The Secret of a Promise escrita por Leh


Capítulo 6
Uma nova amizade


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amigos



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–Eu não tenho o que dizer.

Era sua ultima palavra, Soluço estava de braços cruzados e mirava o horizonte de maneira convencida, era difícil alguém estar tão perto de Astrid quando irritada e parecer tão convicto em contrariá-la, nem meso Soluço ousaria a fazer isso em seu estado mental comum, porém era uma questão de orgulho.

Astrid nem a conhecia. Soluço simplesmente não conseguia entender o motivo da loira estar tão nervosa por conta de um... mal entendido. Afinal ele não errara, ela era uma princesa.

–Soluço, se ponha no lugar dela. Em uma terra desconhecida, casada com desconhecido e ainda ser tão julgada da forma que você o fez. Me escuta que eu só vou falar uma vez...

Ele fechou o punho da mão, e o mirou para Soluço que tentou parecer pacifico, mas não disfarçou a dividir sua atenção a mão de Astrid e ela própria. Continuou.

–Você vai se desculpar com ela. Por Freya! Ou eu mesma faço você se desculpar.

Após terminar ela se afastou dele dando espaço para que um Soluço emburrado e completamente irritado subisse no seu fúria da noite e levantasse vôo quase que de imediato.

Estava cansado de estar tanto tempo em terra e tão irritado por estar casado. Tinha que admitir, foi muito mal educado de sua parte tratar Merida daquela forma, estava se sentindo mal por isso. Mas não agüentava mais se pressionado a se dar bem com a esposa. O vento batia forte em seu rosto e quanto mais rápido se tornava o vôo de Banguela, mas ele tentava esquecer seus problemas.

Esquecer suas responsabilidades ou as expectativas, tudo.

–x-

Merida se passou as mãos e seus próprios braços para tentar se aquecer, ela seguia Stoico e alguns outros homens que os cumprimentava e davam as boas vindas à ela. Muitas pessoas apareciam pelo menos nas portas de suas casas para conferir a princesa que a maré trouxe até Berk.

Era casas simples, em geral feitas de madeira, o que parecia engraçado em pensar que dragões soltavam fogo, Merida viu no céu o Fúria da Noite voando rapidamente no céu puramente branco, depois levou sua atenção ao líder viking que tinha sua expressão severa no exato momento que também teve a atenção ao vôo do dragão negro.

Merida suspirou, até que Stoico parou em umas das casas.

–Chegamos Merida. Está é a sua nova casa. Fique a vontade. Eu preciso resolver algumas coisas.

Ele disse apressado e foi em alguma direção que Merida realmente não achou importante decorar. Ela levou os olhos a casa que parecia não ter o tamanho nem de um terço do castelo em que morava. O viking que os acompanhavam colocou suas coisas dentro da casa e depois também partiu.

E então Merida percebeu que a garota loira a analisava de longe, em uma parte escura na parede da casa a frente a que estava. E quando Astrid percebeu que a princesa escocesa finalmente estava encarando a com certa desconfiança decidiu se aproximar.

–Meu nome é Astrid. Bem vinda a Berk.

–Merida, apenas Merida. – Respondeu enfatizando, de forma, até um pouco desnecessária. Astrid franziu o cenho confusa, mas até achando engraçado a forma da princesa, que não era de longe o que esperava. O cabelo que tinha uma cor brilhante e que estava completamente bagunçado e balançando conforme o vento tirava toda a sua atenção.

–Você é uma Haddock agora. Isso é o máximo, eles... Vocês são conhecidos em toda Escandinávia.

Merida não evitou dar uma risada.

–Eu já tinha certo reconhecimento por ser a primogênita de DunBroch, longa história...

–Bom, nesse inverno você não vai conseguir fazer muita coisa que não seja contar histórias. Ouvi falar que gosta de arquearia, vamos dar uma volta eu posso te mostrar Tempestade.

Ela disse com certo tipo de entusiasmo que Merida não estava acostumada. De certa forma foi contagiante.

–Sabe, para relaxar dessa viagem eu poderia cavalgar, porém chegando aqui percebi que não há a possibilidade de ter cavalos.

–Infelizmente não, mas com sorte, podemos conseguir um dragão para você.

Astrid se aproximou a pegando pelo braço, como se já fossem amigas desde criança, o de certa forma tornou o clima muito menos pesado do que estava quando Merida chegou a Berk, ela até foi forçada a soutar uma risada abafada quando enquanto ambas andavam lado a lado por entre uma Berk quase congelada.

A garota viking apresentou a Merida, vários lugares onde, pelas palavras da nova amiga, deveriam parecer bem mais divertidos no verão. E por ultimo a academia que foi de longe o lugar mais agradável de todos.

–Aqui é onde treinamos os dragões, e fazemos varias outras coisas também. Você vai gostar Merida, quem sabe na mudança de estação já podemos te introduzir nesse mundo. Você vai poder explorar com a gente o Soluço...

E parou gradativamente de falar quando percebeu que apenas o nome de Soluço foi o suficiente para tirar o entusiasmo da princesa, que apenas fechou o sorriso e caminhou até a parede onde tinham algumas armas, ela puxou uma das espadas e analisou a lamina tentando tirar sua atenção das palavras de Astrid.

–Nossa, deve ser muito estranho mesmo. – Admitiu a guerreira. Merida suspirou.

–Casamento arranjado... Por que eu ainda acho que é um pesadelo? É claro que isso nunca vai dar certo, eu quero voltar para casa.

Ela manuseou a espada com maestria sem reparar o olhar de espanto de Astrid que aos poucos se aproximou da ruiva.

–Com essas palavras não vai dar certo mesmo. Mas veja por esse lado, está sendo tão estranho para ele quanto está sendo para você. Stoico sempre exigiu bastante do filho. Eu conheço bem o Soluço, assim que ele te conhecer melhor ele vai te aceitar e você vai aceitá-lo. Ele é incrível...

Ela comentou sorrindo. Os olhos azuis de Merida focaram em Astrid espantada. Ela abriu algumas vezes a boca para falar, mas as palavras não vinham, ela apenas abaixou a cabeça e voltou a falar.

–Então vocês... Eu sinto muito.

–Não! – Se apressou Astrid de imediato como se Merida estivesse lhe ofendendo. Depois suspirou calmamente estampado em seu rosto um sorriso debochado.

–Não interprete as coisas dessa forma. Somos amigos, já tentamos alguma coisa aqui ou ali, mas não mais. Torço para a felicidade dele, é só isso. Admiro muito ele. Eu realmente espero que você conheça o Soluço que nó, vikings de Berk, conhecemos.

Astrid colocou as mãos em cada ombro de Merida, para ter certeza do contato direto. Merida assentiu desanimada, mas por hora pareceu satisfazer a loira que a soltou devagar.

Merida passou a mão mais uma vez na lamina da espada. Era uma ótima peça, bem a calhar com as historias que conhecia dos grandes e exploradores guerreiros vikings.

–Essa é uma ótima espada... – Comentou tentando mudar de assunto. Astrid tossiu e pigarreou divertida.

–Foi o Soluço que a fez. – Comentou tentando não parecer pretensiosa, mas o tom de voz dela foi altamente com segundas intenções, Merida colocou a espada em seu lugar quase de imediato e depois voltou a encará-la como se não tivesse ouvidos as palavras anteriores.

–Olha! parece que começou a nevar.

Merida analisou o ambiente e os pequenos flocos brancos que começavam a se espalhar no ambiente, e AStrid concordou em irem para suas devidas casas.

Ao chegar à casa que Stoico tinha lhe mostrado ela se despediu de Astrid e fechou a porta. A casa estava vazia. Era tudo de madeira e era absolutamente limpa, só na lareira que por ser muito usada naquele clima tinha espalhado em toda sua extensão as cinzas de dias. Merida caminhou cautelosamente até a lareira e a acendeu, sentando se em frente à dela para se aquecer, lembrando se de Elinor e seu lar aconchegante.

Quase que inconsciente, ela começou a cantar a antiga canção que sua mãe cantava quando era criança.

–É uma canção bonita.

Então Merida se virou em sobressalto ao ver que Soluço estava na sala a ouvindo. Talvez fosse o cansaço que fez com que ela não ouvisse seus passos ou até mesmo os do dragão que o acompanhava.

–Fomos silencioso, não quisemos te atrapalhar.

Banguela balançou a cabeça em consentimento, o que divertiu Merida, e a fez se levantar, mas logo seu semblante ficou serio novamente ao se direcionar a Soluço, que não conseguiu definir se ela ainda estava irritada com ele ou se estava triste, pois seu rosto estava em sombras e podia ser sua impressão ver um rastro de lagrimas em suas bochechas.

–Me desculpa, eu não quis te chatear. – Ele estava com a cabeça abaixada.

–Eu não sou capaz de negar uma segunda chance para alguém, vai por mim.

Merida se aproximou com a intenção de ver Banguela mais de perto, que fez sua atitude ser bem evidente para Soluço. Merida observou suas narinas se movendo enquanto respirava e os olhos verdes grandes que miravam como se pudesse convidá-la a tocá-lo. Mas ela ficou parada esperando a permissão de Soluço, que estava muito mais a vontade com a coragem que Merida teve de se aproximar tanto assim de um Fúria da noite,a cria diabólica do raio da própria morte, sua inocência era um trunfo.

–O primeiro toque é algo muito importante... – Ele quase sussurrou e tentou pegar a mão de Marida para mover até o focinho de Banguela, mas Merida desviou a mão. Levando á sozinha até Banguela tocando calmamente. Banguela fechou os olhos sentindo o toque.

Soluço ficou visivelmente sem-graça.

–Agora é da família, Merida.

Ela sorriu, mas não relevou muito as palavras dele, afinal ele não sabia suas reais intenções naquele momento. Depois do que tinha acontecido no barco, depois da conversa com Astrid e daquela investida de Soluço ela tinha certeza o que tinha que fazer dali em diante.


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Notas finais do capítulo

Fiquem no suspense sobre as intenções da Merida.
Alias sabia que estava esquecendo de falar alguma coisa nas notas do cap passado. Você já assistiram "Pilotos de Berk" e "Corrida até o limite"? Vai ter algumas coisinhas da série na minha fanfic então qualquer coisa eu deixo especificado nas N/As e tals, vou deixar de qualquer jeito, só to avisando ^^ Até mais



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