

Merida estava tensa, e afrouxou sua postura e se aproximou de Dagur. Na intensão de procurar o Olho de Dragão. O viu perto do que parecia ser uma cama.

Ele passou a mão no rosto dela, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Merida foi rápida em acertá-lo. Não o feriu, mas ele caiu inconsciente no chão.

Em passos rápidos, ela pegou o objeto e foi até a proa onde estavam os cavaleiros. E sem explicação ela abriu a jaula os libertando.

–Merida? – Comentou Astrid incrédula. Chamando a atenção de Soluço que ainda estava sentado no chão.

–Merida? – Soluço comentou ainda mais incrédulo. Sua pele até ficou mais branca do tamanho da surpresa que teve.

–Temos que fugir rápido!

Banguela saiu da grade com os outros dragões e os cavaleiros começavam a montar.

–Não tão rápido, Erda. Você tem algo que me pertence.

Soluço olhou, desconfiado, a postura de Merida e então analisou o Olho de dragão que estava na mão dela. Ele sorriu animado.

–Perdeu Dagur. – Comentou montando em Banguela, e puxando Merida pela mão para que ela subisse em Banguela.

–Está em debito comigo, Erda, jamais se esqueça disso.

Os homens de Dagur se prepararam para atacar, Os quatro dragões levantaram voo primeiro e então Soluço sentiu Merida segurar-se nele assustada, e quando os homens começaram a atirar flechas na direção deles, Banguela levantou voo.

A viagem foi rápida e antes de descer de Banguelas os cavaleiros já a esperavam, para parabenizar a valentia da ruiva.

Soluço desceu enquanto os outros comemoravam a vitória.

–Você foi incrível mesmo. – Disse Cabeça-quente pretensiosa.

–Como fez isso? – Perguntou Astrid.

Outros vikings começaram a aparecer e até mesmo Stoico.

Merida estava animada e desceu de Banguela com o auxilio de Soluço que tinha os olhos verdes brilhando na direção dela.

–Você foi... Parabéns – Comentou sem graça enquanto passava as mãos nervosamente na cabeça.

O som de todos pareceu incrivelmente baixo e sua visou ficou completamente turva, e seus sentidos desapareceram quando caiu no chão. Foi quando viram a flecha encravada em seu ombro. O silencio foi perfeito. Stoico e Gothi se aproximaram da garota desmaiada e de Soluço desesperado ao lado dela.

.

Merida acordou assustada, mas reconheceu o quarto de Soluço, olhou para o lado e lá estava, seu marido. Ela tentou se mover, mas uma pontada em seu ombro esquerdo a impediu. Soluço se aproximou fazendo com que ela ficasse parada.

–Vai descobrir que Gothi é a melhor curandeira de todas, mas como ela disse que você precisa ficar parada é melhor obedecer. – Ele sorriu ao vê-la assentir.

–O que aconteceu depois que eu voltei? Astrid está bem? – Perguntou Merida.

–Estão todos bem e não aconteceu absolutamente nada, estão todos preocupados com a sua recuperação. Você é uma heroína agora. Sério eu... Nem sei o que posso dizer.

Ele pegou a mão dela, Merida ficou desconfortável e corou e mesmo que tivesse força para tirar a mão, ela não conseguiria, não naquele momento. Soluço se aproximou dela, e sua respiração estava alterada, e por um instante teve certeza que Soluço iria lhe beijar, e de certa forma, era a intenção dele, porem seu beijo foi para sua testa. Depois ele se deitou ao lado dela. Enrolava os cachos flamejantes em seus dedos.

–Merida eu... – Ela o interrompeu.

–Só fica em silencio – Ela comentou.

Merida se moveu devagar e direcionou-se até o viking que estava curioso nos movimentos dela, seus lábios se tocaram delicadamente, e depois Soluço aprofundou o beijo que ela havia começado.

Ela era tão diferente do que imaginara, Merida era tão valente, não sabia o que sentia, mas que estar ao lado dela era a melhor opção, percebera isso enquanto ela estava inconsciente e percebera naquele momento em que seus lábios tocavam os de Merida e sua mão estava delicadamente encostada no rosto dela.

Terminaram o beijo e ela apenas voltou à posição inicial e Soluço fez o mesmo, nada precisava ser dito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

EEEH beijou ^ ^/ Tumblr é um lugar abençoado onde shippam a Merida até com o Dagur, vou ser bem sincera, eu adoro esse personagem e principalmente o dragão dele o Skrill, eu o daria para Merida, mas já tiveram essa ideia antes de mim kkk enfim estou brincando. Até mais



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Secret of a Promise" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.