passam-se um mês e meio e eu não tenho tido notícias do Júlio des do nosso último encontro, na verdade nem na escola o vejo mais. Na escola começo a perguntar dele, e as pessoas também não o vê a um tempo. Quando saio da escola resolvo ir apé para casa e no meio do caminho um carro todo preto estaciona à uns metros a frente, olho fixamente para o carro e vejo Júlio sair do carro de jaqueta de couro e óculos escuros, ele entra em um balcão de jardim e sai com um saco transparente e que estava cheio de fotografias. Eu aceno para ele e ele entra rapidamente no carro, mas o que será que ele estava aprontando. Resolvo segui-lo, e por sorte passa um táxi e sem pensar duas vezes me jogo na frente.

– Para moço.-grito com medo.

– Tá bom entra aí magrela.-diz um velho grisalho.

Entro no carro e vejo o quão era velho o taxista.

– Moço o senhor ainda encherga a rua?

– Claro!.-diz ele sorrindo.

– Segue aquele carro.-grito.

– Senhorita não precisa gritar,sou velho mas não surdo.

– Não importa vai logo.

– Sempre quis fazer isso.-diz.o velho acelerando fazendo com que eu me chocasse contra o banco.

Enfim paramos em um lugar estranho,vejo Júlio entrar na mesma casa do nosso encontro da primeira lição. Saio do carro, jogo o dinheiro no velho, ele me olha.

–Caralho,que varia.- grita ele.

Ando lentamente até a entrada da casa,respiro fundo, e entro, quando chego na sala Júlio estava subindo as escadas, espero ele subir e subo em seguida.Júlio olha para trás e me vê.

– O que você tá fazendo aqui.-diz ele aflito.

– E...eu só queria saber por onde você andava, mais agora que já sei, já tô indo.- digo andando lentamente.

Ele me puxa pelo braço, e me beija, sinceramente aquele foi um dos melhores beijos da minha vida. Eu o empurro ele me olha profundamente.

– Me desculpa.-diz ele.

– O que?.-quando percebo estava me sufocando com um tipo de remédio.

Vou perdendo as forças e as coisas em volta vão ficando embaralhadas, Desmaio...